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Estud. av. vol.13 número35

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Academic year: 2018

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QUESTÃODA SAÚDE PÚBLICA é o banco de prova de uma política democrática. A saúde é o bem fundamental, o dom da vida. A maneira pela qual a sociedade e, no seu bojo, o aparelho do Esta-do tratam a saúde Esta-dos cidadãos define o grau de civilização de um povo. Essas verdades, tão óbvias que parece retórico lembrá-las, sofrem hoje o contravapor da corrente que Berlinguer chama com razão de fundamen-talismo monetarista.

O processo de conscientização popular que se seguiu à ditadura e culminou na elaboração da Constituição de 88 contemplou com firmeza a necessidade da saúde universalizada. A gratuidade do atendimento, hoje posta em xeque pela ditadura da moeda, não é mais do que a forma justa e racional de redistribuir a renda gerada pelo trabalho de todos os brasileiros.

A formação de uma consciência social entre os trabalhadores em Saú-de e, ao mesmo tempo, o combate pelos direitos Saú-de cidadania nos múltiplos grupos da população geraram um movimento de opinião de que o SUS

(Sistema Único de Saúde) foi o resultado institucional. Trata-se agora de fazer funcionar essa conquista democrática no locus do usuário, que é o seu bairro, a sua rua, o seu quarteirão, a sua casa.

O dossiê deste número abriga não só as dimensões mais gerais da questão (como a globalização e os conceitos de público e privado), mas também as novas experiências de caráter comunitário que levem adiante a proposta de descentralização constante na Carta Magna. O projeto dos muni-cípios saudáveis e as práticas da medicina familiar de Niterói (RJ) e do Pro-jeto Qualis, além de outras experiências em nível local, são sinais promisso-res de uma luta que só nos cabe animar.

A Editoria agradece a colaboração do professor José R. Carvalheiro, diretor do Instituto de Saúde, graças a cujo zelo pela causa da saúde foi pos-sível montar este dossiê, no qual se procurou dar voz às diversas instâncias envolvidas na solução do problema: os usuários, os médicos, os legisladores, as autoridades do governo, os empresários e os estudiosos universitários.

Referências

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