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PP_Brunhauser_Determinação da taxa de imprimação em base de solo laterítico

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO – UNEMAT

KATIANE BACKES BRUNHAUSER

DETERMINAÇÃO DA TAXA DE IMPRIMAÇÃO EM BASE DE SOLO

LATERÍTICO

Sinop

2016/1

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO – UNEMAT

KATIANE BACKES BRUNHAUSER

DETERMINAÇÃO DA TAXA DE IMPRIMAÇÃO EM BASE DE SOLO

LATERÍTICO

Projeto de Pesquisa apresentado à Banca Examinadora do Curso de Engenharia Civil – UNEMAT, Campus Universitário de Sinop-MT, como pré-requisito para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil.

Prof.ª Orientadora: Ana Elza Dalla Roza.

Sinop

2016/1

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Equipamento espargidor e distribuidor de agregado combinados ... 10

Figura 2 - Detalhe da aplicação ... 11

Figura 3 - Desenho esquemático do equipamento DIPEA. ... 14

Figura 4 - Equipamento DIPEA. ... 14

Figura 5 - Detalhes de cada peça. ... 15

Figura 6 - Localização do jazida. ... 17

Figura 7 - Detalhe bandeja ... 19

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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

1. Título: Determinação da taxa de imprimação em base de solo laterítico 2. Tema: Engenharia Civil

3. Delimitação do Tema: Pavimentos 4. Proponente: Katiane Backes Brunhauser 5. Orientadora: Ana Elza Dalla Roza

7. Estabelecimento de Ensino: UNEMAT – Universidade do Estado de Mato

Grosso

8. Público Alvo: Público em geral

9. Localização: Av. dos Ingás, nº 3001, Jardim Imperial, Sinop-MT, CEP 78555-000, Brasil.

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SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS ... I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO ... II 1 INTRODUÇÃO ... 4 2 PROBLEMATIZAÇÃO ... 5 3 JUSTIFICATIVA ... 6 4 OBJETIVOS ... 7 4.1 OBJETIVO GERAL ... 7 4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ... 7 5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ... 8 5.1 O PAVIMENTO ... 8 5.2 EQUIPAMENTO DIPEA ... 13 6 METODOLOGIA ... 17 6.1 MATERIAIS ... 17 6.1.1 Solo ... 17 6.1.2 Asfalto Diluído CM-30 ... 17 6.2 MÉTODOS ... 18 6.2.1 Caracterização do solo ... 18

6.2.2 Preparação dos corpos de provas ... 18

6.2.3 Ensaio de aderência ... 19

6.2.4 Ensaio de penetração ... 20

6.2.5 Ensaio in loco ... 20

7 CRONOGRAMA ... 22

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1 INTRODUÇÃO

Alguns dos defeitos que comprometem o desempenho do pavimento, como escorregamento e exsudação, têm como causa a falha na imprimadura e os defeitos podem ter como causa a taxa incorreta da imprimação, falha na aplicação do material ou armazenagem inadequada do material asfáltico.

Segundo DNIT (2014) a imprimação consiste na aplicação de material asfáltico sobre a superfície da base concluída, antes da execução do revestimento asfáltico, possuindo a função de aumentar a coesão da superfície da base, pela penetração do ligante asfáltico, impermeabilizar a base e promover aderência entre a base e o revestimento.

Para que a imprimação desempenhe sua função de maneira eficiente o DNIT (2014) exige cuidados desde a armazenagem até a aplicação do ligante asfáltico. As taxas usuais de aplicação do ligante são da ordem de 0,8 a 1,6 l/m² e recomenda-se o emprego do asfalto diluído CM-30 na imprimação.

De acordo com o DER/SP (2005) a taxa de aplicação da imprimação varia em função do tipo e textura da camada a ser imprimada, sendo a taxa obtida experimentalmente.

Neste trabalho será utilizado o solo laterítico, indicado como material para execução da base. Serão moldados corpos-de-prova ensaios com o solo que será compactado na modalidade de compactação estática, logo após submetidos a imprimação, e 24 horas depois da aplicação da taxa, os corpos-de-prova serão submetidos aos ensaios de aderência e penetração.

O projeto tem como objetivo avaliar a taxa de imprimação mais adequada para base de solo laterítico no município de Sinop-MT, através dos ensaios de aderência e penetração.

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2 PROBLEMATIZAÇÃO

Um dos principais fatores que resultam nos defeitos de pavimentos asfálticos são os erros no teor de ligante asfáltico de misturas asfálticas, sendo que o excesso ou a falta desse ligante afetam o desempenho do pavimento (VILLIBOR E NOGAMI, 2009).

O DNIT (2014) exige cuidados a serem tomados na utilização do ligante asfáltico, desde a armazenagem até a aplicação do material, para que o ligante asfáltico cumpra com as funções para qual foi projetado.

A aderência da base com a camada de rolamento é um dos aspectos importantes para o melhor desempenho do pavimento. É necessário que exista uma aderência perfeita entre a interface da base e camada de rolamento, para que esta não venha a se soltar pelos esforços horizontais impostos pela ação do tráfego (VILLIBOR E NOGAMI, 2009).

Segundo DNIT (2014) a imprimação consiste na aplicação de material asfáltico sobre a superfície da base concluída, antes da execução do revestimento asfáltico, objetivando conferir coesão superficial, impermeabilização e permitir condições de aderência entre esta e o revestimento a ser executado.

Segundo Villibor e Nogami (2009) a penetração excessiva da imprimadura deixa de conferir, à superfície da base, parte da coesão necessária, deixando a interface base-revestimento frágil. Por outro lado, se a imprimadura penetrar pouco, deixará excesso de resíduo betuminoso, o que provocará exsudação e até instabilidade.

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3 JUSTIFICATIVA

Alguns dos defeitos que comprometem o desempenho do pavimento e estão relacionados a erros no processo da imprimação são o escorregamento do revestimento e a exsudação do asfalto na superfície (VILLIBOR E NOGAMI, 2009).

Villibor e Nogami (2009) citam os vários fatores que interferem no processo de imprimação e são eles: tipo e taxa de aplicação do material asfáltico; teor de umidade de compactação; características dos solos; massa específica aparente seca; influência da perda de umidade e da irrigação prévia.

De acordo com o DNIT (2014) as taxas de aplicação usuais são da ordem de 0,8 a 1,6 l/m³, variado conforme o tipo e textura da base. Antes da aplicação do ligante asfáltico a pista deve ser levemente umedecida.

Segundo DER/PR (2005) a taxa de aplicação do asfalto diluído é obtida experimentalmente, variando-se a taxa de aplicação em função do tipo e textura da camada a ser imprimada e a taxa determinada dever ser aquela que após 24 horas, produza uma película consistente na superfície imprimada e maior eficiência em termos de penetração, sem excesso ou deficiência.

Devido à escassez de material granular britado, na região de Sinop-MT, é utilizado um material sedimentar concrecionado (laterita) em camadas de sub-base e base do pavimento (DALLA ROZA E CRISPIM, 2013).

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4 OBJETIVOS

4.1 OBJETIVO GERAL

O presente trabalho tem como objetivo a determinação da taxa adequada de imprimação em base de solo laterítico no munícipio de Sinop-MT.

4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Avaliar entre quatro taxas de imprimação a mais adequada para base de solo laterítico, através de ensaios de aderência e penetração.

 Correlacionar os valores de torque obtidos através do ensaio de aderência com a taxa de imprimação.

 Comparar parâmetros dos ensaios de aderência e penetração encontrados em laboratório com parâmetros encontrados em um trecho de pavimento urbano.

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5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

5.1 O PAVIMENTO

De acordo com Senço (2007), pavimento é a estrutura construída sobre a terraplenagem e destinada, técnica e economicamente para resistir aos esforços verticais oriundos das cargas transmitidas pelos veículos, melhorar as condições de rolamento quanto à comodidade e segurança dos usuários e resistir aos esforços horizontais, tornando mais durável a superfície de rolamento.

Os pavimentos flexíveis são aqueles em que todas as camadas sofrem deformação elástica significativa sob o carregamento aplicado e, portanto, a carga se distribui entre as camadas em parcelas aproximadamente semelhantes (DNIT, 2006).

A constituição deste tipo de pavimento é composta por subleito, reforço do subleito, sub-base, base e revestimento.

O subleito é um maciço teoricamente infinito que serve como fundação do pavimento.

A regularização é a camada posta sobre a fundação do pavimento, destinada a adequar transversal e longitudinalmente o subleito de acordo com o projeto geométrico.

O reforço do subleito é uma camada construída, se necessário, acima da regularização, com a finalidade de aumentar a resistência do subleito possuindo características de suporte superiores às da regularização e inferiores às da sub-base.

A sub-base é a camada complementar a base, construída quando, não for aconselhável construir a base diretamente sobre a regularização ou reforço do subleito.

A base é a camada destinada a resistir aos esforços verticais provenientes do tráfego e distribuí-los as camadas inferiores e sobre a qual é construído o revestimento.

A concepção destas estruturas deve ser realizada de acordo com a disponibilidade de materiais nas proximidades da obra, conforme as características dos esforços solicitantes provenientes do tráfego, das propriedades dos solos do subleito e das condições climáticas da área que será implantada a obra (DER/SP, 2006).

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De acordo Villibor et al (2009) em regiões tropicais como o Brasil destacam-se os solos lateríticos. Os solos lateríticos são solos superficiais, típicos das partes bem drenadas das regiões tropicais úmidas.

Segundo Villibor e Nogami (2009) 65% do território brasileiro apresenta solos com comportamento laterítico.

Sendo os solos tropicais finos considerados como impróprios pelos critérios tradicionais desenvolvidos para climas frios e temperados, estudo feitos por Villibor et al (2009), permitiram o uso de solos lateríticos como material empregado em bases de pavimentos asfálticos, que quando compactados adequadamente apresentam resultados satisfatórios.

Apesar de serem escassas as camadas de laterita, são amplamente utilizadas em obras de pavimentação no meio urbano de Sinop, por apresentarem um desempenho satisfatório como camadas de sub-base e base (DALLA ROZA E CRISPIM, 2013).

Após a escolha dos materiais que irão compor a estrutura do pavimento a execução se dá pelo espalhamento destes na pista, sendo o transporte feito em caminhões basculantes e a distribuição do material na pista feita por motoniveladora, após o espalhamento é realizada a compactação das camadas, sendo os rolos compactadores estáticos ou vibratórios os equipamentos utilizados. Os equipamentos são escolhidos de acordo com o tipo de material empregado.

Além das camadas de estrutura do pavimento, a pista é composta por uma camada de revestimento ou capa de rolamento que receberá diretamente a ação do tráfego e tem como função melhorar a superfície de rolamento quanto às condições de conforto e segurança, além de resistir ao desgaste, ou seja, aumentando a durabilidade da estrutura.

Para os pavimentos flexíveis o revestimento mais utilizado é o betuminoso que é constituído pela associação de ligante betuminoso e agregados, sendo essa associação realizada de duas maneiras, por mistura e por penetração (DNIT,2006).

Segundo Bernucci et al (2006), um dos tipos de misturas mais empregados no Brasil é o concreto asfáltico (CA) também conhecido como Concreto Betuminoso Usinado a Quente (CBUQ). Esta mistura é feita em usinas específicas e é composta por agregados de vários tamanhos e cimento asfáltico

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A execução deste tipo de revestimento se dá pelo espalhamento da mistura na pista e compactação através de rolos lisos ou de pneus, havendo assim a diminuição do índice de vazios da mistura e tornando-a impermeável.

Diferentemente das misturas betuminosas, nos tratamentos superficiais consistem na aplicação de uma ou mais camadas de agregados ligadas por pinturas betuminosas (SENÇO, 2007).

Os tratamentos superficiais se dividem em (BERNUCCI et al, 2006):

 TSS – tratamento superficial simples;

 TSD – tratamento superficial duplo;

 TST – tratamento superficial triplo.

De acordo com Bernucci et al (2006), os tratamentos superficiais múltiplos a primeira camada é de agregados maiores e a medida que constituem nova camada os agregados vão diminuindo de tamanho.

A execução dos tratamentos superficiais começa pela varredura da pista imprimada para eliminar as partículas de pó, e em seguida é aplicado o ligante asfáltico e, imediatamente após, o agregado, ambos na dosagem indicada no projeto. Sendo a execução realizada por meio da combinação de um caminhão espargidor, responsável pela distribuição do ligante asfáltico, com um distribuidor de agregados como mostrado nas Figura 1 e Figura 2 (Bernucci et al, 2006).

Figura 1 - Equipamento espargidor e distribuidor de agregado combinados Fonte: (BERNUCCI et al, 2006).

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Figura 2 - Detalhe da aplicação Fonte: (BERNUCCI et al, 2006).

Para que haja interação entre a base do pavimento e o revestimento são executadas camadas de ligação ou camadas intermediárias, que de acordo com Bernucci et al (2006), são denominadas de binder ou imprimação.

O binder pode ser definido como uma mistura asfáltica usinada a quente ou a frio, utilizando agregado de graduação mais aberta que a do concreto asfáltico. Sendo o binder uma camada intermediária, pode ser coberto por um concreto asfáltico de tratamento superficial ou de capa selante (SENÇO, 2001).

Já a imprimação, segundo Senço (2001), é a aplicação de uma camada de material asfáltico sobre a superfície da base concluída, antes da execução do revestimento, servindo para aumentar a coesão da superfície da base, pela penetração do material betuminoso, impermeabilizar a base e promover condições de aderência entre a base e o revestimento.

De acordo com DNIT (2014) na camada de imprimação é recomendado a utilização de asfaltos diluídos.

Os asfaltos diluídos resultam da diluição de um cimento asfáltico de petróleo por destilados leves de petróleo, com o objetivo de reduzir temporariamente sua viscosidade, facilitando sua aplicação, exigindo assim temperaturas menores que a do cimento asfáltico (SENÇO, 2007).

Segundo Bernucci et al (2006), no Brasil são fabricados dois tipos de asfalto diluído, chamados de cura média e de cura rápida. O termo cura refere-se à perda dos voláteis e depende da natureza do diluente utilizado.

A denominação dos tipos é dada segundo a velocidade de evaporação do solvente (BERNUCCI et al, 2006):

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 Cura média (CM) cujo solvente é o querosene.

Para Senço (2007), os asfaltos diluídos de cura lenta, mesmo fazendo parte da classificação antiga, nenhum interesse apresentava para pavimentação, tendo como diluente o óleo diesel.

A segunda forma de avaliação e denominação é relacionada ao início da faixa de viscosidade cinemática de aceitação em cada classe. Por exemplo, um ligante denominado CM-30 é um asfalto diluído de cura média (CM) cuja faixa de viscosidade a 60ºC começa em 30cSt (centiStokes) (BERNUCCI et al, 2006).

O DNIT (2014) recomenda o emprego do asfalto diluído CM-30 na imprimação, sendo este em conformidade com a norma DNER (1997).

A taxa de aplicação do ligante deve ser determinada experimentalmente na obra considerando-se que a taxa ideal é a máxima absorvida em 24 horas pela base, as taxas variam conforme o tipo e a textura da base (DNIT, 2014).

Considerando as condições locais, deve ser determinada a taxa de aplicação de ligante asfáltico mais eficiente. O DNIT (2014) apresenta as taxas usuais da ordem de 0,8 l/m² a 1,6 l/m². Já para o DER/PR (2005) as taxas variam de 0,8 l/m² a 1,3 l/m² variando de acordo com o tipo de solo, e para o DER/SP (2005), a variação das taxas para cada tipo de solo são de 0,7 l/m² a 1,5 l/m², conforme Tabela 1.

Tabela 1 – Taxas usuais de asfalto diluído para imprimação DER/PR e DER/SP Taxas usuais de asfalto diluído para imprimação

Brita graduada 0,9 a 1,3 l/m² Brita corrida 1,0 a 1,3 l/m² Camadas estabilizadas 1,0 a 1,2 l/m² Solo arenoso fino 1,0 a 1,3 l/m² Solo brita arenoso 1,0 a 1,2 l/m² Solo brita argiloso 0,9 a 1,1 l/m² Fonte: Adaptado de DER/PR e DER/SP (2005).

A espessura (profundidade) da penetração da imprimadura varia em função das diversas características intrínsecas do solo, do seu grau de compactação e do material utilizado na imprimação (VILLIBOR E NOGAMI, 2009).

Para Villibor e Nogami (2009) para a verificação do comportamento da imprimadura e seu reflexo no desempenho do pavimento, as imprimaduras que apresentam resultados satisfatórios são caracterizadas por: espessura de

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penetração do material betuminoso situada entre 4 e 10mm e película residual do material betuminoso na superfície, com espessura não excessiva.

As imprimaduras, nessas condições, resistiriam aos esforços de cravamento do agregado da capa na base e aos horizontais, produzidos pelo tráfego.

Villibor et al (2009) sugere a determinação da penetração no teor de umidade – 2% como critério para a fixação do tipo e da taxa de material asfáltico a ser utilizado.

Rabêlo (2006) considerou como satisfatória a imprimação cuja penetração alcançou a medida mínima de 4 mm, que após alcançada esta medida, todos os atributos de coesão, impermeabilidade e condições de aderência forma atendidos.

Os corpos de prova utilizados na pesquisa de Rabêlo (2006) foram moldados no teor de umidade – 2% e imprimados à taxa de aplicação de ligante de 1,0 l/m², depois de irrigados previamente, com água, à taxa de 0,5 l/m².

5.2 EQUIPAMENTO DIPEA

O equipamento DIPEA (Dispositivo Portátil para Ensaio de Aderência), orginalmente utilizado para controle de argamassa e concreto de cimento Portland, adaptado por Pereira (2002) que propôs um ensaio em campo para avaliação da aderência dos geotêxteis às camadas do pavimento, que permitisse avaliar a taxa adequada de espargimento de ligante sobre o Geossintético.

Segundo Pereira (2002) é um ensaio do tipo arrancamento e consiste de um disco de aço que deve ser colado à superfície que se deseja ensaiar. A este disco é aplicada uma força de tração axial que o arranca juntamente com o material ao qual está colado. A concepção do aparelho DIPEA garante a perpendicularidade entre o parafuso de tração e o disco de aderência. A transferência de torque é eliminada por um rolamento de encosto.

As Figuras 3 e 4 apresentam o desenho esquemático e equipamento DIPEA adaptado por Pereira (2002).

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Figura 3 - Desenho esquemático do equipamento DIPEA. Fonte: (PEREIRA, 2002).

Figura 4 - Equipamento DIPEA. Fonte: (PEREIRA, 2002).

A Figura 5 mostra detalhes do equipamento DIPEA adaptado por Pereira (2002).

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Figura 5 - Detalhes de cada peça. Fonte: (PEREIRA, 2002).

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Pereira (2002) adaptou o equipamento original que possuía diâmetro de 65mm para 100mm.

A medida da aderência é efetuada através de um Torquímetro de relógio dotado de um ponteiro de arraste com faixa de trabalho adequado ao que se deseja medir. Os valores de torque podem ser correlacionados com a taxa de emulsão inicial (PEREIRA, 2002).

De acordo com Pereira (2002) o ensaio de arrancamento é bastante simples, consistindo de basicamente três operações: colar a placa à superfície da manta, arrancar e ler o torque.

Os principais objetivos do ensaio realizado por Pereira (2002) era avaliar se as taxas de emulsão utilizadas, na execução de trechos com geotêxteis, promovem a aderência entre as camadas nova e antiga de revestimento e o geotêxtil e se o equipamento apresentava sensibilidade suficiente para a avaliação da aderência.

Ramalho (2011) utilizou o DIPEA adaptado por Pereira, pois julgou que este teste poderia ser viável também para a avaliação de imprimação, servindo como um estudo exploratório da viabilidade de emprego do DIPEA na previsão em laboratório da taxa adequada de ligante para imprimação.

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6 METODOLOGIA

6.1 MATERIAIS

6.1.1 Solo

O solo a ser utilizado neste trabalho será solo Laterítico (cascalho), indicado como material para execução da base. O solo é proveniente de uma jazida do município de Sinop-MT. A localização da cascalheira pode ser observada na Figura 6.

Figura 6 - Localização do jazida (11°52'50.27"S e 55°37'56.70"O). Fonte: Google Earth (2016).

6.1.2 Asfalto Diluído CM-30

O asfalto diluído que será utilizado para a imprimação é de cura média CM-30, como a norma DNIT (2014) recomenda, em conformidade com a norma DNER (1997), devendo atender aos requisitos da Tabela 2.

Tabela 2 – Asfalto diluido tipo cura média

Características Unid. CM-30 Asfalto diluído Viscosidade cinemática, a 60C ou Viscosidade Saybolt-Furol,a 25C 50C cSt s s 30-60 75-150 - continuação...

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continuação...

Tabela 2 – Asfalto diluido tipo cura média

Características Unid. CM-30 Ponto de fulgor (V. A. Tag), mínimo C 38 Destilação até 360C

% volume do total destilado, a: 225C, máximo 250C 315C % 25 40-70 75-93 Resíduo a 360C, por diferença, % volume mínimo %

50 Água % volume, máximo % 0,2 Resíduo de destilação

Penetração (100g, 5s, 25C) 0,1mm 80-120 Betume, % peso, mínimo % 99,0 Ductibilidade a 25C, mínimo cm 100

Fonte: Adaptado de DNER-EM 363/97.

6.2 MÉTODOS

6.2.1 Caracterização do solo

Será realizada a caracterização geotécnica do solo, através dos ensaios de determinação do limite de liquidez (ABNT, 1984a), determinação do limite de plasticidade (ABNT, 1984b), análise granulométrica (ABNT, 1984c) determinação da massa específica dos grãos (ABNT,1984d) e Índice de Suporte Califórnia (ABNT, 1987) .

6.2.2 Preparação dos corpos de provas

A compactação dos corpos-de-prova será realizada na modalidade de compactação estática, todos realizados no teor de umidade ótimo ( ) e no peso específico seco máximo ( ). A determinação do e será feita conforme a ABNT (1986), utilizando a energia intermediária.

Para os corpos de prova submetidos a imprimação serão confeccionadas moldes de chapa de ferro com espessura de 4,75 milímetros e dimensões de (0,20cm x 0,20cm x 15cm) com colarinho de (0,20cm x 0,20cm x 10cm), Figura 7, onde será obtida uma camada final compactada de 15 cm de espessura em uma prensa hidráulica com capacidade de 30 toneladas.

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Figura 7 - Detalhe bandeja Fonte: Acervo Particular (2016).

Após compactados, os corpos de prova serão levemente umedecidos e imprimados variando a taxa de aplicação de ligante nos seguintes valores:0,5 l/m², 0,9 l/m², 1,3 l/m² e 1,7 l/m².

As aplicações das taxas serão realizadas com auxílio de uma pistola de pressão, de modo a obter uma aplicação uniforme dos materiais asfálticos sobre os corpos-de-prova. A quantidade de material betuminoso será calculada em função da área de aplicação e das taxas testadas.

Os corpos-de-prova serão imprimados sobre uma balança eletrônica com precisão de 0,1 grama, para o controle da taxa de aplicação. Após a imprimadura os corpos de prova serão deixados em repouso durante 24 horas para penetração do CM-30 na base, conforme DNIT (2014).

No total serão confeccionados 10 corpos de prova para os ensaios de aderência e penetração.

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Para o ensaio de aderência será utilizado o equipamento DIPEA adaptado por Pereira (2002), seguindo o procedimento: (I) o disco de aderência será colado à superfície imprimada dos corpos-de-prova, utilizando-se uma cola à base de epóxi ou uma cola tipo “solda fria”, espalhando a cola uniformemente, formando um filme fino; (II) após a cola secar completamente, instalar o equipamento DIPEA, ajustando a altura da peça de reação girando o parafuso no sentido anti-horário até que este encontre o disco de aderência e só então atarrachá-los; (III) instalar o Torquímetro dotado de ponteiro de arraste, aplicando o torque no sentido horário até arrancar totalmente o disco de aderência; (IV) após o arrancamento total do disco será feito a leitura no Torquímetro.

O Torquímetro que será utilizado terá faixa de trabalho de 0 a 6 Nm com escala de 0,2 Nm e dotado de ponteiro de arraste.

6.2.4 Ensaio de penetração

Passado 24 horas após a imprimação os corpos-de-prova serão cortados ao meio, para a determinação na seção transversal média da espessura de penetração da imprimação, sendo o paquímetro utilizado para essa determinação.

6.2.5 Ensaio in loco

Após a obtenção dos parâmetros em laboratório, os ensaios de aderência e penetração serão realizados em um trecho de pavimento urbano de base executada com solo da mesma jazida e energia de compactação intermediária executadas com rolo compactador do tipo pé de carneiro vibratório.

Os trechos de análise serão divididos em seções alternados entre borda direita (BD), eixo (E) e borda esquerda (BE), coletando uma amostra a cada 100 metros de pista de acordo com Figura 8.

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Figura 8 - Ensaio in loco. Fonte: Acervo Particular (2016).

Serão verificados no ato da imprimação a taxa de ligante de acordo com DNIT (2014) nestes mesmos trechos.

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7 CRONOGRAMA

ATIVIDADES 2016 2017 J A S O N D J F M A M J Revisão bibliográfica Confecção dos Corpos-de-prova Realização dos Ensaios em laboratório Ensaios in loco Análise dos Resultados Redação do Artigo Científico Conclusão e Defesa

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8 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICA (ABNT).NBR 6459: Solo – determinação do limite de liquidez. Rio de Janeiro, RJ, 1984a. 6p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICA (ABNT).NBR 6508: Grãos de

solos que passam na peneira de 4,8 mm – determinação da massa específica.

Rio de Janeiro, RJ, 1984d. 8p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICA (ABNT).NBR 7180: Solo – determinação do limite de plasticidade. Rio de Janeiro, RJ, 1984b. 3p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICA (ABNT).NBR 7181: Solo – análise granulométrica. Rio de Janeiro, RJ, 1984c. 13p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICA (ABNT).NBR 7182: Solo – ensaio de compactação. Rio de Janeiro, RJ, 1986. 10p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICA (ABNT).NBR 9895: Solo – Índice de Suporte Califórnia. Rio de Janeiro, RJ, 1987. 14p.

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Referências

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