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Sao Paulo Med. J. vol.123 suppl.spe

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Academic year: 2018

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Sao Paulo Med J. 2005;123(Suppl):13.

INTRODUÇÃO A raquianestesia é um procedimento utilizado com freqüência para cirurgias do abdome inferior. Apesar da sua aparente simplicidade, é dotada de riscos, dentre eles, a parada cardíaca, numa incidência de 0,07%. Relatamos a seguir o caso de uma paciente que evoluiu com assistolia após ter sido submetida à raquianestesia.

RELATO DO CASO Paciente do sexo feminino, 50 anos, estado físico P1 (antigo ASA I), com indicação de histerectomia abdominal por mioma-tose uterina. Hemodinamicamente encontrava-se estável, exame cardiopulmonar e laboratorial sem alterações, IMC 36,3 kg/m2. A paciente foi monitorizada com PANI, cardioscópio e SpO2. Venóclise com cateter 18 G em MSD e sedada com midazolam 1 mg. Foi proposta uma raquianestesia com bupivacaína hiper-bárica 0,5% 20 mg, sufentanil, 3 mcg e morfina 50 mcg,com a paciente sentada, no interespaço L2-L3 e agulha tipo Quincke 26 numa velocidade de l ml/3 s. Em seguida foi colocada em cefalo-declive e, após 3 minutos da injeção, foi testado o nível térmico do bloqueio, que já se encontrava em T2-T3. Decidiu-se pela atropinização precoce (0,5 mg) e, enquanto se preparava a droga, a paciente evoluiu com bradicardia severa seguida de traçado de ECG isoelétrico, ausência de curva de pletismografia e de

pulso carotídeo. Com a paciente em cefalodeclive, iniciaram-se as manobras de ressuscitação. Após 30 segundos de MCE, já se observava a presença de pulso carotídeo e retorno do ritmo sinusal, bem como exame neurológico normal. O ato cirúrgico, a partir de então, transcorreu normalmente e a paciente recebeu alta da SRPA após 3 h do bloqueio.

DISCUSSÃO A arritmia mais freqüente relacionada à raquianestesia é a bradicardia, entretanto, neste caso, a mesma foi tão severa, que evoluiu para assistolia. Relacionamos tal fato não só ao bloqueio das fibras cardioaceleradoras, mas também ao desencadeamento de reflexos cardíacos, como o Bezold Jarish. Em pacientes com instalação alta de bloqueio (acima de T4), a atropinização precoce se mostra uma alternativa adequada.

REFERÊNCIAS

1. Pollard JB. Cardiac arrest during spinal anesthesia: conmon mechanisms and strategies for prevention. Anesth Analg. 2001;92:252-6.

2. Auroy Y, Narchi P, Messiah A, et al. Serious complications related to regional anesthesia. Anesth. 1997;87:479-86.

Jurandy B. Silva Adecir G. Neubauer André O. Cenci Dante Ranieri Júnior

Assistolia em paciente

submetida à raquianestesia

CET-SBA do Serviço de Anestesiologia Itajaí, Itajaí, Santa Catarina

Copyright © 2005, Associação Paulista de Medicina

Endereço para correspondência:

Jurandy B. Silva

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