Gestão empresarial
da Moda
Centro Universitário Estácio do Ceará
Conteúdo da disciplina
Unidade 1 – Empresas: suas atividades e funções Conceitos
Funções administrativas Atividades da empresa
Unidade 2 – Gestão estratégica
Planejamento estratégico Planejamento de marketing Unidade 3 – Gestão da criatividade
Unidade 4 – Logística empresarial
Unidade 5 – Qualidade e produtividade Unidade 6 – Gestão ambiental
Gestão estratégica
Os fundamentos da estratégia
empresarial
A estratégia se refere ao caminho que a organização
segue para conseguir sobreviver
A estratégia necessariamente deve mudar com o
tempo para se adequar às condições ambientais.
As organizações devem superar seus concorrentes
oferecendo, de forma sustentável, mais valor a seus
clientes.
Fundamentos da estratégia
empresarial
• São resultados, propósitos, intenções ou estados futuros que as organizações pretendem alcançar, por meio da alocação de
esforços e recursos numa determinada direção.
Objetivos
• Representa a razão de ser da organização. Descreve o propósito, os valores, os princípios e as linhas orientadoras da organização.
Missão organizacional
• Declaração do que a organização deseja ser, ou seja, da posição que ela deseja ocupar no futuro. Uma situação futura desejada.
Visão organizacional
O processo de administração estratégica
O planejamento começa com o diagnóstico do posicionamento atual da organização. Em seguida são analisados os ambientes interno e externo e sãoformulados os objetivos e estratégias. Em seguida são implementadas as estratégias. Ao final, é feito o controle dos resultados. É um processo contínuo
pois as informações coletadas na fase de controle são utilizadas em novos processos de planejamento.
Diagnóstico da situação atual
• Busca identificar a missão (propósito), a visão (aspirações), os objetivos e as estratégias da organização. Busca compreender como a organização compete, como se posiciona e quais são suas vantagens competitivas.
Análise estratégica (análise do ambiente interno e externo)
• Busca identificar fatores internos e externos que possam afetar o desempenho competitivo da organização.
• Avaliação das tendências do ambiente externo • Análise das capacidades internas
Formulação estratégica
• Busca definir os novos objetivos estratégicos (revendo, se for o caso, a
missão e a visão) e formular as estratégias que possam assegurar o alcance dos novos objetivos.
Implementação estratégica
• Busca direcionar recursos (estrutura, cultura organizacional, sistemas de recompensa, estilos de liderança, etc.) para o alcance dos novos objetivos.
Controle estratégico
• Busca monitorar a implementação da estratégia, avaliando se o
desempenho da organização corresponde aos objetivos definidos. Medidas corretivas são tomadas na existência de desvios significativos.
Análise SWOT
É uma ferramenta gerencial para estudar o processo de análise
estratégica depois de identificadas as oportunidades, as ameaças, os pontos fortes e os pontos fracos.
S – strenghts - pontos fortes
W – weaknesses - pontos fracos
O – opportunities - oportunidades
T – threats – ameaças
Permite identificar medidas estratégicas que possibilitam explorar as oportunidades ou diminuir o impacto das ameaças.
Análise SWOT
Análise do ambiente externo
• Consiste na identificação dos fatores externos que podem
influenciar direta ou indiretamente o desempenho da organização • Mudanças no contexto demográfico, sociocultural,
político-legal, econômico e tecnológico.
• O impacto desses fatores devem ser classificados como oportunidades ou ameaças.
• Oportunidades: mudanças ou tendências que têm impacto positivo na organização.
• Ameaças: mudanças ou tendências que apresentam impacto negativo no desempenho da organização.
Análise SWOT
Análise do ambiente interno
• Consiste na análise dos recursos e das capacidades da organização. • Fatores internos: situação financeira, qualidade dos produtos e
serviços, a imagem da organização, a qualidade e as competências dos administradores e trabalhadores, cultura organizacional, etc. • O impacto desses fatores devem ser classificados como pontos fortes
ou pontos fracos.
• Pontos fortes: recursos ou capacidades que têm potencial para contribuir para o alcance dos objetivos estratégicos..
• Pontos fracos: características internas que inibem ou restringem o desempenho da organização.
As informações referidas abaixo devem ser enquadradas nas categorias SWOT para análise do cenário da empresa
Strengths (forças) - vantagens internas da empresa em relação às concorrentes.
Ex.: qualidade do produto oferecido, bom serviço prestado ao cliente, solidez financeira, boa imagem, baixo custo, tecnologia utilizada, qualidade da mão-de-obra.
Weaknesses (fraquezas) - desvantagens internas da empresa em relação às concorrentes.
Ex.: altos custos de produção, má imagem, instalações inadequadas, marca fraca, pouco investimento em inovação, falta de experiência, baixa qualidade da mão-de-obra.
Opportunities (oportunidades) – aspectos externos positivos que podem potenciar a vantagem competitiva da empresa.
Ex.: mudanças nos gostos dos clientes, falência de empresa concorrente, crescimento do mercado, possibilidade de exportar, pouca concorrência, pouca regulamentação, mudança na sociedade.
Threats (ameaças) - aspectos externos negativos que podem por em risco a vantagem competitiva da empresa.
Ex.: novos competidores, perda de trabalhadores fundamentais, recessão, nova tecnologia, aumento da regulamentação.
Marketing na moda
A moda, em um ambiente fortemente influenciado pela mídia, torna seus consumidores seus dependentes. Ela padroniza e, ao mesmo tempo, diferencia, valoriza e enriquece o ego das pessoas.
A moda gera empregos, porque é uma indústria, e, como tal, obriga à renovação, ao consumo e, portanto, à circulação de dinheiro.
Quando um consumidor compra uma roupa, por exemplo, está movimentando a economia e atingindo um grande número de
pessoas, desde o estilista até a faxineira da loja em que comprou a roupa.
O negócio da moda
A moda, é sobretudo, um negócio, que acompanha a tendência da economia, dos estilos de vida das pessoas, seus comportamentos e principalmente seus desejos.
Os produtos da moda seguem os ditames de um ciclo de vida muito curto. Por isso, os produtos de moda devem agilizar esforços para maximizar as vendas em um prazo também muito curto.
Fazer marketing para produtos de moda é uma maneira de
administrar a demanda de mercado e, sempre que possível, ir além, buscando encantar e seduzir as pessoas.
O negócio da moda
Inspiração, criatividade e intuição Organização, estratégia e gestão+
Estilistas
Gestores
O marketing na moda
O objetivo do marketing na moda é identificar as necessidades e os desejos do cliente e desenvolver produtos certos.
Implica em criar o produto certo, comunicá-lo ao cliente, levá-lo até o
comprador ou usuário por meio de canais de distribuição adequados que lhe ofereçam o máximo de conveniência possível, tudo isso com o menor custo. Os 4 Cs do marketing:
• Cliente – consumidor, usuário, distribuidor, atacadista
• Conveniência – distribuidor, lojista que possibilita a compra e o uso do produto. • Comunicação – propaganda, promoção, esforço de vendas.
O ciclo de vida do produto da moda
A compreensão do ciclo de vida de um produto é essencial para a
formulação das estratégias de marketing.
O ciclo de vida é um importante indicador, sobretudo no que diz
respeito à alocação de recursos para desenvolver o mercado.
Introdução Crescimento e
desenvolvimento Maturidade Declínio
Produto A Produto B V en da s Tempo
O ciclo de vida do produto da moda
Estágio 1: Introdução
• Poucas informações. Tudo é novidade. Consumidor: inovador que são
menos sensíveis a preços.
• A campanha de comunicação é voltada para vender não o produto,
mas o conceito da coleção.
Estágio 2: Crescimento
• Rápido crescimento das vendas. Entrada da concorrência. A
competição ainda não é intensa. Consumidor: seguidores rápidos.
• Deve-se aumentar o investimento em propaganda de promoção para
desestimular os concorrentes.
O ciclo de vida do produto da moda
Estágio 3: Desenvolvimento
• As vendas continuam se ampliando. Mercado em expansão.
Concorrência cresce. Demanda aquecida com maiores lucros.
• Deve-se acelerar a pesquisa de novos produtos ou preparar novas
coleções.
Estágio 4: maturidade
• As vendas se estabilizam. O produto já não encanta os consumidores.
A diferenciação é pequena. O mercado tende a estagnação.
• As vantagens competitivas passam a vir de ganhos tecnológicos e
segmentação de mercado.
O ciclo de vida do produto da moda
Estágio 5: Declínio
• As novas coleções dos concorrentes causam
queda nas vendas. O investimento em
propaganda cai.
• Itens menos rentáveis são retirados do mercado.
• Redirecionamento dos esforços de comunicação
Tipos de estratégias de marketing
Pioneira:
• A empresa precisa realizar altos investimentos em pesquisa e desenvolvimento de novos modelos e investir em pesquisa de mercado.
Segue os líderes:
• É a empresa que espera para ver. Não realiza altos investimentos em desenvolvimento de novos produtos. Limita-se a copiar a empresa líder. A empresa deve ser ágil.
Segmentadoras:
• Atua apenas em alguns segmentos. Realiza investimentos em design e engenharia. Atua com produtos diferenciados.
Mee-too (eu também):
• Entra no mercado quando o produto de moda atingiu a maturidade. Não precisa realizar investimentos em pesquisa e desenvolvimento. Usa agressivamente
Plano de marketing
Tem como principal objetivo definir resultados a serem
Alcançados e formular ações para atingir a competitividade.
O plano de marketing possibilita:
• Estruturar e direcionar a empresa, dando sustentação às suas ações mercadológicas.
• Possibilita minimizar os riscos.
• Conquistar vantagens competitivas; e • Aumentar os lucros da empresa.
Plano de marketing
A elaboração do plano de marketing compreende três etapas:
(1) planejamento, (2) implementação, (3) avaliação e 4) controle.
Estrutura do plano de marketing:
• Elaboração de um sumario executivo (resumo do plano) • Análise do ambiente (interno e externo)
• Identificação do público-alvo (principais clientes) • Posicionamento no mercado (definição de imagem) • Definição da marca (identidade da empresa)
• Definição de objetivos e metas (resultados esperados) • Definição das estratégias (ações para atingir os objetivos).
Gestão da criatividade
Criatividade e inovação
A inovação é vital e vem assumindo um papel cada vez mais importante no dia a dia das empresas. No entanto, o temor ao fracasso, a aversão ao novo e a
preocupação com os custos e resultados surgem como os principais inimigos da criatividade e da motivação para inovar.
A reflexão para a criação do novo, de novas soluções, novas ideias não está
presente nas empresas tradicionais. Apenas empresas orientadas para o design têm essa visão. Na moderna economia, as riquezas promovidas unicamente pela manipulação financeira devem dar o lugar à geração de riquezas por meio da inovação com o design.
O design é o acelerador da empresa pois possibilita lucros sustentáveis. Em um processo virtuoso, o design motiva a inovação; a inovação dá poder à marca; a marca, por sua vez, constrói fidelidade. E, é a fidelidade dos consumidores que sustenta os lucros da empresa.
Criatividade e inovação
Ser criativa é uma condição indispensável para o sucesso das empresas
no mercado da moda, pois as ameaças às organizações veem de todos os
lados: dos clientes, da concorrência; das mudanças do contexto
socioeconômico, do mercado, etc.
Em síntese, podemos dizer que a criatividade é um dos elementos mais
importantes que distingue uma empresa de moda. Certamente, o
elemento mais visível, se compararmos com as empresas de outros
setores.
Em vista desse contexto, um desafio se coloca aos gestores da moda:
torná-la um produto que possa ser vendido e trazer resultados
O poder do design e do designer
O comportamento voltado para o design confere à empresa maior habilidade para identificar e criar um mais amplo leque de alternativas para a solução dos problemas organizacionais internos e também nas relações com o mercado. O designer é aquele que se esforça para melhorar uma situação, para resolver um problema com novas propostas. . Um designer é uma pessoa que tenta melhorar uma situação existente.
As pessoas que têm um pensamento voltado para o design são (1) empáticas, (2) intuitivas, (3) imaginativas e (4) idealistas.
O poder do design e do designer
(1) Empatia – nos negócios a empatia pode ser útil para entender as motivações dos clientes. Podemos dizer que esse é um comportamento visível nas empresas focadas nos clientes.
(2) Intuição – a intuição é uma postura que facilita a compreensão das situações do dia a dia. O pensamento intuitivo é adequado para gerar um panorama mais amplo, perante os problemas organizacionais.
(3) Imaginação – capacidade de imaginar ideias novas, novas propostas e novas formas de pensar. Em síntese,
buscar romper com modelos existentes e propostas antigas. (4) Idealização – pessoas criativas são obstinadas e sonhadoras na busca da mudança e do melhor. Essas pessoas se concentram no que está errado e no que está faltando.
A cultura organizacional
A cultura organizacional é formada por seus valores
éticos e morais, princípios, crenças, politicas internas e
externas, filosofia de trabalho e clima organizacional.
A cultura organizacional é norteada por um conjunto de
regras que todos os membros da organização devem
adotar como diretrizes e premissas para o
desenvolvimento de seu trabalho.
A cultura para a inovação
A inovação brota da cultura corporativa e a liderança visionária é a chave e principal incentivo para a criação de uma cultura da inovação. Na moderna administração das empresas de moda, espera-se que o designer atue como um líder e não apenas como um estilista.
O bom designer é aquele que possui espírito empreendedor e facilidade para criar e inovar. É visionário, pois busca ver e antecipar o futuro. É um agente de mudança, pois busca sempre mudar as coisas, renovar o que existe e fazer diferente.
A sustentabilidade das empresas e de seus resultados decorre de uma cultura de inovação construída de modo consciente e deliberado. Se você deseja que os resultados de sua empresa cresçam de forma sustentável você precisa investir em visão, cultura e inovação.
A cultura para a inovação
Os processos organizacionais na era industrial enfatizavam dois atributos
principais: “o saber” e “o fazer”. O saber, fruto do conhecimento formal
individual. E o fazer, resultado da experiência.
As empresas voltadas para o design complementam esses atributos
destacando “o gerar”. Cria-se uma dimensão totalmente nova de atuar
perante os problemas organizacionais.
Sendo assim, “para ser inovadora uma empresa precisa não apenas da
cabeça e das mãos do saber e do fazer, como também, das mãos
intuitivas do gerar”.
“As empresas não fracassam porque escolhem o rumo errado. Elas
fracassam porque não conseguem imaginar rumo melhor”.
Empresa familiar ou administração familiar
Outro problema, a ser administrado pelas empresas da moda relaciona-se com a sua origem: as empresas familiares.
Mesmo na moderna economia, percebemos que um grande número das empresas têm uma origem familiar: foram criadas e administradas por familiares. E, evoluíram passando de “pai para filho”.
No entanto, essas empresas não podem ter uma administração que apenas priorize a inserção de familiares em seus quadros. Devem evoluir para uma gestão eficaz e
competente e que gere resultados.
Na moderna economia globalizada, exige-se que as empresas tenham gestores competentes, sejam eles membros da família dona do negócio, ou não.
Em síntese, a origem da empresa pode ser familiar. No entanto, a gestão deve ser profissional.
Logística empresarial
O que é logística ?
O termo logística, segundo o dicionário Aurélio da língua
portuguesa, em sua versão on-line, é a
“Ciência que trata do planejamento e realização das atividades empresariais de projeto e desenvolvimento, obtenção, armazenamento, transporte,
distribuição, reparação e manutenção de material, produtos e serviços”.
A logística envolve quatro atividades básicas: aquisição,
movimentação, armazenagem e entrega de produtos.
Para o seu pleno êxito, as atividades da logística devem estar
intimamente relacionadas com as atividades de produção e
marketing.
O processo logístico
A atividade da logística está inserida em diversas áreas funcionais
da empresa, dessa forma, é necessária a coordenação e integração
de esforços para reduzir os custos das atividades e alcançar os
resultados em relação ao consumidor.
O processo logístico não começa e nem termina nos limites da
própria empresa. O início se dá na correta escolha e no
estabelecimento de parcerias com fornecedores e prestadores de
serviços. O final, na definição dos canais de distribuição dos
produtos, que deve assegurar a adequação para atendimento das
necessidades e expectativas do cliente final.
O processo logístico
A gestão eficiente da logística possibilita a redução de custos e a
melhora na satisfação dos consumidores.
Com o desenvolvimento da tecnologia da informação e do
gerenciamento por processos, passou-se a gerenciar as atividades
da cadeia de abastecimento (ou fornecimento) de forma integrada
(logística integrada).
Nas empresas de moda, as atividades da logística, começam com a
definição das terceirizações para a realização de algumas tarefas
do processo de produção por meio de parcerias e facções. Essa
estratégia possibilita a redução dos custos e o aumento da
Cadeia de fornecimento da moda
Etapa 1 Pesq. de tendência Etapa 3 Desenvol. do design Etapa 3 Produção Etapa 4 VendasAtividades Atividades Atividades Atividades
Identificar as tendências Criação da linha de produtos Criação física do produto Vendas e distribuição dos produtos
Profissionais envolvidos Profissionais envolvidos Profissionais envolvidos Profissionais envolvidos
Caçador de tendências Designer de moda Compradores das lojas Designer de moda Comprador Gestor comercial Modelista Piloteiro Técnico têxtil Gerente de produção Comprador Gestor comercial Designer de moda Modelista Piloteiro Técnico têxtil Controlador de qualidade Gerente de vendas Gestor comercial Distribuidor Gerente de marketing Fotógrafos de moda Jornalistas de moda Gerentes de varejo Assistentes de vendas
Gestão e controle da qualidade
O que é qualidade ...
O conceito de qualidade evoluiu ao longo dos anos. Mudando de uma
atividade puramente de inspeção e controle de produtos ao final do
processo, ou seja de seleção de itens não-conformes, para uma visão
mais abrangente de toda a cadeia produtiva.
Todas as atividades anteriores ao processo produtivo interno
(fornecedores, matéria-prima, suprimento) até as atividades de
distribuição dos produtos (distribuidores, lojas, etc.) devem ser objetos
da garantia da qualidade.
À essa visão ampla de toda a cadeia produtiva, chamamos de qualidade
total.
Distribuição
Inspeção final
Recebimento e
teste de materiais
1
2
3
4
Fornecedores de
matérias-primas
Qualidade construída em cada etapa do processo
Cl
ie
n
tes
Conceitos da Qualidade
ADEQUAÇÃO AO USO REGULARIDADE CONFORMIDADE ESPECIFICAÇÕES VALOREXCELÊNCIA O melhor que se pode fazer, o padrão mais elevado de desempenho
em qualquer campo de atuação.
Qualidade como luxo. Maior número de atributos. Utilização de materiais ou serviços raros, que custam mais caro.
Valor é relativo e depende da percepção do cliente, seu poder aquisitivo e sua disposição para gastar.
Qualidade planejada. Projeto do produto ou serviço. Definição de como o produto ou serviço deve ser.
Grau de identidade entre o produto ou serviço e suas especificações.
Uniformidade. Produtos ou serviços idênticos.
A qualidade na moda
Na indústria da moda, a qualidade deve ser assegura em todas as fases
do processo produtivo: planejamento, criação, modelagem, corte,
confecção, lavagem, acabamento, expedição, transporte,ec.
Sendo assim, a qualidade dos produtos da moda depende de todas as
pessoas e empresas que estão na cadeia produtiva: parceiros, facções,
fornecedores, designers, estilistas, modelistas, piloteiros, costureiras, etc.
Uma não-conformidade em qualquer uma dessas fases irá comprometer
o resultado final. Dessa forma, o processo de controle da qualidade deve
ser contínuo: antes, durante e ao final do processo.
Conceitos de produtividade
A produtividade é diretamente relacionada com a eficiência e
decorre do uso econômico dos recursos para a obter os mesmos
resultados.
No entanto, a produtividade não é suficiente para demonstrar a
qualidade. Dessa forma, a qualidade pressupõe além da eficiência
a eficácia, ou seja o alcance dos objetivos que a empresa e seus
clientes esperam.
Em síntese , a qualidade está relacionada com a oferta de produtos
e serviços que atendam às necessidade e desejos dos clientes, com
o menor uso de recursos.
Desdobramento da Função Qualidade
Os atributos desejados pelos clientes são transformados em especificações técnicas
As especificações técnicas são transformadas em especificações de componentes ou matéria-prima. As especificações de componentes ou matéria-prima são transformadas em
especificações do processo produtivo.
Visão Sistêmica da Qualidade
A qualidade é problema de todos e envolve todos os aspectos da operação
da empresa
Integra as ações das pessoas, as máquinas, informações e todos os outros
recursos envolvidos na administração
Administração Superior: Inspiração e coordenação do Sistema
O Fator humano desempenha papel primordial
Obtenção da qualidade depende da participação e do apoio de todos
Categorias de custos da não-qualidade
Custos dos defeitos que são apanhados antes de os produtos e
serviços serem expedidos para o cliente:
Matérias-primas e produtos refugados.
Produtos que precisam ser retrabalhados.
Modificações nos processos produtivos.
Perda de receita.
Tempo de espera dos equipamentos parados enquanto se
fazem correções.
Pressa e tensão para entregar os produtos corrigidos ou
consertados.
Categorias de custos da não-qualidade
CUSTOS EXTERNOS DOS DEFEITOS
Custos dos defeitos que são apanhados depois que chegam ao
cliente:
Cumprimento das Garantias oferecidas ao Cliente
Perda de Encomendas
Processamento de Devoluções
Custos de Processos nos organismos de defesa do
consumidor
Comprometimento da Imagem
Perda de Clientes e de Mercado
Normas ISO 9000
International Organization for Standartization (ISO)
• Criada em 1947
• 1987 – Publicação das Normas ISO 9000 – Avaliação do Sistema
da Qualidade
• 1994/2000 – Revisão da Norma
• 1996 – Norma 14.000
• Adesão voluntária, não controla a aplicação das normas e não
certifica empresas
Gestão ambiental
Gestão ambiental
A atuação ética e sustentável de qualquer empresa deve envolver todos os aspectos relacionados com o impacto que suas atividades podem acarretar ao meio ambiente e à sociedade.
No tocante às empresas e produtos da moda, envolve atividades que assegurem o respeito aos direitos trabalhistas, à eliminação do impacto ao ambiente
natural; possibilidade de descarte e reuso de roupas e acessórios; e respeito aos direitos dos animais.
Diversas partes têm interesse nos resultados das empresas: comunidade, fornecedores, funcionários, acionistas, o governo, o cliente, etc. Chamamos essas pessoas e instituições de stakeholders.
Gestão ambiental
A iniciativa de adotar os princípios da gestão ambiental em uma
economia caracterizada pela consumismo e pelo elevado
desperdício de recursos, pode determinar um importante
diferencial competitivo para a empresa.
Podemos identificar um novo comportamento dos consumidores
em relação a questões ambientais. Eles têm cada vez mais
consciência ambiental e social e, por isso são mais exigentes com
empresas em relação aos produtos que não atendam às normas
ambientais e respeito à sociedade.
Gestão ambiental
Com a ampliação do acesso à educação e ao
conhecimento, os consumidores demonstram maior
preocupação na aquisição de artigos verdadeiramente
saudáveis e ecologicamente corretos.
Essa atitude responsável dos consumidores, pode ser
representada pela busca de produtos de design
elaborados observando o conceito de estética,
ergonômicos, social, justo e sustentável.
Os sonhos ao abrir seu próprio negócio
Liberdade – você é o chefe e tem liberdade para estabelecer suas próprias metas.
Criatividade e visão – você cria exatamente da forma que você imagina. Controle – o sucesso está em suas mãos.
Escolha – você escolhe o estilo de sua empresa Ambição – você define o porte de sua empresa Finanças – você define seus ganhos
Trabalho em casa – origem de muitas empresas da moda
Escolha da equipe – você escolhe as pessoas com quem você quer trabalhar Férias longas – você pode tirar o tempo de folga que quiser.
A realidade ao abrir seu próprio negócio
Falta de apoio – falta de pessoas para ajudar a resolver os problemas. A responsabilidade é toda sua – o sucesso de sua empresa dependerá de
suas decisões.
Insegurança financeira – se o empreendimento não der certo, você será a primeira pessoa a arcar com as consequências.
Trabalhar 24h por dia, 7 dias por semana – o seu negócio próprio se torna um empreendimento de tempo integral.
Estresse – o negócio próprio pode ser muito estressante. Solidão – trabalhar sozinho pode ser um choque no início.
Falta de motivação – você não terá ninguém para lhe controlar. A iniciativa é sua.
Antes de abrir seu negócio
Avalie a si mesmo
• Quais são os seus pontos fortes e quais você\ê precisa desenvolver?
Busque aconselhamento
• Converse com outros donos de negócios para saber quais foram os desafios a enfrentar.
Certifique-se de que há uma oportunidade de negócio
• Você terá clientes? Mercado?Pesquise o mercado
• Para saber as necessidades , desejos e hábitos de consumo de seus clientes potenciais.
Adquira experiência útil
Antes de abrir seu negócio
Anote e planeje
• Tome nota de suas ideias e possíveis obstáculos
Construa relacionamentos
• Com pessoas que podem lhe ajudar: clientes, gerentes de banco, fornecedores, parceiros, concorrentes, etc..
Busque apoio
• Busque apoio com amigos, familiares, especialistas, e profissionais mais expedientes.
Procure orientação profissional
• Em especial advogados e contadores.
No início o dinheiro normalmente entra menos e sai mais
• Prudência nas previsões financeiras.Abertura da empresa
(1) Avalie os aspectos legais e ambientais (2) Estruture a empresa (física e organizacional)
Atendimento das normas municipais, estaduais e federais. Elaboração de contrato de sociedade.
Elaboração da documentação necessária. Preparação da estrutura.
Preparação da documentação interna necessária. Formação da equipe de trabalho.
Busca de recursos para investimento
Abertura da empresa
(1) Avalie os aspectos legais e ambientais (2) Estruture a empresa (física e organizacional)
Atendimento das normas municipais, estaduais e federais. Elaboração de contrato de sociedade.
Elaboração da documentação necessária. Preparação da estrutura.
Preparação da documentação interna necessária. Formação da equipe de trabalho.
Busca de recursos para investimento
Formas legais de negócios ...
Microempreendedor individual (MEI) • Faturamento anual até R$ 60.00,00 Microempresa • Faturamento anual até R$ 360.000,00 Empresa de pequeno porte • Faturamento anual maior de R$ 360.000,00 até R$ 3.600.000,00Classificação pelo faturamento:
Formas de constituição
Empresário
Sociedade simples
Sociedade empresaria (de responsabilidade limitada ou de capital aberto) Empresa individual de responsabilidade limitada - EIRELI
Principais Impostos e contribuições
• IRPJ:
• 15% + 10% sobre o que exceder o lucro presumido
• CSLL:
• 9% sobre o lucro
• PIS e COFINS:
• 0,65% e 3,65% sobre a receita bruta
• IPI:
• Variável. Normalmente entre 10 % e 12%
• ICMS:
• Variável por produto
• ISS:
• Variável entre 2% e 5%.
• SIMPLES:
• Regime unificado de arrecadação de tributos para ME e EPP • Varável conforme o faturamento. Entre 4% e 17,42%
Abertura da empresa ...
Avalie os aspectos legais e ambientais
• Conheça as normas municipais, estaduais e federais para a atividade. • Identifique exigências de caráter ambiental.
• Identifique exigências para o exercício profissional.
Estruture a empresa (física e organizacional)
• Busque os recursos necessários para o investimento inicial. • Elabore o contrato de sociedade.
• Preencha a documentação necessária nas instituições públicas. • Prepare a estrutura.
• Prepare a documentação interna necessária. • Forme sua equipe de trabalho.
Montando a organização e a equipe ...
Como avaliar os resultados?
Como melhor executá-las?
Quem irá executá-las?
Contratando pessoas certas ...
Contrate pessoas melhores que você
Contrate pessoas diferentes de você Supere a tendência de centralização
Seja claro em suas decisões Cultive habilidades e competências
Pessoas que podem ajudar o empreendedor
Você e sua
empresa
Contadores Gerentes de bancos Consultores AdvogadosFormalização de um pequeno negócio
Para que uma microempresa ou uma empresa
de pequeno porte exerça suas atividades no
Brasil é preciso, entre outras providências:
• Ter registro na Prefeitura ou na administração regional da
cidade onde ela vai funcionar, no Estado, na Receita Federal
e na Previdência Social.
• Dependendo da atividade principal do negócio, pode ser
necessário também que o empreendimento seja registrado
na Entidade de Classe correspondente, na Secretaria de
Meio-Ambiente e/ou outros órgãos de fiscalização.
Junta Comercial ou Cartório de Registro de Pessoa Jurídica
• O registro legal da empresa (contrato social ou requerimento de empresário individual)
• Verificar se há alguma outra empresa registrada com o nome pretendido. • Receber o NIRE (Número de Identificação do Registro de Empresa)
Secretaria da Receita Federal
• Registrar a empresa como contribuinte, ou seja, obter o CNPJ. O registro do CNPJ é feito exclusivamente pela Internet, no site da Receita Federal.
• Definir a atividade que a empresa irá exercer em vista da forma de tributação que será obrigada (ver SIMPLES).
Prefeitura (Regional ou Secretaria Municipal da Fazenda)
• Receber o alvará de funcionamento. O alvará é uma licença que permite o funcionamento de instituições comerciais, industriais, agrícolas e prestadoras de serviços, sociedades e associações de qualquer natureza.
Secretaria Estadual da Fazenda
• Cadastro no sistema tributário estadual (inscrição estadual). Atualmente, a maioria dos estados possui convênio com a Receita Federal, o que permite obter a Inscrição Estadual junto com o CNPJ, por meio de um único cadastro. Ela é necessária para a obtenção da inscrição no ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).
Previdência Social do Brasil
• Cadastro na Previdência Social, independente da empresa possuir ou não funcionários.
• O representante deverá dirigir-se à Agência da Previdência de sua jurisdição para solicitar o cadastramento da empresa e seus responsáveis legais.
Aparato fiscal
• Solicitar a autorização para impressão das notas fiscais e a autenticação de livros fiscais (Prefeitura).
Trabalhar em casa ou montar
um ateliê
Trabalhando em casa
Prós:
• Não ter que se deslocar para ao trabalho; economizar no
aluguel; atender telefonemas de pijama; levantar mais
tarde; iniciar o expediente a qualquer hora; etc.
Contras:
• Seu “escritório pode facilmente se espalhar para o resto da
casa; pode ser difícil “se desligar’ à noite ou nos finais de
semana; você pode ser distraído pelos outros moradores da
casa.
Trabalhando em casa
Questões a serem respondidas:
• Você tem espaço adequado?
• Área disponível; iluminação adequada; organização do espaço;
local para estoque; funcionalidade; etc.
• Aspectos jurídicos e de seguros
• Notificar proprietário, financeira e/ou condomínio do uso
comercial do imóvel
• Verificar as restrições do seguro do imóvel (materiais,
equipamentos, funcionários, etc.)
• Saúde e segurança
• Criar ambiente seguro saudável para o trabalho
• Avaliar riscos operacionais.
Trabalhando em casa
Tenha um espaço específico para o trabalho, que permita que
você seja criativo e produtivo.
Esteja dentro da lei no que diz respeito ao seguro e às
regulamentações de segurança e saúde.
Mantenha a sua vida doméstica separada da vida profissional.
Se você mora com outras pessoas, faça com que saibam quando
e onde você trabalha.
Estrutura de um Plano de Negócios ...
ESTRUTURA DO DOCUMENTO PLANO DE NEGÓCIOSCAPA
SUMÁRIO
TERMO DE CONFIDENCIALIDADE Capítulo 1 RESUMO EXECUTIVO
Capitulo 2 APRESENTAÇÃO DA NOVA EMPRESA Capítulo 3 MODELO DE NEGÓCIO
Capítulo 4 ANÁLISE DO MERCADO Capítulo 5 PLANO FINANCEIRO CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS APÊNDICES E ANEXOS
Plano de negócios ...
É um documento usado para descrever o modelo de negócio que
sustenta a empresa a partir da validação de uma ideia por meio de
um planejamento detalhado. O resultado do PN irá informar ao
empreendedor se deve ou não abrir a empresa que imaginou.
Principais objetivos:
Demonstrar a viabilidade do empreendimento.
Possibilitar a busca de recursos financeiros.
Sua importância:
Auxilia nas decisões de caráter estratégico, definindo e disseminando
diretrizes gerais
Auxilia no processo de tomada de decisões rotineiras e o
gerenciamento da empresa.
Planejamento financeiro fundamentos
Investimento inicial
São os recursos para a implantação do negócio (construção, reforma ou adaptação das instalações, máquinas, equipamentos, móveis e utensílios, veículos, estoque inicial, capital de giro inicial, divulgação inicial do negócio, legalização e registro e, documentação interna).
Custos variáveis (operacionais)
São os insumos e matéria-prima diretamente utilizados no processo produtivo e que variam conforme a produção, prestação de serviços ou vendas. Quanto mais produtos fabricados, serviços prestados, maior serão os custos variáveis (matéria-prima, água, energia, embalagens, mercadorias vendidas, etc.).
Custos fixos (despesas de funcionamento)
São os custos necessários para o funcionamento normal da empresa. Ou seja, não terão variação direta com o volume de produção e ocorrerão independentemente de sua existência ou não (custos com água, energia, telefone, aluguéis e condomínios, materiais de apoio administrativos, financiamentos, pró-labore, depreciação, seguros, despesas financeiras, IPTU, etc. ).
Prazo de retorno do investimento ( payback)
O payback indica o tempo necessário para a recuperação total dos recursos investidos para a abertura da empresa. Sendo assim, quanto menor for esse tempo de retorno maior será a atratividade do negócio. É calculado dividindo o investimento total pelo lucro liquido.
Ponto de equilíbrio
É o valor que a empresa precisa faturar para cobrir todas as despesas, sem ganhar nem perder nada. É o ponto a partir do qual a empresa terá lucro. Pode ser representado também pelo quantidade de produtos que a empresa precisa vender para cobrir seus custos. Nesse caso, é calculado dividindo-se o custo fixo (de funcionamento) pela margem de contribuição.
Como dar preço ao seu produto
1. Preço de venda a partir do preço de custo
Venda = custo ÷ [(100 – margem bruta) ÷ 100]Custo do produto = R$ 100,00 Margem = 50%
P. Venda = 100/[(100 – 50) / 100] = 100/0,50 = R$ 200,00
2. Margem de contribuição a partir dos preços de venda e custo
Margem = [1 – (custo ÷ venda)] x 100Margem = [1 – (100 ÷ 200)] x 100 = [1 – 2] x 100 = 50%
3. Markup – é uma porcentagem que você acrescenta ao custo do
produto para obter o preço de venda.
Markup = (lucro esperado + custos fixos + custos comercialização) custo mercadoria