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1º estágio_Dano Moral - Erro M+®dico - Aus+¬ncia de Nexo Causal

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Academic year: 2021

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PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DA PARAÍBA

Justiça Comum de 1ª Instância

3ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE CAMPINA GRANDE

Processo nº: 001.2001.006.451-5

Natureza/ação : Indenização por Danos Morais e Materiais Autora : FRANCISCA DA SILVA RAPOSO

Réus : JOSÉ DE MORAIS LUCAS E CLIPSI

S E N T E N Ç A

DIREITO CIVIL. INDENIZAÇÃO. ERRO MÉDICO. Ação de reparação civil por danos pessoais decorrentes de erro médico. Negligência na aplicação de anestesia em parto cesariano. Lesão das raízes nervosas. Parestesia do membro inferior esquerdo. Hemangioma e hidrosseringomielia do cone medular. Lesões pré-existentes. Nexo de causalidade não caracterizado. Responsabilidade civil não delineada. RESPONSABILIDADE CIVIL. Erro médico. Utilização de instalações hospitalares. Litisconsórcio facultativo entre o hospital e o profissional da medicina. Responsabilidade objetiva da pessoa jurídica, informada pela teoria do risco profissional. Responsabilidade subjetiva do médico, informada pela teoria da culpa. Ausência do nexo de causalidade. Reparação civil indevida.

1.- É objetiva, informada pela teoria do risco profissional, a responsabilidade dos hospitais e casas de saúde por erro médico ocorrido ao ensejo de ato cirúrgico praticado em suas dependências.

2.- Embora prescinda da idéia de culpa, a responsabilidade objetiva não subsiste sem a caracterização do nexo de causalidade.

3.- Não responde civilmente o médico, por dano a paciente, quando não demonstrando cabalmente o nexo de causalidade entre aquele e o ato cirúrgico.

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4. - Improcedência dos pedidos. Vistos etc.

FRANCISCA DA SILVA RAPOSO, já qualificado(a), por intermédio de advogado(a) regularmente habilitado(a), ingressou em juízo com a presente ação contra JOSÉ DE MORAIS LUCAS e a CLIPSI – CLÍNICA, PRONTO SOCORRO INFANTIL E HOSPITAL GERAL LTDA, objetivando reparação civil pelos danos pessoais sofridos em razão de erro médico praticado pelo primeiro suplicado, nas instalações hospitalares da segunda demandada.

De acordo com a petição inicial, no dia 23 de março de 1992, nas dependências da segunda promovida, a suplicante deu a luz à menor KAROLINE DA SILVA RAPOSO, hoje1 com 09 anos de idade,

submetendo-se a uma cirurgia (cesariana) com anestesia aplicada pelo primeiro demandado.

Aduz, ainda, que, em decorrência de erro de técnica na aplicação anestésica, sofreu lesão na perna esquerda que, a despeito de várias internações, uso de medicamentos e tratamento fisioterápico, resultaram permanentes seqüelas, como dificuldades para deslocamento, desequilíbrio e ausência de temperatura no membro afetado, sendo ambos os réus solidariamente responsáveis pela reparação dos danos pessoais sofridos em razão do erro de técnica em que laborou o primeiro demandado.

Atribuindo à causa o valor estimativo de (R$ 180,00), instruiu a petição inicial com os documentos de fls. 11/22.

Regularmente citado, o primeiro promovido ofereceu sua contestação (fls. 28/29), argüindo, em preliminar, a prescrição qüinqüenal prevista no art. 27 do CDC. No mérito, sustentou a inexistência de prova da lesão incapacitante afirmada pela autora, muito menos que esta tenha decorrido de imprudência, imperícia ou negligência de sua parte.

A segunda promovida ofereceu sua contestação às fls. 31/33, argüindo, em preliminar, a prescrição qüinqüenal prevista no art. 27 do CDC. No mérito, sustentou a inexistência de prova da lesão incapacitante afirmada pela autora, muito menos que esta tenha decorrido de imprudência, imperícia ou negligência do primeiro demandado.

Impugnação às contestações (fls. 36/39), seguida da audiência preliminar conciliatória (fls. 49/50), na qual foi rejeitada a prejudicial de prescrição e deferida a produção da prova requerida por ambas as partes, nomeando-se o médico Hermano José Souto Maior para o encargo de perito judicial, tendo a segunda promovida agravado, na forma retida, da decisão que rejeitou a prejudicial de prescrição.

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Juntada, pela autora, de “novos documentos” (fls. 97/100), impugnados pela segunda promovida (fls. 103/104).

Juntada, pelo primeiro réu, de declaração passada pelo Neurologista Jovany Luis Alves de Medeiros (fls. 140), bem como de cópia do prontuário médico-hospitalar da paciente (fls. 143/152), seguidos de impugnação da autora (fls. 153/154).

Realizada a perícia médico-legal, o perito do juízo juntou o respectivo Laudo Pericial (fls. 161/171), cuja peça, em decorrência da impugnação feita pela autora (fls. 176/177), foi complementada pelos esclarecimentos prestados às fls. 228/229 e na audiência (fl. 246/247).

Juntada, pela autora, de “novos documentos” (fls. 190/200), impugnada pelos réus (fls. 210/212 e 215/216).

Na audiência de instrução e julgamento, foram tomados os depoimentos pessoais da autora, do primeiro réu e das testemunhas arroladas por ambas as partes.

Oferecidas as razões finais da autora (fls. 260/270) e dos réus (fls. 273/278 e 279/282), foram os autos conclusos para a sentença.

É o relatório, em apertada síntese. DECIDO:

Trata-se de ação objetivando reparação civil de danos pessoais sofridos em decorrência de erro médico (negligência) na aplicação de anestesia raquidiana, por ocasião de parto cesariano realizado em 23 de março de 2002, do qual resultou para a parturiente parestesia (dormência) no membro inferior esquerdo.

Em matéria de danos pessoais decorrentes de erro médico, a responsabilidade civil, de índole contratual, biparte-se em duas grandes vertentes, a saber: a do hospital, informada pela teoria do risco profissional e, portanto, objetiva, e a do profissional da medicina, baseada na teoria da culpa e, por conseguinte, de cunho subjetivo.

A responsabilidade contratual dos hospitais e casas de saúde, de natureza objetiva, está disciplinada nos artigos arts. 6º, inc. VI, e 14 a 25, do Código de Defesa do Consumidor, surgindo sempre que demonstrados o dano e o nexo de causalidade, independentemente da perquirição de culpa lato sensu no ato médico causador do dano.

De acordo com a doutrina dos Profs. Nelson Nery Jr. e Rosa Maria de Andrade Nery2,

“A norma (CDC 6º VI) estabelece a responsabilidade objetiva como sendo o sistema geral da responsabilidade do CDC. Assim, toda indenização derivada de relação de consumo, sujeita-se ao regime da responsabilidade objetiva, salvo quando o Código expressamente disponha em contrário (v.g. CDC 14 § 4º)”.

A responsabilidade do profissional da medicina, por seu turno, de natureza subjetiva, só emerge quando delineados os pressupostos

2 JÚNIOR, Nelson Nery. NERY, Rosa Maria de Andrade, in Novo Código Civil e Legislação

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da responsabilidade civil comum, isto é, o ato ilícito ou contrário ao direito, o dano e o nexo de causalidade.

No presente caso concreto, todo o fundamento jurídico do pedido está arrimado na concepção de que, tendo a anestesia aplicada pelo 1º promovido atingido as ramificações nervosas das L4-L5 da autora, extrair-se-ia a inexorável conclusão de que a lesão radicular causadora da parestesia do membro inferior esquerdo seria decorrência lógico-necessária de erro na técnica anestésica, cf. se infere do depoimento pessoal:

FRANCISCA DA SILVA RAPOSO: “(...) que houve várias tentativas para aplicar a injeção de anestesia, e somente na sexta tentativa foi que o médico conseguiu aplicar; ... que na hora da aplicação da anestesia sentiu um choque na perna esquerda; que percebeu logo após que saiu da sala de parto que a perna se encontrava um pouco inchada e sem sensibilidade” (fls. 252).

Adotando idêntica linha de raciocínio, a i. advogada da autora assim se expressa em suas razões finais:

“(...) outra ilação não se pode chegar a não ser a de que as raízes nervosas entre L4 e L5 da promovente foram lesionadas pelo 1º promovido no ato da aplicação da anestesia raquidiana, daí a razão de todos os sintomas descritos pela mesma, bem como informados pela testemunha supra mencionada, tendo como causa na compressão das raízes nervosas constantes na L4 e L5, já que, diga-se mais uma vez, ausentes herniações discais que foi dada (sic) como outra causa para os sintomas verificados” (fls. 263).

“Evidencia-se do acervo probatório que a postulante, antes de ser submetida ao ato cirúrgico que deu causa ao dano narrado não tinha qualquer patologia que a levasse a outra conclusão senão a de que a lesão radicular verificada teve como causa o atingimento das respectivas raízes nervosas” (fls. 265) – grifei.

No entanto, analisando detidamente a prova documental, pericial e testemunhal produzida por ambas as partes ao longo da exaustiva instrução processual, não encontrei subsídios que pudessem de alguma forma corroborar a alegação de negligência médica em que supostamente teria incorrido o 1º demandado, muito menos que a lesão radicular de L4-L5-S1, o hemangioma e a hidrosseringomielia do cone medular, identificados como causa da parestesia (dormência) tenham, como alegado em suas razões finais (supra), qualquer relação de causalidade com a raquianestesia por ele aplicada.

Com efeito. Embora a lesão tenha sido diagnosticada logo após o ato cirúrgico, cf. conclusão pericial (fls. 171), não se pode afirmar uma relação de causa e efeito daquela com a anestesia raquidiana, sendo forçoso concordar com a afirmação pericial que “(...) a etiologia do dano é que não restou esclarecida nos autos, não se podendo hoje, depois de uma década da ocorrência do ato cirúrgico, estabelecer o lime de causa e efeito” (fls. 171), esclarecendo que a lesão e sintomatologia apresentadas pela paciente “(...) de nenhum modo pode-se explicar a mesma (sic) pela prática raquidiana”, arrematando:

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“Sendo assim, continuo com o entendimento da ausência de nexo causal, não podendo atribuir os sintomas decorrentes da lesão nervosa do membro inferior esquerdo da paciente ao ato anestésico praticado” (fls. 239).

A conclusão pericial afastando o nexo causal da lesão e sintomatologia apresentadas pela autora com a prática da raquianestesia está corroborada pelas declarações dos médicos Wellington Torres de Andrade e Jovany Luis Alves de Medeiros, cf. se infere dos seguintes trechos de seus depoimentos em juízo:

WELLINGTON TORRES DE ANDRADE: “(...) que existe a possibilidade de um ato de aplicação anestésica ocorrer um choque, no entanto, não tem maiores conseqüências, pois no momento em que a agulha toca nas ramificações nervosas elas se desviam” (fls. 256).

JOVANY LUIS ALVES DE MEDEIROS: “(...) que existe a possibilidade de, no momento da punção, o médico tocar na raiz nervosa e existe no momento ocorre uma sensação de choque, mas que não deixa seqüelas” (fls. 257),

Ratifica, assim, o teor da declaração de fls. 140, na qual esclarece: “2 – Lesões de raízes espinhais comumente são causadas por compressão póstero-lateral. Na raquianestesia, a punção lombar é realizada medianalmente, o que torna improvável lesão radicular tendo como causa esta técnica. 3 – A paciente tem uma tomografia computadorizada, realizada em 09/11/2000 em que descreve ´redução do espaço discal posterior de L5-S1, com redução do calibre dos respectivos forames de conjugação´. Acredito que este detalhe deve ser levado em conta na avaliação clínica do caso, porque estas modificações anatômicas não podem ter como causa a técnica anestésica utilizada”- grifei.

Tais observações guardam perfeita sintonia com as conclusões do Dr. Luiz Eduardo Imbellone que, em seu Tratado de Anestesia Raquidiana, ano 2001, p. 174, assim esclarece:

“É importante levar-se em conta que problemas neurológicos podem ser manifestar após uma raquianestesia, sem que haja qualquer relação com a técnica. Tumores medulares, trombose da artéria espinhal anterior e mau posicionamento na mesa cirúrgica, entre outras, ocasionalmente provocam paralisias e graves lesões nervosas, evidenciadas no pós-operatório e que poderiam erroneamente ser atribuídas ao método anestésico (raquianestesia)”.

Não obstante a clareza, robustez e contundência das informações técnicas afastando a relação de causa e efeito da “lesão radicular” com a técnica anestésica, a autora prossegue porfiando entendimento diametralmente oposto, aduzindo:

“(...) Ora, será que uma punção anestésica errônea nessas áreas (L4 e L5) não causaria uma seqüela? Evidente que sim, pois é exatamente nessas raízes nervosas que, na literatura médica são chamadas de nervos lombares, que integral o Plexo Lombo-Sacral que é constituído por cinco pares de nervos espinhais derivados da medula espinhal. Nervos estes responsáveis por toda a sensibilidade e motricidade dos membros inferiores” (fls. 264).

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Acontece, porém, que inexiste nos presentes autos qualquer fundamento científico lastreando tais afirmações. Estas partem, na verdade, de uma ilação vulgar arrostada pelas conclusões científicas emanadas de profissionais graduados na matéria em disceptação.

E, embora faça referência à literatura médica especializada, a autora não trouxe para os autos elemento algum que pudesse contrastar as conclusões dos referidos profissionais da medicina, as quais merecem a credibilidade deste Juízo, seja porque coerentes em seu conjunto, seja porque em momento algum objetivamente contrastadas com base em dados científicos (pareceres, artigos, literatura médica, etc.), para o que, evidentemente, não são suficientes as conjecturas aviadas pela autora em suas alegações finais.

Com o objetivo de descredenciar o depoimento do médico JOVANY LUIS ALVES DE MEDEIROS, afirma-se que ele agira com espírito corporativista quando afirmou que o toque nas ramificações nervosas não deixam seqüelas, já que, quando indagado sobre a lesão prexular de fls. 192, deu como possibilidade a compressão das raízes nervosas que saem de L4-L5 (fls. 264). Evidentemente que tal assertiva, partindo de premissas totalmente distintas, não poderia levar a uma tal conclusão, pois uma coisa é um toque com a agulha anestésica nas ramificações nervosas, outra é a compressão dessas mesmas raízes por agentes externos.

Afirma a autora, em suas razões finais (fls. 266), que a hidrosseringomielia do cone medular e a discopatia em L3-L4 incipiente, diagnosticadas pela ressonância magnética (fls. 195/196), não servem como justificativas para a parestesia do MIE da autora, como pretendem os réus, já que não há qualquer indício de que a mesma fosse portadora de tais patologias no ano de 1992, cf. tomografia computadorizada de fls. 15/22.

Há, nesta afirmação, evidente equívoco. É que, enquanto a ressonância magnética realizada em 2004 (fls. 195/196) focalizou, pormenorizadamente, a coluna lombar, a tomografia computadorizada de fls. 15 restringiu-se ao exame dos segmentos D10 a L4, enquanto a de fls. 22 focalizou apenas as vértebras lombares de L3-L4 a L4-L5-S1.

Por óbvio que tais exames, centrando-se em partes ou segmentos específicos da coluna vertebral, a partir da vértebra lombar VL-3, não poderiam jamais diagnosticar qualquer patologia localizada no cone medular e/ou na cauda eqüina, como pretendido pela autora, diferentemente da ressonância magnética que, repita-se, centrou-se especificamente na coluna lombar, a partir da causa eqüina.

De outra senda, a propósito de contrastar as conclusões periciais, alega-se que em 1992, quando perpetrado o ato lesivo, a autora não tinha lesão pré-existente, cf. exame de fls. 15,. Tal ilação encobre duas verdades essenciais ao deslinde da questão. A primeira é que o exame de fls. 15, como visto, não analisou o cone medular nem a causa eqüina,

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restringindo-se aos segmentos de D10 a L4 e, portanto, não poderia diagnosticar a patologia pré-existente no cone medular. A segunda refere-se à data do exame, realizado em 15.05.92, posterior ao parto e, portanto, não poderia afastar lesões pré-existentes àquele, como pretende a autora, por uma simples questão cronológica.

Em sendo assim, tenho como cabalmente afastado o nexo de causalidade entre a patologia e sintomatologia apresentadas pela autora, indicadas pelo perito judicial como causas da parestesia do membro inferior esquerdo, e o ato anestésico argüido como causa de pedir próxima, de sorte que a improcedência da ação é medida que se impõe, tanto em relação ao médico, quanto em relação ao hospital já que, embora a responsabilidade objetiva prescinda da idéia de culpa, ela não subsiste sem a presença do nexo causal.

Por tais fundamentos, julgo improcedentes os

pedidos.

Arbitro os honorários advocatícios em R$ 1.000,00 (um mil reais), além do ressarcimento das despesas processuais.

Sem custas. P. R. Intimem-se.

Campina Grande, 21 de maio de 2007.

MANUEL MARIA ANTUNES DE MELO Juiz de Direito – 3ª Vara Cível

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