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EM PRIMEIROS SOCORROS

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EM PRIMEIROS SOCORROS 7

7.1 – DEFINIÇÃO

Acidentes acontecem a qualquer hora, em qualquer lugar e com qualquer pessoa. Devemos estar preparados para enfrentá-los da melhor maneira possível.

Primeiros socorros são auxílios ou atitudes prestadas por um leigo a uma pessoa acidentada, tendo como única finalidade manter a vítima com vida até a chegada do médico.

A falta de alguém que conheça a aplicação de primeiros socorros pode ser fatal para um acidentado ou doente. Agir corretamente até a chegada do médico pode significar a diferença entre a vida e a morte.

O principal objetivo na prestação dos primeiros socorros é salvar a vida.

São qualidades do socorrista:

- o senso de improvisação;

- atender o acidentado com calma;

- a rapidez e segurança do atendimento;

- procurar acalmar o doente e animá-lo.

Portanto lembre-se: é importante evitar o pânico e inspirar confiança.

MUITO IMPORTANTE: Não faça nada além do que o rigorosamente essencial para controlar a situação até a chegada do médico.

7.2 – A CAIXA, OU KIT, DE PRIMEIROS SOCORROS

A caixa, ou kit, de primeiros socorros deve ser preparada antes de se precisar dela. Uma vida poderá, amanhã, depender deste procedimento.

Acondicione numa caixa, de preferência metálica, o seguinte material:

04 pacotes de compressas de gaze esterilizada de 7,5cm x 7,5cm, embrulhadas separadamente;

A CONDUTA

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• 03 rolos de ataduras de gaze, de medidas diferentes;

• 02 pares de luvas de atendimento, descartáveis;

• 01 caixa de cotonetes;

• 01 caixa de fósforos;

• 01 conta-gotas;

• 01 fralda de algodão;

• 01 lâmina de barbear (sem uso);

• 01 lanterna;

• 01 pacote de algodão absorvente;

• 01 pacote de Band-aid;

• 01 rolo de atadura de crepom, de 10cm x 4,5m;

• 01 rolo de esparadrapo de 25mm x 4,5m

• 01 saco para água quente;

• 01 termômetro;

• 01 tesoura sem ponta;

• 01 tubo de pomada contra irritações da pele;

• 01 tubo de vaselina esterilizada;

• 01 vidro de 100ml de água oxigenada (10 volumes);

• 01 vidro de 100ml de amônia;

• 01 vidro de 50ml de solução antisséptica (mertiolate ou similar);

• 01 vidro de álcool;

• 01 vidro de leite de magnésia;

• alfinetes de fralda;

• colheres de plástico;

• copos de papel;

• gaze, em chumaço, para os olhos;

• Novalgina em comprimidos ou em gotas;

• sabão líquido, não cáustico, ou sabonete..

• sacos plásticos de 25cm x 35cm;

• sal de mesa (pequeno pacote);

Esta caixa deve ficar em lugar de fácil acesso e fora do alcance de crianças, na empresa, em casa, no carro ou mesmo pode ser levada em excursões.

7.3 – PRIMEIRAS NOÇÕES PARA FINS DE DIAGNÓSTICO:

Consciência – Verifica-se se o acidentado consegue responder a perguntas simples ou se está desmaiado.

Pupilas – Devemos observar se a pupila (menina dos olhos) se contrai, quando se levantam as pálpebras (uma de cada vez).

Coração – Colocar o ouvido sobre o lado esquerdo do peito do acidentado e ouvir os batimentos cardíacos.

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Temperatura – Com auxílio do termômetro ou colocando a superfície externa dos dedos sobre a testa do acidentado verifica-se a temperatura corporal, que é normal quando está em torno dos 36,5 ºC.

Respiração – observar as IRPM (incursões respiratórias por minuto).

Normal no homem adulto: 16 a 20 IRPM.

Pulso Arterial – É a percepção da onda sangüínea, resultado do bombeamento feito pelo coração, dentro da artéria. A freqüência do pulso corresponde ao número de bombeamentos do coração por minuto. Normalmente a freqüência varia de 60 a 100 b.p.m.

7.4 – COMO AGIR EM CASO DE ACIDENTES

1. Mantenha a vítima deitada, em posição confortável, até certificar-se de que a lesão não tem gravidade.

2. Investigue a existência de hemorragia, envenenamento, parada respiratória, ferimentos, queimaduras e fraturas.

3. Dê prioridade ao atendimento dos casos de hemorragia abundante, inconsciência, parada cárdio-respiratória, estado de choque e envenenamento, pois exigem socorro imediato.

4. Verifique se há lesão na cabeça, quando o acidentado estiver inconsciente ou semiconsciente. Havendo hemorragia por um ou ambos os ouvidos, ou pelo nariz, pense em fratura de crânio.

5. Não dê líquidos a pessoas inconscientes.

6. Recolha, em caso de amputação, a parte seccionada, envolva-a em um pano limpo, e conservada em gelo, para entrega imediata ao médico.

7. Certifique-se de que qualquer providência a ser tomada não agrave o estado da vítima.

8. Chame o médico ou transporte a vitima, se necessário . Forneça as seguintes informações:

- Local e condições em que a vitima foi encontrada;

- Quais os Primeiros Socorros a ela dispensados.

9. EVITE O PÂNICO !

10. Comunique a ocorrência à autoridade policial local.

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7.5 – O QUE FAZER EM CASO DE ...

7.5.1 - ESTADO DE CHOQUE

Em todos os casos de lesões graves, terror, emoções fortes, ferimentos graves, choques elétricos, hemorragias agudas, queimaduras extensas, fraturas, intoxicações alimentares, exposições a extremos de calor e frio, problemas circulatórios, dores agudas e infecções graves, pode acontecer o estado de choque.

Sinais:

- Pele fria e pegajosa;

- sudorese (transpiração) na testa e nas palmas das mãos;

- face pálida com expressão de ansiedade;

- sensação de frio, chegando às vezes a ter tremores;

- náuseas e vômitos;

- respiração curta, rápida e irregular;

- perturbação visual;

- pulso fraco e rápido;

- inconsciência total ou parcial.

Enquanto espera a chegada do médico ou providencia o transporte da vítima, tome as seguintes providências:

- Realize uma rápida inspeção na vítima;

- combata a causa do estado de choque. (P. ex.: controle a hemorragia);

- conserve a vítima deitada;

- afrouxe-lhe a roupa apertada no pescoço, no peito e na cintura;

- retire da boca, secreção, dentadura, goma de mascar ou outro objeto;

- inicie a respiração boca-a-boca, em caso de parada respiratória;

- faça massagem cardíaca externa associada à respiração boca-a-boca se a vítima apresentar dilatação das pupilas e falta de pulso;

- se ocorrer vômito, vire a cabeça da vítima para o lado;

- levante as pernas da vítima, se não houver fratura;

- mantenha a cabeça da vítima mais baixa que o corpo;

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- mantenha a vítima agasalhada com cobertores ou mantas;

- remova imediatamente a vítima para o hospital mais próximo;

7.5.2 - DESMAIO

Pode ser considerado uma forma leve de “estado de choque”, provocado em geral por emoções fortes, fadiga, fome ou nervosismo.

A vítima empalidece, cobre-se de suor, o pulso e a respiração são fracos.

Providências:

- Deite a pessoa de costas com a cabeça baixa;

- Desaperte-lhe as roupas;

- Aplique-lhe panos frios, no rosto e na testa.

Se o desmaio durar mais de 1 ou 2 minutos, agasalhe o paciente e procure um médico.

Sentindo que vai desmaiar, ao ver uma hemorragia ou ferimento, baixe imediatamente a cabeça ou sente-se numa cadeira e curve-se para a frente com a cabeça entre as pernas, mais baixa que os joelhos e respire profundamente.

7.5.3 - PARADA RESPIRATÓRIA

A parada respiratória é a emergência que requer o mais perfeito atendimento. A falta de oxigênio pode causar a morte de 3 a 5 minutos.

Sinais:

- Ausência de movimentos respiratórios;

- inconsciência;

- lábios. língua e unhas azulados;

Providências:

APLIQUE RESPIRAÇÃO DE SOCORRO IMEDIATAMENTE

7.5.4 - MÉTODO BOCA-A-BOCA (ADULTO) Providências:

Higiene e Segurança no Trabalho - Mário L. C. Almeida

MUITO IMPORTANTE : NÃO DÊ LÍQUIDOS OU BEBIDAS ALCOÓLICAS!

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- Coloque a vítima deitada de costas com os braços estendidos ao longo do corpo;

- desobstrua a boca e a garganta da vítima, fazendo tração da língua, retirando corpos estranhos e secreção;

- suspenda o pescoço da vítima com uma das mãos e, com a outra incline-lhe a cabeça para trás, mantendo-a nesta posição;

- puxe o queixo da vítima para cima, de forma que sua língua não impeça a passagem de ar;

- aperte as narinas com os dedos da mão que está sobre a testa, a fim de evitar a fuga de ar pelo nariz, quando você soprar;

- encha os seus pulmões de ar;

- coloque sua boca com firmeza na boca da vítima;

- sopre até notar, na vítima, a expansão do tórax.

- retire a sua boca da boca da vítima para facilitar a saída do ar insuflado nos pulmões;

- repita este processo de 15 a 18 vezes por minuto ;

- continue aplicando a respiração de socorro por mais algum tempo, mesmo depois que a vítima volte a respirar.

MUITO IMPORTANTE: VERIFIQUE, depois de 30 segundos, se os movimentos respiratórios foram restabelecidos. Caso a vítima continue em parada respiratória , observe se as pupilas estão dilatadas - Sinal indicativo de parada

cardíaca . Inicie imediatamente a massagem cardíaca externa associada à respiração de socorro .

A possibilidade de recuperação diminui a cada minuto.

Cada segundo é importante quando uma vida está em perigo.

NÃO DESANIME! INSISTA na recuperação da vítima até a chegada do médico.

7.5.5 - MÉTODO BOCA-A-BOCA (CRIANÇAS PEQUENAS)

Providências:

- Coloque a criança de cabeça para baixo, segurando-a pelos pés;

- Dê-lhe algumas palmadas nas costas;

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- Coloque a vítima deitada de costas;

- desobstrua , com o dedo, a boca e a garganta da vítima;

- suspenda o pescoço da vítima com uma das mãos e, com a outra sobre a testa, incline a cabeça para trás;

- coloque sua boca bem aberta sobre a boca e o nariz da criança;

- sopre suavemente até que o peito da criança se levante;

- retire a sua boca da boca e nariz da criança para facilitar a saída do ar;

- repita , de 18 a 20 vezes por minuto ;

- continue aplicando a respiração de socorro, até que a vítima volte a respirar;

- pressione levemente a região situada entre o umbigo e as costelas a fim de eliminar o ar por acaso contido no estômago.

7.5.6 – MÉTODO HOLGER-NIELSEN

É o método de respiração artificial recomendado pela Cruz Vermelha Americana. Deve ser utilizado quando o método boca-a-boca não possa ser realizado.(traumatismos graves de face,

envenenamento por cianureto, ácido sulfúrico, fenol e outras substâncias cáusticas)

Neste método, a vítima fica de bruços, com a cabeça voltada para um lado e apoiada sobre as mãos que estão cruzadas. O socorrista se ajoelha diante da cabeça da vítima.

O movimento inicial consiste na elevação dos cotovelos do acidentado para cima e para trás, e que visa à penetração de ar nos pulmões. Depois desse movimento, retorna-se à posição inicial.

O movimento seguinte consiste na compressão do tórax, colocando as mão abertas no meio das costas da vítima.

Faça pressão verticalmente, usando o peso do seu corpo. Esse movimento possibilita que o ar seja expulso dos pulmões. Depois disso volte à posição inicial.

Quando a vítima começar a respirar ajuste o método ao ritmo de seus movimentos.

IMPORTANTE: NÃO suspenda o processo bruscamente.

REPITA O MOVIMENTO 12 VEZES POR MINUTO

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7.5.7 - MÉTODO DE SILVESTER

Também indicado nos casos em que não se pode empregar o boca-a-boca.

Providências:

- Desobstrua a boca e a garganta da vitima, fazendo tração da língua e retirando corpos estranhos e secreção;

- coloque a vítima deitada de costas;

- coloque algo embaixo do tórax da vítima para que sua cabeça se incline para trás;

- ajoelhe-se, colocando a cabeça da vítima entre seus joelhos;

- segure os braços pelos pulsos da vítima, cruzando-os e comprimindo-os contra a parte inferior do peito;

- puxe os braços da vítima para cima, para fora e para trás o mais que puder.

IMPORTANTE: NÃO suspenda o processo bruscamente.

REPITA O MOVIMENTO 15 VEZES POR MINUTO

7.5.8 - PARADA CARDÍACA (MASSAGEM CARDÍACA)

Os casos de parada de coração exigem ação imediata. Não Espere a chegada do médico !

Sinais:

- Inconsciência;

- ausência de pulso;

- dilatação das pupilas;

- extremidades arroxeadas.

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Providências:

- Coloque a vítima deitada de costas, sobre superfície dura;

- ponha suas mãos sobrepostas sobre a metade inferior do esterno, mantendo os dedos ligeiramente levantados e abertos;

- comprima com vigor o esterno da vítima, pressionando o coração de encontro à coluna vertebral;

- descomprima em seguida, mantendo as mãos na posição inicial. Repita a manobra tantas vezes quanto necessárias (cerca de 60 por minuto).

Em adolescentes pressione o tórax com uma das mãos. Em crianças pressione apenas com os dedos.

Caso se verifique ao mesmo tempo parada respiratória, deverá ser feita, além da massagem cardíaca, a respiração de socorro.

- aplique 2 respirações de socorro depois de 15 compressões do tórax;

- solicite, se possível, a ajuda de mais um socorrista;

- continue executando, sem interrupção , a respiração de socorro e a massagem cardíaca externa até a recuperação da vitima ou a chegada do médico, sempre no mesmo ritmo: 15 massagens para 2 sopros (boca-a-boca) ou 2 movimentos (Silvester).

MUITO IMPORTANTE : NÃO interrompa, de maneira alguma , a ressuscitação cárdio-respiratória ao transportar a vítima.

7.5.9 - CHOQUE ELÉTRICO

Falta de segurança das instalações, imprudência, indisciplina, ignorância, distração e situações acidentais (abalroamento de um veículo contra um poste) são as causas mais freqüentes de choque elétrico.

Sinais:

Dependendo das condições da vítima e das características da corrente elétrica, o acidentado pode apresentar:

- sensação de formigamento;

- contrações musculares fracas, que poderão tornar-se violentas e dolorosas;

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- dificuldade ou parada respiratória;

- inconsciência;

- alterações do ritmo ou parada cardíaca;

- queimaduras;

- traumatismos (fraturas, rotura de órgãos internos, etc.).

Nos acidentes elétricos, a vitima pode ficar "presa" ao condutor elétrico ou ser violentamente projetada à distância.

Providências:

- Não toque na vítima até que ela esteja separada da corrente ou esta interrompida;

- Remova o fio ou o condutor elétrico com o auxilio de material bem seco : cabo de vassoura jornal dobrado, pano grosso dobrado, tapete de borracha, corda ou outro material isolante.

- Puxe a vítima sem lhe tocar a pele, usando um pano seco dobrado ou outro material isolante disponível.

- coloque a vítima deitada de costas;

- Desobstrua a boca, o nariz e a garganta de corpos estranhos ou secreção;

- em caso de parada respiratória, inicie imediatamente a respiração de socorro;

- execute massagem cardíaca, junto com a respiração de socorro , se a vitima apresentar ausência de pulso e pupilas dilatadas;

- evite o estado de choque;

- Continue com a respiração de socorro por mais algum tempo - mesmo depois que a vítima volte a respirar;

- depois do restabelecimento dos movimentos respiratórios mantenha a vítima em repouso ;

- Insista, na respiração de socorro e na massagem cardíaca , até a chegada do medico .

MUITO IMPORTANTE: - NÃO DÊ líquidos.

- NÃO desanime! INSISTA na recuperação do acidentado.

- O tempo é fator decisivo no atendimento à vítima de choque elétrico.

SEJA RÁPIDO!

7.5.10 – AFOGAMENTO

Representa, no mundo, a segunda causa de morte por acidente, na faixa de 1 a 25 anos de idade.

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Sinais:

- Agitação;

- dificuldade respiratória;

- inconsciência:

- parada respiratória;

- parada cardíaca.

Providências:

- Aproxime-se da vitima pelas costas, segure-a e mantenha a sua cabeça fora d'água;

- inicie imediatamente a respiração de socorro, ainda dentro d'água;

- comprima o seu estômago para expulsar água, se necessário;

- faça a massagem cardíaca, se necessário;

- friccione com vigor os braços e as pernas do afogado para estimular a circulação;

- remova imediatamente a vítima para o serviço de salvamento ou o hospital mais próximo.

7.5.11 - ATAQUE CARDÍACO Sinais:

- Respiração curta e difícil;

- dor na parte superior do abdômen;

- dor no peito, às vezes estendendo-se para os braços ou para o pescoço e a cabeça;

- transpiração abundante;

- palidez e náuseas.

Providências:

- procure o médico imediatamente;

- coloque a vítima recostada;

- desaperte-lhe as roupas na cintura, no colarinho, no peito, etc.;

- agasalhe-a, evitando o excesso de aquecimento;

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- mantenha-a em repouso absoluto;

- aconselhe-a a respirar profunda e lentamente;

- indague-lhe se já teve crises semelhantes ou se está em tratamento médico;

- remova imediatamente para o hospital mais próximo ou chame um médico;

IMPORTANTE: NÃO tente levantar ou transportar a vítima sem o auxílio de outras pessoas.

7.5.12 - CONVULSÃO (Epilepsia)

Contratura involuntária da musculatura provocando movimentos desordenados e em geral acompanhada de perda de consciência.

Sinais:

- Perda súbita da consciência.

- contratura desordenada da musculatura;

- salivação abundante;

- às vezes, eliminação de fezes e urina.

Providências:

- retire, de perto da vítima, objetos com os quais se possa machucar;

- afrouxe-lhe as roupas;

- deixe a vitima debater-se livremente:

- coloque um lenço dobrado entre os dentes para evitar mordidas da língua;

- afrouxe-lhe as roupas;

- procure na vítima pulseira, medalha ou identificação médica que possa indicar a causa da convulsão;

- cessada a convulsão, mantenha-a em repouso. Deixe-a dormir, se quiser;

- evite comentários sobre o acidente.

IMPORTANTE: NÃO tenha medo, a saliva de um epiléptico não transmite a doença. NÃO tente despertar a vítima;

Mantenha-se vigilante. Afaste os curiosos.

Nas convulsões infantis, havendo febre alta, dê um banho morno de imersão de 10 ou 15 minutos de duração. Deite a criança envolta na toalha.

PROCURE O MÉDICO IMEDIATAMENTE.

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7.5.13 - FERIMENTOS

7.5.13.a - FERIMENTOS LEVES OU SUPERFICIAIS Providências:

- Lave as mãos antes de cuidar da vitima;

- limpe o ferimento com água e sabão;

- aplique mercurocromo, iôdo, mertiolate ou outro antisséptico;

- proteja o ferimento com uma compressa de gaze ou pano limpo, fixando-a sem apertar;

- não tente retirar farpas, vidros ou partículas de metal do ferimento, a menos que saiam facilmente durante a limpeza;

- mude o curativo tantas vezes quanto necessário para mantê-lo limpo;

- não toque no ferimento com os dedos, lenços usados ou outros materiais sujos;

- se o ferimento ficar dolorido e/ou inchado é sinal de infecção;

PREVINA-SE CONTRA O TÉTANO. CONSULTE O MÉDICO !

7.5.13.b - FERIMENTOS GRAVES

Os casos de ferimentos extensos ou profundos que exigem pronto atendimento médico são os seguintes:

- Quando as bordas do ferimento não se juntam corretamente;

- quando há a presença de corpos estranhos;

- quando a pele, os músculos, os nervos ou os tendões estão dilacerados;

- quando há a suspeita de penetração profunda do objeto causador do ferimento (prego, bala, faca, etc.);

- quando o ferimento é no rosto ou no crânio;

- quando a região próxima ao ferimento não apresenta funcionamento ou aparência normal;

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7.5.13.b.I - No abdômen:

- Mantenha no lugar, com o maior cuidado, os órgãos expostos (intestinos, estômago etc). Evite ao máximo mexer neles.

- Caso tenham saído da cavidade e estejam expostos, não procure recolocar os órgãos na cavidade.

- Cubra com uma compressa úmida.

- Prenda a compressa firmemente no lugar com uma atadura.

- O objetivo é proteger os órgãos expostos por meio de um curativo de pressão. A atadura deverá ser firme, mas não apertada.

7.5.13.b.II - No tórax:

- Coloque sobre o ferimento uma gaze ou um chumaço de pano ou a própria mão para impedir a penetração de ar através do ferimento.

- Segure o chumaço no lugar. Pressione com firmeza.

- Um cinto ou faixa de pano passado firmemente em volta do tórax sobre o curativo será capaz de manter fechado o ferimento.

- Não aperte muito o cinto ou a faixa em torno do tórax para não prejudicar os movimentos respiratórios da vítima.

IMPORTANTE: NÃO retire a faca, o punhal ou outro material, quando presos ao organismo.

NÃO DÊ LÍQUIDOS.

7.5.13.b.III - Na cabeça:

Exceto os de menor gravidade, os ferimentos na cabeça requerem rápida atenção médica.

Providências:

- Em caso de inconsciência ou de inquietação, deite a vítima de costas e afrouxe suas roupas, principalmente em volta do pescoço.

Agasalhe a vitima.

- Havendo hemorragia em ferimento no couro cabeludo, coloque uma compressa ou um

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pano limpo sobre o ferimento. Pressione levemente. Prenda com ataduras ou esparadrapo.

- Se o sangramento for no nariz, na boca ou num ouvido, vire a cabeça da vítima para o lado do ouvido ou do nariz que está sangrando.

- aplique compressas geladas ou saco de gelo no local da lesão;

- evite o estado de choque;

- mantenha o nariz, a boca e a garganta desobstruídos, facilite o vômito;

- remova imediatamente a vitima para o hospital mais próximo;

IMPORTANTE: NÃO DÊ LÍQUIDOS.

Pense em fratura de crânio se houver sangramento pelo ouvido ou nariz.

7.5.14 - BANDAGENS

Com o objetivo de manter um curativo, uma imobilização de fratura ou conter provisoriamente uma parte do corpo, empregam-se ataduras. Na falta de ataduras, use tiras limpas de um lençol, de uma saia, um lenço, um guardanapo ou uma toalha etc.

Na aplicação de uma bandagem tome os seguintes cuidados:

- A região deve estar limpa.

- Os músculos relaxados.

- Começar da extremidade para o centro: nos membros superiores, no sentido da mão para o braço; nos membros inferiores, começar pelo pé.

7.5.15 - CONTUSÃO

Lesão produzida pela pancada de um corpo sem rompimento da pele.

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Sinais:

Dor e inchação no local.

Providências:

- Repouso da região atingida;

- aplique compressas frias ou saco de gelo até que a dor e a inchação diminuam;

- procure o médico, se a contusão for grave.

7.5.16 - DISTENSÃO MUSCULAR

E a lesão do músculo, por movimento brusco e violento.

Sinais:

- Dor intensa quando se movimenta:

- contração da musculatura atingida.

Providências:

- Evite movimentar a região atingida:

- aplique compressas geladas ou saco de gelo;

- procure um médico, se necessário.

7.5.17 - ENTORSE

É a separação momentânea das superfícies ósseas na articulação.

Sinais:

- Dor intensa quando se movimenta;

- inchação local.

Providências:

- Evite movimentar a região atingida:

- aplique compressa gelada ou saco de gelo;

- imobilize a região como se fosse uma fratura;

- procure um médico;

IMPORTANTE: NÃO use compressas QUENTES nas primeiras 24 horas;

NÃO FRICCIONE a região lesada.

O entorse SEMPRE EXIGE orientação médica.

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7.5.18 – LUXAÇÃO OU DESLOCAMENTO

É o deslocamento dos ossos de uma articulação.

Sinais:

- Dor violenta;

- deformação local;

- impossibilidade de movimentos.

Providências:

Atenda como se fosse uma fratura fechada.

7.5.19 – FRATURAS

É a quebra do osso.

O primeiro socorro consiste em impedir o movimento das partes quebradas, evitando o agravamento da lesão.

As fraturas podem ser:

- Fechadas - quando o osso se quebra e não perfura a pele.

- Expostas - quando o osso se quebra e rompe a pele.

Sinais:

- Dor e inchação no local;

- dificuldade ou incapacidade de movimentos:

- posição anormal da região atingida;

- sensação de atrito das partes ósseas;

- rompimento da pele com exposição do osso quebrado (fratura exposta).

Providências:

7.5.19.a - FRATURAS FECHADAS

- Coloque o membro acidentado em posição tão natural quanto possível, sem desconforto para a vítima.

- Ponha talas sustentando o membro atingido.

As talas deverão ter comprimento suficiente para ultrapassar as juntas acima e abaixo da fratura.

Qualquer material rígido pode ser empregado como

tala: tábua, estaca, papelão, vareta de metal ou mesmo uma revista grossa ou um

Fratura Fechada Fratura Exposta

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jornal grosso e dobrado. Use panos ou outro material macio para acolchoar as talas, a fim de evitar danos à pele. As talas devem ser amarradas com ataduras, ou tiras de pano não muito apertadas, em, no mínimo, quatro pontos:

- abaixo da junta, abaixo da fratura - acima da junta, acima da fratura Um outro recurso em caso de fratura de perna consiste em amarrar a perna quebrada na outra, desde que sã.

7.5.19.b - FRATURAS EXPOSTAS

- Coloque uma gaze, um lenço ou um pano limpo sobre o ferimento.

- Fixe firmemente o curativo no lugar, utilizando-se de uma bandagem forte - gravata, tira de roupa, cinto etc.

- Mantenha a vítima deitada.

Aplique talas, conforme descrito para as fraturas fechadas, sem tentar puxar o membro ou fazê-lo voltar à sua posição natural.

Transporte a vítima, somente após imobilizar a parte fraturada.

Chame ou leve o paciente a um médico ou a um hospital, de carro ou de ambulância, tão logo a fratura seja imobilizada.

IMPORTANTE: NÃO TENTE COLOCAR O OSSO NO LUGAR .

NÃO DESLOQUE OU ARRASTE A VÍTIMA ATÉ QUE A REGIÃO SUSPEITA DE FRATURA TENHA SIDO IMOBILIZADA, A MENOS QUE A VÍTIMA SE

ENCONTRE EM IMINENTE PERIGO.

7.5.20 - FRATURA DE CRÂNIO Sinais:

- Perda de sangue pelo nariz ou ouvido;

- perda ou não da consciência;

- náusea e vômito surgem imediatamente ou horas depois do acidente.

Providências:

- Mantenha a vitima em repouso, recostada;

- aplique compressas geladas ou saco de gelo na área atingida:

- estanque a hemorragia, se houver;

- não deixe a vítima entrar em estado de choque ;

- faça a massagem cardíaca, associada à respiração de socorro, se a vítima não apresentar pulso ou apresentar dilatação das pupilas;

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- envolva o pescoço com panos até que ofereça apoio à cabeça e coloque travesseiros ou almofadas lateralmente, para impedir os movimentos para os lados;

- remova imediatamente a vítima para o hospital.

IMPORTANTE : Qualquer vítima com traumatismo de crânio PRECISA ASSISTÊNCIA MÉDICA IMEDIATA. NÃO PERCA TEMPO !

7.5.21 - FRATURA DA ESPINHA (coluna vertebral) Sinais:

- Dor local após traumatismo;

- dormência dos membros;

- paralisia.

Providências:

- Manter a vítima agasalhada e imóvel :

- observe a sua respiração. Esteja pronto para executar a respiração boca- a-boca.

- evite o estado de choque ;

- use uma superfície dura - maca, padiola, tábua, porta, etc., para o transporte do acidentado;

- solicite a ajuda de pelo menos quatro pessoas para transferir o acidentado para a maca;

- movimente o acidentado em bloco deslocando todo o corpo ao mesmo tempo. Evite mexer separadamente a cabeça, o pescoço, o tronco, os braços ou as pernas;

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- imobilize o acidentado deitado de costas ou deitado de barriga para baixo, preenchendo as curvaturas do corpo com lençóis ou toalhas dobrados, a fim de impedir o movimento da coluna;

- durante o transporte, evite paradas e freadas bruscas do veículo;

- solicite a assistência de um médico na remoção da vítima.

IMPORTANTE : O erro durante a movimentação poderá causar à vítima DANOS IRREPARÁVEIS.

7.5.22 - FRATURA DE COSTELA Sinais:

- Dor no local agravada nos movimentos respiratórios.

Providências:

- Manter a vítima em repouso e em posição confortável;

- procure o médico.

7.5.23 - FRATURA DE BACIA Sinais:

- Dor local, após traumatismo, que se agrava com a movimentação.

Providências:

- Manter a vítima deitada de costas e em repouso absoluto ;

- use uma superfície dura: maca, padiola, tábua ou porta, para transportar a vítima;

- solicite a ajuda de pelo menos quatro pessoas para transferir o acidentado para a maca;

- movimente a vítima em

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bloco , deslocando todo o corpo ao mesmo tempo. Evite mexer separadamente a cabeça, o pescoço, o tronco, os braços ou as pernas;

- proteja a bacia lateralmente, com travesseiros, almofadas ou cobertores dobrados;

- coloque, entre as pernas da vítima, um pano dobrado (um paletó, por exemplo);

- imobilize a bacia com faixa de pano bem larga ou lençol, fixando o acidentado à maca;

- amarre com uma faixa de pano o peito, os joelhos e tornozelos, para maior firmeza da imobilização;

- evite o estado de choque ;

- remova imediatamente a vítima para o hospital.

IMPORTANTE : A fratura de bacia pode causar a perfuração de órgãos internos, hemorragia e, conseqüentemente, estado de choque.

EVITE A MOVIMENTAÇÃO DESNECESSÁRIA DO ACIDENTADO .

7.5.24 - FRATURA DE CLAVÍCULA Sinais:

- Dor intensa no local e a vítima não consegue movimentar o braço do lado afetado e o sustenta com o outro ao nível do cotovelo.

Providências:

- Coloque um pano dobrado entre o braço afetado e o tórax (axilas);

- com duas tiras de pano, fixe o braço afetado ao tórax;

- coloque a mão do lado afetado junto ao ombro do lado oposto, fixando o braço nessa posição com uma tipóia;

- procure um médico .

(22)

7.5.25 - FRATURA DE BRAÇO (úmero) Providências:

- Coloque um pano dobrado entre o braço afetado e o tórax (axilas);

- proteja o lado externo do braço com uma tala (revista dobrada), do ombro ao cotovelo;

- com o auxílio de duas faixas de tecido, prenda o braço junto ao tórax;

- use uma tipóia para amparar o antebraço;

- procure o médico .

7.5.26 - FRATURA DE ANTEBRAÇO (rádio e cúbito) Providências:

- Dobre o antebraço, mantendo o polegar para cima;

- proteja a região a ser imobilizada com algodão ou pano;

- coloque duas talas nos lados interno e externo do antebraço, ultrapassando o cotovelo e os dedos;

- use uma tipóia para amparar o antebraço;

- procure o médico .

7.5.27 - FRATURA DE PUNHO E MÃO Providências:

Imobilize como uma fratura de antebraço.

7.5.28 - FRATURA DE COXA (fêmur) Sinais:

- Dor forte que se agrava com a movimentação;

- deformação local, podendo ocorrer a rotação do pé.

(23)

Providências:

- Manter a vítima deitada de costas e em repouso;

- proteja toda a perna com pano ou algodão;

- imobilize o membro fraturado na posição encontrada ;

- coloque duas talas, uma ao longo da face interna do membro, e a outra na face externa, do tornozelo até a axila. Improvise talas com cabos de vassoura, guarda-chuvas, ripas ou tábuas;

- remova a vítima para o hospital.

7.5.29 - FRATURA DE RÓTULA Providências:

- Manter a vítima deitada de costas e em repouso;

- proteger o membro com pano, preenchendo o vão do joelho para firmeza da articulação;

- colocar uma tala atrás da perna, do calcanhar até parte superior da coxa;

- remova a vítima para um hospital.

7.5.30 - FRATURA DE PERNA (tíbia e perônio) Sinais:

- Dor forte que se agrava com a movimentação;

- inchação local;

- deformação ou não na região da lesão.

Providências:

- Manter a vítima deitada de costas e em repouso;

- proteger a perna com pano;

- imobilizar a perna fraturada na posição encontrada ;

- colocar duas talas, interna e

externamente à perna, ultrapassando o joelho e o pé;

- remova a vítima para o hospital.

(24)

7.5.31 - FRATURA DE TORNOZELO Providências:

Imobilizar como se fosse fratura de perna.

7.5.32 - FRATURA DE PÉ Providências:

- Remover com cuidado o sapato da vítima;

- proteger a região atingida, até o meio da perna, com pano ou tecido;

- imobilizar o pé e parte da perna, com o próprio sapato, revista, tábua ou travesseiro;

- remover a vítima para o hospital.

7.5.33 - HEMORRAGIA

É a perda de sangue provocada pelo rompimento de um vaso sangüíneo – veia ou artéria.

Toda hemorragia deve ser controlada imediatamente . A hemorragia abundante e não controlada pode causar a morte em 3 a 5 minutos. Não perca tempo! Estanque a hemorragia.

7.5.33.a - HEMORRAGIA EXTERNA Providências:

- Manter a região que sangra em posição mais alta que o resto do corpo;

- usar uma compressa ou lenço limpo sobre o ferimento, pressionando-o com firmeza, a fim de estancar o sangramento;

- comprimir a ferida com os dedos ou com a mão, caso não disponha de uma compressa:

(25)

- calque fortemente, com o dedo ou com a mão, de encontro ao osso, nos pontos onde a veia ou artéria são mais fáceis de encontrar. Esses pontos são fáceis de decorar, desde que você os observe na figura ao lado, com atenção.

- Se o ferimento for na perna, dobre o joelho; se for no antebraço, dobre o cotovelo; sempre com o cuidado de colocar por dentro da parte dobrada, bem junto da articulação, um chumaço de pano, algodão ou papel.

IMPORTANTE : Em caso de hemorragia abundante em braços ou pernas, aplique um torniquete .

Os torniquetes são usados para controlar a hemorragia grave, que não possa ser dominada por outros meios, braço ou perna amputados, esmagados ou dilacerados. Proceda do seguinte modo:

- use uma tira de pano larga e resistente, um lenço, fralda, gravata, etc., para fazer o torniquete;

- enrole o pano em volta da parte superior do braço ou da perna, logo acima do ferimento, prendendo o rolo de pano ou de papel;

- dê um meio-nó;

- coloque um pequeno pedaço de madeira no meio-nó;

- dê um nó completo sobre a madeira;

- torça o pedaço de madeira até parar a hemorragia;

(26)

- fixe o pedaço de madeira;

- marque na testa da vítima ou em qualquer lugar visível da vítima as letras “TQ” e a hora de aplicação do torniquete;

- não cubra o torniquete;

- desaperte-o gradualmente cada 1O ou 15 minutos:

- Se a hemorragia cessar, deixe-o frouxo no lugar. Aperte-o novamente, se necessário;

- evite o estado de choque ;

- remova imediatamente a vítima para o hospital mais próximo;

IMPORTANTE: Se o paciente ficar com as extremidades dos dedos frias e arroxeadas, afrouxe um pouco o torniquete para restabelecer a circulação.

NÃO use arame, barbante ou material muito fino para fazer o torniquete.

Enquanto estiver controlando a hemorragia mantenha a vítima agasalhada.

Se o paciente puder engolir, se estiver consciente e se não houver suspeita de lesão no ventre , dê-lhe líquidos para beber. Nunca dê bebidas alcoólicas .

7.5.33.b - HEMORRAGIA INTERNA Sinais:

A hemorragia é resultante de um ferimento profundo com lesão de órgãos internos. O sangue não aparece. A vítima apresenta:

- pulso fraco e rápido;

- pele fria;

- sudorese;

- calafrios;

- palidez intensa e mucosas descoradas;

- sede;

- tonturas.

Providências:

- Manter o paciente deitado com a cabeça mais baixa que o corpo, exceto quando houver suspeita de derrame cerebral ou fratura de crânio, quando a cabeça deverá ser mantida levantada.

- aplicar compressa gelada ou saco de gelo onde a vítima foi atingida - possível local da hemorragia;

- agir como se fosse um estado de choque.

MUITO IMPORTANTE: PROCURE O MÉDICO IMEDIATAMENTE.

NÃO PERCA TEMPO!

(27)

7.5.33.c - HEMORRAGIA DOS PULMÕES (Hemoptise)

Depois de um acesso de tosse o sangue sai pela boca em golfadas e é de cor vermelha rutilante e espumoso .

Providências:

- Coloque a vítima em repouso com a cabeça mais baixa que o corpo;

- mantenha-a tranqüila;

- procure o médico imediatamente .

7.5.33.d - HEMORRAGIA DO ESTÔMAGO (Hematêmese)

A vítima apresenta, antes da perda de sangue, enjôo, náuseas, palidez acentuada, sudorese, vômito de sangue vivo ou escuro tipo “borra de café” e com restos alimentares.

Providências:

- Mantenha a vítima deitada sem travesseiro, em repouso;

- aplique saco de gelo ou compressa fria sobre o estômago;

- remova imediatamente a vítima para o hospital mais próximo;

IMPORTANTE: NÃO DÊ LÍQUIDOS!

7.5.33.e - HEMORRAGIA NASAL (Epistaxe) Providências:

- Sente a vítima com a cabeça para trás e aperte-lhe as narinas durante 5 minutos ;

- se a hemorragia não ceder, coloque um tampão de gaze dentro da narina e uma compressa gelada ou saco de gelo sobre o nariz;

- procure o médico, caso não consiga estancar o sangramento.

IMPORTANTE : Algumas doenças podem causar hemorragia nasal.

CONSULTE O MÉDICO.

(28)

6.5.33.f - HEMORRAGIA DENTÁRIA Providências:

- Coloque no local que sangra um lenço enrolado ou um pequeno rolo de atadura de gaze, apertando-o fortemente com as arcadas dentárias durante, aproximadamente, 30 minutos;

- procure o dentista, se necessário.

6.5.34 - QUEIMADURAS

São quaisquer lesões decorrentes da ação do calor ou emanações radioativas. Exemplos:

- contato direto com chama ou brasa ou fogo;

- vapores quentes;

- líquidos em ebulição;

- sólidos superaquecidos ou incandescentes;

- substâncias químicas (ácidos, soda cáustica, fenol, nafta, etc.);

- emanações radioativas;

- radiações infravermelhas e ultravioletas (em aparelhos, laboratórios ou devido ao excesso de raios solares);

- eletricidade;

- frio excessivo.

Classificação das Queimaduras:

As queimaduras externas classificam-se em:

- superficiais , quando atingem algumas camadas da pele;

- profundas , quando há destruição total da pele.

Classificação em graus:

1º GRAU - lesão das camadas superficiais da pele, com:

- vermelhidão;

- dor local suportável.

Exemplo: aquelas causadas pelos raios solares.

2º GRAU - lesão das camadas mais profundas da pele, com:

- vermelhidão;

- formação de bolhas;

- desprendimento de camadas da pele;

- dor e ardência locais, de intensidade variável.

3º GRAU - lesão de todas as camadas da pele, comprometendo os tecidos mais profundos.

- comprometimento de tecidos mais profundos, até o osso.

(29)

O mesmo acidentado pode apresentar Queimaduras de 1º, 2º e 3º graus.

IMPORTANTE: O RISCO DE VIDA não está no grau da queimadura, e sim, na EXTENSÃO da superfície atingida, devido ao ESTADO DE CHOQUE e à maior

possibilidade de INFECÇÃO .

QUANTO MAIOR A ÁREA QUEIMADA, MAIS GRAVE É O CASO.

Avaliação da Área Queimada:

Use a "regra dos nove":

Cabeça – 9% da superfície do corpo Pescoço – 1%

Membro superior esquerdo - 9%

Membro superior direito - 9%

Tórax, abdômen e genitais (frente) -18%

Tórax e região lombar (costas) - 18%

Membro inferior esquerdo – 18%

Membro inferior direito – 18%

Providências:

• NA PEQUENA QUEIMADURA – atinge menos de 10 % de área queimada;

A - Se Queimadura Térmica (líquidos quentes, fogo, vapor, raios solares):

- lave com água a pequena área queimada;

- tome uma das 3 providências seguintes:

a) coloque sobre a queimadura uma gaze ou pano limpo embebida em solução de bicarbonato de sódio, enfaixando frouxamente, ou

b) pincele a queimadura com uma substância antisséptica (mertiolate), cobrindo com gaze ou pano limpo, ou

c) passe vaselina esterilizada na parte queimada e cubra com gaze ou pano limpo.

B - Se Queimadura Química (por agentes químicos):

- lave imediatamente a área queimada com bastante água, de modo lento e continuo, durante 15 minutos, em caso de substância corrosiva ou irritante ;

- cubra com gaze ou pano limpo.

- procure o médico .

(30)

• NA GRANDE QUEIMADURA – atinge mais de 10% de área queimada.

A - Se Queimadura Térmica:

- Deite a vítima;

- coloque a cabeça e o tórax da vítima em plano inferior ao resto do corpo, levantando-lhe as pernas, se possível;

- se a vítima estiver consciente , dê-lhe líquidos para beber: água, chá, sucos. Nunca dê bebidas alcoólicas ;

- administre uma medicação contra dor que seja de seu conhecimento;

- evite a contaminação , colocando um pano limpo sobre a superfície queimada;

- remova imediatamente a vítima para o hospital mais próximo.

B - Se Queimadura Química:

- lave imediatamente a área queimada com bastante água, de modo lento e continuo, durante 15 minutos;

- aplique jatos de água enquanto retira as roupas da vítima;

- proceda como nas queimaduras térmicas, evitando o estado de choque e a dor;

IMPORTANTE: NÃO PERCA TEMPO!

NÃO aplique ungüentos, graxas, bicarbonato de sódio ou outras substâncias em queimaduras externas.

EVITE tocar a área queimada.

NÃO retire corpos estranhos ou graxas ou lesões.

NÃO fure as bolhas (flictenas) existentes.

7.5.35 - INSOLAÇÃO

É uma perturbação devida à exposição direta e prolongada do indivíduo aos raios solares.

Sinais:

- Pele quente e avermelhada;

- pulso rápido e forte;

- dor de cabeça acentuada;

- sede intensa;

- temperatura do corpo elevada;

- dificuldade respiratória;

- inconsciência.

(31)

Providências:

- Remova a vítima para lugar fresco e arejado;

- retire-lhe as roupas;

- mantenha o acidentado em repouso e recostado;

- aplique compressa gelada, saco de gelo ou banho frio, se possível;

- inicie a respiração de socorro, em caso de parada respiratória;

- execute a massagem cardíaca externa, associada à respiração de socorro, caso a vítima apresente ausência de pulso e dilatação das pupilas;

IMPORTANTE: Remova IMEDIATAMENTE a vítima para o hospital mais próximo.

BAIXAR a temperatura do corpo de MODO PROGRESSIVO , vem a ser uma das principais medidas de socorro à vítima de INSOLAÇÃO.

7.5.36 - INTERMAÇÃO

Perturbação do organismo causada por excessivo calor em locais úmidos e não arejados (padarias, fundições, caldeiras, etc.).

Sinais:

- Dor de cabeça e náuseas;

- palidez acentuada;

- transpiração excessiva;

- pulso rápido e fraco;

- temperatura do corpo normal ou ligeiramente febril;

- cãibra no abdômen ou nas pernas;

- inconsciência.

Providências:

- Remova a vítima para lugar fresco e arejado;

- retire-lhe as roupas;

- mantenha a vítima deitada, com a cabeça mais baixa que o resto do corpo;

- inicie a respiração de socorro, em caso de parada respiratória;

- execute a massagem cardíaca externa, associada à respiração de socorro, caso a vítima apresente ausência de pulso e dilatação das pupilas;

- procure o médico.

7.5.37 - CONGELAMENTO

Perturbação do organismo pelo excesso de exposição ao frio, atingindo, geralmente, as extremidades do corpo.

(32)

Sinais:

- Pele arroxeada, seguida de palidez e coloração cinza-amarelada;

- dormência das extremidades;

- dor local que desaparece progressivamente pela ação anestésica do frio;

- inchação;

- bolhas que aparecem de 12 a 24 horas após a exposição ao frio;

- perturbação visual;

- inconsciência.

Providências:

- Aqueça a vítima, utilizando-se de cobertores, casacos, saco de água quente ou outro material disponível;

- assim que houver melhora da parte lesionada solicite ao acidentado que movimente os dedos das mãos e dos pés;

- dê uma bebida quente: leite, chá ou café, se a vítima estiver consciente;

- procure o médico.

7.5.38 - ENVENENAMENTOS

Venenos são substâncias que, em contato com o organismo, causam transtornos que perturbam e lesam a saúde, podendo ocasionar a morte.

Os venenos penetram no organismo com mais freqüência, pela boca, vias respiratórias (por inalação) e por via cutânea (pele).

Sinais:

Dependendo da natureza e da quantidade de veneno, a vítima pode apresentar:

- Alteração do hálito (cheiro da substância ingerida ou inalada);

- mudança de cor dos lábios e da língua;

- dor intensa;

- salivação abundante;

- náusea e vômito, podendo este ser sanguinolento:

- tosse e dificuldade respiratória;

- alteração do ritmo do pulso;

- dor de cabeça;

- excitação, convulsão, sonolência e inconsciência:

- sinais de estado de choque;

- parada respiratória;

- parada cardíaca.

Providências:

- Remova a vítima para lugar arejado, se o veneno foi inalado ;

(33)

- Desobstrua a boca e a garganta da vítima, retirando corpos estranhos e secreção;

- Inicie a respiração de socorro, em caso de parada respiratória, pelo método boca-a-boca ou Silvester , nos casos em que o primeiro não possa ser aplicado (ácido muriático, ácido sulfúrico, ácido clorídrico, soda cáustica, potassa, lisol, cianuretos e outros);

- faça a massagem cardíaca associada à respiração de socorro se a vítima apresentar ausência de pulso e pupilas dilatadas;

- mantenha a vítima em repouso;

- evite o estado de choque ;

- retire-lhe as roupas, se encharcadas com a substância venenosa e lave a vítima com bastante água:

- provoque o vômito, se o veneno foi ingerido , fazendo a vítima beber 3 a 4 copos de água morna ou água de sabão;

- toque com o dedo ou com o cabo de uma colher a garganta da vítima para despertar o reflexo do vômito;

- repita a manobra várias vezes, até a chegada do médico ou até que o líquido vomitado saia límpido;

- faça a vítima ingerir, se possível, claras de ovos batidas com água (um litro d’água para 4 claras), ou uma mistura de água e farinha de trigo, na proporção de 4 colheres de sopa para 1 litro d'água, enquanto aguarda o socorro médico;

- proteja a cabeça do envenenado, quando em convulsão;

- remova imediatamente a vítima para o hospital;

- entregue ao médico ou à autoridade policial local, frascos ou caixas de remédios ou outra substância qualquer encontrados junto à vítima.

IMPORTANTE: NÃO provoque o VÔMITO em caso de INCONSCIÊNCIA , de CONVULSÃO ou de INGESTÃO de substâncias CORROSIVAS ou IRRITANTES

(ácido sulfúrico, ácido clorídrico, soda cáustica, água sanitária, etc.) NÃO dê substância oleosa.

NÃO dê bebida alcoólica ao envenenado.

NÃO PERCA TEMPO!

EVITE que o VENENO seja absorvido pelo organismo.

7.5.39 - ACIDENTES PROVOCADOS POR ANIMAIS RAIVOSOS

A raiva ou hidrofobia é uma doença contagiosa e grave que ataca o homem e animais. É transmitida por um vírus, eliminado através da saliva do animal contaminado, que penetra no organismo por ocasião da mordedura ou arranhão da pele.

(34)

O aparecimento dos sinais da doença oscila entre 10 dias e meses. Esse período será mais curto quanto mais profundo e próximo à cabeça for o ferimento.

Sinais:

- Febre;

- dor de cabeça;

- vômito;

- nervosismo e agitação;

- salivação abundante;

- excitação aos estímulos do meio-ambiente: luz, vento, ruído, etc.;

- aversão à água.

Providências:

- lave imediatamente a ferida com bastante água e sabão;

- aplique mertiolate, mercúrio cromo ou outro antisséptico na área lesada;

- encaminhe o acidentado a um serviço especializado ou centro de saúde mais próximo.

IMPORTANTE: A RAIVA é doença INCURÁVEL após o aparecimento de seus primeiros sintomas.

A RAIVA PODE e DEVE ser PREVENIDA.

VACINE O SEU ANIMAL DOMÉSTICO!

TODO o acidentado por mordida de animal, VACINADO ou NÃO, DEVE ser examinado pelo MÉDICO.

NÃO mate o animal agressor, conserve-o preso e em observação.

7.5.40 - ACIDENTES PROVOCADOS POR ANIMAL PEÇONHENTO (Cobra)

As cobras peçonhentas (venenosas) apresentam características que as distinguem das não peçonhentas (não venenosas).

PEÇONHENTAS:

Cabeça chata, triangular, bem destacada do corpo, coberta de escamas pequenas semelhantes às do corpo.

Olhos pequenos, com pupila em fenda vertical e fosseta lacrimal entre os olhos e as narinas.

(35)

Escamas do corpo alongadas, pontudas, imbricadas, com carena mediana, dando ao tato uma impressão de aspereza.

Cauda curta, afinada bruscamente.

Quando perseguidas, tomam atitude de ataque, enrodilhando-se.

Hábitos noturnos.

Movimentos vagarosos.

Ovovivíparas - dão à luz filhotes vivos.

NÃO PEÇONHENTAS:

Cabeça estreita, alongada, mal destacada do corpo, com placas poligonais, em vez de escamas.

Olhos grandes, com pupila circular, fosseta lacrimal ausente.

Escamas achatadas, sem carena dando ao tato um impressão de liso, escorregadio.

Cauda longa, afinando-se gradualmente.

Quando perseguidas, fogem.

Hábitos diurnos.

Movimentos rápidos.

Ovíparas - põem ovos para incubar.

IMPORTANTE: A COBRA CORAL , apesar de VENENOSA, é uma exceção. Ela apresenta: cabeça pequena, alongada e não destacada do corpo;

AUSÊNCIA de fosseta lacrimal.

A marca deixada pela picada, o aspecto da área atingida e as queixas da vítima, auxiliam na identificação da cobra.

Sinais:

7.5.40.a - PICADA POR CASCAVEL

- Dor intensa local, logo após a picada, que desaparece em seguida;

- ausência de alterações no local da picada;

(36)

- pálpebras caídas, perturbação visual, testa franzida e dificuldade de movimentação dos olhos;

- são sinais que surgem uma hora após o acidente;

- urina escura, tipo "coca-cola" e escassa.

7.5.40.b - PICADA POR JARARACA, CAIÇACA, COTIARA, URUTU, JARARACUÇU - Dor intensa local e persistente;

- área atingida apresentando: inchação volumosa, vermelhidão, manchas arroxeadas, bolhas, pequenos pontos de hemorragia;

- urina sanguinolenta.

7.5.40.c - PICADA DE SURUCUCU PICO-DE-JACA

O aspecto da área atingida é semelhante ao provocado pela picada de jararaca.

As perturbações oculares e visuais são semelhantes às causadas pela cascavel.

A intoxicação é gravíssima, não só pelos efeitos do veneno, como pela grande quantidade de peçonha inoculada.

7.5.40.d - PICADA POR CORAL

- Ausência de alterações no local da lesão;

- dor generalizada;

- mal-estar intenso, perturbação visual, cansaço, salivação grossa, dificuldade de engolir e de articular palavras, torpor e paralisia.

Providências;

- Manter a vítima em repouso absoluto;

- procurar eliminar o veneno rapidamente;

- extrair a maior quantidade possível de sangue ou serosidade, espremendo o ferimento;

- perfurar a área atingida, usando alfinete, espinho, agulha ou outro objeto pontiagudo, para facilitar o sangramento;

(37)

- sugar o ferimento várias vezes, desde que não tenha ulceras na boca ou dentes estragados;

- aplicar as medidas acima recomendadas nos primeiros minutos após o acidente;

- evitar o estado de choque;

- remover imediatamente a vítima para o hospital.

IMPORTANTE: Todo o acidente provocado por picada de cobra venenosa EXIGE a aplicação de soro ESPECÍFICO, na QUANTIDADE ADEQUADA

e no TEMPO IDEAL.

Soros Específicos:

Anticrotálico - cascavel Antilaquésico - surucucu

Antibotrópico – jararaca, jararacuçu, urutu, caiçaca, cotiara

Antielapídico - corais

No caso de acidente causado por cobra não identificada, ou na falta de soro específico, use o soro antiofídico polivalente.

Levar a cobra para ser identificada facilita a escolha do tratamento.

IMPORTANTE: NÃO aplique garrote.

NÃO perca tempo fazendo curativos ou qualquer tratamento caseiro.

NÃO ANDE SEM BOTAS NEM TOQUE COM AS MÃOS em lugares onde possa ser atacado por cobras.

7.5.41 - ARANHA

O perigo da picada de aranha depende de sua agressividade e do tipo de veneno.

São muitas as espécies de aranhas venenosas. Dentre estas, destacam-se:

a aranha-armadeira, a viúva-negra, a tarântula e a aranha-marrom.

Sinais:

A vítima pode apresentar:

- Dor intensa local, que se irradia com dormência;

- tristeza;

- cãibras;

- contratura muscular

(38)

- transpiração abundante;

- pulso rápido;

- salivação intensa;

- dificuldade ou parada respiratória;

- parada cardíaca e morte (geralmente em crianças).

ou

- dor discreta no local da picada;

- reação da pele com erupção, inchação volumosa e manchas arroxeadas.

Providências:

- Mantenha a vítima em repouso;

- aplique compressas de álcool com gotas de amônia e saco de gelo no local;

- administre uma medicação contra dor que seja do seu conhecimento, se necessário;

- inicie a respiração de socorro, em caso de parada respiratória;

- execute a massagem cardíaca, associada à respiração de socorro, se a vítima apresentar ausência de pulso e dilatação das pupilas;

- procure imediatamente o médico.

IMPORTANTE: A aplicação do soro específico é de responsabilidade médica.

7.5.42 – ABELHA, MARIMBONDO E OUTROS INSETOS

A picada de insetos, em regra, não causa problemas, mas pode tornar-se perigosa quando forem múltiplas em locais sensíveis: face, pálpebra, língua, pescoço, etc.

Há pessoas alérgicas que sofrem devido às picadas de insetos. Tais pessoas devem receber tratamento médico imediato, pois uma picada de inseto pode ser um risco de vida para uma pessoa sensível.

Sinais:

- Dor intensa no local;

- inchação;

- vermelhidão.

Em casos graves, a vítima pode apresentar dificuldade respiratória, chegando à asfixia e até ao estado de choque.

Providências:

- Retire os ferrões do inseto, com uma pinça, agulha ou tesourinha;

- esprema o local da picada para fazer sair o veneno;

(39)

- aplique compressas de álcool com gotas de amônia e saco de gelo;

- procure médico, se necessário.

7.5.43 – ESCORPIÃO, LACRAIA E CENTOPÉIA

Embora a picada destes animais não seja, geralmente, um acidente grave no adulto sadio, em crianças e pessoas idosas ela pode ser mortal.

Sinais:

- Dor repentina, intensa e propagada;

- dormência na área atingida;

- inchação local;

- transpiração abundante;

- salivação em excesso;

- náuseas e vômitos;

- sonolência;

- dificuldade respiratória, inconsciência e morte - nos casos graves.

Providências:

- Manter a vítima em repouso;

- aplicar compressas de álcool ou de gelo no local do ferimento;

- administrar uma medicação contra dor que seja de seu conhecimento;

- remova imediatamente a vítima para o hospital.

IMPORTANTE: A aplicação do soro específico deve ser iniciada na primeira hora da picada.

7.5.44 - MEDUSA E ÁGUA-VIVA Sinais:

- Dor intensa;

- vermelhidão local;

- inchação, com ou sem bolhas;

- coceira;

- náuseas e vômitos;

- cãibras;

- dificuldade respiratória;

- parada cardíaca e morte.

Providências:

- Retire imediatamente a vítima da água;

(40)

Higiene e Segurança no Trabalho -

- derrame sobre a região álcool metílico ou aplique compressas de álcool com gotas de amônia, a fim de que os espinhos aderentes à pele se retraiam, facilitando sua remoção com a pinça;

- administre uma medicação contra dor e um comprimido antialérgico que seja do seu conhecimento;

- evite o estado de choque;

- inicie a respiração de socorro, em caso de parada respiratória;

- execute a massagem cardíaca, associada à respiração de socorro, se a vítima apresenta ausência de pulso e dilatação das pupilas;

- remova imediatamente a vítima para o hospital.

7.5.45 - PERTURBAÇÃO MENTAL Sinais:

O doente pode apresentar:

- inquietação;

- agressividade;

- irritabilidade;

- insubordinação:

- insônia;

- idéias de perseguição;

- idéias de grandeza;

- alucinações (ouve vozes);

- depressão (tristeza profunda);

- gosto pelo isolamento;

- atitudes extravagantes;

- idéias de suicídio;

- crises de choro.

Providências:

- Trate o doente com respeito e paciência, seja qual for o seu comportamento;

- Desvie a atenção do doente de tudo que possa ser prejudicial;

- tente localizar um parente ou pessoa amiga que possa responsabilizar-se pelo doente;

- Seja firme em suas decisões. Somente tome atitude de imobilizar o doente se ele estiver na iminência de causar danos a si ou a outras pessoas;

- solicite a alguém que chame imediatamente um médico ou serviço especializado de urgência.

7.5.46 - ACIDENTES OCULARES 7.5.46.a - CORPOS ESTRANHOS

Partículas de poeira, limalhas de ferro, fragmentos de vidro, cílios e pequenos insetos, podem atingir o globo ocular, danificando-o ou não.

Sinais:

- Lacrimejamento;

- ardência; - dor local;

- vermelhidão;

(41)

Providências:

- Faça a vítima fechar os olhos para permitir que as lágrimas lavem e removam o corpo estranho.

NÃO esfregue os olhos.

7.5.46.a.I - CORPO ESTRANHO MÓVEL

- Faça a vítima fechar os olhos para permitir que as lágrimas lavem e removam o corpo estranho;

Se o processo falhar:

- pegue a pálpebra superior e puxe para baixo, sobre a pálpebra inferior, para deslocar a partícula;

- irrigue o olho com água limpa, de preferência usando conta-gotas;

- peça à vitima para pestanejar;

Se, ainda, assim, não resolver:

- puxe para baixo a pálpebra inferior, revirando para cima a pálpebra superior, conforme ilustração;

- descoberto o corpo estranho, tente retirá-lo com cuidado, tocando-o de leve com a ponta úmida de um lenço limpo.

Se o cisco estiver sobre o globo ocular, não tente retirá-lo. coloque uma compressa ou pano limpo e leve a vítima ao médico.

7.5.46.a.II - CORPO ESTRANHO FIXO

- Proteja o olho afetado com uma gaze ou pano limpo e encaminhe a vítima ao médico ou a um serviço especializado.

IMPORTANTE: NÃO insista na remoção de um corpo estranho quando as medidas tomadas acima não foram satisfatórias; provavelmente se trata de

CORPO ESTRANHO ENCRAVADO no globo ocular.

7.5.46.b - QUEIMADURAS

7.5.46.b.I - POR SUBSTÂNCIAS CORROSIVAS

Ácidos, soda cáustica, cal, cimento e outras substâncias irritantes podem ocasionar lesões graves do globo ocular.

(42)

93

Providências:

- lave com bastante água, ou se possível, com soro fisiológico, de modo lento e continuo, durante 10 a 15 minutos;

- proteja os olhos atingidos com um pano limpo ou uma gaze;

- remova imediatamente o acidentado para um hospital ou serviço especializado.

7.5.46.b.II - POR RADIAÇÕES (olho do arco voltaico, olho do soldador, cegueira da neve)

Sinais:

Nesses casos as perturbações só se manifestam horas após a exposição aos raios.

Geralmente ocorre:

- dor violenta local;

- ardência;

- lacrimejamento;

- vermelhidão dos olhos;

- intolerância à claridade.

Providências:

- Aplique compressas de água gelada sobre os olhos;

- remova imediatamente a vítima para o hospital mais próximo ou serviço especializado.

IMPORTANTE: A compressa gelada alivia a dor e protege os olhos da claridade.

7.5.46.b.III - CONTUSÕES E FERIMENTOS

Lesões aparentemente sem gravidade podem comprometer toda a estrutura do olho.

Providências:

- Faça um curativo protetor, sem comprimir a região afetada;

- encaminhe o acidentado ao médico ou a um serviço especializado.

IMPORTANTE: NÃO aplique colírios ou pomadas sem indicação médica.

O USO correto dos óculos de segurança PREVINE ACIDENTES.

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7.5.47 - CORPOS ESTRANHOS 7.5.47.a - NO OUVIDO

Grão de cereais, contas, botões e pequenos insetos podem penetrar ou serem introduzidos no ouvido.

Providências:

PENETRAÇÃO DE PEQUENOS INSETOS

- Deite a vítima de lado com o ouvido afetado voltado para cima;

- coloque no ouvido 4 gotas de óleo de cozinha;

- mantenha a vítima na mesma posição por 5 a 10 minutos;

- coloque a vítima em posição oposta, facilitando assim o escoamento do óleo e, provavelmente, a saída do inseto;

- procure o médico, se necessário.

INTRODUÇÃO DE PEQUENOS OBJETOS

- Tente removê-los inclinando a cabeça da vítima para baixo e para o lado do ouvido afetado;

- solicite que a vítima execute com firmeza pequenos saltos a fim de provocar a saída do corpo estranho;

- procure o médico, se necessário.

IMPORTANTE: NÃO use qualquer objeto como: pinças, palitos, arames, grampos, etc.

7.5.47.b - NO NARIZ Providências:

- Encha os pulmões de ar pela boca;

- comprima com o dedo a narina não obstruída;

- com a boca fechada, tente expulsar o ar dos pulmões através da narina obstruída;

- procure o médico, caso o corpo estranho não seja eliminado com esta manobra.

IMPORTANTE: NÃO use qualquer objeto como: pinças, palitos, arames, grampos, etc.

7.5.47.c - NA GARGANTA

Moedas, dentes postiços, espinhas de peixe e outros objetos podem ficar presos à garganta.

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Providências:

- Tente remover o corpo estranho com os dedos, cuidadosamente;

- provoque o vômito, tocando com os dedos levemente na garganta;

- incline a vítima para frente e para baixo, batendo firmemente com a mão aberta em suas costas.

Se criança, segure-a pelos pés, com a cabeça para baixo, batendo-lhe nas costas;

- inicie a respiração de socorro, em caso de parada respiratória;

- execute a massagem cardíaca, se a vítima apresenta ausência de pulso e pupilas dilatadas;

- remova a vítima para o hospital mais próximo, se necessário.

7.5.48 - DORES DE OUVIDO Providências:

- levante a cabeça da paciente colocando-a sobre vários travesseiros.

- coloque um saco de água quente ou almofada térmica sobre o ouvido afetado.

PROCURE O MÉDICO.

O tratamento adequado exige diagnóstico seguro, que só o médico pode dar.

IMPORTANTE: NÃO deixe o doente assoar o nariz com força nem fechando uma das narinas. NÃO use gotas, ungüentos ou óleos aquecidos no ouvido, a não ser

que seja receitado pelo médico. DÊ um analgésico comum se tiver à mão.

7.5.49 - DORES DE DENTE 1. Causada por Cáries:

- limpe a cavidade com uma mecha de algodão enrolada num palito;

- encha a cavidade com "cera para dor de dente" e cubra-a com algodão.

NÃO DEIXE A CERA TOCAR NA LÍNGUA OU NAS GENGIVAS:

PODE QUEIMAR.

Outras Causas: (gengivas, maxilares, etc.)

- use um saco de água quente ou de gelo, sobre o rosto, no lado que estiver dolorido.

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Em qualquer coso:

- tomar um analgésico comum traz alívio provisório.

PROCURE O DENTISTA O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL.

7.5.50 - PARTO SÚBITO

Embora o parto seja um ato natural, chame um médico e providencie transporte para um hospital.

Existem, todavia, alguns pontos que devem ser lembrados, caso uma pessoa se encontre diante da emergência de um parto e tenha que prestar auxílios à parturiente, por falta de recursos médicos próximos ou por não ter condições de transportá-la a um hospital.

Providências:

- Deixe a natureza agir. Seja paciente. Espere até que a criança nasça.

- Lave as mãos. Conserve limpo tudo o que cerca a parturiente.

- Durante o parto apenas ampare o corpinho dá criança que nasce.

- Após nascida, proteja a criança, evitando contato com locais sujos ou chão frio e úmido. Mantenha-a com a cabeça ligeiramente abaixada.

- Cubra o recém-nascido a fim de mantê-lo aquecido.

- Caso o bebê não esteja respirando, limpe-lhe rapidamente a boca e o nariz. Coloque-o de cabeça para baixo para facilitar a saída de secreções. Se não respirar, aplique a respiração boca-a-boca. Aja com delicadeza.

- Ferva uma tesoura ou limpe-a com álcool. Faça o mesmo com um barbante ou linha grossa.

- Amarre o barbante ou linha grossa em volte do cordão umbilical, a cerca de 5 cm do bebê (quatro dedos) para interromper a circulação sangüínea no cordão. A seguir, amarre um outro barbante em volta do cordão umbilical, a cerca de 10 cm do bebê. Entre os dois nós deve haver uma distância de 5 cm.

- Corte o cordão umbilical, entre os dois barbantes, usando a tesoura limpa.

- Mantenha mãe e filho agasalhados.

- Segure a criança com cuidado e apenas o necessário.

- Afaste as pessoas do local.

IMPORTANTE: NÃO INTERFIRA no processo do parto.

NAO LAVE a película de cor esbranquiçada que cobre o corpo do recém-nascido. Ela protege a pele.

NENHUMA MEDIDA deverá ser tomada com relação aos olhos, ouvidos, nariz e boca do bebê. Deixe isso por conta do médico, da parteira ou da enfermeira.

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7.5.51 - REMOÇÃO DE ACIDENTADOS

A movimentação ou transporte da vítima do local do acidente para o hospital é tarefa que requer do socorrista o máximo cuidado e correto desempenho para não complicar as lesões existentes.

Antes da remoção:

- Tente controlar a hemorragia;

- Mantenha a respiração;

- Execute a massagem cardíaca, se necessário;

- Imobilize os pontos suspeitos de fraturas;

- Evite ou controle o estado de choque.

A MACA É O MELHOR MEIO DE TRANSPORTE

Pode-se fazer uma boa maca abotoando-se duas camisas ou um peletó em duas varas ou bastões resistentes ou enrolando um cobertor, dobrado em três, em volta de tubos de ferro ou bastões. Ou ainda, usando uma tábua larga, ou porta.

Como levantar a vítima com segurança:

Se o ferido tiver que ser levantado antes de um exame para verificação das

lesões, cada parte de seu corpo deve ser apoiada. O corpo tem que ser mantido sempre em linha reta, não devendo ser curvado.

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Como puxar o ferido para local seguro:

Puxe a vítima pela direção da cabeça ou pelos pés. Nunca pelos lados.

Tenha o cuidado de certificar-se de que a cabeça está protegida Como transportar a vítima:

Ao remover um ferido para um local onde possa ser usada a maca, adote o método de uma, duas ou três pessoas para o transporte da vitima (conforme ilustrações), dependendo do tipo e da gravidade da lesão, da ajuda disponível e do local (escadas, paredes, passagens estreitas etc.).

Os métodos que empregam um ou dois socorristas são ideais para transportar uma pessoa que esteja inconsciente devido a afogamento ou asfixia.

Todavia, não servem para carregar um ferido com suspeita de fraturas ou outras lesões graves. Em tais casos, use sempre o método de três socorristas.

Empregue um dos métodos abaixo, conforme o caso:

1. Transporte de apoio

2. Transporte em "cadeirinha"

3. Transporte em cadeira 4. Transporte em braço 5. Transporte nas costas

6. Transporte pelas extremidades

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Como levantar a vítima do chão sem auxílio de outra pessoa:

Como remover a vítima utilizando cobertor ou semelhante:

Como remover vítima com suspeita de fratura de coluna ou de bacia:

- Use uma superfície dura;

- solicite a ajuda de quatro pessoas para transferir o acidentado para a maca;

- mova a vítima em bloco, todo o corpo ao mesmo tempo, evitando mexer, em separado, a cabeça, o pescoço, o tronco, os braços e as pernas.

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O transporte de acidentados em veículos também merece cuidados.

Oriente o motorista quanto a freadas bruscas e balanços contínuos que poderão agravar o estado da vitima.

Lembre-se de que o excesso de velocidade, longe de apressar o salvamento do acidentado, poderá causar novas vítimas.

Referências

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