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Presidente: Franco FRATTINI Ministro dos Negócios Estrangeiros da República Italiana

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14500/03 (Presse 321)

2541.ª sessão do Conselho

– Relações Externas * –

Bruxelas, 17 de Novembro de 2003

Presidente: Franco FRATTINI

Ministro dos Negócios Estrangeiros da República Italiana

* A 2540.ª sessão do Conselho (Assuntos Gerais) é objecto de um comunicado à imprensa separado (14486/03 Presse 319)

(2)

ÍNDICE 1

PARTICIPANTES... 3

PONTOS DEBATIDOS POLÍTICA EUROPEIA DE SEGURANÇA E DEFESA ... 6

– CONCLUSÕES DO CONSELHO SOBRE A PESD, INCLUINDO A AGÊNCIA NO DOMÍNIO DO DESENVOLVIMENTO DAS CAPACIDADES DE DEFESA, DA INVESTIGAÇÃO, DA AQUISIÇÃO E DO ARMAMENTO ... 6

– RELATÓRIO SOBRE A AGÊNCIA NO DOMÍNIO DO DESENVOLVIMENTO DAS CAPACIDADES DE DEFESA, DA INVESTIGAÇÃO, DA AQUISIÇÃO E DO ARMAMENTO... 10

IRAQUE – Conclusões do Conselho... 16

BALCÃS OCIDENTAIS – Conclusões do Conselho ... 17

SEGUIMENTO DA CIMEIRA UE-RÚSSIA ... 18

MÉDIO ORIENTE ... 19

IRÃO... 19

ARMAS DE DESTRUIÇÃO MACIÇA – Conclusões do Conselho ... 19

RELAÇÕES UE-ÁFRICA... 20

– CONCLUSÕES DO CONSELHO... 20

– GUINÉ – BISSAU ... 21

– REGIÃO DOS GRANDES LAGOS... 21

CRIAÇÃO DE UM MECANISMO DE APOIO À PAZ EM ÁFRICA... 21

– DECLARAÇÃO DA COMISSÃO E DO CONSELHO SOBRE UM MECANISMO DE APOIO À PAZ EM ÁFRICA... 21

POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO E AJUDA EXTERNA – Conclusões do Conselho... 22

GOVERNAÇÃO E DESENVOLVIMENTO – Conclusões do Conselho ... 25

PRODUÇÃO DE ALGODÃO EM ÁFRICA... 28

DIVERSOS ... 29

– AFEGANISTÃO – Conclusões do Conselho... 29

– OSCE... 30

1 ▪ Nos casos em que tenham sido formalmente aprovadas pelo Conselho declarações, conclusões ou resoluções, o facto é indicado no título do ponto em questão e o texto está colocado entre aspas.

▪ Os documentos cuja referência se menciona no texto estão acessíveis no sítio Internet do Conselho http://ue.eu.int.

▪ Os actos aprovados que são objecto de declarações para a acta que podem ser facultadas ao público vão assinalados por um asterisco; estas declarações estão disponíveis no sítio Internet do Conselho acima mencionado ou podem ser obtidas junto do Serviço de Imprensa.

(3)

PARTICIPANTES

Os Governos dos Estados-Membros e a Comissão Europeia estiveram representados do seguinte modo:

Bélgica

Louis Michel Vice-Primeiro-Ministro e Ministro dos Negócios Estrangeiros

André FLAHAUT Ministro da Defesa

Marc VERWILGHEN Ministro da Cooperação e Desenvolvimento

Dinamarca

Per Stig MØLLER Ministro dos Negócios Estrangeiros

Svend Aage JENSBY Ministro da Defesa

Carsten STAUR Secretário de Estado para o Desenvolvimento, Ministério dos Negócios Estrangeiros

Alemanha

Erich STATHER Secretário de Estado, Ministério Federal da Cooperação

Económica e do Desenvolvimento

Klaus SCHARIOTH Secretário de Estado, Ministério Federal dos Negócios Estrangeiros

Peter EICKENBOOM Secretário de Estado, Ministério Federal da Defesa Grécia

Giorgios PAPANDREOU Ministro dos Negócios Estrangeiros

Giannos PAPANTONIOU Ministro da Defesa

Anastasios GIANNITSIS Ministro-Adjunto dos Negócios Estrangeiros

Andreas LOVERDOS Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros (Assistência ao Desenvolvimento e Transacções Financeiras Internacionais) Espanha

Ana PALACIO Ministra dos Negócios Estrangeiros

Federico TRILLO-FIGUEROA Ministro da Defesa

Ramón DE MIGUEL Y EGEA Secretário de Estado dos Assuntos Europeus

Rafael RODRÍGUEZ-PONGA Secretário-Geral da Agência Espanhola para a Cooperação Internacional

França

Dominique de VILLEPIN Ministro dos Negócios Estrangeiros

Michèle ALLIOT-MARIE Ministra da Defesa

Pierre-André WILTZER Ministro Delegado junto do Ministro dos Negócios Estrangeiros, encarregado da Cooperação e da Francofonia

Noëlle LENOIR Ministra Delegada junto do Ministro dos Negócios Estrangeiros, encarregada dos Assuntos Europeus

Irlanda

Brian COWEN Ministro dos Negócios Estrangeiros

Michael SMITH Ministro da Defesa

Tom KITT Ministro-Adjunto do Ministério dos Negócios Estrangeiros

(encarregado da Ajuda ao Desenvolvimento e dos Direitos Humanos)

Itália

Franco FRATTINI Ministro dos Negócios Estrangeiros

Antonio MARTINO Ministro da Defesa

Roberto ANTONIONE Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros

Luxemburgo

Charles GOERENS Ministro da Defesa

Países Baixos

Jaap de HOOP SCHEFFER Ministro dos Negócios Estrangeiros

Henk KAMP Ministro da Defesa

Atzo NICOLAÏ Ministro dos Assuntos Europeus

(4)

Áustria

Benita FERRERO-WALDNER Ministra Federal dos Negócios Estrangeiros

Günther PLATTER Ministro Federal da Defesa

Georg LENNKH Director-Geral, Departamento da Cooperação para o

Desenvolvimento, Ministro Federal dos Negócios Estrangeiros Portugal

Teresa GOUVEIA Ministra dos Negócios Estrangeiros

Paulo PORTAS Ministro de Estado e da Defesa Nacional

Manuela FRANCO Secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação Finlândia

Erkki TUOMIOJA Ministro dos Negócios Estrangeiros

Paula LEHTOMÄKÏ Ministra do Comércio Externo e do Desenvolvimento

Seppo KÄÄRIÄINEN Ministro da Defesa

Suécia

Laila FREIVALDS Ministra dos Negócios Estrangeiros

Leni BJÖRKLUND Ministra de Defesa

Carin JÄMTIN Ministra do Ministério dos Negócios Estrangeiros, encarregada da Cooperação para o Desenvolvimento Internacional

Reino Unido

Jack STRAW Ministro dos Negócios Estrangeiros e da Commonwealth

Geoff HOON Secretário de Estado da Defesa

Hilary BENN Secretária de Estado para o Desenvolvimento Internacional

* * *

Comissão

Poul Nielsen Comissário

Günther VERHEUGEN Comissário

Christopher PATTEN Comissário

* * *

Secretariado-Geral do Conselho

Javier SOLANA Secretário-Geral/Alto Representante para a PESC

* * *

(5)

Os Governos dos Estados Aderentes estiveram representados do seguinte modo:

República Checa:

Cyril SVOBODA Vice-Primeiro-Ministro e Ministro dos Negócios Estrangeiros

Miroslav KOSTELKA Ministro da Defesa

Estónia:

Kriistina OJULAND Ministra dos Negócios Estrangeiros

Margus HANSON Ministro da Defesa

Chipre:

George IACOVOU Ministro dos Negócios Estrangeiros

Kyriakos MAVRONICOLAS Ministro da Defesa

Letónia:

Sandra KALNIETE Ministra dos Negócios Estrangeiros

Janis SARTS Sub-Secretário, Ministério da Defesa

Lituânia:

Antanas VALIONIS Ministro dos Negócios Estrangeiros

Povilas MALAKAUSKAS Secretário de Estado, Ministério da Defesa Hungria:

László KOVÁCS Ministro dos Negócios Estrangeiros

József FEHÉR Secretário de Estado, Ministério da Defesa

Malta:

Joe BORG Ministro dos Negócios Estrangeiros

Joseph R. GRIMA Secretário Permanente, Gabinete do Primeiro Ministro

Polónia:

Adam Daniel ROTFELD Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros

Jan TRUSZCZYNSKI Sub-Secretário de Estado, Ministério da Defesa

Andrzej TOWPIK Sub-Secretário de Estado para a Política de Defesa, Ministério da Defesa

Eslováquia:

Eduard KUKAN Ministro dos Negócios Estrangeiros

Juraj LISKA Ministro da Defesa

Eslovénia:

Dimitrij RUPEL Ministro dos Negócios Estrangeiros

Anton GRIZOLD Ministro da Defesa

Realizou-se à margem do Conselho uma reunião da Tróica UE com Ministros da Defesa dos países europeus da OTAN não membros da Comunidade e dos países candidatos à adesão à UE. Estes países estiveram representados do seguinte modo

Bulgária:

Nikolay SVARINOV Ministro da Defesa

Roménia:

Ioan Mircea PASCU Ministro da Defesa

Turquia:

Vecdi GONUL Ministro da Defesa Nacional

Islândia:

Kjartan JOHANNSSON Embaixador, Chefe da Missão da Islândia junto da UE Noruega:

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PONTOS DEBATIDOS

NOTA 1: Chipre, a Eslovénia, a Estónia, a Hungria, a Letónia, a Lituânia, Malta, a Polónia, a República Checa e a República Eslovaca – Estados aderentes – subscrevem as conclusões sobre a PESD, o Iraque, os Balcãs Ocidentais, as relações UE-África, as ADM e o Afeganistão.

NOTA 2: Outros pontos (conclusões, decisões) relativos às relações externas, à Política Europeia de Segurança e Defesa e ao desenvolvimento foram aprovados sem debate na sessão

"Assuntos Gerais" do Conselho, sendo objecto de um comunicado à imprensa separado (14486/03 - Presse 319).

POLÍTICA EUROPEIA DE SEGURANÇA E DEFESA

CONCLUSÕES DO CONSELHO SOBRE A PESD, INCLUINDO A AGÊNCIA NO DOMÍNIO DO DESENVOLVIMENTO DAS CAPACIDADES DE DEFESA, DA INVESTIGAÇÃO, DA AQUISIÇÃO E DO ARMAMENTO

O Conselho aprovou as seguintes Conclusões:

"1. O Conselho congratulou-se com o avanço dos trabalhos relativos ao desenvolvimento de uma Estratégia Europeia de Segurança, tendo como base o documento "Uma Europa Segura num Mundo Melhor", apresentado pelo SG/AR Javier Solana, e os seminários realizados em Roma, Paris e Estocolmo ao longo do ano. Os Ministros salientaram a importância da Estratégia a adoptar pelo Conselho Europeu em Dezembro de 2003.

2. O Conselho chegou a acordo sobre as conclusões a respeito da criação de uma agência no domínio do desenvolvimento das capacidades de defesa, da investigação, da aquisição e do armamento.

3. O Conselho analisou os progressos registados no âmbito da Política Europeia de Segurança e Defesa, tendo salientado que, em 2003, se havia assistido a um considerável avanço no domínio da PESD, nomeadamente com o êxito do lançamento e da condução de três missões de gestão de crises: duas operações militares lideradas pela UE (CONCORDIA, na Antiga República Jugoslava da Macedónia, e ARTEMIS, na República Democrática do Congo) e uma missão de polícia (MPUE, na Bósnia-Herzegovina); está igualmente prestes a ser lançada uma nova missão de polícia na Antiga República Jugoslava da Macedónia (EUPOL PROXIMA). O Conselho está neste momento a estudar a possibilidade de prestar apoio à criação de uma unidade integrada de polícia em Kinshasa, a pedido das autoridades da República Democrática do Congo e das Nações Unidas.

4. Tomando em consideração as opiniões do Governo da Antiga República Jugoslava da Macedónia, e após uma avaliação aprofundada, a Operação CONCORDIA terminará, tal como previsto, em 15 de Dezembro de 2003. O Conselho reafirmou a importância da parceria estratégica entre a UE e a NATO em matéria de gestão de crises – contemplada nos acordos permanentes da PESD, incluindo os acordos "Berlim Mais" –, que garantiu o êxito da Operação CONCORDIA. A UE continuará, todavia, a seguir atentamente o evoluir da situação em matéria de segurança na região, ponderando em conformidade a sua intervenção.

(7)

5. A UE, activamente empenhada na condução da sua primeira operação militar, logrou também lançar e conduzir uma segunda operação – ARTEMIS. Mercê desta operação autónoma, pôde intervir atempadamente, a pedido do Secretário-Geral da ONU, para apoiar a acção das Nações Unidas. A capacidade da UE para conduzir operações concomitantes no domínio da PESD veio, assim, evidenciar a crescente maturidade da Política Europeia de Segurança e Defesa.

6. O Conselho congratulou-se com os progressos realizados no sentido da criação da Missão de Polícia da UE na ARJM (PROXIMA), prevista como segunda missão de polícia da PESD lançada no corrente ano. O Conselho deu o seu pleno apoio aos esforços envidados pelo Secretário- -Geral/Alto Representante e pelo Chefe da Missão de Polícia para garantir o êxito do lançamento da Operação PROXIMA, em 15 de Dezembro de 2003. Ao mesmo tempo, a MPUE continuou a dar um bom contributo para a criação de dispositivos policiais sólidos, sob autoridade da Bósnia- -Herzegovina.

7. O Conselho reconhece ser importante que a UE retire ensinamentos de todas as operações no âmbito da PESD. Quanto à Operação CONCORDIA, serão em seguida retirados ensinamentos em colaboração com a NATO.

8. As relações UE–ONU em matéria de gestão de crises deverão continuar a ser desenvolvidas na prática com base na Declaração Conjunta UE-ONU de 24 de Setembro de 2003. Também o desenvolvimento das relações UE-OSCE continuará a ser analisado.

9. O Conselho reconheceu que, nos últimos meses, foram apresentadas várias propostas a respeito da necessidade de melhorar a capacidade da UE em matéria de planeamento e condução de operações militares. As propostas deverão continuar a ser analisadas, num quadro de compatibilidade com a NATO e no intuito de evitar duplicações desnecessárias. Importa ter plenamente em conta e levar por diante os trabalhos em curso a nível dos Grupos de Projecto PAEC competentes. Por conseguinte, o Comité Político e de Segurança (CPS) deverá debruçar-se oportunamente sobre a questão, com base no parecer do CMUE.

10. A capacidade de reagir eficazmente com meios civis a crises surgidas fora da União é uma componente essencial da vasta gama de instrumentos de que a União dispõe no âmbito da sua política de segurança e defesa. Por conseguinte, o Conselho, recordando o convite que dirigiu ao Secretário-Geral/Alto Representante, em 19 de Novembro de 2002, para que prosseguisse o mais rapidamente possível os trabalhos relativos à criação de uma capacidade de planeamento e apoio às missões, congratula-se com o relatório sobre a capacidade de planeamento e apoio às missões de gestão civil de crises apresentado pelo Secretário-Geral/Alto Representante, em anexo à sua carta de 22 de Julho de 2003, bem como com as medidas tomadas por este último no sentido de implementar esse relatório. O Conselho regista o compromisso do Secretário-Geral/Alto Representante de recrutar para o Secretariado do Conselho, num futuro imediato, pessoal permanente suplementar e peritos nacionais destacados para ir ao encontro das necessidades a curto prazo identificadas na sequência da análise do referido relatório. Convidam-se os Estados-Membros a identificarem candidatos qualificados para efeitos de um destacamento logo que possível. Deste modo, a União disporá de conhecimentos especializados reforçados para o planeamento e o apoio a operações policiais, duas dos quais estão em curso (MPUE na Bósnia-Herzegovina) ou planeadas (EUPOL "PROXIMA" na ARJM), e para futuras operações de gestão de crises noutros domínios.

Além disso, a recente afectação de pessoal suplementar para reforçar as funções horizontais de apoio vem realçar o empenho da União em implementar efectivamente operações de gestão de crises.

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11. A fim de prosseguir o melhoramento das capacidades da União neste domínio, o Conselho regista que o Secretário-Geral/Alto Representante:

– informará o Conselho, o mais tardar em Abril de 2004, sobre as medidas tomadas e os progressos registados no sentido de reforçar as capacidades de planeamento e apoio às missões em matéria de gestão de crises, principalmente nas operações civis;

– estudará as possibilidades de intensificar a cooperação entre o Estado-Maior da UE, sem prejuízo do seu mandato, e outros membros do pessoal do Secretariado que se ocupam de questões externas, a fim de assegurar que as operações de gestão civil de crises beneficiem de um planeamento e um apoio eficientes e com uma boa relação custo-eficácia, especialmente quando essas operações possam ser empreendidas em conjunção com operações militares ou na sequência destas;

– apresentará sugestões, após a conclusão dos trabalhos da CIG, sobre o modo de responder às necessidades neste domínio a médio e a longo prazo, tendo em vista a criação de um núcleo composto por pessoal permanente e profissional nesta área, tal como recomendado no seu relatório.

12. O Conselho congratulou-se também com os progressos registados e com o trabalho realizado a respeito de outros aspectos fundamentais na vertente civil da gestão de crises, nomeadamente a formação e o recrutamento de pessoal civil. Não deixando de confirmar que a existência de instrumentos militares e civis representa uma característica essencial da PESD, o Conselho incumbiu o CPS de, com base num parecer do Comité para os Aspectos Civis da Gestão de Crises (CivCom), elaborar propostas sobre o melhoramento das capacidades civis. Deverão igualmente ser desenvolvidas novas capacidades e instrumentos sempre que tal se revele necessário.

13. Tomando como base os trabalhos realizados com êxito durante as Presidências Dinamarquesa e Grega, foi aprovado um quadro prático para a coordenação civil-militar. É salientada, neste contexto, a importância fulcral de uma cultura de coordenação para garantir uma comunhão de objectivos e a coerência dos instrumentos nas actividades da UE em matéria de gestão de crises.

Deverão continuar a ser desenvolvidas medidas concretas para a coordenação no terreno, a apresentar ao CPS em 2004.

14. O Conselho aguarda com expectativa a realização, com início esta semana, do exercício CME/CMX 03, que se centrará na forma como a UE planifica, a nível da estratégia político-militar, a gestão de crises por meio de instrumentos civis e militares, incluindo a sua coordenação, ou uma operação a liderar pela UE, com recurso a meios e capacidades da NATO.

15. O Conselho tomou nota do relatório intercalar único sobre as capacidades militares, redigido no contexto do Mecanismo de Desenvolvimento de Capacidades (MDC). Os resultados alcançados nos últimos 6 meses e a análise de determinadas deficiências específicas demonstram que se registaram progressos e confirmam a avaliação geral feita em Maio de 2003. O Conselho salientou a importância de um desenvolvimento coerente e sinergético das capacidades militares da UE e da NATO, nos casos em que haja uma sobreposição dos requisitos da UE e da NATO, e o papel assumido neste contexto pelo Grupo das Capacidades UE-NATO, definido no MDC.

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16. O Conselho congratulou-se com a continuação dos trabalhos relativos ao Plano de Acção Europeu sobre as Capacidades (PAEC), que mostra a determinação dos Estados-Membros em colmatar as falhas ainda existentes. O Conselho saudou a participação activa dos Estados-Membros e dos Estados aderentes neste processo. Os países europeus da NATO não membros da UE poderão participar nos grupos de projecto do PAEC em condições a definir caso a caso por cada grupo de projecto. O Conselho sublinhou a necessidade de complementar o PAEC, cuja abordagem ascendente constitui um dos princípios essenciais, por meio de uma abordagem que identifique os objectivos, os prazos e o processo de apresentação de relatório ao Conselho em estreita coordenação com cada grupo de projecto. Para o efeito, o Conselho pediu às suas instâncias competentes que elaborassem um roteiro para acompanhar o progresso do PAEC e permitir aos Estados-Membros reorientarem os trabalhos dos grupos de projecto, se o considerarem necessário.

Para ser de utilidade para a UE e os Estados-Membros, este instrumento deverá ser apresentado em cada presidência como parte integrante do relatório intercalar único e ser acompanhado de um mapa de reforço das capacidades, incluindo um ponto da situação da actividade dos grupos de projecto, e de uma panorâmica clara e de fácil leitura destinada à opinião pública e aos meios de comunicação.

O Conselho congratulou-se com o reforço de alguns dos actuais contributos. Os contributos dos Estados aderentes, relativamente às exigências identificadas em 2003, permitirão aumentar as capacidades da UE, ao serem incluídos no Catálogo das Forças no termo de um processo de apresentação de propostas, em 2004.

17. Tendo em vista aumentar a capacidade de resposta militar rápida da UE, o Conselho acordou em que se trabalhe no sentido de complementar o Objectivo Global com uma definição precisa e subsequente identificação dos elementos de resposta rápida da UE. Além disso, tendo-se congratulado com a fase de implementação da Força de Reacção da NATO (NRF), o Conselho salientou a necessidade de intensificar o intercâmbio de informações entre a UE e a NATO sobre a resposta militar rápida da UE e a NRF, a diversos níveis, no âmbito do quadro de cooperação existente.

18. O Conselho sublinhou a importância do papel dos Directores Nacionais do Armamento no desenvolvimento do armamento e tomou nota da reunião que realizaram em 5 de Setembro de 2003.

19. Tendo insistido na necessidade de colmatar as evidentes lacunas de capacidades em relação ao Objectivo Global de Helsínquia, o Conselho reconheceu que é preciso agora olhar para lá de 2003 e definir novos objectivos para um maior desenvolvimento das capacidades europeias de gestão de crises para 2010, definindo assim o grau de ambição da UE em termos de realização de objectivos de capacidades qualitativos e quantitativos. Este trabalho deverá ter em conta as actuais limitações e/ou condicionantes em termos de prazos de projecção de forças, bem como o facto de se poder correr um elevado risco em termos de escala e de intensidade no auge das operações, em especial no decurso de operações simultâneas. Partindo da apreciação do Conselho segundo a qual existe uma necessidade global de melhorias qualitativas e quantitativas, o novo objectivo deverá basear-se nos princípios da interoperabilidade das capacidades, nomeadamente em termos de equipamento, forças e estruturas de comando, bem como de projectabilidade e sustentabilidade.

20. O Conselho saudou a abordagem do documento de reflexão da Presidência Na Via do Reforço das Capacidades Europeias, debatido pelos Ministros da Defesa na reunião informal de 3 e 4 de Outubro de 2003, e incumbiu o CPS de elaborar propostas nesta área, designadamente sobre um novo objectivo global, para que o Conselho Europeu de Junho de 2004 se inspire nesse documento, no documento de informação do CMUE, no documento francês Rumo a um Objectivo Global para 2010, bem como noutros contributos dos Estados-Membros e no parecer do CMUE.

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21. O Conselho aprovou a política da UE em matéria de formação no domínio da PESD, resultante do convite do Conselho Europeu de Salónica no sentido de se promover o desenvolvimento de uma cultura europeia de segurança no contexto da PESD, mediante acordo quanto a uma política de formação coordenada a nível da UE que abranja as dimensões civil e militar da PESD. Será agora desenvolvido um conceito que assegure a coordenação, estabeleça ligações e reforce sinergias entre as diferentes iniciativas de formação no domínio da PESD. Neste contexto, o Conselho solicitou ao CPS que continuasse a analisar as iniciativas e as propostas apresentadas no documento sobre a política da UE em matéria de formação, nomeadamente a proposta referente a uma Academia Europeia de Segurança e Defesa, apresentada na reunião do CPS de 7 de Novembro de 2003.

22. O Conselho tomou nota da prossecução dos trabalhos sobre a criação de uma base de dados de meios e capacidades militares relevantes para a protecção das populações civis contra os efeitos de ataques terroristas, incluindo os ataques nucleares, biológicos, radiológicos e químicos (NBRQ).

Os órgãos competentes do Conselho continuarão a estudar as modalidades, os procedimentos e os critérios para a utilização de meios e capacidades militares para apoiar a necessária gestão, na perspectiva de darem por concluídos os seus trabalhos o mais rapidamente possível.

23. O Conselho congratulou-se com os progressos registados a nível do reforço do diálogo e da cooperação com os parceiros mediterrânicos em matéria de PESD. O Conselho saudou ainda o intercâmbio de informações sobre o diálogo mediterrânico da NATO e as iniciativas da UE a nível do diálogo e da cooperação com os parceiros mediterrânicos em matéria de PESD. O Conselho espera que seja dada continuidade aos trabalhos a nível da UE, bem como com os seus parceiros, com base nas conclusões do Comité Político e de Segurança de 19 de Setembro de 2003. Tendo em vista as próximas Conferências Euro-Mediterrânicas de Ministros dos Negócios Estrangeiros, o Comité Político e de Segurança irá apresentar um relatório sobre as cooperações em curso e propostas concretas para o futuro.

AGÊNCIA NO DOMÍNIO DO DESENVOLVIMENTO DAS CAPACIDADES DE DEFESA, DA INVESTIGAÇÃO, DA AQUISIÇÃO E DO ARMAMENTO

24. O Conselho decidiu criar uma agência no domínio do desenvolvimento das capacidades de defesa, da investigação, da aquisição e do armamento, dando seguimento às conclusões do Conselho Europeu de Salónica de Junho de 2003. A agência irá ser criada durante o ano de 2004.

25. Neste contexto, o Conselho aprovou o relatório sobre a referida agência, que figura em adenda às presentes conclusões e constitui a base para a prossecução dos trabalhos.

26. O Conselho aprovou a decisão que cria a Comissão Instaladora da Agência, de que consta o respectivo mandato, e convidou o Secretário-Geral/Alto Representante a implementar a referida decisão o mais rapidamente possível, de modo a que a Comissão Instaladora possa iniciar os seus trabalhos em de Janeiro de 2004.

27. A Comissão Instaladora da Agência deverá apresentar propostas ao Conselho, para que a agência inicie a sua actividade ainda em 2004."

RELATÓRIO SOBRE A AGÊNCIA NO DOMÍNIO DO DESENVOLVIMENTO DAS CAPACIDADES DE DEFESA, DA INVESTIGAÇÃO, DA AQUISIÇÃO E DO ARMAMENTO

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1. REFERÊNCIAS

1.1 Em 19-20 de Junho de 2003, no seguimento do Conselho Europeu da Primavera de 2003, o Conselho Europeu de Salónica incumbiu os órgãos competentes do Conselho de empreenderem as acções necessárias para a criação, em 2004, de uma agência intergovernamental no domínio do desenvolvimento das capacidades de defesa, da investigação, da aquisição e do armamento.

Essa agência, que operará sob a autoridade do Conselho e ficará aberta à participação de todos os Estados-Membros, visará desenvolver as capacidades de defesa no domínio da gestão de crises, promover e reforçar a cooperação europeia em matéria de armamentos, reforçar a base tecnológica e industrial europeia de defesa e criar um mercado europeu de equipamentos de defesa competitivo, e bem assim, em ligação com as actividades de investigação da Comunidade, se se justificar, fomentar uma pesquisa que tenha em vista a liderança em tecnologias estratégicas para futuras capacidades de defesa e segurança, reforçando desse modo as potencialidades industriais europeias nesse domínio.

1.2 Sem prejuízo dos trabalhos da CIG, o trabalho da Convenção Europeia, apresentado durante o Conselho Europeu que se realizou a 19-20 de Junho de 2003 em Salónica, refere-se, designadamente, à criação de uma Agência Europeia de Armamento, Investigação e Capacidades Militares para identificar as necessidades operacionais, promover as medidas necessárias para as satisfazer, contribuir para identificar e, sendo caso disso, executar todas as medidas úteis para reforçar a base industrial e tecnológica do sector da defesa, participar na definição de uma política europeia de capacidades e de armamento e prestar assistência ao Conselho na avaliação do melhoramento das capacidades militares.

1.3 Na reunião de 4 de Setembro de 2003, o COREPER II decidiu instituir um Grupo ad hoc destinado a preparar a criação de uma agência no domínio do desenvolvimento das capacidades de defesa, da investigação, da aquisição e do armamento.

2. FUNÇÕES E MISSÕES ESSENCIAIS

2.1 No âmbito do quadro institucional único da UE, em apoio da PESC e da PESD, o Conselho criará sob a sua autoridade uma agência no domínio do desenvolvimento das capacidades de defesa, da investigação, da aquisição e do armamento, a seguir designada "Agência", com o objectivo de ajudar os Estados-Membros nos seus esforços para melhorar as capacidades de defesa europeias no domínio da gestão de crises e de apoiar a PESD na sua actual configuração e futura evolução.

2.2 A Agência não prejudica as competências dos Estados-Membros em matéria de defesa.

2.3 Será conferida à Agência a personalidade jurídica necessária para o cumprimento da sua missão e a realização dos seus objectivos.

2.4 No âmbito do Conselho, os Ministros da Defesa são responsáveis pela Agência, em apoio da PESC, da PESD e das capacidades de defesa europeias em geral. As decisões do Conselho relacionadas com o trabalho da Agência serão tomadas pelo Conselho (AGEX) reunido a nível de Ministros da Defesa, sendo os respectivos trabalhos preparados pelo COREPER, pelo CPS e pelas instâncias competentes do Conselho.

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O Comité Político e de Segurança receberá relatórios e dará orientações sobre as matérias do âmbito da PESC e da PESD. Na preparação das decisões do Conselho, os Directores Nacionais do Armamento receberão relatórios e darão o seu contributo sobre as matérias da sua competência, segundo modalidades a determinar.

2.5 A Comissão será plenamente associada aos trabalhos da Agência.

2.6 A Agência terá funções e capacidades que evoluirão para a sua configuração de plena operacionalidade, segundo um calendário a definir. Para o efeito, o Conselho reexaminará e, se for considerado adequado, procederá à revisão dos textos constitutivos pertinentes relacionados com a Agência, designadamente no sentido de os alinhar pelos resultados da CIG.

2.7 Processo decisório

O processo decisório da Agência terá de ser definido na acção comum relativa à sua criação, em conformidade com o objecto das decisões que a tomar e de acordo com as disposições aplicáveis do Tratado.

2.8 A Agência visará:

a. desenvolver as capacidades de defesa no domínio da gestão de crises:

1) identificando – em associação com as instâncias adequadas do Conselho, em função das suas competências, e utilizando o Mecanismo de Desenvolvimento de Capacidades (MDC) – as futuras necessidades em matéria de capacidade de defesa da UE em termos quantitativos e qualitativos (envolvendo tanto forças como equipamento);

2) examinando e avaliando, segundo os critérios acordados, os compromissos de capacidade assumidos pelos Estados-Membros, através do processo do PAEC e utilizando o MDC;

3) promovendo e coordenando a harmonização das necessidades militares;

4) identificando e propondo actividades de colaboração no domínio operacional;

5) fornecendo avaliações sobre as prioridades financeiras para a aquisição e o desenvolvimento de capacidades;

b. promover e reforçar a cooperação europeia em matéria de armamento:

1) propondo projectos multilaterais para satisfazer as actuais necessidades de capacidades da PESD e a sua futura evolução;

2) empenhando-se na coordenação dos programas implementados pelos Estados- -Membros e na gestão de programas de cooperação específicos, através da Organização Conjunta de Cooperação em matéria de Armamento (OCCAR) ou de convénios de programas específicos com base na experiência da OCCAR, com o objectivo de promover contratos rentáveis e eficazes;

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c. contribuir para a identificação e, se necessário, para a implementação de políticas e de medidas destinadas a reforçar a base tecnológica e industrial europeia de defesa; apoiar a criação – em articulação com a Comissão, se necessário – de um mercado europeu de equipamentos de defesa internacionalmente competitivo, que impulsione e contribua mais para o desenvolvimento e a harmonização de normas e da regulamentação na área do mercado europeu de defesa, nomeadamente através da aplicação a nível da UE de regras e de procedimentos adaptados dos que foram negociados no âmbito do processo do Acordo-Quadro da Carta de Intenções;

d. fomentar, em ligação com as actividades de investigação da Comunidade quando for caso disso, uma investigação que tenha em vista satisfazer as futuras necessidades das capacidades de defesa e segurança, reforçando desse modo as potencialidades industriais europeias nesse domínio, nomeadamente estudos em matéria de I&T com interesse para as futuras necessidades operacionais e para a coordenação e o planeamento de actividades de investigação conjuntas, tirando partido da experiência adquirida com o Grupo de Armamento da Europa Ocidental/Organização do Armamento da Europa Ocidental (WEAG/WEAO), especialmente com o Memorando de Entendimento EUROPA.

2.9 Para a consecução dos seus objectivos, a Agência deve recorrer à competência e aos conhecimentos especializados do Comité Militar da UE, por intermédio do Comité Político e de Segurança (no que se refere aos pontos a.1), a.2), a.3), a.4) e b.) e, segundo modalidades a definir, dos Directores Nacionais do Armamento da UE (no que se refere aos pontos b., c.

e d.).

3. ORGANIZAÇÃO

3.1 A Agência estará aberta à participação de todos os Estados-Membros da UE.

3.2 A Agência terá a seguinte estrutura:

– um Comité Director, que é o órgão que a dirige, composto por representantes dos Estados-Membros da UE que nela participem, habilitados a vincular os respectivos Governos, e por um representante da Comissão. Reunir-se-á a nível de Ministros da Defesa ou dos seus representantes;

– o Director da Agência, que será o SG/AR, e que presidirá às reuniões do Comité Director;

– o Pessoal, constituído por um pequeno núcleo de pessoal permanente da UE seleccionado com base nas capacidades individuais, que pode ser temporariamente alargado a agentes nacionais destacados, em função de missões e projectos específicos;

– o Director Executivo, recomendado pelo Director da Agência e nomeado pelo Comité Director.

3.3 O Comité Director define as actividades da Agência nas reuniões presididas pelo Director da Agência, no âmbito das directrizes que o Conselho entenda fornecer-lhe. Aprova igualmente o programa de trabalho da Agência e o respectivo orçamento.

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4. RELAÇÕES DE TRABALHO EXTERNAS

4.1 A Agência estabelecerá relações de trabalho estreitas com os elementos competentes de convénios/agrupamentos/organizações, tais como a Carta de Intenções, a OCCAR e o WEAG/WEAO, incluindo os mecanismos de I&T do Memorando de Entendimento EUROPA, tendo em vista a sua integração ou a assimilação oportuna dos seus princípios e práticas, na devida altura, conforme o caso. A Agência procurará formas de assegurar que, quando tal se justifique, os actuais membros do WEAG não pertencentes à UE sejam associados a programas ou projectos específicos.

4.2 Ao cooperar com estes convénios/agrupamentos/organizações, a Agência respeitará o quadro institucional único e a autonomia decisória da União Europeia. No âmbito dessa cooperação, a Agência respeitará os requisitos legais e os condicionalismos desses convénios/agrupamentos/organizações.

4.3 Num espírito de reforço mútuo entre a Agência e os órgãos competentes da NATO, no âmbito das respectivas competências e do enquadramento estabelecido para a cooperação e a consulta, a transparência recíproca e o desenvolvimento coerente serão assegurados através da aplicação dos procedimentos do MDC.

5. ORÇAMENTO

5.1 As modalidades serão estudadas durante a fase de criação da Agência.

6. FASES SEGUINTES A. Preparar a criação da Agência.

6.1 Em Janeiro de 2004 será constituída uma Comissão Instaladora da Agência, cujo mandato se encontra definido no Anexo à decisão do Conselho relativa à sua criação.

– A Agência será criada por uma acção comum.

– Os aspectos institucionais, jurídicos e financeiros relativos às funções e missões essenciais da Agência serão analisados pelas instâncias competentes do Conselho à luz das recomendações da Comissão Instaladora.

– Os textos constitutivos relacionados com a Agência serão reanalisados quando estiver concluído o Projecto de Tratado que estabelece uma Constituição para a Europa.

B. Fase inicial da Agência

6.2 A fase inicial arrancará em 2004. A Agência funcionará como um centro de coordenação da actual rede de órgãos, acordos e competências. A Agência contribuirá para os trabalhos das instâncias competentes do Conselho, designadamente do CMUE – no que se refere à gestão do Mecanismo de Desenvolvimento de Capacidades (MDC) – e do Grupo de Missão do Objectivo Global (HTF), e no sentido de facilitar o processo de decisão quanto aos resultados do processo do PAEC. Até ao final desta fase, deverão ter sido estabelecidas as relações de trabalho da Agência e, sempre que necessário, os enquadramentos jurídicos e operacionais aplicáveis, nomeadamente à:

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– gestão dos projectos de colaboração através da OCCAR;

– implementação e alargamento dos procedimentos do Acordo-Quadro da Carta de Intenções, na medida do necessário;

– integração e adaptação dos elementos aplicáveis do WEAG/WEAO ou à assimilação dos seus princípios e práticas, conforme o caso.

6.3 Nesta fase, a Agência terá uma estrutura que lhe permitirá levar por diante os trabalhos nos seus quatro domínios de actividade, com um aumento progressivo do pessoal para desempenhar eficazmente as suas funções.

C. Fase de plena operacionalidade da Agência

6.4 Nesta fase, a Agência será responsável, em particular, pela articulação dos aspectos operacionais das capacidades (cenários, necessidades, projectos de colaboração não atinentes ao equipamento) com os aspectos de aquisição e desenvolvimento de capacidades (cenários de I&T, projectos de cooperação em matéria de armamento, gestão de programas e normas e regulamentação da base tecnológica e industrial europeia de defesa).

Nesta fase, a Agência integrará ou assimilará os princípios e práticas dos elementos pertinentes dos convénios/agrupamentos/organizações pré-existentes (OCCAR, Acordo- -Quadro da Carta de Intenções, WEAG/WEAO).

6.5 As características dos órgãos pertinentes da Agência encontram-se delineadas no Anexo.

CARACTERÍSTICAS DAS ESTRUTURAS DA AGÊNCIA 1. COMITÉ DIRECTOR

1.1 O Comité Director, presidido pelo Director da Agência, é o órgão que a dirige, exercendo as suas competências de acordo com as orientações definidas pelo Conselho e em consonância com os trabalhos levados a cabo pelo SG/AR e pelo CPS. É composto por representantes dos Estados-Membros participantes, habilitados a vincular os respectivos Governos, e por um representante da Comissão. Reúne-se a nível de Ministros da Defesa ou dos seus representantes.

1.2 Às reuniões do Comité Director assistem:

– o Director Executivo da Agência ou o seu representante;

– por inerência de funções, o Presidente do CMUE e o Director Nacional do Armamento do país da Presidência, ou os respectivos representantes.

1.3 Às reuniões do Comité Director assistem, quando se tratar de matérias de interesse comum:

– a convite do Comité Director, os directores/presidentes de outros convénios, organizações ou agrupamentos, cujos trabalhos venham a ser assimilados pela Agência ou, em última análise, nela integrados;

– a convite do Comité Director, o Secretário-Geral da NATO ou o seu representante.

2. DIRECTOR DA AGÊNCIA

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2.1 O Director da Agência preside às reuniões do Comité Director e é coadjuvado pelo pessoal permanente, sendo responsável pela consecução dos objectivos da Agência e por toda a sua organização e funcionamento.

2.2 O Director da Agência responderá pelo trabalho desta, inclusive pelas decisões do Comité Director, perante o Conselho (AGEX reunido a nível de Ministros da Defesa).

3. DIRECTOR EXECUTIVO

3.1 O Director Executivo, que é também o director do pessoal permanente, responde perante o Director da Agência no tocante às tarefas organizacionais e administrativas. É responsável pela supervisão e coordenação das unidades funcionais, assegurando a coerência global dos seus trabalhos.

4. PESSOAL DA AGÊNCIA

4.1 O pessoal da Agência, gerido pelo Director Executivo, é constituído por agentes seleccionados com base na competência e em conhecimentos técnicos relevantes. Está estruturado em unidades funcionais, dirigidas pelo Director da Agência e aprovadas pelo Comité Director. O pessoal provirá de uma das seguintes fontes:

– normalmente, pessoal recrutado directamente pela Agência, com contratos a termo fixo, seleccionado de entre nacionais dos Estados-Membros que participam na Agência;

– funcionários comunitários destacados para a Agência, durante um período estipulado, a fim de dar resposta a determinadas missões e projectos ou necessidades;

– peritos nacionais destacados pelos Estados-Membros que participam na Agência, em função de determinadas missões e projectos.

4.2 Em todos os casos, o recrutamento deverá assegurar que a Agência disponha de pessoal com as mais elevadas qualidades de competência e rendimento, recrutado numa base geográfica tão alargada quanto possível de entre os nacionais dos Estados-Membros que participam na Agência.

IRAQUE – Conclusões do Conselho

O Conselho aprovou as seguintes Conclusões:

"1. O Conselho manifesta a sua profunda solidariedade para com a Itália pelo brutal atentado terrorista contra as suas forças armadas perpetrado em 12 de Novembro de 2003 em Nasiriyah, em que perderam a vida 19 militares e civis italianos, juntamente com numerosos iraquianos, e transmite os seus sentimentos às famílias das vítimas. Mais uma vez, o Conselho condena energicamente todos os atentados terroristas perpetrados contra civis, organizações humanitárias, as Nações Unidas e forças militares, e reafirma a determinação da União Europeia em combater o terrorismo sob todas as suas formas.

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2. O Conselho congratula-se com o processo acelerado de transferência dos poderes executivos para o Conselho de Governo do Iraque e respectivos Ministérios. Regista com satisfação o anúncio pelo Conselho de Governo, em 15 de Novembro de 2003, do calendário para a transferência da soberania para um Governo iraquiano de transição e para o processo constitucional que conduzirá ao estabelecimento de um Governo iraquiano democraticamente eleito e reconhecido internacionalmente. Sublinha a importância de um calendário adaptado à situação. O Conselho apoiou o processo decidido pelo Conselho de Governo para o estabelecimento da democracia para o povo iraquiano.

3. O Conselho reafirma a determinação da União Europeia em contribuir para a reconstrução política e económica do Iraque. Sublinhou a importância de o Conselho de Governo proceder a uma consulta o mais ampla possível sobre a redacção da Lei Fundamental, de molde a garantir a maior participação popular possível no processo. O Conselho destaca mais uma vez o papel vital da ONU neste contexto.

4. O Conselho congratula-se com os resultados positivos da Conferência de Doadores realizada em Madrid e felicita o Governo Espanhol pela sua excelente organização. O Conselho congratula-se com o positivo papel desempenhado pelos Ministros do Iraque nesta Conferência. Recordando as Conclusões do Conselho Europeu de Outubro último, o Conselho regista com satisfação os preparativos para a constituição do Fundo Internacional de Reconstrução, para o qual poderão ser canalizadas as contribuições da comunidade internacional.

5. Considerando que a segurança continua a ser uma das grandes prioridades no Iraque, o Conselho espera que os resultados positivos da Conferência de Doadores de Madrid possam rapidamente traduzir-se no terreno em resultados concretos, com efeitos directos e imediatos para o povo iraquiano. O Conselho exorta os Iraquianos a participarem cada vez mais activamente na salvaguarda da segurança.

6. O Conselho já por repetidas vezes tem vindo a instar todos os países da região a que contribuam para a estabilidade no Iraque. Na sequência da reunião de Ministros dos Negócios Estrangeiros dos países limítrofes do Iraque realizada em Damasco, o Conselho espera que haja novas reuniões desses países, em concertação com o Conselho de Governo do Iraque e outras instituições iraquianas, a fim de contribuir para apoiar o processo de reconstrução política e económica em curso no Iraque."

BALCÃS OCIDENTAIS – Conclusões do Conselho O Conselho aprovou as seguintes Conclusões:

"SÉRVIA-MONTENEGRO/KOSOVO

O Conselho reafirmou que o diálogo directo entre Belgrado e Pristina sobre questões práticas de interesse comum continua a representar um marco fundamental e um elemento indispensável da política "regras primeiro, estatuto depois" (standards before status), seguida pela comunidade internacional com base na Resolução 1244 do Conselho de Segurança das Nações Unidas. O Conselho instou também todas as partes envolvidas no processo a assegurar rapidamente e em moldes construtivos o início do funcionamento dos grupos de trabalho na sequência da reunião de Viena.

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O Conselho congratulou-se ainda com a intenção do Representante Especial do Secretário-Geral das Nações Unidas (RESGNU), Harri Holkeri, de expor directrizes mais concretas para fazer progredir e tornar operacional a política de "regras primeiro, estatuto depois", mediante a elaboração, juntamente com as instituições provisórias de governo autónomo, de um plano de trabalho para a implementação efectiva dos marcos de referência, bem como de estabelecer um mecanismo contínuo de análise da evolução registada, em conformidade com os relatórios periódicos que envia ao Conselho de Segurança das Nações Unidas. O Conselho registou que, possivelmente, haverá uma primeira oportunidade de análise global em meados de 2005, ou até mais cedo, caso sejam realizados suficientes progressos.

Reafirmando que o povo de um Kosovo multiétnico e democrático terá o seu lugar na Europa com base na plena implementação da Resolução 1244 do CSNU e da política "regras primeiro, estatuto depois", a UE está disposta a contribuir para esse processo. O Conselho considerou que o mecanismo de acompanhamento do Processo de Estabilização e de Associação representa um importante instrumento complementar de todo o processo.

Por conseguinte, o Conselho solicitou ao SG/AR que, em estreita coordenação com a Comissão e juntamente com o RESGNU, explore as vias e os instrumentos necessários para reforçar o contributo da UE para a implementação da Resolução 1244 do CSNU – tendo plenamente em conta o mecanismo de acompanhamento do PEA, bem como a importância de uma efectiva implementação dos marcos de referência – e que apresente um relatório ao Conselho.

SÉRVIA-MONTENEGRO

O Conselho congratulou-se com a reunião de coordenação dos doadores para a Sérvia-Montenegro, a realizar em Bruxelas, em 18 de Novembro de 2003. A reunião proporcionará uma oportunidade para fazer um balanço dos resultados alcançados pelo país, com o apoio da comunidade de doadores, no âmbito do processo de reforma.

O Conselho sublinhou que é importante que a Sérvia-Montenegro apresente uma estratégia de reforma global. Tal permitirá que os doadores continuem a apoiar o processo de reforma e prestar ajuda internacional do modo mais eficaz nos próximos anos.

ANTIGA REPÚBLICA JUGOSLAVA DA MACEDÓNIA

O Conselho acordou em nomear Søren Jessen-Petersen como Representante Especial da UE em Skopje e convidou os seus órgãos competentes a prepararem as decisões necessárias para o efeito."

SEGUIMENTO DA CIMEIRA UE-RÚSSIA

O Conselho debateu o seguimento da recente cimeira UE-Rússia realizada em Roma em 6 de Novembro de 2003, em que foram focados vários assuntos, incluindo alguns não referidos na declaração conjunta, como a situação na Chechénia, o Protocolo de Quioto e a segurança marítima.

Os Ministros confirmaram hoje que as relações com a Rússia são muito importantes para a UE e que o objectivo da UE continua a ser construir uma parceria estratégica equilibrada e recíproca com a Rússia. Os Ministros acordaram em voltar a analisar em breve esta questão para estudar a melhor maneira de alcançar este objectivo.

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MÉDIO ORIENTE

Durante o almoço, os Ministros discutiram a situação no Médio Oriente à luz dos recentes acontecimentos, incluindo a formação de um novo governo palestiniano do Primeiro Ministro Ahmed Qureia, tendo trocado opiniões para preparar a quarta reunião do Conselho de Associação UE-Israel (17 e 18 de Novembro de 2003). O Conselho de Associação oferece a oportunidade de conduzir um diálogo político sobre uma série de questões, incluindo a situação no Médio Oriente, e de rever as relações bilaterais no âmbito do Acordo de Associação. (A posição da UE no Conselho de Associação é objecto de um comunicado de imprensa separado – ref. 14796/03 - Presse 328).

IRÃO

Ao almoço, os Ministros discutiram a situação no Irão focando a questão nuclear, na sequência da declaração do Irão sobre a sua decisão de assinar, ratificar e aplicar imediatamente o Protocolo Adicional da Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA), e de suspender voluntariamente as suas actividades de processamento e enriquecimento de urânio, antes da reunião do Conselho de Governadores da AIEA no fim da semana. Salientaram a importância de o Irão prosseguir a sua cooperação implementando a referida declaração.

ARMAS DE DESTRUIÇÃO MACIÇA – Conclusões do Conselho

O Conselho aprovou uma abordagem política dos elementos das relações da UE com países terceiros que se relacionam com a não proliferação de armas de destruição maciça.

Essa abordagem política destina-se a permitir integrar a estratégia da UE em matéria de ADM no âmbito mais vasto das relações com os países terceiros, em especial com a inclusão de uma cláusula de "não proliferação" nos acordos com esses países.

O Conselho aprovou também as seguintes Conclusões:

"O Conselho congratulou-se com os resultados positivos alcançados até à data na implementação do

"Plano de Acção para a implementação dos princípios básicos para uma estratégia da UE contra a proliferação de armas de destruição maciça", que adoptou em 16 de Junho de 2003 e que o Conselho Europeu de Salónica subscreveu. São particularmente dignas de nota a aprovação da posição comum relativa à universalização e ao reforço dos acordos multilaterais no domínio da não proliferação de armas de destruição maciça e respectivos vectores, e a aprovação de uma abordagem política sobre a integração de um elemento de não proliferação nas relações da UE com países terceiros.

O Conselho registou que estão a ser implementados outros elementos do Plano de Acção.

A luta contra a proliferação de armas de destruição maciça e dos respectivos vectores é altamente prioritária. O Conselho solicitou ao CPS que aprofundasse, em conformidade com a declaração de Salónica e com base nos princípios básicos já definidos, um projecto coerente de estratégia da UE, a aprovar pelo próximo Conselho Europeu. Além disso, o Conselho convidou o CPS e outras instâncias do Conselho a prosseguir, em colaboração com o AR e com a Comissão, os esforços de implementação da integralidade do Plano de Acção. O Conselho tenciona voltar a debruçar-se sobre

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RELAÇÕES UE-ÁFRICA

CONCLUSÕES DO CONSELHO O Conselho

• Congratulou-se com o resultado positivo e construtivo da reunião da Tróica Ministerial UE-África, realizada em Roma em 10 de Novembro de 2003, na qual foi reafirmada a natureza estratégica da parceria entre a UE e África e salientado o compromisso comum de prosseguir e aprofundar o diálogo, tal como ficou expresso no comunicado final;

• Subscreveu o acordo sobre a adopção de novas modalidades destinadas a conferir maior eficácia ao diálogo UE-África e a torná-lo mais flexível e focalizado, especialmente mediante:

– a reestruturação do diálogo em torno de quatro grupos de tópicos baseados nas oito prioridades comuns do processo do Cairo: i) Paz e segurança; ii) Governação;

iii) Integração regional e comércio; iv) Questões essenciais em matéria de desenvolvimento;

– medidas para assegurar a continuidade do diálogo a diversos níveis e em várias instâncias, nomeadamente a nível de Chefes de Missão em Adis Abeba e, de futuro, talvez também em Bruxelas, e que tanto a UA como a Comissão Europeia devem desempenhar um papel mais importante neste diálogo;

– a simplificação da estrutura das reuniões pelo recurso à formação de tróica, sendo que esta última não substituirá o mecanismo estabelecido no Cairo e que as reuniões ministeriais em formação plenária serão precedidas de reuniões plenárias. A Cimeira a nível de Chefes de Estado/Governo continuará a desempenhar um papel preponderante;

– a orientação e avaliação regular do diálogo pelas instâncias competentes do Conselho;

• Registou com satisfação que a UA continua a realizar progressos no tocante à criação dos seus próprios órgãos, designadamente o Conselho de Paz e Segurança (CPS), e à implementação das suas políticas, com base nos princípios e prioridades consignados no Acto Constitutivo da UA e retomados pela NPDA enquanto programa operacional da União Africana. Congratulou-se, em especial, com os esforços coerentes e bem sucedidos envidados pela UA e pelas organizações sub-regionais para a gestão e promoção da resolução de conflitos e crises em várias regiões do continente. Reiterou que está disposta a apoiar esses esforços, quando necessário em coordenação com as Nações Unidas;

• Aguarda com expectativa a continuação da busca, por ambas as partes, de uma solução construtiva para a questão do Zimbabué;

• Salienta a importância da sua decisão de estabelecer um Mecanismo de Apoio à Paz em África. Apoia os objectivos do Mecanismo de Apoio à Paz, que se baseia na propriedade e na solidariedade africanas e numa cooperação reforçada entre a UE, a ONU, a UA e as organizações sub-regionais no domínio da paz e da segurança, e que irá apoiar os esforços de manutenção da paz envidados pelos africanos, bem como a criação de instituições e de capacidades."

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GUINÉ – BISSAU

A Delegação Portuguesa chamou a atenção do Conselho para a situação da Guiné-Bissau, referindo que a par da sua política no domínio da prevenção de conflitos, a UE devia abordar a desastrosa situação económica no país e prever uma missão de observação para as eleições do próximo ano.

Vários intervenientes manifestaram o seu apoio.

REGIÃO DOS GRANDES LAGOS

O Ministro Belga informou os colegas sobre a sua recente visita à Africa Central e salientou a importância de a UE continuar a desempenhar um papel activo na região dos Grandes Lagos, em especial na sequência da operação "Artemis", para tirar proveito da actual oportunidade ligada ao progresso nos diversos processos. Poderia ser estudado um plano para, nomeadamente, apoiar um

"pacto de estabilidade" na região. Vários intervenientes manifestaram apoio à continuação do empenhamento da UE.

CRIAÇÃO DE UM MECANISMO DE APOIO À PAZ EM ÁFRICA

O Conselho aprovou um projecto de decisão a aprovar pelo Conselho de Ministros ACP-CE, sobre a utilização dos recursos do Fundo Europeu de Desenvolvimento para a criação de um Mecanismo de Apoio à Paz em África.

Esta iniciativa decorre do mandato dado pelo Conselho na reunião de 21 de Julho de 2003, em resposta a um pedido feito pela Cimeira da União Africana em Maputo em Julho passado. O seu sucesso dependerá de uma maior cooperação entre a UA, as organizações sub-regionais africanas, a UE e as Nações Unidas a fim de apoiar os esforços de manutenção da paz envidados pelos africanos e a criação de instituições e de capacidades.

A Comissão pretende apresentar uma proposta ao Comité do FED no início do próximo ano, que prevê um orçamento de 250 milhões de euros, por forma a permitir tornar o Mecanismo de Apoio à Paz operacional até ao final de 2004.

DECLARAÇÃO DA COMISSÃO E DO CONSELHO SOBRE UM MECANISMO DE APOIO À PAZ EM ÁFRICA

"A segurança e a estabilidade são cruciais para o desenvolvimento e a redução da pobreza em África. O mecanismo de apoio à paz em África dará um significativo impulso à capacidade dos africanos para instaurarem a paz no seu continente.

O mecanismo de apoio à paz secundará as operações lideradas por africanos e contribuirá para o desenvolvimento da capacidade a longo prazo das instituições africanas para realizarem essas operações.

A título de medida provisória, o mecanismo de apoio à paz será inicialmente financiado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento. Tendo em conta os compromissos de Monterrey da UE, posteriormente terão de ser estudadas opções alternativas de financiamento à luz de uma análise da eficácia do mecanismo, que será efectuada no final do primeiro ano, com base num relatório de avaliação da Comissão.

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Ao pôr em prática o mecanismo, deverá ser garantida a coerência entre as acções empreendidas no quadro da política externa da União por todas as formações do Conselho.

Serão debatidos no Conselho os objectivos e as modalidades de execução e de gestão do mecanismo, nomeadamente, a definição das acções que podem ou não beneficiar de financiamento através do mecanismo (designadamente, na distinção entre as despesas que se enquadram no âmbito da Ajuda Pública ao Desenvolvimento (APD) e as restantes despesas) e a coordenação entre o mecanismo e as actividades das Nações Unidas, da União Africana e das organizações subregionais.

Com base nesses debates, a Comissão elaborará uma proposta de financiamento a apresentar ao Comité do FED no início de 2004.

No que respeita a posteriores operações específicas a financiar pelo mecanismo, a Comissão compromete-se a procurar, numa fase precoce, o consenso dos Estados-Membros, nas instâncias competentes do Conselho, sobre a oportunidade política de cada uma das operações previstas.

Procurará, paralelamente, obter a aprovação do Comité do FED para cada operação aprovada.

O Conselho poderá aprovar, se necessário, as decisões relevantes."

POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO E AJUDA EXTERNA – Conclusões do Conselho O Conselho realizou um debate político com base num relatório da Comissão sobre a política comunitária de cooperação para o desenvolvimento e a implementação da ajuda externa em 2002, e aprovou as seguintes conclusões:

"RECORDANDO as suas conclusões de 31 de Maio e de 8 de Novembro de 2001 sobre o acompanhamento da política de desenvolvimento da CE e a declaração da Comissão e do Conselho de Novembro de 2000 sobre a política de desenvolvimento da CE;

RECORDANDO as suas conclusões de 19 de Novembro de 2002 relativas ao relatório anual sobre a política de desenvolvimento da CE e a implementação da ajuda externa,

O CONSELHO

1. CONGRATULA-SE com o relatório anual da Comissão sobre a política de desenvolvimento da CE e a implementação da ajuda externa em 2002;

2. REGISTA o progresso qualitativo do relatório de 2002, salientando os esforços envidados para avaliar o impacto da política comunitária de cooperação para o desenvolvimento e os progressos realizados no sentido do cumprimento dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM);

3. Sublinhando que o objectivo primordial da cooperação comunitária para o desenvolvimento é a redução da pobreza a nível mundial, RECONHECE que a ajuda comunitária prestada a cada região tem as suas características próprias, o que pode levar a que se tenha uma panorâmica fragmentária. Há que procurar imprimir maior coerência às questões geográficas, temáticas e horizontais no âmbito da ajuda comunitária, a fim de lhe conferir maior eficácia e de a tornar mais transparente aos olhos do público europeu. Para o efeito, o Conselho aguarda com expectativa que a Comissão lhe transmita propostas tendentes a prosseguir na via da harmonização e da racionalização dos instrumentos financeiros, no contexto das próximas perspectivas financeiras;

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4. TOMA NOTA de que as reformas da gestão da Comissão, que tiveram início em 2000, começam a mostrar os primeiros resultados em termos de reforço da eficácia da ajuda, e CONVIDA a Comissão a apresentar, no próximo relatório anual, a sua própria avaliação do processo, apresentando mais resultados analíticos e qualitativos das reformas e, se necessário, apontando os casos em que se faz sentir a necessidade de novas reformas ou de reformas mais profundas;

5. SALIENTA a multiplicidade de funções do relatório anual, que visa, designadamente, medir o impacto e a eficácia da cooperação comunitária para o desenvolvimento mediante a avaliação dos progressos realizados na consecução dos seus objectivos estratégicos, preencher os requisitos administrativos de apresentação de relatórios incluídos nas diferentes bases jurídicas e constituir um documento público de referência destinado a aumentar a visibilidade e a transparência da ajuda da CE aos países parceiros e informar o público europeu, incluindo o público dos países aderentes, sobre os resultados conseguidos pela ajuda comunitária. O Conselho CONVIDA a Comissão a reapreciar o formato do relatório anual, no sentido de corresponder plenamente a todas estas necessidades;

6. CONVIDA a Comissão a incluir no próximo relatório anual uma avaliação do trabalho relativo à cooperação entre a CE, os Estados-Membros e os países aderentes efectuado sob os auspícios da "Task Force Especial sobre o Desenvolvimento de Capacidades", a fim de reforçar a capacidade dos países aderentes no domínio da cooperação para o desenvolvimento e de explorar outras actividades necessárias neste contexto;

7. CONSIDERA que o relatório anual deve pôr a tónica na cooperação comunitária para o desenvolvimento. Contudo, dado que a contribuição da CE representa 20% do total da ajuda da UE, que por sua vez corresponde a mais de 50% da Ajuda Pública ao Desenvolvimento (APD) a nível mundial, o relatório anual também deverá apresentar uma breve panorâmica dos programas da CE no conjunto da ajuda da UE. Tal panorâmica da ajuda prestada pela UE constituiria uma oportunidade para analisar mais aprofundadamente a coordenação e a complementaridade não só entre a CE e a UE mas também entre os seus Estados-Membros, e os outros doadores. Neste contexto, o Conselho INCENTIVA a Comissão e os Estados- -Membros a reforçar a coordenação local e CONVIDA a Comissão a desenvolver as iniciativas já lançadas neste domínio. Além disso, o relatório anual deverá conter, no anexo estatístico, valores agregados seleccionados relativos às contribuições financeiras da CE para a APD;

8. REALÇA a necessidade de uma melhor integração do relatório anual nas diversas fases do planeamento estratégico da UE, incluindo o debate geral de orientação, o programa de acção anual e o debate sobre o orçamento anual, para que o relatório compare o desempenho efectivo com os objectivos previamente definidos e, ao mesmo tempo, dê um contributo substantivo para esses instrumentos de planeamento, relatando-a experiência adquirida. O relatório anual deverá igualmente reflectir, à luz dos esforços de racionalização envidados pela Comissão, uma utilização mais coerente dos diferentes instrumentos financeiros instituídos pela Comunidade para a ajuda externa aos países parceiros, tal como estipulado na política de desenvolvimento da CE. O Conselho CONVIDA a Comissão a apresentar o relatório anual mais perto do final do período sobre o qual incide, e nunca depois de Julho de 2004;

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9. ATRIBUI particular importância aos seguintes domínios, que devem ser aprofundados a fim de melhorar a qualidade do relatório anual no futuro:

• Avaliação dos progressos realizados pelos beneficiários da ajuda comunitária no sentido do cumprimento dos ODM, recorrendo a indicadores de resultados claros e mensuráveis, e do contributo comunitário para o esforço global de desenvolvimento, através dos seus programas e actividades em todas as regiões. Para o efeito, CONGRATULA-SE com o facto de o relatório da Comissão recorrer a uma série de dez indicadores relacionados com os ODM. O Conselho CONVIDA a Comissão a aprofundar a análise da relação entre o êxito das suas actividades, as suas políticas sectoriais e os progressos realizados pelos países em desenvolvimento no sentido do cumprimento dos ODM e do objectivo primordial de redução da pobreza a nível mundial;

• Avaliação dos progressos realizados no domínio da coordenação das políticas e da harmonização dos procedimentos entre a Comissão, os Estados-Membros e outros doadores, com base numa parceria genuína com os países beneficiários e com as respectivas estratégias nacionais de desenvolvimento, inclusivamente através de uma estreita coordenação no terreno entre as delegações da CE e as embaixadas locais dos Estados-Membros. Para o efeito, CONVIDA a Comissão a analisar de forma mais aprofundada os esforços de coordenação e de harmonização no âmbito do seu relatório periódico sobre o seguimento de Monterrey, designadamente os trabalhos realizados no contexto do CAD da OCDE e a nível de país;

Complementaridade entre a ajuda bilateral, multilateral e comunitária;

Coerência entre os objectivos da política de desenvolvimento da CE e outras políticas e objectivos da UE;

• Progressos realizados no âmbito da reforma da gestão através do processo de desconcentração e de outras medidas adoptadas pela Comissão;

Modalidades de co-financiamento entre a Comissão os Estados-Membros, incluindo as respectivas agências nacionais;

• Reapreciação do volume e, a seu tempo, da eficácia da ajuda orçamental e da ajuda a projectos, os dois instrumentos utilizados pela Comissão para prestar assistência aos países parceiros;

• Maior coerência na forma como são relatados os progressos realizados no âmbito da integração das questões horizontais relacionadas com a implementação das rubricas orçamentais horizontais e temáticas nas diferentes zonas geográficas;

Informação financeira sobre as autorizações e os desembolsos relativos a um período de 3 anos, a considerar como instrumento de apoio ao progresso e ao impacto da reforma da gestão da ajuda externa da CE."

Referências

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