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A IMPORTÂNCIA DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA NA PREVENÇÃO DE DIABETES mellitus TIPO II EM ADOLESCENTES

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Revista Ciências da Saúde e Educação IESGO

A IMPORTÂNCIA DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA NA PREVENÇÃO DE DIABETES mellitus TIPO II EM

ADOLESCENTES

João Vieira de Sousa Netol1 André Luiz Rodrigues Soares Sousa¹

1. Faculdades Integradas IESGO – Formosa, GO, Brasil.

Autor correspondente:

André Luiz Rodrigues Soares Sousa. Faculdades Integradas IESGO- Formosa, GO. Brasil.

Andre.luiz@gmail.com

RESUMO

Os jovens estão cada dia mais sedentários e adquirindo hábitos cada vez piores isto se deve a quantidade excessiva de estímulos que ajudam as crianças a querer ficar mais quietas e não praticar atividades físicas. Os fatores de risco modificáveis para o aparecimento do DM2 são a falta de exercício físico, a obesidade e a alimentação inadequada (GUTTIERRES apud 2008). Dessa forma, cabe aos professores e profissional de educação física, em conjunto com a comunidade escolar trabalhar a conscientização dos alunos no que se refere ao auto cuidado com seu corpo em busca da prevenção de doenças. Esta pesquisa tem como objetivo geral analisar a importância do profissional de educação física na prevenção de diabetes mellitus tipo II em adolescentes. Trata-se de um estudo bibliográfico, descritivo que após uma análise dos índices de DM2 em adolescentes, percebe que cabe uma atenção especial aos adolescentes, pois a característica dessa doença era que a mesma se manifestasse em adultos após os 30 anos de idade devido aos maus hábitos alimentares e o sedentarismo. Portanto, conclui que é importante que o educador auxilie o aluno a adquirir hábitos saudáveis e não manifeste estes somente no momento em que estiver na escola, como também leve para sua vida fora da mesma, auxiliando seus familiares a ingressarem em uma busca pela prática de atividades físicas e alimentação direcionada a prevenção de doenças no intuito de manifestar a busca por uma vida mais saudável.

Palavras-chave: Diabetes Mellitus II. Obesidade. Atividades Físicas. Educação em Saúde

ABSTRACT

Young people are becoming more and more sedentary and acquiring worse and worse habits is due to the excessive amount of stimuli that help the children to want to be quieter and not to practice physical activities. The modifiable risk factors for the onset of DM2 are lack of exercise, obesity and inadequate diet (GUTTIERRES apud 2008). Thus, it is up to the teachers and the physical education professional, together with the school community to work to raise students' awareness regarding self- care with their body in search of disease prevention. This research aims to analyze the importance of the physical education professional in the prevention of diabetes mellitus type II in adolescents. It is a

1 Graduado em Gestão Pública,Pós Graduado em Educação, Diversidade e Cidadania pela Faculdade Educacional da Lapa- PR, ano 2019. joaovieira.neto@seduc.go.gov.br

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descriptive bibliographical study that, after an analysis of the DM2 indices in adolescents, realizes that special attention should be paid to adolescents, since the characteristic of this disease was that it manifested itself in adults after 30 years of age due to poor eating habits and sedentary lifestyle.

Therefore, he concludes that it is important for the educator to help the student to acquire healthy habits and not only manifest these at the moment he is in school, but also to lead his life outside the school, helping his family to embark on a quest for physical activities and feeding directed to the prevention of diseases in order to manifest the search for a healthier life.

Key words: Diabetes Mellitus II. Obesity. Physicalactivities. Health education

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INTRODUÇÃO

A diabetes mellitus tipo I (DM1) por ser relacionada a fatores genéticos, tinha uma prevalência maior em jovens, porém a partir do processo de industrialização, mais especificamente no século XX, a diabetes mellitus tipo II(DM2) em crianças foi se tornando um assunto cada vez mais comum, esta que era evidenciada em adultos após os 30, devido aos maus hábitos, agora é um assunto de grande preocupação e relevância no que se refere as crianças e adolescentes, devido ao seu crescimento significativo e as consequências que este problema pode acarretar aos jovens no decorrer da sua vida. “Atualmente a DM é uma doença de epidemia mundial, e sua prevalência esta aumentando exponencialmente em todo o mundo e também no Brasil” (SILVA et al., 2014 apud SERAFINI, 2016, p.17).

Essa pesquisa justifica-se pela relevância em discutir meios para prevenção da diabetes mellitus tipo II em adolescentes, expondo essa problemática que é algo recorrente na atualidade. É consenso que os jovens estão cada dia mais sedentários e adquirindo hábitos cada vez piores, um dos fatores que colaboram para isso é a quantidade excessiva de estímulos tecnológicos que as crianças tem acesso.

Os fatores de risco modificáveis para o aparecimento do DM2 são a falta de exercício físico, a obesidade e a alimentação inadequada (GUTTIERRES apud 2008). Conforme Goebel (2013) et., al Souza Teixeira (2006) a prática de exercícios físicos com orientação e prescrição individualizada e por um profissional especifico é uma das formas de tratamento não medicamentoso para o diabetes. Na prevenção das doenças que se associa a obesidade infantil, estudos epidemiológicos têm confirmado que a atividade física pode intervir auxiliando na perda de peso, leva à melhora dessas doenças, reduzindo os fatores de risco e a mortalidade (PEREIRA, 2009, BARUKI, 2006 apud MOREIRA 2014 p. 60). O profissional de educação física, como docente tem um papel fundamental no que se refere a influenciar positivamente os adolescentes a ter hábitos saudáveis, tendo como base a prática regular de atividade física, evitando assim o sedentarismo, como também orientá-los a ter uma alimentação saudável levando em consideração os benefícios das mudanças de hábitos para a qualidade de vida e a prevenção de doenças e também a obesidade.

A educação em diabetes deve se estender aos familiares, um trabalho em equipe, garantindo o envolvimento da maioria das relações no ambiente familiar a fim de promover a construção dos novos hábitos e comportamentos adquiridos para toda a família. Nesse sentido a escola tem como papel mediador para desenvolver atividades, campanhas de conscientização, buscando parceria com as famílias e profissionais da saúde, com o intuito de

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levar do ambiente escolar o esclarecimento sobre os malefícios decorrentes do sedentarismo e da alimentação inadequada, como também o autoconhecimento do seu próprio corpo por parte dos alunos, passando para seus familiares e assim se faz uma educação continuada.

Esta pesquisa tem como objetivo geral analisar a importância do profissional de educação física na prevenção de diabetes mellitus tipo II em adolescentes.

Além disso, o estudo tem como objetivos específicos atualizar o conhecimento dos profissionais acerca da influência das atividades físicas na vida dos alunos e expor sobre a construção dos hábitos alimentares com o auxilio do contexto familiar, escolar e social.

A metodologia utilizada nesta pesquisa trata-se de um estudo bibliográfico descritivo.

O referencial apresentado, buscou informações em artigos científicos, revistas, monografias e livros, todos disponíveis em meio virtual e biblioteca acadêmica, sendo analisados e discutidos.

Quanto à organização, o presente trabalho está estruturado da seguinte forma: no primeiro tópico, aborda a relação que a DM tem com a alimentação inadequada, um fator que é agravante na prevalência do desenvolvimento da mesma. No segundo tópico é apresentado informações atualizadas, essas que foram encontradas em diversas literaturas, servirá de ferramenta de atualização do conhecimento para os profissionais de educação fisica acerca da importância da educação fisica escolar como prevenção da DM2 nos adolecescentes no ambiente escolar, pois educação física assume um papel de grande importância no que diz respeito à busca para a qualidade de vida do ser humano, e com isso cabe o profissional orientar a adoção de bons hábitos aos alunos, especificamente crianças e adolescentes, buscando atuar de forma a buscar prevenção da (DM2).

METODOLOGIA

O referencial apresentado neste estudo às informações foram obtidas através de pesquisas em artigos científicos, revistas, monografias, livros, todos disponíveis em meio virtual e biblioteca acadêmica.

Trata-se de um estudo bibliográfico, descritivo, com um levantamento do determinado tema, processados em bases de dados nacionais ou internacionais, onde contenha artigos de revistas, livros, teses ou outros documentos (NEVES 2013). A coleta de dados foi realizada no período de 05de maio a 02 de Julho de 2019, e utilizou-se para a pesquisa, sites como Google acadêmico, Scielo, Revistas Academicas, buscando artigos em português sobre a influência do exercício físico para a prevenção de diabetes melitus tipo II em adolescentes.

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Foram incluídos neste estudo, artigos que apresentassem descritores como: Educação em Saúde, Prevenção de Diabetes Mellitus, Atividades Físicas, Influência das Aulas de Educação Fisica na Prevenção de Diabetes Mellitus e também as suas combinações e variantes em inglês.

DESENVOLVIMENTO

RELAÇÃO DA DIABETES MELITTUS E OS MÁS HABITOS ALIMENTARES

Diabetes mellitus é uma doença crônica e sua prevalência está aumentando de forma exponencial, adquirindo características epidêmicas em vários países, particularmente naqueles em desenvolvimento(SARTORELLI, 2003; et.,al SBD,2002; apud MOREIRA 2009, p.111).

Conforme Moreira (2009), nos Estados Unidos há uma incidência de diabetes diagnosticado no período de (1997 a 2003) teve um aumento de 40%. Segundo a estimativa da OMS, ocorrerá uma projeção de um aumento significativo da diabetes nos indivíduos até 2030. “No Brasil, onde a ocorrência do diabetes é de 5,2% da população em indivíduos com mais 18 anos (SILVA et al., 2014 apud SERAFINI, 2016, p.17).

Segundo Oliveira et al., (2004 p. 239)

Até alguns anos atrás, o diabetes tipo 2 era uma doença encontrada mais no adulto; no entanto, nos últimos anos tem se verificado um aumento da prevalência desta doença em crianças e adolescentes. Neste sentido, deve-se enfatizar que o diabetes tipo II tem contribuído com mais de 30% dos novos casos de diabetes, mostrando uma possível relação do aumento da prevalência de obesidade infantil com o desenvolvimento desta doença.

Doenças relacionadas ao mau hábito alimentar e sedentarismo, pode-se citar a diabetes mellitus tipo II, (DM2) esta que se desenvolve a partir do excesso de gordura acumulada na região abdominal, daí a relação entre diabetes mellitus tipo II e obesidade.

Segundo Zimmet (1992) apud Gabbay (2003 p. 202).“O Diabetes Melittus tipo II (DM2), se caracteriza pela combinação de resistência a ação da insulina e da incapacidade da célula beta em manter a secreção de insulina adequada”. Continuadno com Gabbay (2003) a idade de maior incidência de DM2 é a do jovem com uma faixa etária apartir dos 13 anos, esta que nos tempos atrás não era tão comum em crianças, após a industrialização, mais precisamente no século XX, começou a se destacar, principalmente a partir dos 13 anos de idade, devido ao excesso de estímulos alimentares, influenciados pela propaganda excessiva

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que mostram como algo maravilhoso os fastfoods, não enfatizando que seu excesso causa malefícios para a saúde, como também o sedentarismo. Juntos causam problemas que podem perduram pela vida adulta.

A ingestão de alimentos com alto teor de açúcar, gorduras e sal tem se tornado cada vez mais comum entre a população, principalmente entre os jovens (ZAVATINI e ABRAHÂO, 2014, p.3). A DM2, tendo relação com maus hábitos alimentares e o sedentarismo traz como principais consequências:

[...] Na diabetes tipo II, destacam-se a urina em excesso, menstruação irregular, fadigas, recuperação lenta de cortes e arranhões, secura na boca, câimbras nas pernas, pés e dedos. Além disso, a diabetes pode ser fator de risco para o desenvolvimento de câncer no pâncreas, doenças renais e problemas de circulação sanguínea. O tratamento da diabetes tipo II pode se concentrar em mudanças no estilo de vida. (ADA, 2014 apud GONÇALVES, 2015 p. 45).

A má alimentação pode atrapalhar o desenvolvimento das crianças, físico e psicológico, acarretando em prejuízos para o aprendizado dos alunos, “Sendo assim, os hábitos alimentares assumem importante papel, porque são estabelecidos durante a infância, consolidados na adolescência”(CAROLI e LAGRAVINESE, 2002 apud BRASIL, 2008, p.10).

É papel de a escola capacitar os profissionais para tomar decisões a partir do que é aprendido. Porém, percebe-se que assuntos relacionados à alimentação equilibrada e seus benefícios são pouco explorados no ambiente escolar, mas tendo o profissional de educação física com um papel fundamental na importância de incentivo dos bons hábitos, pois não basta somente a prática de exercícios físicos se esta não for conjunta à alimentação saudável (RAZUK et.,al 2011).

Por serem medidas tão simples para prevenir a DM2 que serve de base para o aparecimento de doenças que causam grandes malefícios ao indivíduo, é importante a realização desde o momento de formação do indivíduo em conjunto com um trabalho pedagógico direcionado aos cuidados com o público alvo, trazendo à responsabilidade dos pais no que concerne a levar seus filhos a prática regular de exercícios físicos e a busca de uma alimentação saudável, que vise à diminuição dos índices de gordura e do sedentarismo.

[...] crescem o número de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) como obesidade infantil, diabetes tipo II, doenças cardiovasculares e câncer, devido à alimentação inadequada e sedentarismo. Essas DCNT são consideradas a principal causa de mortes entre adultos. Sendo assim, a educação nutricional ganha dimensões importantes, pois reduz o risco de as mesmas se manifestarem na maturidade, sendo capaz de modificar esses comportamentos ainda na infância, induzindo a criança a

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fazer escolhas corretas que contribuam coma saúde (DAVANÇO; TADDEI;

GAGLIANONE, 2004 apud SOARES, 2009, p. 180 ).

A diabetes, por se tratar de uma doença crônica não transmissível (DCNT) não existe um tratamento que ofereça a cura, porém, ao adquirir uma alimentação saudável haverá mudanças significativas e no entanto, para que consiga um controle desta doença, requer vários fatores além da vontade do indivíduo, já que os fatores sociais de desigualdade contribuem significativamente para a má alimentação e na escola não seja tão diferente, pois apesar da escola ser obrigada a dispor de uma nutricionista, a alimentação não seja tão adequado às necessidades nutricionais, pois não depende somente da mesma e sim de verbas que ela recebe para o alimento de todos.

Conforme Goebel (2013) et, al Souza Teixeira (2006) a prática de exercícios físicos com orientação e prescrição individualizada e por um profissional especifico é uma das formas de tratamento não medicamentoso para o diabetes.

O principal objetivo do tratamento é o controle da doença e a recorrência de sintomas. No caso da diabete, o principal objetivo do tratamento é o controle glicêmico por meio de mudanças no estilo (e.g., mudanças da dieta, alterações no estilo de vida, realização de exercícios físicos com regularidade) (GONÇALVES, 2014 et al p.3).

Conforme ADA (2014) apud GONÇALVES (2014 p. 46) “O tratamento da diabetes tipo II pode se concentrar em mudanças no estilo de vida”. Mas para que o tratamento seja considerado efetivo, diversas mudanças tem que acontecer no cotidiano sendo não apenas do cliente, mas também nos demais familiares (GONÇALVES 2014).

Segundo as Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes (2014; 2015 p. 257)

A educação em diabetes é a principal ferramenta para a garantia desse autocuidado, permitindo o autocontrole por parte do paciente. A educação em diabetes deve se estender aos familiares e/ou cuidadores, para garantir o envolvimento da maioria das relações do paciente e promover a manutenção dos novos hábito e comportamentos adquiridos.

A DM2 pode se concentrar em mudanças no estilo de vida, os possíveis efeitos do exercício para os adolescentes é importantíssimo, pois alguns estudos reforçam a importância de programas de exercício em longo prazo, pois quando há estimulo de atividades e mudanças de hábitos alimentares, pode assim prevenir e tratar esse comum distúrbio metabólico e suas complicações futuras.

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EDUCAÇÃO FÍSICA NO AMBIENTE ESCOLAR PARA PREVENÇÃO DE DIABETES

A educação física assume um papel de grande importância no que diz respeito à busca de bons hábitos para a qualidade de vida do ser humano.

Conforme a American Collegeof Sports Medicine e American Diabetes Association, (2000 p. 20):

Há muitas evidências apoiando a hipótese de que o exercício, entre outros tipos de tratamento, pode ser útil na prevenção ou no retardo das manifestações clínicas do diabetes tipo II. Atualmente, um estudo prospectivo e randomizado do Instituto Nacional de Saúde Norte-Americano está sendo conduzido para esclarecer a factibilidade dessa abordagem.

Os jovens estão cada dia mais sedentários e adquirindo hábitos cada vez piores isto se deve a quantidade excessiva de estímulos que ajudam as crianças a querer ficar mais quietas e não praticar atividades físicas.

Segundo Pereira, (2009) e Baruki, (2006) a atividade física pode intervir, um instrumento terapêutico na prevenção das doenças que se associa a obesidade infantil.

“Muitos estudos epidemiológicos têm confirmado que a perda de peso leva à melhora dessas doenças, reduzindo os fatores de risco e a mortalidade” (MELO, 2011, p 1).

Uma alimentação inadequada aliada a não prática de exercícios ocasionam o surgimento de doenças que se manifestam cada vez mais precoce. Pela escola ser um local de interação social, cultural e de aprendizagem de várias áreas do conhecimento humano, esta possui um dever para com as pessoas dentro do ambiente escolar de realizar a promoção da saúde.

Esta promoção se dá mostrando a importância aos alunos do autoconhecimento e o cuidado com o seu corpo para que não adquira doenças como a diabetes mellitus tipo II, esta que pode ser evitada adquirindo hábitos saudáveis no decorrer da sua vida.

A prática regular de atividade física é fundamental na adoção de hábitos de vida mais saudáveis e no controle do DM. Tanto a atividade física, quanto o exercício físico aumentam a captação de glicose pelo tecido muscular por mecanismos independentes daqueles mediados pela insulina. O exercício físico regular melhora o controle glicêmico, diminui os fatores de risco para doença coronariana, contribui para a perda de peso, melhora o bem-estar, além de prevenir DM tipo II em indivíduos de alto risco. (BRASÍLIA,2013, p.129)

De acordo com as idéias citadas pelo autor, nota-se uma diferença significativa entre atividades e exercício físico. Ambos de suma importância no desenvolvimento desta

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promoção de saúde, visto que a junção das duas é o mais completo para o bem estar dos alunos, estes que estão em fase de aprendizagem e formação de caráter, sendo assim com o auxílio do professor, este começam a ter consciência que cuidar do seu corpo é um dever individual e os cuidados tomados influenciaram positivamente ou negativamente nos resultados adquiridos no decorrer de sua vida.

As aulas de educação física tem um papel decisivo para a conscientização dos educandos a cerca das DCNTS, sendo que o educador transmite a necessidade da qualidade de vida para a perfeita harmonia do organismo preservando a saúde do educando .

Portanto segundo Cahliet al, (2013 p.134) afirma que:

É papel da educação física escolar criar e aplicar programas de prevenção e tratamento da saúde. Além de prescrever e acompanhar a prática de exercícios físicos e desportivos, o professor de educação física pode conscientizar seus alunos não apenas sobre os benefícios de uma vida ativa fisicamente, como também sobre outros componentes ambientais favoráveis à vida. O professor de educação física escolar tem um papel crucial no controle da síndrome metabólica e de outras desordens crônicas e é um elemento essencial à saúde coletiva e pública.

Sendo atualmente conhecida que a má alimentação e o sedentarismo aliado ao excesso de peso se tornando um fator agravante para o desenvolvimento da DM2.“Nos últimos anos, tem-se observado um aumento crescente na prevalência do DM2 entre jovens. Anteriormente, essa forma correspondia a 1-2% dos casos de diabetes na juventude”(GABBAY, 2003 p.

202). “As complicações geradas pelo sedentarismo são diversas e há inúmeras evidências de que ainatividade física na infância e juventude determina o surgimento de doenças” (CAHLI et., al, 2013 p.132).

De acordo com os dados apresentados pelos autores acima, pode-se entender que a educação física na escola ajuda os indivíduos a cuidar e promover o seu bem estar. Assim, as aulas deixam de ter fins somente pedagógicos e adquirem um formato muito além das práticas curriculares, voltada para o ensino do aluno a entender as suas limitações e cuidar do seu próprio corpo, adquirindo hábitos saudáveis no decorrer de seu cotidiano.

No ambiente escolar, o educando recebe orientações no que se refere à saúde e são estimulados a praticar atividade física dentro da escola, porém é necessário uma sensibilização por parte do professor para que este seja realizado também fora da escola, para que os estudantes busquem uma vida saudável sem os efeitos negativos da diabetes mellitus tipo II.

Cahli et., al, (2013) afirma, que a educação física escolar deve ser considerada uma importante ferramenta a favor da educação em saúde, cultivação de hábitos saudáveis e

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promoção do ser humano, assim contribuindo para um estilo de vida ativo.“A educação física escolar possui grande potencial para o trabalho de diversos aspectos relevantes voltados à promoção e educação em saúde, através de seu curso, conteúdos e métodos de ensino”

(DAMIÃO 2011 apud CAHLI et., al, 2013 p.127).

Assim, entende-se que educação física e saúde devem andar juntas visando à prevenção de doenças, visto que a indiferença da escola diante desses problemas acarreta dificuldades no tratamento e prevenção da diabetes mellitus tipo II, já que as práticas constantes de atividades físicas aliadas à alimentação saudável ocasionam a diminuição da massa gorda esta que é tão prejudicial para o ser humano.

Em 1986 segundo Buss (2010, n.p) acontenceu a:

A Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde, realizada em Ottawa, no Canadá, que estabeleceu uma série de princípios éticos e políticos, definindo os campos de ação. De acordo com o documento, promoção da saúde é o “processo de capacitação da comunidade para atuar na melhoria da sua qualidade de vida e saúde, incluindo maior participação no controle desse processo”. (BUSS, 2010, n.p).

Participação esta é importante se estender aos familiares, a educação em diabetes um trabalho em equipe,que visa garantir o envolvimento da maioria das relações no ambiente familiar a fim de promover a manutenção dos novos hábitos e comportamentos adquiridos para toda a família, nesse sentido a escola tem como papel mediador para desenvolver atividades, campanhas de conscientização, buscando parceria com as famílias e profissionais da saúde, com o intuito de levar do ambiente escolar o esclarecimento sobre os malefícios decorrentes do sedentarismo e da alimentação inadequada, como também o autoconhecimento do seu próprio corpo por parte dos alunos passando para seus familiares,e assim se faz uma educação continuada.

Por isso a necessidade de conscientização por parte das escolas, através dos profissionais de educação física, espera se que os educandos se alimentem melhor e pratiquem regularmente atividade física para que seja prevenida a ocorrência da diabete mellitos tipo II em questão, como também de outras doenças ocasionadas pelo mau hábito da vida cotidiana, decorrida de um acúmulo de facilidades, que acarretam ao sedentarismo e alimentação inadequada, exemplificada pelos fast food.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

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Para se atingir uma compreensão acerca da diabetes mellitus tipo II é relevante discutir meios para prevenção da diabetes DM2 em adolescentes, foi definido como objetivo geral analisar a importância do profissional de educação física na prevenção de DM2 em adolescentes, uma analise descritiva que teve como base em referenciais teóricos que tratava sobre prevalência desta patologia em crianças e adolescentes e como objetivo específico atualizar o conhecimento dos profissionais, como e de que forma atividades físicas influência na vida dos alunos.

Este trabalho possibilitou entender que promover a saúde é um dever da escola e é de suma importância que o profissional de educação física abrace essa causa, tendo como base o valor de aulas bem planejadas para que o aluno atinja uma saúde de mais qualidade.

Na escola, no contexto atual não é somente trabalhar conteúdos pedagógicos, mas em conjunto com a família, pois profissionais de educação física e saúde deve servir como auxílio para que então ocorra à promoção de saúde dos educandos, estes que passam uma parte significativa da sua vida na mesma.

Dessa forma, cabe aos professores e profissional de educação física, em conjunto com a comunidade escolar trabalhar a conscientização dos alunos no que se refere ao auto cuidado com seu corpo em busca da prevenção de doenças é importante que o educador auxilie o aluno a adquirir hábitos saudáveis e não manifeste estes somente no momento em que estiver na escola, como também leve para sua vida fora da mesma, auxiliando seus familiares a ingressarem em uma busca pela prática de atividades físicas e alimentação direcionada a prevenção de doenças no intuito de manifestar a busca por uma vida mais saudável.

Conforme esse estudo, compreende-se que a diabete mellitus tipo II, pode ser prevenido com a adequação de bons hábitos no decorrer da vida, e este trabalho de conscientização pode ser realizado utilizando-se de meios de fácil acesso e que influencie positivamente na vida dos alunos, sendo então os educandos promotores de saúde dentro de suas casas, pois levaram consigo as informações que aprenderam na escola, mudando os hábitos também familiares assim o trabalho conjunto da comunidade escolar acarreta em resultados positivos para todos os envolvidos no processo ensino-aprendizagem.

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