Live de Aquecimento - O passo a passo da Audiência de Alimentos (pensão, exoneração e revisão)
1. Considerações Iniciais
1.1. TEMA DA LIVE:
1.1.1. O passo a passo da Audiência de Alimentos
1.2. 1) Esta é uma Live de Aquecimento da Maratona Expert em Audiências que vai acontecer de 19 a 25 de outubro
1.2.1. Quem ainda não está inscrito, clica no link seguinte e faz a sua inscrição (quem está no Youtube pode clicar no Link que está na descrição do vídeo):
1.2.1.1. MARATONA EXPERT EM AUDIÊNCIAS
Link: https://expertemaudiencias.com.br/8ws-inscricao 1.3. 2) Teremos Lives de Aquecimento todo dia, às 10:30 horas
1.3.1. Alarme no seu celular
1.3.1.1. Para saber o assunto das próximas aulas, acesse o link seguinte:
1.3.1.1.1. Maratona Expert em Audiências
Link: http://www.expertemaudiencias.com.br/lives 1.4. 3) Tudo o que será dito está no Mapa Mental
1.4.1. Como ter acesso ao Mapa Mental?
1.4.1.1. Só se inscrever na Maratona e entrar no Canal do Telegram
1.4.1.1.1. O link de inscrição está cima e na descrição do vídeo.
1.5. 4) Teste seu nível de preparação para a sala de audiências 1.5.1. {{(ngMeta.title)? ngMeta.title : 'Bucket.io'}}
Link:
https://testeseunivel.expertemaudiencias.com.br/sf/69440bd9
2. Porque falar sobre audiências?
2.1. 1) Porque é o ponto mais importante do processo 2.1.1. Não adianta ter direito e não provar
2.2. 2) Porque é onde não se pode errar
2.2.1. O cliente está te analisando e vai espalhar se você errar 2.3. 3) Porque é onde damos menos atenção durante a graduação
2.3.1. A grande maioria sequer tem a oportunidade de viver a sala de audiências durante a graduação
2.4. 4) A audiência, para muita gente, é como um QUARTO ESCURO
2.4.1. MOVIMENTO: Troque o medo da audiência pela Luz do conhecimento
2.4.1.1. #queroaluzdoconhecimento
3. Objetivo da Aula
3.1. Transmitir tudo, absolutamente tudo o que pode acontecer em uma audiência da Ação de Alimentos - tudo sobre a teoria e, principalmente, sobre a PRÁTICA
3.1.1. Mas o que é tudo?
3.1.1.1. Pra que serve?
3.1.1.2. Qual é o procedimento?
3.1.1.3. Quais provas devem ser feitas 3.1.1.4. O que o juiz espera das partes
3.1.1.5. Como tudo vai acontecer na prática 3.1.1.6. Etc
4. Procedimento Comum X Procedimento Especial
4.1. PROCEDIMENTO ESPECIAL
4.1.1. Art. 318 do CPC e Lei 5.478/64
4.1.1.1. Mas quando eu posso usar esse rito especial da ação de alimentos
4.1.1.1.1. Alimentos decorrente do parentesco (filho X pai)
4.1.1.1.2. Alimentos decorrente do casamento 4.1.1.1.3. Alimentos decorrente de ato ilícito
4.1.1.1.4. Audiência Especial de Conciliação e Julgamento
5. Para que serve essa audiência na prática?
5.1. Primeiro: para se tentar a conciliação
5.1.1. Primeira dica prática: converse muito sobre acordo com o cliente. Leve várias propostas. O juiz gosta de ver a
disposição da parte em fazer acordo 5.2. Segundo: para a colheita da prova oral
5.2.1. É uma audiência UNA, com todos os atos condensados, para que o processo possa terminar mais rápido
6. Quem deve comparecer na audiência?
6.1. Obrigatoriamente, devem comparecer o autor e o réu 6.1.1. O não comparecimento do autor acarreta o
arquivamento do pedido
6.1.1.1. Mesmo que o advogado compareça, tal não impede o arquivamento
6.1.1.1.1. Existe divergência na jurisprudência, então procure sempre comparecer.
6.1.2. O não comparecimento do réu acarreta a revelia e
confissão quanto à matéria de fato
6.1.2.1. Mesmo que o advogado compareça e apresente contestação, tal não impede a revelia e a confissão.
6.1.2.1.1. Existe divergência na jurisprudência, então procure sempre comparecer.
6.2. A lei fala que as partes devem comparecer,
independentemente da intimação de seus representantes (art. 6, da Lei 5.478/68)
6.2.1. Então, como advogado, esteja atento e peça para o seu cliente te avisar sobre a audiência. Pode ser que você não seja intimado pelo Diário Oficial.
6.3. TESTEMUNHAS
6.3.1. a lei de alimentos fala que o autor deve LEVAR suas testemunhas na audiência, não havendo obrigação de arrola- las previamente, salvo se houver determinação expressa nesse sentido pelo juiz. Você não precisa indicar as testemunhas na inicial.
6.3.1.1. Dica prática: se você não apresentar previamente o seu rol de testemunhas, dificultará o trabalho da parte
contrária na apresentação de contradita
6.3.2. da mesma forma, o réu deve LEVAR suas testemunhas na audiência.
6.3.2.1. Se houver qualquer dificuldade para combinar com a testemunha, o advogado deve fazer a intimação da
mesma, na forma prevista no art. 455 do CPC (enviar AR e comprovar 3 dias antes). Isso vale para o autor e para o réu.
6.3.3. Dica prática: como você só vai conhecer o rol de
testemunhas da parte contrária no dia da audiência, será difícil procurar provas antecipadamente sobre a contradita.
6.3.3.1. Então, converse bastante com seu cliente, principalmente no momento em que vocês estiverem
esperando para entrar na sala. Lá ele poderá ver as pessoas presentes e te falar se alguma delas é parente ou amigo da outra parte.
6.3.3.1.1. E se houver algum amigo ou parente, você
pode alegar a contradita e pedir ao juiz que lhe conceda a oportunidade de provar em outra audiência. Ponto bem polêmico, mas deve prevalecer a ampla defesa.
6.3.4. A lei fala que o número máximo de testemunhas é três!
Diferente do procedimento comum que é 10, sendo 3 para cada fato. Então, esteja atento.
6.3.4.1. Se a parte contrária arrolar mais de 3 testemunhas, impugne.
7. Qual é o Procedimento (a sequência dos atos na audiência)
7.1. 1) O juiz lê a petição inicial (na prática, faz um resumo dela) e a resposta, se já tiver sido apresentada; ouve as partes e o MP e PROPÕE A CONCILIAÇÃO.
7.1.1. o Juiz pode dispensar a leitura das peças e ir logo para a tentativa de conciliação (na prática é isso o que geralmente acontece)
7.2. 2) Se houver acordo, o juiz lavra o termo e colhe a assinatura das partes
7.3. 3) Não havendo acordo, o juiz dá a oportunidade para o réu apresentar contestação, se não houver sido assinalado prazo diferente.
7.4. 4) Apresentada a contestação, o Juiz começa a colheita da prova oral.
7.4.1. primeiro colhe o depoimento pessoal das partes 7.4.1.1. depois ouve as testemunhas
7.4.1.1.1. depois ouve os peritos, se houver
7.4.1.1.1.1. A Lei de Alimentos fala que o juiz pode julgar dispensando toda essa colheita de provas, se as partes concordarem. Então, para que isso ocorra,
precisa da concordância de todas as partes. Fique atento
7.5. 5) Terminada a instrução, poderão as partes e o MP aduzirem Alegações Finais, em prazo não excedente a 10 minutos para cada um.
7.5.1. O que falar nessas alegações finais? Explorar a prova produzida. Não perca tempo com questões jurídicas.
7.6. 6) Em seguida o Juiz irá renovar a proposta de conciliação.
Caso não seja aceita, irá ditar a sentença.
7.6.1. Mas e se o juiz não prolatar a sentença no ato, há o que fazer? Infelizmente não. Apenas reclamação funcional. Não há algum recurso jurídico.
7.6.2. Se vc viu que a prova foi ruim pra vc, alerte seu cliente e faça acordo nesse momento. Fique atento para que o Juiz não pule essa etapa,
8. Mas que prova eu devo fazer?
8.1. Isso depende de quem você representa na ação.
8.1.1. Quem pede alimentos
8.1.1.1. provar a obrigação alimentar
8.1.1.1.1. PROVA DOCUMENTAL: certidão de nascimento, casamento, etc
8.1.1.1.1.1. posso provar a relação por testemunhas?
8.1.1.2. provar a necessidade 8.1.1.2.1. Como?
8.1.1.2.1.1. testemunhas que mostrem que a um pai, sozinho, não consegue arcar com as despesas
8.1.1.3. provar a capacidade do réu de pagar o que foi pedido
8.1.1.3.1. Como?
8.1.1.3.1.1. Tudo depende da contestação
8.1.1.3.1.1.1. Alegou que ele ganha 10 mil e ele simplesmente negou
8.1.1.3.1.1.1.1. Você deve provar
8.1.1.3.1.1.1.1.1. Ofício ao empregador 8.1.1.3.1.1.1.1.1.1. pedir na inicial 8.1.1.3.1.1.1.1.2. Receita Federal
8.1.1.3.1.1.1.1.2.1. pedir na inicial 8.1.1.3.1.1.1.1.3. Registro de Imóveis
8.1.1.3.1.1.1.1.3.1. pedir na inicial 8.1.1.3.1.1.1.1.4. Extratos bancários no BacenJud
8.1.1.3.1.1.1.1.4.1. pedir na inicial
8.1.1.3.1.1.1.1.5. Autônomo: testemunhas que exercem a mesma função
8.1.1.3.1.1.1.1.6. Fotografias em rede social evidenciando boa qualidade de vida (viagens, carros, festas e etc)
8.1.1.3.1.1.2. Alegou que ele ganha 10 mil e ele disse que ganha 5 mil
8.1.1.3.1.1.2.1. Você pode fazer a prova
8.1.1.3.1.1.2.2. Ele tem que provar que ganha 5 mil
8.1.2. Quem é demandado na ação
8.1.2.1. provar que não pode pagar a pensão, sem prejuízo de seu sustento
8.1.2.1.1. Como?
8.1.2.1.1.1. comprovante de quanto ganha e de todas as despesas que tem
8.1.2.1.1.2. testemunhas que mostrem que ele passa necessidade
9. Observações importantes
9.1. 1) A audiência é una. Mas se não for possível concluí-la no mesmo dia, o juiz pode marcar a continuação para outra data, independentemente de nova intimação
9.2. 2) Se você for intimado para a audiência e não comparecer, o juiz irá prolatar a sentença e você será considerado intimado (art.
12, da lei 5.478/68)
9.3. 3) Esse procedimento também se aplica às ações de nulidade e anulação de casamento, bem como à ação de revisão de
alimentos e respectivas execuções, no que couber (art. 13, da Lei 5.478/68)
9.4. 4) Como advogado do autor, faça todos os requerimentos de produção de prova na petição inicial, em especial pedido de
remessa de ofício (para descobrir salário, conta bancária e etc).
9.5. 5) Em 90% dos casos essa ação termina em acordo. Então, esteja muito bem preparado para transigir. Aplique todas as técnicas pertinentes. Ver aula sobre audiência de conciliação do procedimento comum.
9.5.1. O juiz gosta de ver a disposição da parte em realizar acordo.
9.5.1.1. Tenha sempre bom senso em suas propostas.
Mostre que o valor pedido bate com as necessidades do alimentando, se for o caso.
9.5.1.1.1. Mostre que o valor proposto é o que realmente está dentro das possibilidades do alimentante.
9.6. 6) Nenhum juiz gosta de ver um pai com má vontade de pagar pensão a um filho. Nunca deixe seu cliente dizer: "...é o que dá pra pagar...."...."quero que a mão preste contas do valor..." etc.
10. Este mapa é de autoria do Prof. José Andrade
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10.3.1.1. O passo a passo da Audiência de Alimentos (pensão, exoneração e revisão)
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