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Análise das demonstrações contábeis de uma microempresa do comércio varejista

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Academic year: 2021

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(1)

UNIJUÍ – UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS, CONTÁBEIS, ECONÔMICAS E DA COMUNICAÇÃO

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

JÓICE DAIANE ROSSO CASSOL

ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DE UMA

MICROEMPRESA DO COMÉRCIO VAREJISTA

Ijuí (RS) 2013

(2)

JÓICE DAIANE ROSSO CASSOL

ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DE UMA

MICROEMPRESA DO COMÉRCIO VAREJISTA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Ciências Contábeis, Departamento de Ciências Administrativas, Contábeis, Econômicas e da Comunicação (DACEC), da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ), requisito parcial para obtenção do Grau de Bacharel em Ciências Contábeis.

Orientador: Prof. Irani Paulo Basso

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente quero agradecer a Deus, pelo dom da vida, por me guiar sempre pelo caminho certo, por não me deixar desistir em meio às dificuldades ao longo desta caminhada e por esta gloriosa conquista.

Aos meus amados pais, Valmir Felipo Rosso e Circe Ana Rosso, pelo exemplo, por sempre me incentivarem e transmitirem muita confiança para que eu alcançasse essa vitória. Ao meu marido, Alex Rogerio Cassol, por acrescentar razão e beleza aos meus dias – certamente meus maiores e melhores presentes.

Aos queridos amigos, Moacir Almeida, Cristiane Fátima da Rosa Bonfada e Carina D’avila, que de uma forma ou de outra sempre me auxiliaram e acreditaram em mim.

Aos meus colegas em geral e, em especial à Tatiele Taíse Tolfo Feller Vilani, que enriqueceram meus conhecimentos e me deram a satisfação da convivência ao longo dessa jornada.

À proprietária da empresa, que abriu as portas de seu estabelecimento para a realização deste estudo.

A todos os professores, pela dedicação e seus ensinamentos, em especial ao professor Irani Paulo Basso, pela disposição, auxílio e orientação segura deste trabalho.

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RESUMO

O presente estudo enfoca a técnica contábil da Análise de Balanços, tendo por base as Demonstrações Contábeis Básicas de uma microempresa do ramo de confecções, do comércio varejista do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. O estudo versa sobre a importância e a necessidade dessa ferramenta para a avaliação da qualidade da situação econômica e financeira dos patrimônios, identificando possíveis limitações e oportunidades futuras para seus diferentes usuários. Após a revisão da literatura sobre Contabilidade e a técnica de Análise de Balanços, foram levantados os dados das Demonstrações Contábeis Básicas disponibilizadas pela empresa, que são o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício. Com base em tais demonstrativos foi efetuada a reestruturação dos mesmos a fim de facilitar a compreensão aos seus usuários, a atualização dos valores originais de uma série de cinco anos, 2008 a 2012 para o mesmo poder aquisitivo da moeda de 2012 e a elaboração de tabelas e gráficos para a análise e interpretação de diversas técnicas, como: Análise de Balanços em Valores Absolutos, Análise de Balanço em Valores Relativos – Vertical e Horizontal, Análise do Balanço de Fundos, Análise de Balanço por Índices Econômicos e Financeiros representada pelos indicadores de Liquidez, de Endividamento, de Lucratividade, de Rentabilidade, de Atividades, de Solvência e de Mercado. Após a análise e interpretação foram apresentadas as conclusões das análises com sugestões para que a empresa possa usufruir dessas informações para melhorar seus negócios e perceber a importância de tomar decisões mais abalizadas, utilizando-se do auxílio desta técnica, que é indispensável no processo decisório das organizações.

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LISTA DE QUADROS

Quadro 01. Análise comparativa do Balanço Patrimonial em Valores Absolutos

Originais da Microempresa do Comércio Varejista – R$ 1,00... 53

Quadro 02. Análise Comparativa da Demonstração do Resultado do Exercício em Valores Absolutos Originais da Microempresa do Comércio Varejista – R$ 1,00... 54

Quadro 03. Cálculo do Fator de Atualização pelos Índices Médios do IGPM – médio FGV/RJ... 54

Quadro 04. Análise Comparativa do Balanço Patrimonial em Valores Absolutos Atualizados da Microempresa do Comércio Varejista – R$ 1,00... 55

Quadro 05. Análise Comparativa da Demonstração do Resultado do Exercício em Valores Absolutos Atualizados da Microempresa do Comércio Varejista – R$ 1,00... 58

Quadro 06. Análise Comparativa Vertical do Balanço Patrimonial da Microempresa do Comércio Varejista – R$ 1,00... 61

Quadro 07. Resumo de Dados - Ativo Circulante... 62

Quadro 08. Resumo de Dados - Ativo Não Circulante... 63

Quadro 09. Resumo de Dados - Ativo Realizável a Longo Prazo... 63

Quadro 10. Resumo de Dados - Ativo Permanente... 64

Quadro 11. Resumo de Dados – Passivo Circulante... 65

Quadro 12. Resumo de Dados – Patrimônio Líquido... 66

Quadro 13. Análise Comparativa Vertical da Demonstração do Resultado do Exercício da Microempresa do Comércio Varejista... 67

Quadro 14. Resumo de Dados – Receita Operacional Bruta... 68

Quadro 15. Resumo de Dados – Deduções da Receita Bruta... 68

Quadro 16. Resumo de Dados – Lucro Operacional Bruto... 69

Quadro 17. Resumo de Dados – Lucro Operacional Líquido... 70

Quadro 18. Análise Comparativa Horizontal do Balanço Patrimonial da Microempresa do Comércio Varejista... 72

Quadro 19. Resumo de Dados – Evolução do Ativo Circulante... 73

Quadro 20. Resumo de Dados – Evolução do Ativo Não Circulante... 73

Quadro 21. Resumo de Dados – Evolução do Ativo Não Circulante (ARLP)... 74

Quadro 22. Resumo de Dados – Evolução do Ativo Permanente... 75

Quadro 23. Resumo de Dados – Evolução do Passivo Circulante... 75

Quadro 24. Resumo de Dados – Evolução do Passivo Não Circulante (PELP)... 76

Quadro 25. Resumo de Dados – Evolução do Patrimônio Líquido... 76

Quadro 26. Análise Comparativa Horizontal da Demonstração do Resultado do Exercício da Microempresa do Comércio Varejista... 78

Quadro 27. Resumo de Dados – Evolução da Receita Operacional Bruta... 79

Quadro 28. Resumo de Dados – Evolução das Deduções da Receita Operacional Bruta... 79

(6)

Quadro 30. Resumo de Dados – Evolução do Lucro Operacional Bruto... 81

Quadro 31. Resumo de Dados – Evolução do Lucro Operacional Líquido e Lucro Líquido do Exercício... 82

Quadro 32. Análise de Balanço de Fundos – Capital Circulante Líquido... 83

Quadro 33. Análise de Balanço de Fundos – Valores Circulantes... 83

Quadro 34. Análise de Balanço de Fundos – Valores Não Circulantes... 84

Quadro 35. Resumo do Balanço de Fundos – 2008/2009... 84

Quadro 36. Resumo do Balanço de Fundos – 2009/2010... 85

Quadro 37. Resumo do Balanço de Fundos – 2010/2011... 87

Quadro 38. Resumo do Balanço de Fundos - 2011/2012... 88

Quadro 39. Resumo dos Valores do Capital Circulante Líquido... 90

Quadro 40. Resumo do Índice de Liquidez Corrente – ILC... 92

Quadro 41. Resumo do Índice de Liquidez Seca – ILS... 93

Quadro 42. Resumo do Índice de Liquidez Geral – ILG... 94

Quadro 43. Resumo do Índice de Liquidez Imediata – ILI... 96

Quadro 44. Resumo do Coeficiente de Dívidas Circulantes – CDC... 97

Quadro 45. Resumo do Coeficiente de Dívidas Totais – CDT... 98

Quadro 46. Resumo do Coeficiente de Dívidas a Longo Prazo – CDLP... 99

Quadro 47. Resumo do Coeficiente de Segurança Máxima – CSM... 100

Quadro 48. Resumo do Coeficiente de Participação do Capital de Terceiros – CPCT... 102

Quadro 49. Resumo dos Coeficientes de Participação de Dívidas de Curto Prazo – CPDCP... 103

Quadro 50. Resumo das Taxas de Margem do Lucro Bruto – TMLB... 104

Quadro 51. Resumo da Taxa de Margem de Lucro Operacional Líquido e Taxa de Margem do Lucro Líquido do Exercício... 105

Quadro 52. Resumo das Taxas de Remuneração do Capital Social – TRCS... 107

Quadro 53. Resumo das Taxas de Rentabilidade do Patrimônio Líquido – TRPL... 108

Quadro 54. Resumo das Taxas de Remuneração do Ativo Total – TRAT... 109

Quadro 55. Resumo de dados da Taxa de Retorno dos Investimentos Operacionais – TRIO... 110

Quadro 56. Tempo médio de retorno dos investimentos operacionais... 111

Quadro 57. Resumo do Grau de Imobilização do Patrimônio Líquido – GIPL... 112

Quadro 58. Resumo dos indicadores do Exame de Rotação dos Estoques em número de vezes – ERE... 113

Quadro 59. Resumo do Exame de Rotação dos Estoques em Giro de Dias – ERE... 114

Quadro 60. Resumo do Prazo Médio de Duplicatas a Receber – PMDR... 115

Quadro 61. Resumo do Prazo Médio de Pagamento de Duplicatas – PMPD... 116

Quadro 62. Resumo do Prazo Relativo de Duplicatas – PRD... 117

Quadro 63. Resumo do Coeficiente de Overtrading– CoVer... 118

(7)

LISTA DE FIGURAS

Figura 01. Participação do AC na Composição do Ativo... 62

Figura 02. Participação do ANC na Composição do Ativo... 63

Figura 03. Participação do ARLP na Composição do Ativo... 64

Figura 04. Participação do AP na Composição do Ativo... 64

Figura 05. Participação do PC das Fontes Totais... 65

Figura 06. Participação do PL na Composição das Fontes Totais... 66

Figura 07. Participação da ROB na composição da ROL... 68

Figura 08. Participação da DRB na composição da ROL... 69

Figura 09. Participação do LOB em relação a ROL... 69

Figura 10. Participação do LOL em relação a ROL... 70

Figura 11. Evolução do AC ... 73

Figura 12. Evolução do Ativo Não Circulante... 74

Figura 13. Evolução do Ativo Não Circulante (ARLP)... 74

Figura 14. Evolução do Ativo Permanente... 75

Figura 15. Evolução do Passivo Circulante... 76

Figura 16. Evolução do Patrimônio Líquido... 77

Figura 17. Evolução da Receita Operacional Bruta... 79

Figura 18. Evolução das Deduções da Receita Operacional Bruta... 80

Figura 19. Evolução da Receita Operacional Líquida... 80

Figura 20. Evolução do Lucro Operacional Bruto... 81

Figura 21. Evolução do Lucro Operacional Líquido... 82

Figura 22. Variação do CCL no Balanço de Fundos – Valores Circulantes... 83

Figura 23. Resumo do Balanço de Fundos de 2008 – Total das Fontes ... 84

Figura 24. Resumo do Balanço de Fundos de 2008 – Total das Aplicações... 85

Figura 25. Resumo do Balanço de Fundos de 2009 – Total das Fontes ... 86

Figura 26. Resumo do Balanço de Fundos de 2009 – Total das Aplicações... 86

Figura 27. Resumo do Balanço de Fundos de 2010 – Total das Fontes... 87

Figura 28. Resumo do Balanço de Fundos de 2010 – Total das Aplicações... 88

Figura 29. Resumo do Balanço de Fundos de 2011 – Total das Fontes... 88

Figura 30. Resumo do Balanço de Fundos de 2011 – Total das Aplicações... 89

Figura 31. Capital Circulante Líquido... 91

Figura 32. Índice de Liquidez Corrente... 92

Figura 33. Índice de Liquidez Seca... 93

Figura 34. Índice de Liquidez Geral... 95

Figura 35. Indicador de Liquidez Imediata... 96

Figura 36. Coeficiente de Dívidas Circulantes... 97

Figura 37. Coeficiente de Dívidas Totais... 98

Figura 38. Coeficiente de Dívidas a Longo Prazo... 100

Figura 39. Coeficientes de Segurança Máxima... 101

Figura 40. Resultado do Coeficiente de Participação de Capital de Terceiros... 102

(8)

Figura 42. Resumo das Taxas de Margem de Lucro Bruto ... 104

Figura 43. Resumo das Taxa de Margem do Lucro Operacional Líquido e de Margem do Lucro Líquido do Exercício... 106

Figura 44. Taxa de Rentabilidade do Capital Social... 107

Figura 45. Taxa de Rentabilidade do Patrimônio Líquido... 108

Figura 46. Taxa de Remuneração do Ativo Total... 109

Figura 47. Taxa de Retorno do Investimento Operacional... 110

Figura 48. Tempo Médio de Retorno do Investimento... 111

Figura 49. Grau de Imobilização do Patrimônio Líquido... 112

Figura 50. Exame de Rotação dos Estoques e Número de Vezes... 113

Figura 51. Exame de Rotação dos Estoques em Número de Dias... 114

Figura 52. Exame do Prazo Médio de Cobrança de Duplicatas... 115

Figura 53. Exame do Prazo Médio de Pagamento de Duplicatas... 116

Figura 54. Resumo do Prazo Relativo das Duplicatas... 117

Figura 55. Coeficiente de Overtrading ... 118

(9)

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

A – Aplicação

AC – Ativo Circulante AH – Análise Horizontal ANC – Ativo Não Circulante AP – Ativo Permanente

ARLP – Ativo Realizável a Longo Prazo BP – Balanço Patrimonial

CCL – Capital Circulante Líquido

CDC – Coeficiente de Dívidas Circulantes CDLP – Coeficiente de Dívidas de Longo Prazo CDT – Coeficiente de Dívidas Totais

CFC – Conselho Federal de Contabilidade CMLB – Coeficiente de Margem de Lucro Bruto

CMLLE – Coeficiente de Margem do Lucro Líquido do Exercício CMLOL – Coeficiente de Margem de Lucro Operacional Líquido CMS – Coeficiente de Segurança Máxima

CMV – Custo das Mercadorias Vendidas COVER – Coeficiente de Overtrading

CPCT – Coeficiente de Participação de Capitais de Terceiros

CPDCP – Coeficiente de Participação das Dívidas de Curto Prazo sobre as Dívidas Totais

CPV – Custo dos Produtos Vendidos

CRAT – Coeficiente de Remuneração do Ativo Total CRCS – Coeficiente de Rentabilidade do Capital Social CRPL – Coeficiente de Rentabilidade do Patrimônio Líquido CSP – Custo dos Serviços Prestados

DF – Despesas Financeiras

DMPL – Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido DOAR – Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos DRB – Dedução da Receita Bruta

DRE – Demonstração do Resultado do Exercício DVA – Demonstração do Valor Adicionado

EBITDA – Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização ECA – Efeito Combinado de Alavancagem

(10)

ERE – Exame de Rotação dos Estoques F* – Custo Fixo Total

F – Fontes

GIPL – Grau de Imobilização do Patrimônio Líquido ILC – Índice de Liquidez Corrente

ILG – Índice de Liquidez Geral ILI – Índice de Liquidez Imediata ILS – Índice de Liquidez Seca LOB – Lucro Operacional Bruto LOL – Lucro Operacional Líquido MPE – Micro e Pequenas Empresas

P* – Preço Médio de Venda pro Unidade de Produto PC – Passivo Circulante

PELP – Passivo Exigível a Longo Prazo PL – Patrimônio Líquido

PMCD – Prazo Médio de Cobrança de Duplicatas PMPD – Prazo Médio de Pagamento de Duplicatas PNC – Passivo Não Circulante

Q* – Unidade de Produção ROB – Receita Operacional Bruta ROL – Receita Operacional Líquida S* – Vendas em Reais

TCC – Trabalho de Conclusão de Curso TMLB – Taxa de Margem de Lucro Bruto TMLL – Taxa de Margem de Lucro Líquido

TMLLE – Taxa de Margem do Lucro Líquido do Exercício TRAT – Taxa de Retorno do Ativo Total

TRCS – Taxa de Retorno do Capital Social

TRIO – Taxa de Retorno do Investimento Operacional TRPL – Taxa de Retorno do Patrimônio Líquido

UNIJUI – Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul V* – Custo Variável por Unidade de Produto

VC* – Custos Totais Variáveis

*

Siglas utilizadas no item 2.4.7.1 deste estudo, as quais se referem à combinação da Alavancagem Operacional e Financeira.

(11)

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 13

1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO ... 14

1.1 ÁREA DE CONHECIMENTO CONTEMPLADA ... 14

1.2 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO ... 14 1.3 PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA ... 14 1.4 OBJETIVOS ... 15 1.4.1 Objetivo geral ... 15 1.4.2 Objetivos específicos ... 15 1.5 JUSTIFICATIVA ... 16 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ... 17

2.1 CARACTERIZAÇÃO GERAL DA CONTABILIDADE ... 17

2.1.1 Conceituação, objeto, funções e objetivos... 17

2.1.2 Princípios de contabilidade ... 19

2.1.3 Técnicas contábeis básicas ... 20

2.1.4 Demonstrações contábeis ... 21

2.2 ANÁLISE DE BALANÇOS ... 29

2.2.1 Finalidades e objetivos da análise de balanços ... 29

2.2.2 Reestruturação de Demonstrações Contábeis para Análise de Balanços ... 30

2.2.3 Atualização de valores para análise comparativa de balanços ... 30

2.2.4 Análise de balanços em valores absolutos ... 30

2.3 ANÁLISE DE BALANÇOS EM VALORES RELATIVOS ... 30

2.3.1 Análise vertical de balanços ... 31

2.3.2 Análise horizontal de balanços ... 31

2.3.3 Balanço de fundos ... 32

2.4 ANÁLISE DE BALANÇOS POR INDICADORES ECONÔMICOS E FINANCEIROS ... 32

2.4.1 Indicadores de liquidez ... 33

2.4.1.1 Capital Circulante Líquido – CCL ... 33

2.4.1.2 Índice de Liquidez Corrente – ILC ... 34

2.4.1.3 Índice de Liquidez Seca – ILS ... 35

2.4.1.4 Índice de Liquidez Geral – ILG ... 35

2.4.2 Indicadores de endividamento ... 36

2.4.2.1 Coeficiente de Dívidas Circulantes – CDC ... 37

2.4.2.2 Coeficiente de Dívidas Totais – CDT... 37

2.4.2.3 Coeficiente de Dívidas de Longo Prazo – CDLP ... 37

2.4.2.4 Coeficiente de Segurança Máxima – CSM... 38

2.4.3 Indicadores de Solvência/Insolvência ... 39

2.4.3.1 Coeficiente de Overtrading– CoVer... 39

2.4.3.2 Índice de Insolvência de Kanitz ... 39

2.4.4 Indicadores de lucratividade ... 40

2.4.4.1 Coeficiente de Margem de Lucro Bruto – CMLB ... 40

2.4.4.2 Coeficiente de Margem de Lucro Operacional Líquido – CMLOL ... 41

2.4.4.3 Coeficiente de Margem do Lucro Líquido do Exercício – CMLLE ... 41

2.4.5 Indicadores de rentabilidade ... 41

(12)

2.4.5.2 Coeficiente de Rentabilidade do Patrimônio Líquido – CRPL ... 42

2.4.5.3 Coeficiente de Remuneração do Ativo Total – CRAT ... 43

2.4.5.4 Taxa de Retorno do Investimento Operacional – TRIO ... 43

2.4.6 Indicadores de Atividades ou Rotação ... 44

2.4.6.1 Grau de Imobilização do Patrimônio Líquido – GIPL ... 44

2.4.6.2 Exame de rotação dos estoques ... 44

2.4.6.3 Exame do Prazo Médio de Cobrança de Duplicatas – PMCD ... 45

2.4.6.4 Exame do Prazo Médio de Pagamento de Duplicatas – PMPD ... 45

2.4.7 Outros indicadores econômicos e financeiros ... 46

2.4.7.1 Alavancagem financeira e operacional ... 46

2.4.7.2 EBITDA e outros indicadores do mercado de capitais... 47

3 PERCURSO METODOLÓGICO ... 48

3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA ... 48

3.2 COLETA DE DADOS ... 50

3.2.1 Instrumento de coleta de dados ... 51

3.3 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS ... 51

4 ATIVIDADE PRÁTICA ... 52

4.1 APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ... 52

4.2 ANÁLISE DE BALANÇOS EM VALORES ABSOLUTOS ... 52

4.2.1 Balanço patrimonial em valores absolutos originais ... 52

4.2.2 Demonstração do resultado do exercício em valores absolutos originais ... 53

4.3 ATUALIZAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS PARA ANÁLISE COMPARATIVA DE BALANÇOS ... 54

4.3.1 Balanço Patrimonial em valores absolutos atualizados ... 55

4.3.1.1 Análise e interpretação do Balanço Patrimonial em valores absolutos atualizados ... 56

4.3.2 Demonstração do resultado do exercício em valores absolutos atualizados ... 58

4.3.2.1 Análise e interpretação da Demonstração do Resultado do Exercício em valores absolutos atualizados ... 59

4.4 ANÁLISE DE BALANÇOS EM VALORES RELATIVOS ... 60

4.4.1 Análise vertical de Balanços da empresa do comércio varejista ... 60

4.4.1.1 Balanço Patrimonial da Microempresa do Comércio Varejista em Valores Relativos – Vertical ... 61

4.4.1.2 Interpretação e análise vertical do Balanço Patrimonial da microempresa do comércio varejista ... 62

4.4.1.3 Demonstração do Resultado do Exercício da microempresa do comércio varejista em valores relativos – Vertical... 67

4.4.1.4 Interpretação e análise vertical da Demonstração do Resultado do Exercício da microempresa do comércio varejista ... 68

4.4.2 Análise Horizontal de Balanços da empresa do comércio varejista ... 71

4.4.2.1 Balanço Patrimonial da microempresa do comércio varejista em valores relativos – horizontal ... 72

4.4.2.2 Interpretação e análise horizontal do Balanço Patrimonial da microempresa do comércio varejista ... 73

4.4.2.3 Demonstração do Resultado do Exercício da microempresa do comércio varejista em valores relativos – horizontal ... 78

4.4.2.4 Interpretação e Análise Horizontal da Demonstração do Resultado do Exercício da microempresa do comércio varejista ... 79

(13)

4.6 ANÁLISE DE BALANÇOS POR ÍNDICES ECONÔMICOS E FINANCEIROS ... 90

4.6.1 Análise de indicadores de liquidez ... 90

4.6.1.1 Capital Circulante Líquido ... 90

4.6.1.2 Índice de Liquidez Corrente – ILC ... 91

4.6.1.3 Índice de Liquidez Seca – ILS ... 93

4.6.1.4 Índice de Liquidez Geral – ILG ... 94

4.6.1.5 Índice de Liquidez Imediata – ILI ... 95

4.6.2 Análise de Indicadores de Endividamento ... 96

4.6.2.1 Coeficiente de Dívidas Circulantes – CDC ... 97

4.6.2.2 Coeficiente de Dívidas Totais – CDT... 98

4.6.2.3 Coeficiente de Dívidas de Longo Prazo – CDLP ... 99

4.6.2.4 Coeficiente de Segurança Máxima – CSM... 100

4.6.2.5 Coeficiente de Participação de Capital de Terceiros – CPCT ... 101

4.6.2.6 Coeficiente de Participação das Dívidas de Curto Prazo sobre as Dívidas Totais – CPDCP ... 102

4.6.3 Análise de indicadores de lucratividade ... 104

4.6.3.1 Taxa de Margem de Lucro Bruto – TMLB ... 104

4.6.3.2 Taxas de Margem de Lucro Operacional Líquido – TMLL e Taxa de Margem do Lucro Líquido do Exercício – TMLLE ... 105

4.6.4 Análise de indicadores de rentabilidade ... 106

4.6.4.1 Taxa de Rentabilidade do Capital Social – TRCS ... 106

4.6.4.2 Taxa de Rentabilidade do Patrimônio Líquido – TRPL ... 107

4.6.4.3 Taxa de Remuneração do Ativo Total – TRAT ... 108

4.6.4.4 Taxa de Retorno do Investimento Operacional – TRIO ... 109

4.6.5 Análise de indicadores de atividades ou rotação ... 111

4.6.5.1 Grau de Imobilização do Patrimônio Líquido – GIPL ... 112

4.6.5.2 Exame de Rotação dos Estoques – ERE ... 113

4.6.5.3 Exame do Prazo Médio de Cobrança de Duplicatas – PMCD ... 114

4.6.5.4 Exame do Prazo Médio de Pagamento de Duplicatas – PMPD ... 116

4.6.6 Análise de indicadores de solvência ... 117

4.6.6.1 Coeficiente de Overtrading – CoVer... 118

4.6.6.2 Índice de Insolvência de Kanitz ... 119

4.7 CONCLUSÃO DA ANÁLISE DE BALANÇO PARA DECISÕES NA MPME ... 120

CONCLUSÃO ... 125

(14)

INTRODUÇÃO

A análise de balanços é uma técnica contábil que consiste em realizar estudos de ordem econômica e financeira de uma determinada entidade. Utiliza, para tanto, dados e indicadores patrimoniais, econômicos e financeiros que evidenciam a situação da empresa, projetando melhores condições futuras aos seus sócios e ou proprietários na tomada de decisões diante de possíveis e novos cenários.

Esta ferramenta visa, portanto, trazer informações úteis aos usuários internos e externos, trazendo subsídios para a avaliação, planejamento e tomada de decisão. Tais demonstrações têm a finalidade de revelar a situação e as variações do patrimônio, o grau de liquidez e a capacidade de solvência da empresa.

O objetivo deste estudo é a aplicação dos índices para tornar evidentes as variações patrimoniais da empresa objeto de estudo. É importante ressaltar que com a comparabilidade de vários períodos, é possível avaliar as variáveis e as tendências futuras. Sendo assim, a empresa terá mais segurança para tomar a decisão correta, de forma criteriosa e consistente, na busca dos objetivos traçados pelos seus proprietários, que é o seu constante crescimento.

Neste sentido, no primeiro capítulo o estudo apresenta a sua contextualização, com a definição do tema, o problema, os objetivos a serem atingidos e a justificativa de sua realização.

No segundo capítulo consta a revisão bibliográfica, produto de ampla pesquisa sobre o tema de estudo, ou seja, a Contabilidade e a técnica contábil da Análise de Balanços. O embasamento teórico e técnico constitui-se na base para a realização da tarefa prática, que consiste na identificação da real situação econômico-financeira de uma empresa do setor do comércio varejista de confecções.

No terceiro capítulo é apresentado o percurso metodológico do estudo, em suas diferentes etapas, como a classificação do estudo, a coleta, a análise e a interpretação dos dados.

Na quarta e última parte do estudo é apresentado o produto da parte prática do trabalho de conclusão de curso, constituída da aplicação das várias técnicas de análise de balanços sobre as demonstrações contábeis básicas da empresa objeto de estudo, culminando com as conclusões da análise.

Finalmente, constam as considerações finais do estudo e as referências, que fundamentaram o estudo.

(15)

1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO

Neste capítulo consta a descrição do estudo, desde a definição do tema, do problema, dos objetivos até a justificativa do tema, o qual propõe um estudo na área de Análise de Demonstrações Contábeis.

1.1 ÁREA DE CONHECIMENTO CONTEMPLADA

A Contabilidade, segundo Basso (2012), é a área do conhecimento destinada ao estudo, controle e observação do patrimônio e suas variações, seja de uma entidade sem fins lucrativos, seja de uma empresa, nos seus aspectos quantitativos e qualitativos, e que mediante um conjunto de normas, princípios e leis, se constitui na técnica de coletar, catalogar e registrar os fatos que nele ocorrem.

Neste contexto, uma das áreas de atuação de um profissional da Contabilidade é a Análise de Balanços, caracterizada sinteticamente como a metodologia adequada para evidenciar a situação econômico-financeira dos patrimônios em estudo. A referida área se constitui no tema do estudo ora proposto para a realização da tarefa de conclusão do curso de Ciências Contábeis da Unijuí, tendo por base uma microempresa do setor de varejo.

1.2 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO

As demonstrações contábeis para o estudo econômico-financeiro são de uma microempresa do setor de varejo, optante do Simples Nacional, estabelecida numa cidade da região Noroeste do Rio Grande do Sul, que tem seus serviços contábeis prestados por um Escritório de Contabilidade, também responsável pelos demais serviços correlatos. Nesse sentido, foram estudadas as demonstrações contábeis dos últimos cinco exercícios sociais, ou seja, de 2008 a 2012, cujos valores históricos foram atualizados de acordo com a variação do poder aquisitivo da moeda ocorrida no período.

1.3 PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA

A técnica contábil da análise de balanços tem por objetivo transformar dados apresentados nas demonstrações contábeis em informações sobre a situação econômico-financeira das entidades com ou sem fins lucrativos. São utilizadas, para tanto, várias técnicas

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de análise, que vão desde indicadores da estrutura dos capitais e suas aplicações em bens e direitos, passando por indicadores de liquidez, solvabilidade, lucratividade e rentabilidade e outros, proporcionando melhores condições ao gestor para compreender os vários momentos vividos pela organização e de poder projetar tendências futuras (OLIVEIRA et al., 2010).

Cada vez mais a Análise das Demonstrações Contábeis se torna fundamental para as empresas, pois agrega valor às informações, possibilitando a visualização de limitações e oportunidades, fornecendo diagnósticos futuros para seus diversos usuários.

Neste contexto, a empresa objeto de estudo não tem utilizado essa ferramenta para o gerenciamento e a tomada de decisões, as quais são tomadas por intuição e não com o auxílio do conhecimento técnico. Ao utilizar esta ferramenta, a empresa terá a oportunidade de avaliar com mais qualidade a situação econômico-financeira da empresa e proporcionar os meios fundamentais para o seu gerenciamento.

Neste sentido, a pergunta básica a que o presente estudo pretende responder é a seguinte: Quais são os indicadores econômicos e financeiros que a técnica da Análise de

Balanços pode proporcionar à empresa, que são fundamentais para o empresário no processo de tomada de decisões gerencias?

1.4 OBJETIVOS

Os objetivos do presente estudo se dividem em geral e específicos.

1.4.1 Objetivo geral

Avaliar os indicadores fornecidos por meio da técnica contábil da Análise de Balanços, e sua utilidade no processo de gerenciamento de uma microempresa do ramo de comércio de confecções, bem como na tomada de decisões econômico-financeiras.

1.4.2 Objetivos específicos

Revisar a literatura referente à Contabilidade e à técnica contábil de Análise de Balanços; levantar os demonstrativos contábeis obrigatórios da empresa a ser estudada;

apurar os indicadores financeiros e econômicos da empresa em estudo;

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1.5 JUSTIFICATIVA

Com a acirrada concorrência e a busca pela excelência das empresas no mercado, cada vez mais a Análise das Demonstrações Contábeis vem se tornando uma necessidade, uma vez que ela permite uma avaliação da situação econômica e financeira da organização.

Diante disso, é importante frisar as constantes mudanças que ocorrem no ambiente externo das entidades. Ademais, é necessário estar sempre atento às tendências, principalmente no comportamento dos clientes e concorrentes. Para o constante crescimento das empresas, as demonstrações contábeis têm papel indispensável, pois permitem que os administradores identifiquem se a empresa está no rumo certo e quais as mudanças serão necessárias na tomada de decisão.

Para a acadêmica, este estudo é de suma importância, pois se constitui numa excelente oportunidade para aprofundar conhecimentos na área da Análise das Demonstrações Contábeis. Trata-se de importante ferramenta de assessoria futura às empresas e clientes na área econômico-financeira e, também, para a empresa-cliente, pois permite transcrever dados em informações precisas que a empresa poderá utilizar nas suas tomadas de decisões. Essas decisões certamente serão mais abalizadas, pois estarão baseadas em indicadores técnicos. O auxílio desta técnica permitirá melhor compreensão do momento em que a empresa se encontra e proporcionará melhor prospecção do seu crescimento futuro.

Para a Universidade e o curso de Ciências Contábeis, este estudo ficará à disposição daqueles que demonstrarem interesse pelo tema.

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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Neste capítulo apresenta-se uma pesquisa bibliográfica sobre o tema em questão, demonstrando as técnicas da Análise das Demonstrações Contábeisdesenvolvidas por autores e profissionais da Contabilidade.

2.1 CARACTERIZAÇÃO GERAL DA CONTABILIDADE

Neste tópico serão abordados aspectos relevantes da Contabilidade, de forma a proporcionar o entendimento quanto a sua conceituação, objeto, funções e objetivos, princípios e normas, técnicas contábeis básicas e demonstrações contábeis.

2.1.1 Conceituação, objeto, funções e objetivos

A Contabilidade é uma Ciência Social Aplicada e, desde os primórdios da civilização as pessoas utilizam-se dela como uma forma de mensurar as suas riquezas.

Segundo Basso (2011, p. 26),

Contabilidade, como um conjunto ordenado de conhecimentos próprios, leis científicas, princípios e métodos de evidenciação próprios, é a ciência que estuda, controla e observa o patrimônio das entidades nos seus aspectos quantitativo (monetários) e qualitativo (físico), e que, como conjunto de normas, preceitos, regras e padrões gerais, se constitui na técnica de coletar, catalogar e registrar informações de suas variações e situações, especialmente de natureza econômica e financeira e, complementarmente, controla, registra e informa situações impactantes de ordem socioambiental decorrentes de ações praticadas pela entidade no ambiente em que está inserida.

No entendimento de Sá (1999, p. 42), a “Contabilidade é a ciência que estuda os fenômenos patrimoniais, preocupando-se com realidades, evidências e comportamentos dos mesmos, em relação à eficácia funcional das células sociais”.

Já para Santos e Barros (2013, p. 25), “A Contabilidade ocupa-se do estudo e do controle do patrimônio das entidades (empresas). E faz isso por meio dos registros contábeis dos fatos e das respectivas demonstrações dos resultados produzidos como o Balanço Patrimonial”.

Para Basso (2011), o objeto da contabilidade é o patrimônio, e ali estão constituídos os bens, direitos e obrigações pertencentes a uma entidade. Considera-se bens os objetos materiais e imateriais existentes na empresa, enquanto direitos são os valores ou haveres que a

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empresa tem a receber de terceiros, que podem ser pessoas físicas ou jurídicas, e as obrigações são os valores que a empresa tem a pagar.

Segundo Greco, Gärtner e Arend (2009, p. 2), “O objeto de estudo da Contabilidade é o patrimônio, que ela estuda e controla, registrando as alterações ocorridas”.

Já para Santos e Barros (2013, p. 25), “Na Contabilidade, o objeto é sempre o patrimônio da entidade. O Patrimônio é definido como um conjunto de bens, direitos e obrigações para com terceiros, pertencentes à entidade”.

Além da definição citada acima, os bens e os direitos formam a parte positiva do patrimônio, enquanto que as obrigações formam a sua parte negativa e a diferença entre uma e outra revela a situação líquida.

Nesse mesmo rumo Basso (2011, p. 29) destaca os objetivos e as funções da Contabilidade. Quanto aos objetivos o autor destaca os seguintes:

Os principais objetivos da contabilidade podem ser assim explicitados:

a) controlar (física e monetariamente) os elementos patrimoniais e suas variações; b) apurar resultados decorrentes das variações ocorridas no patrimônio da entidade; c) evidenciar a situação patrimonial, econômica e financeira da entidade, bem como suas tendências;

d) atentar para o cumprimento de normas, leis e demais dispositivos emergentes da legislação aplicável aos negócios da entidade.

e) fornecer informações sobre o patrimônio aos seus usuários, de acordo com suas necessidades.

Quanto às funções, Basso (2011, p. 29) enfatiza:

a) coletar os documentos comprobatórios dos atos e fatos administrativos e econômicos que ocorrem com o patrimônio da empresa;

b) classificar os documentos comprobatórios de acordo com as alterações que provocam no patrimônio da entidade;

c) registrar os fatos contábeis decorrentes das alterações patrimoniais nos livros de escrituração contábil da entidade;

d) acumular informações quantitativas e qualitativas do patrimônio e suas variações, ao longo do tempo;

e) resumir informações do patrimônio e suas variações, em demonstrativos contábeis;

f) revelar a situação patrimonial, econômica e financeira da entidade.

Segundo Santos e Barros (2013, p. 26), “O objetivo científico da Contabilidade manifesta-se na correta apresentação do patrimônio e na apreensão e análise das causas das suas mutações”.

Sem dúvida, pode-se destacar que a contabilidade é uma ferramenta geradora de informações muito importante para seus usuários, tanto internos quanto externos na tomada de decisão.

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2.1.2 Princípios de contabilidade

Segundo Basso (2011), o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) – órgão máximo de normatização da atividade contábil no Brasil – publicou em 1981 a Resolução CFC nº 530/81, a qual instituiu os Princípios Fundamentais da Contabilidade.

Em 1993 o CFC instituiu novos Princípios Fundamentais de Contabilidade por intermédio da Resolução CFC nº 750/93, que procurou ampliar a visão e a interpretação das normas regulamentadoras.

Em 2010, em decorrência das leis 11.638/07 (Lei das Sociedades por Ações) e 11.941/09 (alterações na legislação tributária), a Resolução CFC nº 1.282/10 deu nova redação aos Princípios Fundamentais de Contabilidade, definidos como: Princípio da Entidade, Princípio da Continuidade, Princípio da Oportunidade, Princípio do Registro pelo Valor Original, Princípio da Competência e Princípio da Prudência.

Para Basso (2011, pp. 354-355),

O Princípio da Entidade reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por consequência, nessa acepção, o patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição.

No entendimento de Greco, Gärtner e Arend (2009, p. 15), “O princípio da entidade se estrutura na personalidade (entidade e proprietários são pessoas distintas, juridicamente, inclusive) e na autonomia patrimonial (patrimônio personalizado e autônomo)”.

Enquanto isso, para Basso (2011, p. 357), “O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em operação no futuro, e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta circunstâncias”.

Já segundo Greco, Gärtner e Arend (2009, p. 15), “A vida da entidade é continuada, por consequência, como as demonstrações contábeis são estáticas, não podem ser desvinculadas dos períodos anteriores e subsequentes. Ocorrendo a descontinuidade, o fado dever ser divulgado”.

Basso (2011, p. 362) assevera ainda que “O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas”. Ao que Greco, Gärtner e Arend (2009, p. 15)

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complementam: “Esse princípio objetiva evitar a omissão de lançamentos relativos a mutações patrimoniais carentes de documentação formal [...]”.

Também para Basso (2011, p. 363), “O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do patrimônio devam ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações, expressos em moeda nacional”.

Já na acepção de Greco, Gärtner e Arend (2009, p. 16), “[...] Os componentes do patrimônio devem ser registrados pelos valores originais das transações com o mundo exterior, expressos a valor presente na moeda do país [...]”.

Basso (2011, p. 367) esclarece que “O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento”.

Enquanto isso, Greco, Gärtner e Arend (2009, p. 17) expressam que “[...] as receitas e despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem independente de recebimento ou pagamento”.

Ainda segundo Basso (2011, p. 372), “O Princípio da Prudência determina a adoção do menor valor para os componentes do Ativo e do maior para os do Passivo, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para as qualificações das mutações patrimoniais que alteram o Patrimônio Líquido”.

Para Greco, Gärtner e Arend (2009, p. 19), finalmente, “O princípio da prudência visa proteger o capital total da empresa, evitando que sejam distribuídos lucros na verdade não auferidos”.

2.1.3 Técnicas contábeis básicas

As técnicas básicas utilizadas em Contabilidade, segundo estudos de Basso (2011), estão explícitas em quatro grupos, que são: escrituração, demonstrativos contábeis, auditoria e análise de balanços.

a) Escrituração: É onde os fatos contábeis são registrados nos livros de escrituração

contábil (Diário e Razão) e nos livros auxiliares.

b) Demonstrativos Contábeis: São os relatos econômicos e financeiros que podem ser

extraídos após a realização da escrituração contábil, conhecidos como balancete de verificação; balanço patrimonial; demonstração do resultado do exercício; demonstração dos fluxos de caixa; demonstração de lucros ou prejuízos acumulados, entre outros.

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c) Auditoria: São aplicados exames nas práticas contábeis, envolvendo a escrituração e as

demonstrações contábeis para a certificação de sua lisura, legalidade, correção e fidedignidade.

d) Análise de Balanços: É a aplicação de indicadores nos dados e informações de situações

passadas e presentes da empresa para o estudo, interpretação e análise da realidade patrimonial, econômica e financeira, bem como projeções que visem tendências futuras.

2.1.4 Demonstrações contábeis

As demonstrações contábeis utilizadas pela Contabilidade são denominadas obrigatórias e complementares. As obrigatórias básicas são o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício, complementadas pela Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (ou Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados), a Demonstração dos Fluxos de Caixa e a Demonstração do Valor Adicionado. Para as empresas de pequeno e médio porte, não é obrigatória a Demonstração do Valor Adicionado.

a) Balanço Patrimonial – BP

O Balanço Patrimonial é a demonstração mais importante da Contabilidade, pois permite verificar a situação econômica e financeira da empresa.

Segundo estudos de Basso (2011, p. 292),

O demonstrativo contábil “Balanço Patrimonial” pode ser entendido como uma representação quantitativa e sintética dos elementos que compõem o patrimônio de uma entidade numa determinada data, revelando a sua posição financeira e patrimonial estática, isto é, na data do seu levantamento.

Já para Silva (2006, p. 94),

[...] o balanço retrata a posição patrimonial da empresa em determinado momento, composta por bens, direitos e obrigações. O ativo mostra onde a empresa aplicou os recursos, ou seja, os bens e direitos que possui. O passivo mostra de onde vieram os recursos, isto é, os recursos provenientes de terceiros e próprios. Os recursos próprios podem ser originários de capital colocado na empresa pelos sócios ou de lucro gerado pela empresa.

No entendimento de Iudícibus (2009, p. 31),

A expressão balanço decorre do equilíbrio: Ativo = Passivo + PL, ou da igualdade: Aplicação = Origens. Parte-se da ideia de uma balança de dois pratos em que sempre se encontra a igualdade. Já que, em vez de denominar-se balança, denomina-se, no

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masculino, balanço. A expressão patrimonial origina-se do Patrimônio da empresa, ou seja, conjunto de bens, direitos e obrigações. Daí origina-se a expressão Patrimônio Líquido, que significa a parte líquida do patrimônio, a riqueza líquida da empresa num processo de continuidade, a situação líquida. Juntando as duas expressões, forma-se o Balanço Patrimonial, o equilíbrio do patrimônio, a igualdade patrimonial.

Sendo assim, a estrutura do Balanço Patrimonial, segundo Basso (2011), é constituída como Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido. O Ativo é classificado em dois grandes grupos: o Ativo Circulante e Ativo Não Circulante. O Ativo Não Circulante é dividido em Realizável a Longo Prazo e Investimentos (Imobilizado e Intangível). O Passivo também segue a mesma lógica, ou seja, é dividido em dois grandes grupos: o Passivo Circulante e o Passivo Não Circulante, Exigível a Longo Prazo. Já o Patrimônio Líquido é dividido em seis grupos de contas: Capital Social, Reservas de Capital, Reservas de Lucros, Ajustes de Avaliações Patrimoniais, (-) Ações em Tesouraria e (-) Prejuízos Acumulados.

No Ativo constam os componentes das aplicações de recursos extraídas do Passivo. Enquanto isso, no Ativo Circulante é onde estão situadas as contas que se movimentam mais rapidamente, ou seja, têm menor duração na empresa.

Segundo Basso (2011, p. 299), “No Ativo Circulante são classificadas as contas representativas dos bens e direitos que deverão ser transformados em dinheiro dentro do exercício social seguinte, além do próprio dinheiro disponível da entidade na data da elaboração do balanço patrimonial”.

Para Silva (2006, p. 116), “O ativo circulante compreende as disponibilidades, os direitos realizáveis no exercício social seguinte e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte”.

E, no entendimento de Iudícibus (2009, p. 33), “O dinheiro (caixa ou bancos), que é o item mais líquido, é agrupado com outros itens que são transformados em dinheiro, consumidos ou vendidos a curto prazo [...]”.

No Ativo Não Circulante estão classificadas as contas de maior permanência na empresa. Segundo Basso (2011, p. 299),

[...] São classificadas as contas representativas dos bens e direitos que deverão ser transformados em dinheiro após o exercício social seguinte, incluindo-se também os investimentos temporários sem data de resgate fixada, e os créditos decorrentes de operações com sócios e diretores da entidade (empresa).

Iudícibus (2009, p. 33) descreve que: “São ativos de menor liquidez (transformam-se em dinheiro mais lentamente) que o circulante”.

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Greco, Gärtner e Arend (2009, p. 86) complementam que “São incluídos nesse grupo todos os bens de permanência duradoura, destinados ao funcionamento normal da sociedade e do seu empreendimento, assim como os direitos exercidos com essa finalidade”.

Os investimentos, por sua vez, são bens ou direitos em participação permanente em outras entidades. Basso (2011, p. 299) muito bem expressa que,

Para a classificação das contas representativas de aplicações de recursos permanentes no capital de outras entidades (geralmente empresas), representadas por ações ou cotas de capital, mais os valores aplicados em bens móveis e imóveis que não estejam, naquele momento, em operação na entidade, tais como bens em desuso, terrenos, terras e construções não ocupados pela entidade, entre outros.

Para Iudícibus (2009, p. 34), os investimentos “São as participações (que não se destinam à venda) em outras sociedades e outras aplicações de característica permanente que não se destinam à manutenção da atividade operacional da empresa”.

Greco, Gärtner e Arend (2009, p. 87) complementam que “São as participações permanentes em outras sociedades e os diretos de qualquer natureza, não calcificáveis no Ativo Circulante, e que não se destinam à manutenção da atividade da companhia ou da empresa [...]”.

O Ativo Imobilizado, segundo Silva (2006), destina-se à manutenção das atividades da empresa. Ele varia de acordo com a sua atividade principal, sendo avaliado pelo custo de aquisição e tem vida útil definida. Estes bens sofrem depreciação, amortização e exaustão, sendo os mais usuais: imóveis, máquinas e equipamentos, equipamentos de informática, veículos, móveis e instalações, entre outros.

No entendimento de Basso (2011, p. 299), o Ativo Imobilizado “[...] agrupa as contas representativas dos bens materiais (corpóreos) utilizados na realização das atividades operativas e administrativas da entidade e, por isso, assumem um caráter de permanência duradoura no patrimônio”.

Enquanto isso, Iudícibus (2009, p. 34) entende por Ativo Imobilizado “[...] todo ativo de natureza relativamente permanente que se utiliza na operação dos negócios de uma empresa e que não se destina à venda [...]”. E complementa que intangíveis são os direitos imateriais, de posse da empresa, ou seja, aqueles bens destinados à sua manutenção que não podem ser tocados. Dentre estes bens pode-se destacar a marca e o Goodwill.

Basso (2011, p. 299) descreve a importância de “[...] agrupar as contas representativas de bens imateriais, desenvolvidos ou adquiridos e que representam potenciais efetivos de benefício econômico no presente e/ou no futuro”. Matarazzo (2010, p. 42), por sua vez,

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afirma que “Direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade [...]”.

No Passivo estão os componentes das origens de recursos que financiarão os Ativos. No Passivo Circulante, Matarazzo (2010, p. 44) define: “O Passivo Circulante compreende todas as obrigações da empresa vencíveis no prazo de um ano [...]”. Já para Basso (2011, p. 300), “O Passivo Circulante reúne as obrigações da entidade com vencimento no exercício social seguinte [...]”. E Greco, Gärtner e Arend (2009, p. 88) apontam que “São classificadas no Passivo Circulante as contas representativas das obrigações da companhia [...]”.

No Passivo Não Circulante – Exigível a Longo Prazo, Basso (2011, p. 300) explica que “São reunidas as contas representativas das obrigações com vencimento previsto para depois do exercício social seguinte, tanto aquelas decorrentes do seu normal funcionamento quanto aquelas decorrentes de financiamentos”. Para Silva (2006, p. 137), “As obrigações de longo prazo são caracterizadas por terem seus vencimentos após o término do exercício seguinte, isto é, num prazo superior a um ano [...]”. E, para Iudícibus (2009, p. 36), “São as dívidas da empresa que serão liquidadas com prazo superior a um ano: financiamentos, títulos a pagar etc.”.

O Patrimônio Líquido é a conta onde estão alocados os recursos próprios da empresa, creditados pelos sócios. Segundo Silva (2006, p. 139), “O patrimônio líquido representa, no balanço patrimonial, a parte da empresa que pertence a seus proprietários [...]”. Para Matarazzo (2010, p. 45), “O Patrimônio Líquido representa os recursos dos acionistas formados por capital – dinheiro ou bens – entregues pelos acionistas à empresa ou por lucros gerados pela empresa e retidos em diversas contas de reservas”. Já para Iudícibus (2009, p. 36), “O PL representa os investimentos dos proprietários (capital) mais o lucro, no decorrer dos anos, retido na empresa, ou seja, não distribuído [...]”.

b) Demonstração do Resultado do Exercício – DRE

Segundo Iudícibus (2009, pp. 38-39), “A demonstração do resultado do exercício é um resumo ordenado das receitas e despesas em determinado período (12 meses). É apresentada de forma dedutiva (vertical), ou seja, das receitas subtraem-se as despesas e, em seguida, indica-se o resultado (lucro ou prejuízo)”.

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A Demonstração do Resultado do Exercício é uma demonstração dos aumentos e redução causados no Patrimônio Líquido pelas operações da empresa. As receitas representam normalmente aumento do Ativo, através de ingresso de novos elementos, como duplicatas a receber ou dinheiro proveniente das transações. Aumentando o Ativo, aumenta o Patrimônio Líquido. As despesas representam redução no Patrimônio Líquido através de um entre dois caminhos possíveis: redução do Ativo ou aumento do Passivo Exigível.

Já para Hoji (2010, p. 266),

A Demonstração do Resultado do Exercício é uma demonstração contábil que apresenta o fluxo de receitas e despesas, que resulta em um aumento ou redução do patrimônio líquido entre duas datas. Ela deve ser apresentada de forma dedutiva, isto é, inicia-se com a Receita Operacional Bruta e dela deduzem-se custos e despesas, para apurar o lucro líquido [...].

De acordo com as explicações dos autores citados anteriormente, é possível entender que a Demonstração do Resultado do Exercício é uma demonstração resumida que envolve as receitas e despesas entre duas datas, demonstrando lucro ou prejuízo gerado para a empresa em determinado período.

A Receita Operacional Bruta da empresa, segundo Matarazzo (2010, p. 48), “[...] é constituída pelo valor bruto faturado. O faturamento representa o ingresso bruto de recursos externos provenientes das operações – normais de venda a prazo ou à vista, no mercado nacional e exterior, de produtos, mercadorias ou serviços”.

Para Hoji (2010, p. 266), “A Receita Bruta representa o valor das vendas à vista e a prazo de mercadorias e/ou produtos, bem como serviços prestados, e inclui todos os impostos”. Já para Silva (2006, p. 149), representa “a receita operacional das operações normais e habituais da empresa”.

Vendas canceladas, segundo Silva (2006, p. 151), “[...] são aquelas decorrentes das devoluções efetuadas pelos clientes, em função de os produtos não atenderem as suas especificações, apresentarem defeitos, ou por qualquer outra razão”. Para Matarazzo (2010, p. 48), “É a conta devedora que registra o montante das vendas devolvidas pelos clientes, tendo em vista os defeitos apresentados ou não atendimento das especificações do pedido”. Já para Hoji (2010, p. 266), “As vendas canceladas representam as mercadorias devolvidas pelos clientes e canceladas, por vários motivos”.

Quanto aos abatimentos sobre vendas, segundo Silva (2006, p. 151), estes “[...] são decorrentes de descontos especiais concedidos aos clientes em função de defeitos apresentados, por exemplo”. Para Matarazzo (2010 p. 48), “Abatimento sobre vendas compreendem os descontos concedidos a clientes, após a entrega de produtos/mercadorias,

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por defeitos de qualidade, danos de entrega, não atendimento completo de especificações, etc”. E, na percepção de Hoji (2010, p. 266-267), “Os abatimentos são os descontos concedidos a clientes, por defeitos apresentados pelos produtos vendidos”.

Com relação aos impostos incidentes sobre vendas, Silva (2006, p. 151) explica que são “[...] valores que foram transferidos pela empresa para o governo federal (IPI), estadual (ICMS) ou municipal (ISS), por exemplo”.

A esse respeito Iudícibus (2009, p. 40) explana:

Impostos e taxas sobre vendas sobre vendas são aqueles gerados no momento da venda. São os mais comuns:

• IPI – Imposto Sobre Produtos Industrializados (governo federal);

• ICMS – Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (governo estadual);

• ISS – Imposto Sobre Serviço de Qualquer natureza (governo municipal);

• IUM – Imposto Único sobre Minerais (governo federal);

• PIS – Programa de Integração Social – taxa sobre faturamento (governo federal);

• COFINS – Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (taxa do governo federal).

Já para Hoji (2010, p. 267), “Os impostos sobre vendas e serviços representam os impostos incidentes sobre as vendas e os serviços prestados, gerados por meio de emissão de notas fiscais e faturas [...]”.

Receita Operacional Líquida, segundo Silva (2006, p. 151), “é efetivamente a parte da receita que ficará para a empresa cobrir seus custos e despesas e para gerar lucro [...]”. Para Hoji (2010, p. 267), “A receita líquida corresponde ao valor obtido pela receita bruta deduzida das vendas canceladas, abatimentos e impostos [...]”.

Quanto ao custo dos produtos, mercadorias e serviços vendidos, Matarazzo (2010) explica que o custo dos produtos vendidos compõe os custos das indústrias onde os produtos são transformados em bens para a comercialização. O custo das mercadorias vendidas compõe os custos do comércio que compra mercadorias para serem revendidas no mercado. Já o custo dos serviços prestados compõe o custo das empresas prestadoras de serviço, os quais variam conforme o ramo de atividade. Muitas dessas empresas não relatam estes custos na Demonstração de Resultado do Exercício, prejudicando assim a Análise de Balanços.

O Lucro Operacional Bruto, por sua vez, segundo Silva (2006, p. 154), “[...] é a diferença entre a receita operacional líquida e o CMV, CPV ou CSP [...]”. Nesse mesmo rumo, para Iudícibus (2009, p. 41), “Lucro Bruto é a diferença entre a Venda de Mercadorias e o Custo dessa Mercadoria Vendida, sem considerar despesas administrativas, de vendas e financeiras [...]”.

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Já para Hoji (2010, p. 268), “O Lucro Bruto é a diferença entre a Receita líquida e os Custos”. O autor ainda menciona que as despesas operacionais são necessárias para administrar a empresa e financiar as operações realizadas por ela. Estas despesas são divididas em: despesa de vendas, despesas gerais e administrativas e despesas financeiras.

a) Despesa de Vendas: São as despesas que envolvem as vendas, despesa com pessoal de

vendas, comissões sobre vendas, propaganda e publicidade, fretes e carretos, entre outras.

b) Despesas Gerais e Administrativas: São despesas gastas para administrar a empresa, tais

como: salários e encargos sociais do pessoal administrativo, impostos e taxas, aluguéis de escritório, entre outros.

c) Despesas Financeiras: São as contas de juros pagos ou incorridos, descontos concedidos,

comissões bancárias, entre outros.

O Lucro Operacional Líquido, por sua vez, segundo Silva (2006, p. 158), “[...] é o lucro bruto menos as despesas operacionais, mais o efeito (ganho ou perda) de equivalência patrimonial”. Para Iudícibus (2009, p. 42), “O Lucro Operacional é obtido através da diferença entre o Lucro Bruto e as despesas operacionais”.

Já com relação ao Lucro antes dos impostos, contribuições e participações, segundo Silva (2006, p. 159), este “compreende o lucro do período antes de deduzir o Imposto de Renda, a contribuição social e as participações estatutárias no lucro [...]”. E, no entendimento de Basso (2011, p. 312), “É obtido pela diferença entre os valores dos itens “Lucro (Operacional) Líquido” e “Resultado Não Operacional”. Se for negativo (prejuízo)”.

Nesse rumo, Lucro ou Prejuízo Líquido são assim definidos por Hoji (2010, p. 269):

O Lucro Líquido é o resultado final do exercício social, que fica à disposição dos acionistas (ou sócios) da empresa para ser distribuído e para constituir as Reservas de Lucros. Se o resultado for Prejuízo líquido, poderá ser compensado com Lucros acumulados de exercícios anteriores ou Reserva de Lucros.

As explicitações até aqui realizadas sobre o BP e a DRE comprovam a sua importância para a Contabilidade, e são fundamentais para a tomada de decisão de seus usuários. Existem, porém, outras demonstrações complementares que são igualmente importantes no auxílio à tomada de decisão. Algumas são obrigatórias para as sociedades por ações de capital aberto e àquelas a elas equiparadas; já para as pequenas e médias empresas estas demonstrações também são obrigatórias, com exceção da Demonstração do Valor Adicionado. Ademais, a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido pode ser substituída pela Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados.

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A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, segundo Basso (2011, p. 319), “[...] é aquela destinada a evidenciar mudanças, em natureza e valor, havidas no patrimônio líquido da entidade num determinado período de tempo, geralmente no final do exercício social”.

Enquanto isso, para Iudícibus (2009, p. 50-51), “A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) evidencia a movimentação de diversas (todas) contas do PL ocorridas durante o exercício. Assim, todo acréscimo e diminuição do Patrimônio Líquido é evidenciado pela demonstração, bem como da formação e utilização das reservas [...]”.

Já para Hoji (2010, p. 271), “A Demonstração das Mutações do Patrimônio Liquido (DMPL) evidencia os fluxos que impactaram os saldos das contas do Patrimônio Líquido [...]”.

c) Demonstração dos Fluxos de Caixa

Esta demonstração complementar tem a finalidade de demonstrar aos seus usuários as modificações ocorridas em seu caixa e equivalentes de caixa durante um exercício social.

Segundo Marion (2010), no Brasil, a Lei n. 11.638/07 regulamentou a obrigatoriedade desta demonstração para as companhias abertas e grandes sociedades, substituindo a Demonstração das Origens e Aplicação de Recursos (DOAR). As companhias fechadas com patrimônio líquido inferior a R$ 2.000.000,00 na data do balanço não são obrigadas a realizarem esta demonstração.

Marion (2010, p. 54) destaca ainda que: “As Demonstrações de Fluxos de Caixa evidenciam as modificações ocorridas no saldo de disponibilidades (caixa e equivalente de caixa) da companhia em determinado período, por meio de fluxos de recebimentos e pagamentos [...]”.

Percebe-se, enfim, que esta demonstração é um importante instrumento gerencial, que demonstra as modificações nas disponibilidades mediante recebimentos e pagamentos ocorridos durante o exercício em referência.

d) Demonstração do Valor Adicionado

Segundo Marion (2010), esta demonstração evidencia os componentes geradores de valor adicionado a sua distribuição entre empregados, financiadores, acionistas, governos e outros.

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Nesse mesmo rumo afirma Marion (2010, p. 59) que: “A DVA evidencia quanto de riqueza a empresa produziu, ou seja, quanto ela adicionou de valor a seus fatores de produção, e de que forma essa riqueza foi distribuída (entre empregados, governo, acionistas, financiadores de capital) e quanto ficou retido na empresa”.

2.2 ANÁLISE DE BALANÇOS

O tema do presente estudo tem a finalidade de analisar as Demonstrações Contábeis para avaliar a situação econômica e financeira da empresa. Dessa forma, tal análise possibilita aos gestores identificar as decisões tomadas no passado, apontando os seus pontos fortes e fracos e auxiliando-os para o futuro, incentivando a tomada de decisão por meios técnicos e não somente por intuição.

2.2.1 Finalidades e objetivos da análise de balanços

A análise de balanços procura atender às demandas e interesses da empresa na tomada de decisão para os usuários internos e externos.

Com relação às finalidades e objetivos, Matarazzo (2010, p. 3) expressa que “As demonstrações financeiras fornecem uma série de dados para a empresa, de acordo com regras contábeis. A Análise de Balanços transforma esses dados em informações e será tanto mais eficiente quanto melhores informações produzir”.

Já para Silva (2006, p. 26), “A análise financeira de uma empresa consiste num exame minucioso de dados financeiros disponíveis sobre a empresa, bem como das condições endógenas e exógenas que afetam financeiramente a empresa”.

Nesse mesmo rumo aponta Hoji (2010, p. 275):

A análise de balanços é considerada uma arte, apesar de utilizar fórmulas matemáticas e métodos científicos para extrair dados, pois, dependendo do grau de conhecimento teórico, conhecimento do ramo, experiência prática, sensibilidade e intuição, cada analista poderá produzir diagnósticos diferentes a partir de um mesmo conjunto de dados.

Pode-se destacar, portanto, a importância da correta análise das demonstrações contábeis não somente para os usuários internos, mas também para os externos que venham a ter interesse em futuros investimentos na empresa. Tais informações são expostas por meio de indicadores econômicos e financeiros extraídos dos demonstrativos.

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2.2.2 Reestruturação de Demonstrações Contábeis para Análise de Balanços

Segundo Silva (2006), é necessário reclassificar e padronizar as demonstrações contábeis a fim de proporcionar um padrão de procedimentos e ordenamentos na distribuição das contas, com a finalidade de apresentá-las de forma simples e de fácil entendimento a seus usuários.

Para Marion (2010, p. 26), isso “Significa uma nova classificação, um novo reagrupamento de algumas contas das DC, sobretudo no Balanço Patrimonial e na Demonstração do Resultado do Exercício. São alguns ajustes necessários para melhorar a eficiência da análise”.

2.2.3 Atualização de valores para análise comparativa de balanços

Segundo Vertes (1977), no final de cada exercício social são elaboradas as Demonstrações Contábeis. Tais demonstrações permanecem com seus valores inalterados e ao longo do tempo vão ficando defasados em função da perda do poder aquisitivo da moeda, ou seja, da inflação.

É necessário, contudo, fazer a atualização dos valores originais dos demonstrativos para o último ano da série em que será realizada a análise comparativa, a fim de que os fatores da defasagem da moeda não interferiram na sua interpretação e análise.

2.2.4 Análise de balanços em valores absolutos

As empresas, geralmente, seguem sempre a mesma velocidade em seus negócios, ou seja, seguem suas atividades em um ritmo contínuo, procurando estabelecer um equilíbrio entre os componentes patrimoniais e suas variações.

Conforme Vertes (1977), porém, algumas vezes fatores internos e/ou externos podem provocar mudanças no rumo dos negócios, provocando alterações favoráveis ou desfavoráveis à empresa.

2.3 ANÁLISE DE BALANÇOS EM VALORES RELATIVOS

Após a atualização dos valores absolutos originais das demonstrações pode-se iniciar o processo de transformação dos valores em números relativos a fim de proceder a aplicação das técnicas de análise vertical e horizontal.

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2.3.1 Análise vertical de balanços

A Análise Vertical de Balanços é obtida por meio de percentuais em que se verifica a participação de contas e ou grupos de contas no total do ativo ou das fontes totais (total de referências), o que possibilita a comparação das participações nos anos em estudo.

Segundo Silva (2006, p. 228), “Em cada ano, para calcularmos os percentuais da coluna da análise vertical (AV), dividimos o valor da rubrica que queremos calcular pelo valor-base e multiplicamos o resultado por cem”.

Já para Hoji (2010, p. 281), “O cálculo do percentual de participação de participação relativa dos itens do Ativo e do Passivo é feito dividindo-se o valor de cada item pelo valor total do Ativo ou do Passivo”.

Para que a empresa esteja em uma situação financeira confortável, é importante que o Balanço Patrimonial demonstre a expressividade das aplicações de recursos no Ativo Circulante, ou seja, que o Ativo Circulante esteja acima de 50%. Já nas fontes de recursos (Passivo e Patrimônio Líquido) para a empresa estar em uma situação financeira confortável é importante que o percentual do patrimônio líquido se apresente acima de 50%. Quanto ao Passivo, pode-se afirmar que quanto menor o percentual de participação do Passivo Circulante nas fontes totais, melhor é a situação da empresa.

A Demonstração do Resultado do Exercício identifica a representatividade das receitas, custos e despesas. Quanto maiores os percentuais dos resultados de lucros e menores os percentuais de custos e despesas, melhor é o desempenho da empresa, pois os primeiros contribuem positivamente com o lucro, enquanto os de custos e despesas contribuem para a sua redução ou para o prejuízo.

2.3.2 Análise horizontal de balanços

Esta técnica de análise tem a finalidade de avaliar a situação patrimonial da empresa fazendo um comparativo com um período anterior (base), que demonstra a evolução das contas e grupos de contas.

Segundo Silva (2006, p. 232), “O propósito da análise horizontal (AH) é permitir o exame da evolução histórica de cada uma das contas que compõem as demonstrações contábeis”.

Referências

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