-
SUK Ü SIS
SOBRE OS TRES PONTOS SEGUINTES
Io
—
TRATAR DAS FORMASMAIS GRAVESDAESCARLATINA,EDOSMEIOSMAISEPFICAZESPARA COMBATÊ
-
LAS;2o
—
TRATARDOSCASOSQUEREÇLAMÍOA EXTIRPAÇÃODOGLOBO DOOLHO,EDOSMETHODOS EPROCESSOS POR QUESEPRATICA ESTA OPERAÇÃO;
3®
—
TRATARDAS FORÇAS MECANICASQUEFUNCCIONÃONOACTODA RESPIRAÇÃO,EDAS ALTERAÇÕES QUERE&ULTÃOPARAARESPIRAÇÃOQUANDOSEMODIFICAOil SE PERTURBAAINTENSIDADE
EOEQUILÍBRIO PHYSIOLOGICODESTASFORÇAS;
APRESENTADA
Á FACULDADEDE MEDICINADO RIO DE JANEIRO
ESUSTENTADAEM 19 DEDEZEMBRODE 1851 roa
tiOcTO
[7jeixo' c)erA
)£
uiCti)c
&DOUTOR EM MEDICINA PELAMESMA FACULDADE NATURAL 1)0 RIODEJANEIRO
FILHO DE
BBBIÏAEMn © 13 33I3A BEIS 3 ALKÏIBA
SB2M
>
2>
$TVPOGRAPI1IA UNIVERSAL DE LAEMMERT
Ruados Inválidos,Gl 15
1851
FACULDADE DE IIEIIHM 110 RIO HE JANEIRO
DIRECTOR.
O SR
.
CONSELHEIRO DR.JOSéMARTINSDACRUZ JOUIM.
LEIVTES
-
PROPRIETARIOS.
MUMEIROANNO.
. . . .
Physicamedica.
. . . .
Bot'anica medicaeprincípios elementaresde Zoologia.SEGUNDOANNO
.
F
.
de PaulaCândido,ExaminadorF
.
F.Allcin ãoCliimica medicacprincipio»elementares de mi-
neralogia.
Anatomia geral e descripliva.
J
.
V.Torres-llomemJ
.
M.NunesGarcia,Présidente.TERCEIROANNO.
. . .
Anatomia geraledescriptive. .
. . Pliysiologla.QUARTOANNO.
J
.
M.NunesGarcia..
..
!.
.
de A.P.
da Cunha. . .
.
.
Pathologia geraleevternn.. .
Pathologiageraleinterna.
.
. Pharmacia, materiamedica,espeúalmentca brasileira,llierapcuticacartede formular.J.B
.
da Rosa J.J.da.SilvaJ
.
J.de Carvalho,ExaminadorQUINTOANNO.
C
.
B.
Monteiro!..daC
.
FeijóOperações,anatomiatopographicacajrpirelhos.
Partos,das,emoldeéstias de mulheres pejadasrecem-nascidos. cpari
-
SEXTO ANNO
.
T.G.dos Santos
.
J
.
M.daC.Jobim Hygiene c historia da medicina.
Medicina legal.
2*ao!i°
—
M.
F.
I’.deCarvalho.
.. .
Clinica externapective. c anatomia pathologica res-
.
. .
Clinica internapective. c anatomia pathologica res-
LEIVTES SUBSTITUTOS*
.
5'aoG"
—
M.
do V.
Pimentel. .
A
.
M.deM.
eCastro. . .
K
.
G.da Rocha Freire.
. .A.F
.
Martins,ExaminadorSecçãode sciencias acacssoria?
* *
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Secçãomedica.P.K
.
de Abreu.Examinador íSecçãocirúrgica.
SECRETARIO. DR.LUIZCARLOSDAFONSECA
.
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-
B. —
AFuculdadinâo approvenem reprova asopiniõesemitti lasnasThesesquelhe sãoapresentadas
.
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AOS MANES DE MEUS PAIS
Nadamais doque saudades
....
JL I9IEMORIA
DOMEU EXCELLENTE E VENERANDOAMIGO
VALERIANO JOS É PINTO
Quasi um século de existência,sem uma sóquebra fisleis da honra, brioe generosidadeamais cavalheiresca,6 cousa tãophenomenal,queuâopódo deixar defazer sorrir aincredulidade!
Entretanto, é aindano correr dessavida tilolonga, quanto rica de bons exemplos, queaquelles,queconhecerão eapreciarão o meubomevelhoamigo, vãoprocurar conselho, como o mergulhadordesce fisprofundidadesdepacifico oceanopara busoar a preciosapérola,que ahi modestamente se esconde
.
A MEURESPEITÁVEL PADRINHO
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-
c Uev.
"°Sr.
ANTONIO DA OOSTA fflJlM Â MIS
Se osbeneficios,quodesde infanciamo prodignlisastes,e asolicitudecomque dirigistesacultura dominha intelligencia,podem jamaisserindemnisadospela dedicaçãoamaisillimitada,eorespeitodeumavida inteira; então,senhor, tenho convicçãode que saldareiainda adivida de gratidão,queparacoravoscocontrahi
.
AOMEUAMIGO DOCORAÇÃO
M
»mm mmmo
)ii í nu
Jamais umasó nuvem nosIiorizontes denossa amizade!
. .
. Éque,áspuras ediaphanas regiõesdosentimento, aqueremontarão asnossasalmas, nãosepodem elevarpara turva-las asgrosseiras exhalaçõesdo egoismo, nem os negrumes da invejae dadescrença, tristíssimoambiente, em que seagitãoaquelles, aquem não luz oSolda vida, adoceesantaAmizade.
Ä e § i Ä 1 ISSI
Sincero afiecto,egratarecordação
6
)o (ftulot .
Uio dc Janeiro,17de Junho de 1859
.
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1»AS
FORMAS MAIS GRAVES DA ESCARLATINA
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nos MKios
MAISEFFICAZESPARA COMBATEL
-
AS.
Tratar das f ô rmasmais graves da escarlatina
,e dos meios mais eiïicazes para coinba
-t è l-as.
DEFINIçãO
.
Escarlalina (febrisscarlatina,rossolia,febrepurpurea,rubeola«onfluens, raorbilli confluentes , &c
.
, ác.
,) é um exanthema febrile contagioso, caracterisado por um rubor espalhado uniformemente na superficie da pelle , ou disseminado em largas placas, por angina ,e terminando por desquanimação no fim do primeiro septenario.
FôRMAS SYMPTOMATICAS
.
Admitte-
secinco,asaber:escarlatinasimples, anginosa , maligna, sem exanthema, etyphoide.
Tendoderesponder á questãoque noséproposta , occupar
-
nos-
hemostão sómente das fôrmas anginosa, maligna e typhoide, deixando de parte a semexanthema , pois« pieella, além de sermui pouco observada, reveste
-
sedos caracteres das outras, dislinguindo-
se apenas pela faltade rubor, de cor escarlate da polie
.
Não podemosentretanto deixarde descrever ossymptomas da fôrmasimples,como termodecomparação.
Rayer admitle quatro períodos na escarlatina: o de incubação, de invasão , deerupção ededesquammaeão ;osautores descrevem sómente ostrèsUltimos
.
FôRMASIMPLES
.
l.°Pcriodo.—
F assignalado por calafrios , febre, displicência, sede, abatimento,facecongestionadaevultuosa,cephalalgia;-
s,!i dr-
muitas vezes nauseas, vomito dos alimentos , ou puramente biliosos, épistaxis, dòr nagarganta; algumas vezescoma,delírioouconvulsões,
especialmentenascrianças
.
2.° Periodo
.
Começadepois das vintee quatro horas, mas alguiuas vezessó depois de quarenta e oito. De ordinárioaerupçãomostra-
seprimeiro no pescoço, depoisnas faces,cujo coloridoémais vivo,queo do restodocorpo;algumas vezesporém énotronco e nasextremidades,
pése mãosqueella se declaraprimeiro paradalii estender-se n todoo
corpo. A erupção consiste em um numero infinito depequenospontos rubros, que repousão em um fundo cór derosa,equenãooffereceni saliência visivel, sensível ao tacto;estespontos maisfinos,maisvermelhos,
muito mais confluentes,edispostos maisregularmentequeasmanchasdo sarampo, se reúnem em placas não salientes, maisextensas umasquo outras;aprincipio pouco largas e guardando distancia entre si,reunem-se afinaledão aostegumentosumacórescarlate uniforme,quedesappareeo pela pressão
.
A pelle é ardente, secca,emuitas vezesrugosacomoade galliuha,e torna-seséde de umpruridodesagradaveledeuma tumefacçào notável na face, esobre os pés e mãos,a ponto desetornar difficile dolorosa a flexão dos dedos eartelhos.Ao mesmo tempo se manifestaa angina,se éque jú nãoexistia no primeiro periodo; a mucosada boccae dopharyngétorna
-
sevivamenterubra, os tonsillos inflammados cobrem
-
sedeplacas molles,delgadas, esbranquiçadas , pultaceas, elles augmentão de volume, o quereunidoao engorgitnmento dos ganglios suh-
maxillares faz vulto no exterior. Alingua coberta noprimeiro periododeuminductoesbranquiçado , delle se despoja da circumferencia para o centro, ficandoentãode uma cór rubra carregada,eé de talmodolisa,que parece coberta de umverniz; outrasvezesporémaspapillas são salientes.
É noterceiroouquartodia de invasão,queaintensidade desteperiodo chega aosummum.0 ruborésempre menos intensonoslugares em quo a pelleémaisfinacomo na axilla, na verilha,noventre,etambémalii«* mais persistente; o ruboraugmenta-se duranteosparoxysmosequandoo doente se agita, principalmento á noite (do que Grisolle duvida)
.
Acor escarlateé tão viva, que Iiuxhainacomparou ádosuecode framboesas, eP.
Franká dacascadeumcarangueijo cozido.
Esteexanthemacoincide quasi constantemente com apparecimento de vesículas miliares, que existem quasi sempre em redordopescoço,axillaeverilha.-*>5<
-
0 exanthema se extingue no fim de cinco, seis até oilo dias ; toma primeiramentea còrde violeta,depoisrosopallida,ou mesmoligeirainenle encobrada
.
Abocca calingua persistem rubras.
A intuinescenriadaspartes desapparece-simultâneaegradualmente.
A febre, que algumas vezes cabecom aoppariçãodoexanthema ,de ordinário mantem-se en»quanto ellepersiste;cresceedecresce com elle. A temperaturadocorposobe a41até42°(.
.
Nos paroxysmoso faciesdo enfermoexprimesolfrimentocanciedade; osolhos saoanimadosebri-
lhantes;haagitação , insomnia rebelde, muitas vezes devidaaoprurido incommodo
.
Aanginatomaalgumas vezesumaintensidadetal,que chega aconstituirumacomplicaçãograve;oaratravessa acustoas vias aereas estreitadas,d’onderesultarespiração ruidosa,accelerada,(Ac.
,(Ac.
A séde einappetenciaeontinuão ;oventreseconstipa, outras vezes hadiarrhéa acompanhada deligeiras cólicas.
3
.
°Permio. —
A desquammaçãocomeça deordináriodoquartoao diada invasão damoléstia; se a febre foi forte eaerupçãoabundante,ella começaantes do fim do estado febriledesappariçãodo exanthema ; se a febrefoipoucointensae aerupção moderada,ellatemlugarnacon-valescença ; finalmente emalguns casos só apparece nofim de duas outrèssemanasdepoisdaterminaçãodoexanthema.Aqueda da epiderme segueaordem daappariçáo daerupção; tem lugar primeironopescoço, depoisna face,vfce. Asvesículas miliaressão asmais promptasadesap- parecerem
.
Quando a moléstia tem sidoligeira,adesquammaçãoé quasi imperceptivel; outras vezes temlugar sobafórmadefarinha furfuracea; masde ordinárioaepidermesedestacaempequenasescamas, que pro-
vémdo seulevantamentoem pontos destacados
.
Nos lugares cm quea epidermeé mui densa,como nasmãos epés,ella sedestaca em laminas nonoextensas,que guardàomuitasvezesafórma das partes comoosdedos
.
Alin-
guasedespojadoseuepithelio,e apresentauma còrvermelhamui intensa, queconserva algumas vezes , mesmodepoisde terminadaamoléstia
.
Adesquammaçãodura oitoaquinzedias,mas pódedurar trintaaquarenta em casos excepcionaes , em que ha mesmosuccessivas exfoliações
.
Algumas vezesaexfoliação desenvolvena pelle exquisita sensibilidade, outrasvezes determina nos membrosdôres, aque M.Recamierchamou rhumatoides,quepodem começar desdeo2.°periodo,edesapparecem com maiorpromptidão, queos rheumatismosordinários
.
E‘C 4RL
.
—
>6Se a a ílecção tem sidomui ligeira,entãoantes de cinco diasopulsotem perdidoafrequência, a pelleo calor, masconserva-so asperaesecca; deordinário porémisto tem lugar doquintoao oitavodia;asalterações dasfuncções digestivaserespiratórias diminuemgradualmente,oucessão
logo. Evacuações alvinas,suores abundantes ,c muito mais raramenle
liemorrhagias nasaes, eparotidasterminãoaescarlatina
.
Passamosagoraadescreveraescarlatinaanginosa í WillaneBateman, oucynanchicadeCullen.
01 período
,
maislongoqueodafórmasimples,écaracterisadopelo* seguintes signaesalémdeoutros: prostraçãodcforçasbastantepronunciada, calorurente dapelle,pulso muitofrequentecpoucodesenvolvido,lingua deumvermelho muito vivo ,tossesemexpectoraçáo,coryza,vozguttural, algumas vezesépistaxis,embaraçonarespiraçãoedeglutição ,esobretudo symptomas doanginamuito cedoapparentes;asamygdalasúcàoinchadas cdeumvermelhocarmezim , bem comoamucosa pharyngiana.
2.° Penodo
. —
Aerupçãocomeçaumdiamaistarde quenaescarlatina benigna : cila consta demanchasdeum rubro escuroouarroxado, que nem sempre se inostrão ; desapparecein muitas vezes para resurgirno mesmoouemoutrolugar;em vezdeoccuparemtodoocorpo,limitão-
sefrequentementea certospontos ,como asuxillas, asverilhase asmãos, ijueseintumescem consideravelmente, bem comoa fuce e ospés. Phe-
nomenosgástricos,como sede , nausease vomi tos persistem; a lingua além de muito rubraapresentaaspapillasvolumosasesalientes;algumas
vezesacòr da lingua é branca ,ouesverdinhada na parlemedia. Massão osphenomenosdaangina,que devem lixar toda aatlenção
.
.progressoslávimosque ellaadeglutiçãseomanifestava logo nosetornadiílicilemesmoprimeiro periodoimpossível,sendo expel; por seu
-
-lidos os líquidos quesepretenda ingerir
.
O doente nãopódevoltar o pescoço,emconsequência dovolume muitas vezes enorme quetoma, e que é devido ao quasiconstanteengurgitamento dosgangliossubmaxil-laresetecidocelularambiente; é a esteengurgitamento queosantigos autoresdavão, muitasvezeserradamente,»denominaçãode parotidas
.
liste engurgitamento(piecomeça quasi sempre comaangina é tãoextraordi-tornaopescoço tãogrosso , duroe tenso,queaboccapódeapenas abrir-se; essesganglios suppurãomuitas vezes (buboes escarlatinosos), e pela autopsia acha-sevastoabcesso diíluso
.
nano,
*>7 <
-
Este cngurgitamento nãosendo combatido energicamente, torna
-
scteriivelcomplicação,poisvai auginentarconsideravelmenteoemba-
emconsequência do maiorvolumedas uma
racodarespiração, já
-
tãograndeaiuvgdalas; assim odoente éobrigadoa conservar-sesentado, ou pelo cabeçaelevada ,agitando-semuitas vezes quasi delirante,< •
procurando ar; a respiraçãoóaccelerada , anhelante , irregular;o menoscom a
«orno
arpassa comruido pelasfossas nasaesegarganta. Abocca aeba
-
seconli-nuamente entreaberta, olialitoéfétido, ostonsillosealueta inchadose
deformadosseloção; abocca posterioréforradadeumasubstancia pulta-
oiaesbranquiçada,acinzentada,amarelladaouennegrecida,devidaauma forteexsudaçãodamucosa, cquemuitasvezesconstitue falsasmembranas,
queos doenteslanção aospedaçosporintervallos
.
Quandoa angina égangrenosa, então essaspseudo
-
membranasenco-brem escaras, ulcerações maisou menosprofundas
.
Os lábiossãogre-tados,sangrentosecobertosde crostas,edas ventas igualmente crostosas corremuitas vezesumliquidoamarellado ousanguinolento, fétido
.
Se este assustador estadonão cedeaotratamento,entãoodoente perece em consequênciado apparecimenlo de congestõescerebraesoupulmona-
resdevidas aoembaraçodacirculaçãoerespiração
.
d
.
°Período.
Se aanginacede,etudo entrana ordemdequeaberrara, entãochegaadesquammação, tão irregularcomoaerupção ,que durará bastante,eduranteaqualodoenteestá ainda expostoaaccidentesmuito graves,como veremos.A ESCARLATINA MALIGNA
.
( Alaxica,ataxo adijdamiea de altjuns autores )
.
1. Período
. —
Começa como a anginosa ,c n o l i m d e d o u s ou très«lias apresentapbenomenosbastantegraves , como cephalalgia,febre ardente, succedendoacalafrios, pulso frequente , calòr earidez geraes,especial-mente napelle,sèdeinextinguível , ardornagarganta ,coma oudelirio, vomitos pertinazesediarrhea
.
2. Período
. —
1 res ou quatro dias depois temlugara erupção,quesegundoHaver,constade manchasumpoucoelevadas,oquenãoacontece
S»8<
-
naescarlatinasimples;essasmanchassãoviolaccas,e seachàodemistura competechias
.
A duraçãodaerupção éincerta,pódc desapparecerereap- parecermuitas vezes.
Asourinas são sanguinolerïtas,opulsopequeno e irregular, osdentescobrem-se decrostasnegrasoupardas, osolhossão húmidosefortcmenleinjectados,liasobresallodetendões, algumas vezes tem lugarum corrimentofétidopelasfossasnasaes; a faceapresenta ao mesmo tempo uma cõrvermelhacarregada,hasurdez edelirio nos adul-
tos,comoconvulsõesnascrianças
.
( )hálitoé fétido ,arespiraçãoéruidosaelaboriosa,occasionada pela presençademucosidades espessaseviscosas depostas no pbaringe; deglutição dillicilouimpossível,exsudaçãoenne- grecidadasuperfície das amygdalasctecidos visinhos.Umcomacontinuo, a dispnéa extrema, a diarrhea abundante, a formaçãode numerosas petechias annunciãoa morte próximaquetemlugarrepentinamente,ou dejHiisdelonga agonia
.
3
.
Período. —
Aquelles que escapãoa este eataclysmadoorganismo, esãoliem poucos,temaindaatemerainllainmaçãodas viasrespiratóriasedos orgãosdigestivos, que persiste depoisdoexanthema
.
Escarasgan-grenosasseformãomuitas vezesnostrocantereseno sacrum,esãoseguidas delargas ulcerações , que ditlicullãosobremaneiraaconvalescença , que é muilonga
.
Se asescaras coincidem com ainllainmação chronica do tubo digestivo, então são mui graves, efrequentemente funestas.
Vdesquammaçãoétãoirregular comoaerupção,edura largo tempo
.
ESCARLATINA TYPHOIDE.
Foiaque assolou esta corte
outrasformas
.
Foi nessaépoca nomeada Imperial de Medicina paraapresentarentãoreinante,c nosso mestreoSr. Dr
.
JulioXavier (queDeos haja,) léu umamemoria,a nossasfracas luzes muihem eseripla; nessa memóriade- parámos com uma descripção da variedade typhoide da escarlatina tão clara elaoconcisa,que assentamos nadamais poder fazeraquiarespeito que transcreve-
la em sua integra, até mesmo em signal do respeito que devemosaesse nome escolar.
Ei-
la :1842e1843,apezar de se apresentarem em
umacommissãopela Academia um trabalho sohre a epidemia
9<
-
« Quasisempre precedidadoalgunsplienomenos, é denolar-seque? otempoqueellesdurãoétãobreve , quemuitasvezes parece quea mo-
léstiainvadesemsymptomas precursores
.
Um frio repentino seguidod»?calor,cephalalgiae dor degarganta annunciáoasmais dasvezesaescar-
latina tvphoide
.
Alguns d’estessymptomaspodem falhar;assim alguns doentes nãotem experimentadofrio, outrosnem dor de cabeço; um incommododegarganta muito pouco sensí vel pareceter sidoo unico phenomenoconstante ; iminediatamentedepoisosdoentestornão-
se tris-tes, abatidos, os traços «le suas physionomias sealterão, sentem
-
sepesados,comoqueseusmovimentoslhes sãoum poucomaisdilliceis*;ã dôrdecal ease uneumainsomniafatigante;emalgunsdoentesapparecem nauseas , vomitos,diarrhea;emoutrosconstipações; aboccaea lingua e.xcessivamenterubras,ovéo dopalladar,seuspillares easamygdalasse engorgitão;haseccuradebocca,sede intensa,inappetencia;opulsotor
-
na-sefrequente,ocalorda pelleaugmenta,ella é secca earida,ásvezes frangida;eno timde21boros,muitasvezes antes, ocorpo se cobre de manchas escarlatinicas,sendo maissensíveisnoslugares,emqueexistem pregas; asourinassãoraras, muicarregadasefétidas;algunsindivíduos apresentáoépistaxis; odoente torna-seinquieto, nenhuma posição lhe agrada, vira
-
separa todososlados, senta-se, mas quando se deitaatira com ocorpo rudemente sobreacama;seudesassocegoé notável;ascon-
junctivas seinjectão ; osdoentes apresentãogrande sensibilidade á luz; a dilíieuldade de deglutiçãoea cephalalgiavãose tornandocada vez mais intensas ; o doente ora respondecoherentemcnte ,orasem ligação ; sua physionomia tomaocaracterdo estupor;appareceodelirio quasi sempre lopiaz,rarasvezes taciturno; aagitaçãoé extrema, a vozsetorna rouca,
nasal ,alingua embaraçada, mas odoentecontinua afoliar,eporQm já com dilíieuldadeseentendooquediz,apenasse ouvemossons
.
Oventreapresentaum volume ásvezessensível á vista; seselhe applicaoouvido ouve
-
se gargarejo bem pronunciadona fossailiacadireita; alingua, os denteseoslábiosse tornão fuliginosos,seccos,áridos; ha sede intensa, masodoente,quesedeseja refrigerar,acha-
seimpossibilitado, por quanto logo que quer engulir , vè-
se ameaçado desuílbcaçáo;o mesmoacontece quandoquer gargarejar; asevacuações diminuememalgunsdoentes; em outrossetornãomais abundantesefrequentes,em outros sãosubstituídas por constipações teimosas; sudaminase petechiassemanifestão , assimE
-
.CARL.
X-
>10 <~
movimentos convulsivos cm alguns; sol»rosalie tieIon coinoIremores e
«Iões,carpilologia;asmanchas do corpoora empalliileoom ,oraaihpiireui nova menle acòr ; aerupçãoéirregulareporlimücaarroxada, avozvai
seextinguindo, arespiraçãoseencurtando , c o doenteassim expiraou
profundo
.
Aditficuldadededeglutirnãoparecepro-virdeconstriccaotiegarganta,porquanto,secmalgunsiasosa uiaterui pultaceatemsidoencontrada cobrindoas parlesinllaiumadas dagarganta, nósvimosemquatro doentes que a anginasc nãorevelava , senãoporum ongorgilameuto apenas sensível daspartes, existindoemumgrãodelimita simplicidade; e porissoacreditamos quealém daanginahaaquioqu<
acontece na febre typhoide a respeito dedeglutição
.
Este apparato do symptomas gravesse desenvolve comextrema rapidez, e de tal sorte queos doentessuccumbem nomeio delles ásvezes em menosde í''morreemumcoma
horas
.
«Algumasvezesporém,tem
-
senotado emlugar dosphenomenosataxieos,queacabamos de ver, phenomenos adynamicos predominaremdesde a invasãodaescarlatina,notáveis pela prostração eabatimentotiosdoentes, d'alii o nomedeescarlatina adijnamica eataxico
-
adijnamim,quando ouaadynamica succèdeãataxica, ouquandophenomenos ataxieoseadynami-
cos sealternão suceessivamente
.
« Acreditamos,accrescenla o Sr
.
Dr.
Julio, quobastão oscaracteres pathologicos, que acabamosdevér, paradai* razãoda gravidadeda mo-léstia hoje (em 1S43) emcampo; para explicaramortandade,quetodos osdias estamos vendo, e para nos convencermos dadilliculdade emqu<
se deve acharomedico, paraoppér
-
lheum tratamento racional e ÜC110.
»pro
-
Causas, enatureza damoléstia
.
Admilte
-
se como causa determinantedaescarlatina umprincipio mias-matico, cuja natureza e maneira de obrar sãodesconhecidas
.
Pineid«cnescarlatinartonão leve,entrerazãoasinflammaclassificandoçõasesda pellefebres eruptives;aerupçã,coconsequentemonlnãoé maisque um
.
symptôme,queatépédcfalhar, bem quemuiraramente,etonta,oumais
i l CEV-
razàohaparailar
-
sea sédcda moléstiana mucosadigestiva.
So com elicit- -
a escarlatina fosse uma inflammaçãoda pelle, nos casos mais gravosa erupção não deveria ser tãolimitada cfugaz,c o pulsonã odeveria ser quasi extincto,csimforte efrequente
.
Aguardandoosprogressosdascien-«ia, é decerto maisconsentâneocoma razão consideraramoléstia que nosoccupa comouma febreproduzidaporuma causa infectante , comoa
•febreamarelia,asintermittentes,masdistinguindo
-
sedelias pelo caracler doexanthema além de muitos outros, entrando no quadro das febres eruplivas.
Aindaapoiãooqueacabamos de exararasobservações de Amiral eGavarret que apresentão osseguintesresultados doexamedosanguedos cscarlnlinosos: conservação da media da íibrina 3 em 1000, diminuição algumas vezes,especialmenleduranteuerupção; nugmento dc0 a10parlesí
-
obreamedia dosglobules127 em1000;acrostainllammatoriasólinha lugarquandoappareciaalgumaphlegmasiaintercurrente.
Aescarlatinaapparece esporádica,oucpidemicamente,nãopoupa idade nem sexo;geralmente se admittecomocontagiosa , bem quesejadiífícil emumaepidemiasaberseella sedesenvolveu por contagioousemelle. Vescarlatina cmenoscommuaiqueosarampoeabexiga;atacaomtodas as estações,especialmentenoverão
.
0 virus escarlalinoso obra com muita rapidez.
Petit-Hadel pretende 1erinoculado a moléstia, mas.Miquelde Amboise nãofoitão feliz.
Complicações
.
Bemqueaangina acompanhe aindaocaso maisbenignode escarlatina, eseja por tanto de necessária existência , com tudo póde
-
seconsideraicomocomplicação,quandoellasetorna mui intensa.As viasrespiratórias pouco sollrem namoléstia,que nosoccupa, pelomenos namaioriados
lasos; assimnãosãofrequentes, como nosarampo,asbronchites, pleu- resias, pneumonias,eaalteraçãoquesenota ,depende mais da inllam
-
maçãodabocea posterior,queda do larvnge
.
Asvias digestivassoflrem muifrequentemente,eagravidadedas lesões
**muitas vezes extrema,como na entero
-
colite formatyphoide).
SegundoGuersent,Blache, Constante outros,aescarlatinaalgumas vezes precede,,e
> 12<
-
muitos outroscasos succèdeá febretyphoide, oquepareceatécert
.
»pontoconfirmar oquediz o lll.m0Sr
.
Dr.
J. P.
Uego(AnnaesdeMed.lhas. deAgosto de 1851) « quesepódeavançar queamortandadede 1815f0i causadapor umaepidemiade febrestyphoidesoperniciosascom caracter cscarlatinoso.
» Mas seja-
me licito dizerque se aescarlatina nãofoia allecçãoprimitiva, pelo menos exercia decidida influencia sobreafebre tvphoide,abreviandosobremaneiraa sua marcha, pois quemuitosenfermos pereciãodas 21 ás18horas.
Duranteasepidemias,todasasmoléstias tem niais ou menososinete,ocunho,ocaracter, acorlocal,permilta-se-
meaexpressão«lamoléstia reinante,casfebrestyphoideseperniciosastinhào o caracter cscarlatinoso; ora ninguém póde negar, que nessa época houvesseepidemiadeescarlatina,esendopossívelaexistênciaconcomi-
tantede umaoutraepidemia,seráde certo bemdifllcil determinar qual deliaséaprimitiva,qual delias complicaaoutra.
11amuitos factosdecomplicações deescarlatinacomdonsou1resexanthe- masaum tempo, semestorvaremamarchaunsde outros
.
E*poressascom- plicações(pieaescarlatina foi dividida cmlevirjala sive plana,mUi forints sire papulosa, cde pustulosa sirephlyctenosa.
Além daserupçõesdepoll«* (que todaspodem complicaraescarlatina,muitas alTecçõeseutaneascomo aerysipela,ofurunculo e sobre tudoaurticaria, podem intercorror.Outras aflecçóes haainda,«piepodemcomplicara escarlatina ; estão
nesse caso a otorrhea, a amaurose, a laryngitise as parotides ,que
.
como bem dizBretonneau,sãomuito mais rarasqueoengorgitamenlo dos gangliosdopescoço,comosquacstemsido confundidas;ashemorrhagias, quetem lugar em algumas escarlatinas graves,asstomatitis, agangrena da bocca,as doresrheumaticas
.
Accidentes cerebraes de todoogencro,cephalalgia, coma,delirio, para- lysia, convulsõesou contracturaspodem complicartodos osperiodosda escarlatina,especialmenteoprimeiroeosegundo;nessesamoléstia póde tornar-serapidamente mortal peladesordem das funcçóes cerebraes
.
Noperíodo dedesquammaçãoosaccidentes
quasisempreáapoplexia serosa,ouentãoácongestão sanguinea
.
Mas de todas ascomplicaçõesamaisnotável(não sei se tambémentro nós)é aanasarca,nãosóporsuafrequência,como por sua gravidade;foi observada por práticosantigoscomo Sennert, Horsieri, Calvo, Pleneiz. Doser e muitosoutrosantigosemodernos , muitos dos quaes pretendem e m
paralysia sãodevidos
•orna ou
-
> 13<-
faze-ladependentdamoléstiadeBright
.
Afrequênciadaanasarca parece Igiinscasosda constituiçãomedica , masnamórparteella dependercm adependedeum resfriamento ,cem muitos casos,senãoquasisempre,de infraecão do regimen dietetico; ella se manifesta tanto naescarlatina benigna , como na grave
.
Heister distinguia já edema quentec frio,ou poroutraagudo c chronico.
E’duranteadesquammação,quede ordinário ellaapparece ,masdasextasemana dainvasãodoexanthemaem diante, podeconsiderarcomocomplicação.
Simultanenousuccessivement©nao se
nasgrandes cavidades serosastem lugar derramamentos; dahi ascites , hydrothorax,dispnea considerável,emuitas vezes pneumonias, pleuresias, bronchites, cuia marcha não é francamente intlanunaloria;apparece algumasvezes o edema«lopulmão,eodaglotte tão iunesto.Se o derrama-
mento tem lugar na cavidade daarachnoïde ,entãoappn: • •comacom dilatação econlracçòes alternativas da»pupillas; cmcertoscasos amaurose passageira, semi-paralysia ouconvulsõese mortoropida
.
Blackall vioum enfermoque apresentava metade do corpo em convulsões, e o restoparalysado
.
E’gravíssimaacomplicaçãodaescarlatina comoestadopuerperal
.
K’durante as epidemias,que nscomplicacòessohresahem com umcarac
-
ler predominante; eisaqui algunsexemplos:a deEssex em 1770fez-se
notável por uma dór gravati va noocciput ; a deIpsalem 17'tlípelo soluço ; a de Copenhague em 1787 poruma d'r fixa cm umaparte do corpo;a deCephaloniacm1073,por allecções venninosasnas crianças; a deDresda por stranguria ,ado Eondresem1672-1080 por parolidas,e huhões, adeHayaem1718 por ul raçãodas partes gcnitaes; adeNantes em 1817[»or cólicasetenesraos,etc
.
etc.Diagnostico differencial
.
São oscommemorativososúnicosguiasparadiscerniramoléstia,que invadecomseus symptomasordinários, «lo uma phlegmasia ainda localisada, oude umafebreimminente
.
Entretantoha certoscaracteres phenomenaes propriosacertas moléstias,quepodemfacilitarodiagnostico; assimabexigaé annunciada por uma dur lombar c vomitosmuito inten-
««CAM.. h
nao
•
*
» U <-
SOS, ossarampos por uma fiuxão oculo
-
nasal, e muitasvezes ouquasisempre por tosse ferina: quanto ú febretyphoide, ellatem deordinário menosagudezanossvmptomas,doqueaexanthema quenosoccupa.São ainda oscommemorativos, quenospoderãoservir para distinguir do pri-
meiro
per
íodo da meningite a escarlatinairregular, que começa por delírio econvulsões.
Quandono fim dealgumtempo apparece rubor na garganta, entãoodiagnostico secireumscrcve ã angina simples,diphterica.
eã escarlalinosa. Kecorrc
-
seainda aoscommemorativos.
Será umasimples amygdalite, seoindivíduofòrsujeito á angina,seoruborselimitaraum sólonsillo , e seosganglios sub-
maxillares nãoengurgilados.
Bretonneau insiste muito sobreaprecocidade daspseudo-membranas, e apparente innocuidade dos primeiros svmptomas, que apresentaaanginadiphlerica,. para distingui-ladaescarlalinosa.
E prudente , com tudo,estarsemprede prevençãosobreapossibilidadedeinvasãodaescarlatina ,enão darinteira confiançaasvmptomasquepodemfalhar.
Uma vezmanifesta aerupção, ella senão podeconfundircom a do sarampo,pois é constitu ída por largas placas,devivo escarlate ,oecupando principalmente as vcrilhas e axillas, csem apresentar elevação alguma sobre ouivei da pelle; em quanto quea dosarampose mostra emfórma depequenas manchas redondas a principioodepois semi
-
circulares, com bordosgolpeados,e umpouco elevadas; essasmanchas são de umacòr vermelha carregada,eoccupão todo ocorpo sem selecção dc partes.
Aroseolasedistinguedaescarlatina pela menor intensidadenainvasão, por suas manchasrosaceasirregularmentedisseminadas,eprincipalmente pelaausência deangina.
Prognostico
,
duração e terminação. Geralmentc fallandoaescarlatinaregularesem complicacies moléstia grave; sãoascomplicações e ogenio epiòemico são deGuersente Blache,transformãonaoe uma q u e,naexpres- exantborna benignocm um flagellodaspopulações
.
Assimaescarlatina simplestermina quasisempre pelo restabelecimentoemumindividuosadio e bem constitu ído do-se-
lhc adequado tratamento e rigorosas precauções.um
oppon
-
15<Sr
-
A fórma anginosa , beraque mais grave,deveterminar bem,todas as vezesqueaangina nãofor tãoviolenta, que ameace suflocação, todasas vezesque senãodergangrena, nemulceraçãonopharyngéeamygdalas, nem tão poucoinflammação esuppuraçãodos ganglios sub-maxillares
.
Muito mais graveefunestaé a fórmamaligna,já pelaintensidade de sua assustadora invasão, e terríveis complicações, como também pelas lesões chronicasque deixa, lesõesque no estado em que fica oen-
fermo,acabãodeesgotar-lheasforças, epodem occasionar-lho a morte
.
A escarlatinatyphoica,especialmente(piandopredominãophenomenon ataxicos,équasisempre funesta; afórmaadynamica,bemque gravíssima, pódc dar esperançasoppondo
-
se-
lheo tratamentotonico, proporcionalao grãodaadynamia.
Todas as outrascomplicações da escarlatina ,deque játratámos,devem necessariamenteaugmentai’maisoumenosagravidadedamoléstia
.
0 prognosticoda escarlatinaintercurrente, que sobrevemnocursode uma eoutraenfermidade,nemsempreé máo
.
Lfacto quede ordinário ella aggrava a moléstia principal, ou antesa primitiva ; mas lambem algumas vezes ella reanima certas aflecções culaneas chronicas, e certasphlegmasias adormecidas ,activando assimsuaresolução.Econselho de altapendenciaser sempre mui reservado no prognostico da escarlatina, pois ainda a mais simplespódedeterminar a morte do individuo pelo apparecimenlo de phenoraenos nervosos rapidamente fataes
.
Asformas gravesdaescarlatina excedem o medio de duraçãodafórma simples (10a12 dias),epodem-se
querer-se admillir ainda como escarlatinaaquellaslesõesqueapparecêrão durante oseucurso
mento
.
prolongar por longotempo, a mesmo
eque podem persistir depois doseudesappareci
-
A escarlatinaterminaou pela resolução , oupela morto,ouporuma outramoléstia.
Jávimos queaanasarcae hvdropisiasdiversas complicavão ocursoda escarlatina; cilas podem continuar lindooexanthema,ouapparecerem lim da desquaminaçào, apezar mesmo dos muitos cuidadosque se possa ter.
Lesões chronicas do tubo digestivosãomuitasvezes terminaçõesdaes- carlatina,o q u e lambem acontececomlesõesdos orgãosrespiratórios,bem queem menor escala.
no
16
Não sabemos em que se fundão alguns autores para pensarem quea escarlatina detemamarchadatuberculisaçãopulmonar
.
Anatomia pathologica.
Quandoamorte temlugar duranteaerupção,encontra
-
senoslugaresdas manchasescarlatinicas nodoas lívidasou violaceas; algumas vezes porém,só se observa algumainjecçãonocorpo reticular
.
De ordinário já se nãoacha rubôr nopharyngé; asamvgdalas podem apresentar grandevolume, ulcerações , placasgangrenosas,ác
.
, &c.
0cerebro
,
ospulmões, o ligado e as serosas apresenlão, na maioriados casos, traços de congestão,oquecomtudo não éconstante;aslesõesdo tubodigestivo,que seobservàomuito maisfrequenteraente, consistemno espessamenloeomollecimento damucosa ,eforteinjecçãode seusvasos; no desenvolvimento dasglandulasdeBrunner, esaliênciadasplacasde Peyer ( embora diga Grisollequenunca observoulaeslesões);oqueaté certoponto sepóde considerar comoodiminutivo daerupção intestinal dafebre typhoide;algumas vezes,poucaséverdade , seencontrãoosgan-glios mesentericos umpouco maiores erubros,c obaçohypertrophiado, lesões proprias á dothinenterite;masoqueósingular,équeestaslesões não se dãoalgumas vezesnafórma typhoide ,porémmostrão-senasoutras fôrmasda escarlatina
.
Se odoentepereceu pela complicaçãode hydropisia, encontra
-
senascavidades splancnicas grandes depositosdeserosidade misturada algumas vezes compusou sangue
.
Os rins apresenlãofrequentemente aslesões doprimeiro periodo da moléstia de Bright,e outrasvezes,bemque seja raro,asdos períodos mais avançadosda mesmamoléstia.
Tratamento
.
Bem que mui diversos sejáo os meios detratamento naescarlatina,c nem podia deixar de ser assim ,ottendendo
-
scasuasnumerosas phasese-
>17complicações, póde
-
secom tudotersempre em vistao seguinte preceito : de atacaras complicações , como senãoexistisse o exanthema.
.Nãodes-
creveremos o tratamento da escarlatinasimples, e quanto asvicexan
-
thcmatc,como ella póde seranginosa, maligna ou typhoica, não tem especialtratamento ,esim o de cadaumadessas fôrmas
.
ESCARLATINAANGINOSA
. —
Emtodas asfôrmasda moléstiaquenosoccupaconvémfavorecer o mais possívelaerupção;portantodeve-secollocaro enfermocm umquarto,emqueatemperaturasejaagradavel,nãosobre
-
carregado de roupas;administrar
-
lheinfusõessudoríficas,adoçadascomxaropesácidos ,«lecoceões emollientes, pediluvios edieta absoluta
.
Deve-
seempregar a sangriaseo indivíduoé robusto, a reaceàoviva, opulso largo eduroeha congestãopara alguma viscera
.
Sendoaanginamui intensa,ó sobre ellaquesedeve dirigiraattençãodo pratico;parare-
move-lasedeve prescrever sanguesugasouventosasscariíicadasatrazdas orelhase á roda«lo pescoço , cataplasmas egargarejos emollientes; de
-
ve-se sobre tudo insistirnessasapplicables seaanginainvadir as vias aercas.(Mr
.
Senn,these em1825.)Quando aanginanã o cede a estes meios,e se tornapultacea,diphteriea,
gangrenosa e acompanhada de phénomènesgeraes graves,é em geral pouco ulil tirarsangue, a menosque nãohaja indicações particulares, comoengorgitamento muitoconsiderável dos ganglios sub-maxillares e cervicaes,<kc.Convém n’aquellescasos umvesicatório ánuca, ouáparle anterior dopescoço,gargarejosdesubstancias
-
fortemente adstringentes, como alúmen ,jequitibá,tfcc.
;ouaguadeLabarraqueemgargarejos,in-
jecçõesouembebendoum pequenochumaçode lios,. comque se toca as partes lesadas(quandoha gangrena; emprega
-
seoehlorureto de sodium em gargarejo, e«la mesma maneiraapimenta ,só,ou com«juina( Dewese Willen);algunspráticos-respeitáveis d esta cidade tem lançadomão,ecom vantagem,dosgargarejos depimenta e limão.
São ainda empregados os vomitivose purgativos ,mas isso quandonãolia phlegmasia gastrica ou intestinal, bem « pie muitosadministrem em lodocaso, oquedepende porcertoda maneiradeexplicaraaoçãodo medicamento.Administrado quandoindicadoovomitivoproduzosmais saudaveis efleitos;pelovomito se despegãofalsas membranas,mucosidades,placas gangrenosas ,eaen-trada doarsetornofacil, bem comoadeglutição ;além d isto,facilitaa erupçãofazendo o doentetranspirar,modificandoatensãoearidezdapelle
.
JKCABL