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Agricultor. Tomadas medidas. de urgência para o setor leiteiro. Asituação da fileira do leite na região tem sido

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Agricultor

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Editorial

Jorge Alberto Serpa da Costa Rita

Todos os elementos da fileira do leite na região têm de contribuir para a sua viabilidade

DIRETOR:

Eng.º NUNO SOUSA II SÉRIE

A

situação da fileira do leite na região tem si- do particularmente difícil, verificando-se uma contínua diminuição dos rendimentos dos produtores de leite, que continuam a ter nos Açores, injustificadamente, o preço mais bai- xo da Europa por litro de leite.

As dificuldades das indústrias são sempre transfe- ridas para os produtores de leite duma forma direta, e esta é uma política que a produção nunca aceitará, porque para a fileira do leite ser viável, é preciso que o preço de leite pago ao produtor seja justo e de acordo com as condições existentes no mercado.

Não podemos aceitar esta descontinua desvalori- zação da produção de leite na região que leva à cons- tante desmotivação dos produtores que se dedicam todos os dias a esta atividade, fundamental para a co- esão económica e social da região.

A Associação Agrícola de São Miguel nunca irá ab- dicar dos seus princípios de defender intransigente- mente os seus associados, por isso, tem proposto ao longo do tempo, medidas que poderiam contribuir para a melhoria das condições da fileira. No entanto, tem encontrado algumas forças de bloqueio que im- pedem a criação de condições capazes de permitir uma maior valorização deste setor.

Ao invés, o Governo Regional dos Açores não se tem demitido das suas responsabilidades e tem avançado com medidas, em sintonia com a Fede- ração Agrícola dos Açores, que constituem nesta fase de grandes dificuldades e incerteza, uma ajuda fun- damental à sobrevivência do setor agrícola.

Temos desenvolvido um contínuo trabalho na defe- sa dos rendimentos dos agricultores na região, no país e em Bruxelas, tendo alcançado algumas impor- tantes vitórias (como no caso da manutenção do Po- sei para os Açores), que são essenciais para o futuro da agricultura, e isso, resulta da constante procura de soluções que possam restituir a esperança aos agri- cultores desejada por todos.

Mas para que isto seja possível, não basta a pro- dução e o governo regional fazerem o seu trabalho, é preciso que todos os restantes membros da fileira do leite assumam as suas responsabilidades e tomem as medidas certas e ajustadas, que passará sempre nu- ma primeira fase, pela atualização do preço do leite.

Haja bom senso e coragem para tomar as medidas adequadas e assertivas para o bem da Agricultura Açoriana.

Jorge Rita reeleito presidente da Associação Agrícola

de São Miguel e da Cooperativa União Agrícola

a partir de 2023

Página 9

Página 12

Tomadas medidas de urgência para o setor leiteiro

Nº 142 JULHO DE 2021 www.aasm-cua.com.pt

Páginas 2e3

Associação Agrícola presente em Santarém

Páginas 6e7

(2)

Tomadas medidas de urgência para o setor leiteiro

>> Após um processo exaustivo de análise ao setor do leite na região, o Presidente do Governo Regional dos Açores e o Presidente da Federação Agrícola dos Açores acordaram algumas medidas para a fileira do leite, que serão essenciais para atenuar a situação dramática que muitos produtores de leite estão a ultrapassar

O Governo Regional pretende a

"eliminação dos rateios" e a ante- cipação para setembro do paga- mento - previsto para outubro - dos apoios do Programa de Desen- volvimento Rural da Região Autó- noma dos Açores (PRORURAL+), como as medidas a zonas sujeitas a

sas do setor da transformação e da comercialização; seis milhões pa- ra reestruturação das explorações;

1,5 milhões para programas de inovação de digitalização; 3,6 milhões para programas de litera- cia; e 13,5 milhões para a reestru- turação da rede regional de abate e da rede da certificação do leite.

O líder regional disse ainda que o executivo açoriano irá "conti- nuar a insistência junto do Gover- no da República para a redução temporária em 50% das contri- buições mensais para a Segurança Social".

Bolieiro anunciou ainda a "re- dução dos custos da energia elétri- ca" para as explorações agrope- cuárias e a criação de um "gabine- te de crise para o setor do leite", que terá representantes do Gover- no Regional, dos agricultores e das empresas de laticínios. "Os Açores são hoje a mais importante região produtora de leite e laticínios em Portugal, com 37% do efetivo lei- teiro, sendo responsáveis pela pro- dução de 35% do leite nacional e mais de 50% da produção nacio- nal de queijo", declarou.

O

presidente da Fede- ração Agrícola dos Açores, Jorge Rita, enalteceu a "proativi- dade", o "mérito" e a "disponibi- lidade" do Governo Regional no apoio aos agricultores.

"Os agricultores estão asfixia- dos e isso também compete ao governo ajudar, e aqui claramen- te o governo está na primeira lin- ha da frente na ajuda dos agri- cultores. Isso para nós é mérito e é reconhecido", disse.

E concluiu: "Tenho de re- conhecer, e já estou há uns anos nisto, que até hoje nunca tivemos um governo que chegasse tão à frente nas decisões em prol do rendimento dos agricultores co- mo o governo atual do presiden- te José Manuel Bolieiro".

Após ter recebido o presiden- te da Federação Agrícola dos Açores, Jorge Rita, no Palácio de Sant'Ana, sede da Presidên- cia em Ponta Delgada, o Presi- dente do Governo regional dos Açores, José Manuel Bolieiro disse ser "urgente atuar com uma política que acuda à si-

"condicionantes naturais" ou as medidas agroambientais para a agricultura biológica e no âmbito do Plano de Recuperação e Resi- liência (PRR), serão dedicados 36,6 milhões à agricultura.

Desse valor, 12 milhões serão para a reestruturação das empre- tuação de crise no setor da pro-

dução de leite nos Açores".

O líder do Governo Regional anunciou, por isso, a "criação do programa de apoio à manu- tenção do emprego na agricul- tura, no âmbito das consequên- cias da Covid-19, no valor de 10 milhões de euros".

O presidente do executivo re- gional, conta da intenção de "atri- buir um apoio direto aos produ- tores de leite por litro de leite ou por vaca leiteira", no âmbito do Programa de Opções Específicas para o Afastamento e a Insularida- de nas Regiões Ultraperiféricas (POSEI), da União Europeia.

Esse apoio aos produtores de leite "carece de pedido de autori- zação à Comissão Europeia", que será feito durante este mês de jul- ho, ressalvou.

Questionado sobre o valor to- tal previsto para os apoios diretos aos agricultores, Bolieiro disse que "nunca será inferior aos apoios antigos" do POSEI, mas afirmou que só irá "tornar públi- co o valor" após a divulgação da Comissão Europeia.

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Medidas para o setor do leite acordadas entre o Presidente do Governo

Regional dos Açores e o Presidente da Federação Agrícola dos Açores

Atribuição de um apoio direto aos produtores de leite de 1,5 cêntimos por litro ou o mesmo montante por vaca leiteira a partir de 1 de julho até ao final do ano;

Eliminação de todos os rateios do Posei nesta campanha

Antecipação em 70% (máximo permitido) do pagamento (com reforço de 3 milhões de euros) previsto em Outubro para Setembro das seguintes medidas de apoio do PRORURAL+;

Medida de Apoio a Zonas Sujeitas a Condicionantes Naturais ou outras Condicionantes, antigas Indemnizações Compensatórias;

Medidas AgroAmbientais (Extensificação da Produção Pecuária e Agricultura Biológica).

Criação do Programa de Apoio à Manutenção do Emprego

na Agricultura, no âmbito

das consequências da COVID-19, no valor de 10 ME;

Apoiar à eletricidade nas explorações;

Continuar a insistir junto do Governo da República para a redução temporária em 50% das contribuições mensais para a Segurança Social;

Criar acesso às linhas de crédito nacionais para os produtores

de leite cru;

Criar um Gabinete de crise para o leite, constituído por: Secretaria Regional da Agricultura e

Desenvolvimento Rural, Secretaria Regional das Finanças, Planeamento e Administração Pública, Secretaria Regional da Juventude, Qualificação Profissional e Emprego, Federação Agrícola dos Açores, ANIL

e Lactaçores.

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PRÉMIO AOS PRODUTORES DE LEITE - POSEI

O POSEI permite que no Prémio aos produtores de leite

se possa reduzir a produção até 20% sem penalizações em relação ao ano anterior, recebendo pelo melhor dos dois anos.

Para mais informações contactar a Associação Agrícola de São Miguel

Vespa das galhas do castanheiro

Dryocosmus kuriphilus (Hymenoptera; Cynipidae)

A

vespa das galhas do castanheiro, originária da China, é uma das pragas maisprejudiciais para os castanheiros.

Em 1974 foi detetada nos Estados Uni- dosda América

Na Europa em Itália em 2002.

Depois disso já foi detetada em França, Eslovénia, República Checa, Suíça, Hungria, Croácia, Holanda, Espanha e Alemanha.

Em junho de 2014 foi observada em Portu- gal Continental, encontrando-se atualmente dispersa nas zonas Norte,Centro e Lisboa e Va- le do Tejo. Em agosto desse mesmo ano foi também detetada na ilha da Madeira.

Nos Açores foram detetados os primei- ros focos em março de 2021.

Este inseto ataca apenas castanheiros.

Provoca a formação de galhas nos gomos e nas folhas. As galhas limitam o crescimen- todos ramos e o desenvolvimento das ár- vores e impedem a frutificação. A produção e aqualidade das castanhas podem dimi- nuir drasticamente levando ao declínio dos castanheiros.

Sintomas

Os ovos e as jovens larvas não são fáceis de observar.

O ataque só se torna evidente no início da primavera, quando a planta sai do estado de repouso vegetativo. Nessa altura, as larvas começam a alimentar-se e dá-se a formação das galhas.

As galhas podem medir entre 5 e 20 mm dediâmetro. No início são esverdeadas, mas com o tempo tornam-se rosadas e passam a ser mais visíveis.

Após a emergência das fêmeas, as galhas secam e podem continuar na árvore duran- te dois anos, permanecendo visíveis.

Biologia

A vespa das galhas do castanheiro tem apenas uma geração anual.

Para a reprodução não são necessários machos (estes nunca foram observados) e toda a descendência é composta por fêmeas.

Em Itália, as fêmeas emergem das gal- has apartir do final de maio até final de jul- ho e vivem durante 2 a 10 dias. Medem cer- ca de 2,5 a 3 mm de comprimento e têm o corpo preto enquanto as patas e as antenas são amarelados.

Logo após a emergência, as fêmeas de- positam os ovos nos gomos dos castanhei- ros, podendo colocar mais de 100 durante a sua vida. Os ovos são brancos.

Passados 30 a 40 dias as larvas desenvol- vem-se, mas permanecem dentro do ovo durante o inverno. Na primavera seguinte, quando os gomos começam a desenvolver- se, as larvas entram em atividade e provo- cam a formação dasgalhas, no interior das quais permanecematé à emergência das fê- meas adultas. Cada galha contém em média 3,5 larvas, mas pode chegar a ter mais de 16.

A fase de pupa verifica-se entre meados de maio e meados de julho. Depois emer- gem as fêmeas adultas, que irão dar origem a uma nova geração. Mesmo depois de com- pletamente desenvolvidas, as fêmeas per- manecem no interior das galhas durante 10 a 15 dias. Após esse tempo, saem através de um pequeno orifício que fazem na galha.

Meios de dispersão

A circulação de plantio ou de partes de plantas de castanheiro originárias de zo- nas onde existe este inseto é a principal forma de introdução e de dispersão da praga.

A dispersão a curtas distâncias pode rea- lizar-se através:

1 - da circulação de material infestado (ramos ou jovens plantas),

2 - do vento ou

3 - do voo das fêmeas adultas, que se- verifica de final de maio a final de julho.

A deslocação das fêmeas é favorecida por ventos ligeiros ou através do seu trans- porte pelo Homem em veículos ou no ves- tuário.

Fases de risco

A fase de maior risco, durante a qual de- verá ser feita uma vigilância atenta, ocorre na altura em que as galhas verdes se desen- volvem (meados de março até finais de maio).

Meios de luta

Atualmente os meios de luta mais efica- zes são a prevenção e a luta cultural. É mui- to importante conhecer este inseto e os sin- tomas que provoca para evitar a sua intro- dução e a sua dispersão nos Açores.

De meados de março até finais de maio, é essencial vigiar as plantas jovens no cam- po para eliminar e destruir todas as galhas que sejam observadas antes da emergên- cia das fêmeas, de modo a evitar o início de uma nova geração.

A sua colaboração é fundamental para manter os Açores isentos desta importante praga dos castanheiros.

Quando observar sintomas de ataque deste inseto ou quando suspeitar da sua presença, contate o Serviço de Desenvolvi- mento Agrário da sua ilha ou a Direção de Serviços de Agricultura.

Serviço de Desenvolvimento Agrário de Santa Maria

Email: info.sdastm@azores.gov.pt Telefone: (+351) 296 820 750 Serviço de Desenvolvimento Agrário da Terceira

Email: info.sdat@azores.gov.pt Telefone: (+351) 295 404 330 Serviço de Desenvolvimento Agrário da Graciosa

Email: info.sdag@azores.gov.pt Telefone: (+351) 295 730 450 Serviço de Desenvolvimento Agrário de São Jorge

Email: info.sdasj@azores.gov.pt Telefone: (+351) 295 430 490 Serviço de Desenvolvimento Agrário do Pico

Email: info.sdap@azores.gov.pt Telefone: (+351) 292 628 910 Serviço de Desenvolvimento Agrário do Faial

Email: info.sdaf@azores.gov.pt Telefone: (+351) 292 200 120 Serviço de Desenvolvimento Agrário de Flores e Corvo Email: info.sdafc@azores.gov.pt Telefone: (+351) 292 590 450 Direção de Serviços de Agricultura

Email: info.dsa@azores.gov.pt Telefone: (+351) 296 204 350 Secretaria Regional da Agricultura

e do Desenvolvimento Rural Direção Regional da Agricultura Direção de Serviços de Agricultura Galhas de diferentes tipos e tamanhos

e de coloração verde e rosada.

Fêmea adulta ainda no interior da galha.

Duas larvas no interior de uma galha aberta ao meio.

Ramo de castanheiro com galhas (foto cedida pela DRAPN).

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Associação Agrícola

presente em Santarém

A

Associação Agrícola de São Miguel esteve pre- sente na Feira Nacio- nal de Agricultura (FNA21), que decorreu em San- tarém, entre 9 a 13 de junho.

Após um ano de interrupção, devido à pandemia provocada pelo covid-19, a Feira Nacional da Agricultura voltou em 2021 e decorreu entre o digital e o presencial, de acordo com as re- gras impostas pelas entidades oficiais.

A aposta no digital represen- tou mais um passo na moderni- zação da FNA21 enquanto evento com grande impacto na população portuguesa, conti- nuando assim, a ser uma mostra representativa do melhor que se faz na agricultura no país, onde a inovação tecnológica é cada vez mais uma realidade.

Mesmo com as restrições existentes, a Associação Agrí- cola de São Miguel não pode- ria deixar de estar presente, com o seu stand dos Açores vir- tual e presencial, em que neste

caso, pôs à prova dos consumido- res os produtos regionais, como queijos, leite, ananás, chá, com- potas, queijadas, refrigerantes, vinhos, licores, bolos lêvedos, en- tre outros.

Jorge Rita, presidente da As- sociação Agrícola de São Mi- guel, disse que "Esta presença é fundamental para a promoção

Defesa do Consumidor, João Torres, o secretário regional da Agricultu- ra e Desenvolvimento Rural, António Ventura, a Comissão de Agricultura e Mar e os líderes de vários partidos como Rui Rio (PSD), Jerónimo de Sousa (PCP), André Ventura (Chega) e Francis- co Rodrigues dos Santos (CDS) e de D. Duarte Pio de Bragança.

dos produtos regionais no mer- cado nacional, pela projeção que esta Feira tem junto da popu- lação, sendo mais um contribu- to que a Associação Agrícola de São Miguel pretende dar à ne- cessária valorização que os nos- sos produtos necessitam de ter, para que possam ganhar mais e melhores consumidores nacio-

nais e internacionais", destacou.

O líder da maior associação agrícola nacional considera que existe a necessidade de produzir com extrema qualidade e apon- tar para a valorização dos produ- tos. "Só conseguimos ter sucesso a trabalhar para a excelência", sublinhou.

Durante estes dias registaram- se 216.000 visitas no âmbito digi- tal (Europa, América, África e Ásia) com 524.000 ações como vi- sualizações de vídeos, fotografias e brochuras, pesquisas por área de atividade, downloads, entre outros.

As conferências, webinares e apre- sentações em livestream tiveram mais de 20.000 visualizações.

A FNA21 contou com a pre- sença de várias individualidades como o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o minis- tro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Viei- ra, a ministra da Agricultura, Ma- ria do Céu Antunes, o Presidente do Governo Regional dos Açores,, José Manuel Bolieiro, o secretário de Estado do Comércio, Serviços e

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Portaria n.º 56/2021 de 30 de junho de 2021 (Reconversão de Leite para Carne)

Secretaria Regional da Agricultura e do Desenvolvimento Rural

Sumário

Estabelece as regras de atribuição de um lote de 3.650 (três mil seiscentos e cinquenta) direitos individuais para efeitos de concessão do Prémio à Vaca Aleitante constante do programa POSEI-Açores e das condicio- nantes à sua utilização.

Portaria n.º 56/2021 de 30 de junho de 2021

Considerando o Regulamento (UE) n.º 228/2013 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 13 de março de 2013, que estabelece medidas especificas no domínio da agricultura a favor das regiões ul- traperiféricas da União;

Considerando o Regulamento de Execução (UE) n.º 180/2014 da Comissão, de 20 de fevereiro de 2014, que estabelece normas de execução do Regulamento (UE) n.º 228/2013 do Parlamento Europeu e do Conselho;

Considerando que o subprograma para a Região Autónoma dos Açores, do programa POSEI-Portu- gal, dispõe que o prémio à vaca aleitante se baseia num esquema de direitos individuais;

Considerando que não se encontra atribuída a totali- dade dos direitos disponíveis na reserva regional;

Considerando a necessidade de reestruturar a pro- dução leiteira;

Considerando que o excesso de produção de leite é pree- minente nas ilhas Terceira, Graciosa e São Miguel;

Manda o Governo Regional, pelo Secretário Regional da Agricultura e do Desenvolvimento Rural, nos ter- mos do disposto na alínea d) do n.º 1 do artigo 90.º do Estatuto Político-administrativo da Região Autónoma dos Açores, na sua redação atual, o seguinte:

Artigo 1.º Objeto

A presente Portaria estabelece as regras de atribuição de um lote de 3.650 (três mil seiscentos e cinquenta) di- reitos individuais para efeitos de concessão do Prémio à Vaca Aleitante constante do programa POSEI-Açores e das condicionantes à sua utilização.

Artigo 2.º Beneficiários

1.Podem candidatar-se à atribuição de direitos indivi- duais ao Prémio à Vaca Aleitante os produtores de leite que satisfaçam as seguintes condições:

a)No ano civil de 2020 tenham efetuado entregas de leite nas ilhas de São Miguel, Terceira ou Graciosa, ou tratando-se de pessoas coletivas, cuja atividade se ten- ha iniciado em 2020 ou 2021, um ou mais sócios o ten- ham feito;

b)Tenham efetuado entregas de leite no ano civil de 2021, até à data de publicação da presente portaria;

c)Tenham domicílio fiscal numa das ilhas referidas na alínea a).

2.Podem também candidatar-se à atribuição de direitos individuais ao Prémio à Vaca Aleitante os produtores de leite com explorações em sequestro sanitário.

Artigo 3.º Compromisso

1.Os produtores têm que abater em matadouro, até 31 de dezembro de 2022, todas as fêmeas bovinas das raças constantes no anexo II da Portaria n.º 17/2021, de 5 de março, ou resultantes do cruzamento com essas raças, presentes na sua exploração à data de publicação da pre- sente Portaria.

2.São equiparadas às fêmeas abatidas, para efeitos do número anterior, as que tenham morrido na exploração ou desaparecido da mesma.

Artigo 4.º Atribuição dos direitos

1.O número máximo de direitos a atribuir por ilha é de:

a) 2644 direitos para a ilha de São Miguel;

b)959 direitos para a ilha Terceira;

c)47 direitos para a ilha Graciosa.

2. O número de direitos a atribuir a cada produtor, arre- dondado às décimas, é calculado com base na seguinte fórmula:

ND = 0,1251 × E + 0,4398 × VL Em que:

ND - Número de direitos a atribuir

E - Entregas de leite efetuadas em 2020 (expressas em toneladas, com três casas decimais)

VL - Número de animais determinados, no ano 2020, no Prémio à Vaca Leiteira, constante da Portaria n.º 16/2020, de 11 de fevereiro.

3.Para efeitos de cálculo do número de direitos a atribuir, não são consideradas as transferências do volume de lei- te, previamente contratualizado com o comprador, oco- rridas em 2021.

4.No caso das pessoas coletivas, cuja atividade se tenha iniciado em 2020 ou em 2021, são contabilizados os parâmetros E e VL correspondentes a um ou mais sócios.

5.No caso das explorações em sequestro sanitário são contabilizados os parâmetros E e VL correspondentes ao ano anterior ao da entrada em sequestro sanitário.

Artigo 5.º Critérios de seleção

1.Se o número máximo de direitos a atribuir numa da- da ilha não for suficiente para satisfazer todas as candi- daturas dessa ilha, proceder-se-á à atribuição sucessiva dos direitos, segundo a posição hierárquica daquelas, es- tabelecida com base em três critérios de seleção, aplica- dos na seguinte sequência:

a)Explorações com contagem de células somáticas (CCS) superior a 400.000 células/ml de leite (média geométri- ca anual atestada pelo Serviço de Classificação de Leite - SERCLA); ou com contagem microbiana total (CMT) superior a 100.000 células/ml de leite (média geomé- trica anual atestada pelo SERCLA); ou explorações em sequestro sanitário, à data da candidatura;

b) Explorações com entregas de leite inferiores a 200.000 litros de leite;

c)Idade dos produtores, ordenada de modo decrescen- te, sendo que no caso de heranças indivisas ter-se-á em conta a idade do herdeiro mais novo e no caso das pes- soas coletivas a data da constituição da sociedade.

2.Em caso de igualdade entre candidaturas, após a apli- cação dos critérios de seleção mencionados no número anterior, será dada preferência à que tiver sido submeti- da em primeiro lugar, relevando para o efeito o dia, hora, minuto e segundo.

Artigo 6.º Período de candidatura

O período de candidaturas decorre de 1 de julho a 2 de agosto, de 2021.

Artigo 7.º

Apresentação da candidatura

As candidaturas são apresentadas junto dos Serviços de Desenvolvimento Agrário de ilha, da Secretaria Re- gional da Agricultura e do Desenvolvimento Rural, ou através de submissão de formulário eletrónico dis- ponível em https://gestpdr.azores.gov.pt, acompan- hadas da declaração do comprador de leite que ateste as transferências do volume de leite cru referidas no n.º 3 do artigo 4.º.

Artigo 8.º

Decisão das candidaturas

1.A atribuição dos direitos individuais ao prémio à vaca aleitante é da competência da Direção Regional do De- senvolvimento Rural (DRDR).

2.A decisão de atribuição dos direitos é notificada aos in- teressados.

3.As notificações são efetuadas por mensagem de correio eletrónico (e-mail) desde que o produtor o tenha dispo- nibilizado no formulário de identificação do beneficiário (IB), nos termos da legislação aplicável.

4. No caso do produtor não ter disponibilizado o e-mail no seu IB, as notificações são efetuadas por carta regis- tada, para o domicílio fiscal, ou para a morada de con- tacto, indicados no IB.

Artigo 9.º

Utilização dos direitos e condicionantes 1.Os direitos atribuídos ao abrigo da presente Portaria podem ser utilizados a partir do ano seguinte ao do cum- primento do compromisso previsto no artigo 3.º.

2.Só podem utilizar os direitos atribuídos ao abrigo da pre- sente Portaria os produtores que, no ano em causa, não ten- ham apresentado candidatura ao Prémio aos Produtores de Leite ou ao Prémio à Vaca Leiteira, previstos na Portaria que estabelece as normas de aplicação daquelas medidas.

3.O disposto no n.º 6 do artigo 6.º da Portaria n.º 17/2021, de 5 de março, aplica-se aos produtores que beneficiam da presente Portaria.

4.O produtor tem que cancelar o n.º de SERCLA até 31 de dezembro do ano em que satisfizer o compromisso previsto no n.º 1 do artigo 3.º e tem que remeter à DRDR o compro- vativo, emitido pelo Instituto de Alimentação e Mercados Agrícolas (IAMA), até 31 de janeiro do ano subsequente.

5.O não cumprimento do disposto no número anterior, implica a perda dos direitos atribuídos ao abrigo da pre- sente portaria.

Artigo 10.º

Intransmissibilidade dos direitos

1.Os direitos atribuídos ao abrigo da presente Portaria são intransmissíveis.

2. O disposto no número anterior não se aplica nos se- guintes casos de força maior e circunstâncias excecionais:

a)Morte do beneficiário;

b)Incapacidade profissional de longa duração do bene- ficiário;

c)Catástrofe natural grave que afete de modo significa- tivo a exploração;

d)Epizootias que afetem parte ou a totalidade do gado;

e) Expropriação de toda a exploração, ou uma parte im- portante da mesma, no caso de a expropriação não ser previsível no dia da apresentação da candidatura;

f ) Transferências de pais para filhos, no caso da ces- sação da atividade agrícola;

g)Transmissão para o herdeiro ou herdeiros, no caso de heranças indivisas;

h)Transmissão de um produtor em nome individual pa- ra uma sociedade da qual esse produtor seja sócio maio- ritário, e vice-versa.

Artigo 11.º Entrada em vigor

A presente Portaria entra em vigor no dia 1 de julho de 2021.

Secretaria Regional da Agricultura e do Desenvolvimento Rural.

Assinada a 25 de junho de 2021

O Secretário Regional da Agricultura e do Desenvolvimento Rural,

António Lima Cardoso Ventura.

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Envelope Financeiro do POSEI mantido a partir de 2023

Após prolongadas e complexas negociações, a Federação Agrícola dos Açores comunica que os negoci- adores do Parlamento Europeu, do Conselho da União Europeia e da Comissão Europeia chegaram a um acordo interinstitucional que permi- tirá manter o atual orçamento do POSEI a partir de 2023.

Este acordo é o resultado dum vasto, moroso e intenso trabalho de sensibi- lização da Federação Agrícola dos Açores, assim como dos seus par- ceiros organizacionais e governamen- tais portugueses, franceses e espanhóis, que, desde a primeira hora, encetaram todos os esforços para reverter a pro- posta de corte apresentada pela Comissão Europeia em 2018. O acor- do deverá ser agora confirmado for- malmente pelos colegisladores.

Resultado semelhante já tinha sido alcançado para o período transitório da Política Agrícola Comum (anos 2021 e 2022), tendo-se então asse- gurado a manutenção do POSEI através da eliminação da proposta de alteração avançada, em outubro de 2019, pela Comissão Europeia.

Foi também assegurado o papel das regiões no desenho, implementação e gestão na política de desenvolvi- mento rural 2023/2027.

Garantida a manutenção do POSEI

para o período pós-2022 e con-

siderando as atuais necessidades

orçamentais, a Federação Agrícola

dos Açores continuará a reivin-

dicar, junto de todos os atores

legislativos regionais, nacionais e

europeus, o aumento da dotação

financeira do POSEI.

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Portaria n.º 62/2021 de 1 de julho de 2021

Calendário Venatório da Ilha de São Miguel - 2021/2022

Secretaria Regional da Agricultura e do Desenvolvimento Rural

Sumário

Aprova o calendário venatório para a ilha de São Miguel, para a época venatória de 2021/2022. Revoga a Portaria n.º 87/2020, de 30 de junho de 2020, a Portaria n.º 109/2020, de 7 de agosto de 2020, e a Portaria n.º 154/2020, de 6 de novembro de 2020.

Portaria n.º 62/2021 de 1 de julho de 2021

Ouvido o Conselho Cinegético de Ilha, nos termos defi- nidos no artigo 7.º do Decreto Legislativo Regional n.º 3/2018/A de 22 de fevereiro, manda o Governo da Região Autónoma dos Açores, pelo Secretário Regional da Agri- cultura e do Desenvolvimento Rural, o seguinte:

Artigo 1.º

1 -É aprovado o calendário venatório para a ilha de São Mi- guel, que consta do Anexo 1 da presente portaria e dela faz parte integrante.

2 - O calendário venatório aprovado nos termos do número anterior é válido para a época venatória de 2021/2022, a qual se inicia a 1 de julho de 2021 e termina a 30 de junho de 2022.

Artigo 2.º

1 -O calendário venatório, constante do Anexo 1 da presente portaria, vigora em toda a ilha de São Miguel.

2 -A atividade venatória tem as limitações decorrentes do di- ploma que criou o Parque Natural da ilha de São Miguel.

3 -De acordo com a Portaria n.º 74/2018 de 29 de junho, na ilha de São Miguel, é proibido todo e qualquer ato venatório, nas Reservas Integrais de Caça, designadas por:

a)"Planalto dos Graminhais", criada para proteção da nar- ceja, de acordo com o que consta do Capítulo III da referida portaria;

b) "Reserva de Água Retorta", criada para proteção da ga- linhola de acordo com o que consta do Capítulo II da referi- da portaria;

c)"Reserva do Pico da Pedra" e "Reserva do Cabouco", cria- das para proteção da perdiz-cinzenta, de acordo com o que consta do Capítulo IV da referida portaria.

4 -Nas Reservas Parciais de Caça de proteção à codorniz, de- finidas no Capítulo I da Portaria n.º 74/2018 de 29 de junho, na ilha de São Miguel é proibida a caça à codorniz, a liber- tação de cães de caça, assim como a prática de qualquer ou- tro ato venatório, com exceção da caça ao coelho-bravo pelo processo a corricão.

5 -É proibido o exercício da caça no lugar de Fajã do Cal- hau, localizado na freguesia de Água Retorta, no concelho de Povoação, por se tratar de uma zona de nidificação do caga- rro (Calonectris diomedea).

6 -No que concerne à caça ao coelho-bravo, a ilha de São Mi- guel é dividida em três zonas, delimitadas do seguinte mo- do e identificadas no Anexo 2, da presente portaria:

Zona 1 -Compreendida entre as barrocas do mar e uma linha com início na freguesia de Fenais da Luz, con- celho de Ponta Delgada, na rua Infante D. Henrique, que segue a Estrada Regional Nº 1 - 1ª até ao início do eixo Eixo Norte da SCUT Maia/Lomba da Fazen- da , localizado na freguesia de Maia, concelho de Ri- beira Grande, seguindo por este, até ao seu término, na freguesia de Lomba da Fazenda, concelho de Nordeste, con- tinuando pela Estrada Regional Nº 1 - 1ª até ao início do Ei- xo Sul da SCUT Vila Franca do Campo/Lagoa, na freguesia de Ribeira Seca, concelho de Vila Franca do Campo, se- guindo por este até à "Grota do João Luís", localizada na freguesia de Santa Cruz, concelho de Lagoa, seguindo pela Estrada Regional Nº 1 - 1ª até ao final da fregue- sia de Rosto do Cão (São Roque), no concelho de Ponta Delgada, no local conhecido por "rotunda de Belém".

Zona 2 -Toda a área localizada a este (nascente) de uma linha que tem início na freguesia de Fenais da Luz, concelho de Ponta Delgada, na rua Infante D. Hen- rique, segue pela rua da Cidade (Estrada Municipal 512), passa pelo Arrebentão dos Fenais, segue até à rotunda da Adutora, localizada na freguesia da Fajã de Cima, concelho de Ponta Delgada, desce pela rua principal da freguesia

da Fajã de Cima, até à via rápida e continua por esta até São Roque. Com exceção da área definida como Zona 1, no n.º 6 do presente artigo.

Zona 3 -Toda a área localizada a oeste (poente)de uma lin- ha que tem início na freguesia de Fenais da Luz, na rua In- fante D. Henrique, que segue pela rua da Cidade (Estrada Municipal 512), passa pelo Arrebentão dos Fenais, segue até à rotunda da Adutora, localizada na freguesia de Fajã de Ci- ma, desce pela rua principal da freguesia de Fajã de Cima, até à via rápida e continua por esta até São Roque.

7 -É definida uma zona para o exercício da caça à narceja-co- mum e narceja de Wilson, identificada no Anexo 3 da pre- sente portaria, e que é delimitada do seguinte modo:

Toda a área da ilha de São Miguel que se encontra a oeste (poente)de uma linha que tem início junto ao porto de pes- cas da freguesia de Ribeira Quente, concelho de Povoação, seguindo paralelo à ribeira, até à Rua dos Moinhos, e desta, pela Estrada Regional Nº 2 - 2ª, até a Estrada Regional Nº 1 - 1ª, por onde continua até à zona das caldeiras, na fregue- sia de Furnas, concelho de Povoação, seguindo pela Rua do Estaleiro, até à Estrada Regional Nº 2 - 1ª (Pedras do Gale- go) e, por esta, segue até ao entroncamento com a Estrada Municipal, que dá acesso à freguesia de Salga, concelho de Ribeira Grande, continuando por essa via até ao Pico do Sal- to do Cavalo, de onde prossegue, até ao mar, ao longo da ri- beira da Salga.

Artigo 3.º

1 -Na época venatória 2021/2022, é permitida a caça às se- guintes espécies:

a)Coelho-bravo (Oryctolagus cuniculus algirus);

b) Codorniz (Coturnix coturnix conturbans);

c)Marrequinha (Anas crecca);

d)Narceja-comum (Gallinago gallinago);

e)Narceja de Wilson (Gallinago delicata);

f)Pato-real (Anas platyrhynchos);

g)Piadeira (Mareca penelope);

h) Pombo-das-rochas (Columba livia).

2 -Os processos de caça, períodos venatórios, horários e li- mites diários de abates para cada espécie cinegética, referi- da no número anterior, são os que constam do Anexo 1 da presente portaria.

Artigo 4.º

1 -Na época venatória de 2021/2022, é proibida a caça às se- guintes espécies:

a)Galinhola (Scolopax rusticola);

b)Perdiz-cinzenta (Perdix perdix);

c)Perdiz-vermelha (Alectoris rufa).

2 -Na época venatória 2021/2022 é proibido caçar com utilização de furão.

3 - Na caça ao coelho-bravo, à exceção de uma pequena foice para auxiliar os cães quando necessário, é proibida a utili- zação de instrumentos cortantes de qualquer tipologia para a abertura de veredas de passagem, assim como a caça ao co- elho-bravo em veredas recentemente abertas.

4 -É proibido caçar ao pombo-das-rochas, nos locais de ni- dificação da espécie, nomeadamente junto às barrocas do mar e com utilização de barco.

Artigo 5.º

1 -Na Época Venatória 2021/2022, é permitida a libertação de cães de caça de espécies cinegéticas de pelo, nomeada- mente os cães utilizados na caça ao coelho-bravo (podengos), para o seu exercitamento, durante toda a época venatória, apenas no segundo e no último domingo de cada mês, entre as 8:00 e as 12:00 horas, apenas em sete áreas da ilha de São Miguel, cuja localização e delimitações abaixo se descri- minam:

Área 1 -Situa-se na freguesia de Ponta Garça (concelho de Vila Franca do Campo). É delimitada a norte pela Estrada Regional n.º 1 - 1.ª, a este pela Rua da Gaiteira, a sul pelas ba- rrocas do mar e caminho da Lazeira, e a oeste pela canada do Roegão e pelo Caminho Novo;

Área 2 -Situa-se na freguesia de Feteiras (concelho de Pon- ta Delgada). É delimitada a norte pela Estrada Regional n.º 1 - 1ª, a este pelo Caminho do Porto das Feteiras, a sul pelas barrocas do mar e a oeste pela Grota do Ramal (Ramalho);

Área 3 -Situa-se na freguesia de Mosteiros (concelho de Ponta Delgada). É delimitada a norte pelas barrocas do mar, a este pela Grota do Loural, a sul pela Estrada Regional n.º 1 - 1.ª e a oeste pelo Caminho do Miradouro do Escalvado, na Várzea;

Área 4 -Situa-se na freguesia de Santa Bárbara (concelho de Ponta Delgada). É delimitada a norte pelas barrocas do mar, a este pela Rua do Couto, a sul pela Estrada Regional n.º 1 - 1.ª e a oeste pela Grota das Lajes (limite de freguesia);

Área 5 -Situa-se nas freguesias de Porto Formoso e de São Brás (concelho da Ribeira Grande). É delimitada a norte pe- la Rua dos Moinhos (antigo Caminho da Ladeira da Velha) e pela estrada que liga o lugar de Moinhos (Praia dos Moinhos) ao centro da freguesia do Porto Formoso e posteriormente à Rua do Areeiro na freguesia de São Brás, a este pela Rua do Areeiro e pelo Ramal de São Brás, a sul e a oeste pela Estrada Regional n.º 1 - 1.ª;

Área 6 -Situa-se nas freguesias de Fenais da Ajuda, Lom- ba de São Pedro (concelho da Ribeira Grande) e Acha- dinha (concelho do Nordeste). É delimitada a norte pelas barrocas do mar, a este pela Ribeira do Lenho que desa- gua na Ribeira dos Caldeirões até ao mar, a sul pela Es- trada Regional n.º 1 - 1.ª e a oeste pela Rua da Vera da Cruz, seguindo pela Avenida do Pensamento e pela Rua de Nossa Senhora da Ajuda, contornando pela direita a igreja e o cemitério dos Fenais da Ajuda, em direção às

barrocas do mar;

Área 7 -Situa-se nas freguesias de Santo António de Nordestinho e São Pedro de Nordestinho (concelho do Nordeste). É delimitada a norte pelas barrocas do mar, a este pela Ribeira de Água que serve também de limite à Reserva Parcial de Caça de proteção à codorniz, localizada na freguesia de São Pedro Nordestinho, a sul pela Estrada Regional n.º 1 - 1.ª e a oeste pela Grota do Calvo que atra- vessa a zona denominada por Eira Velha, localizada na fre-

guesia de Santo António de Nordestinho;

2 -Durante a libertação dos cães de caça de espécies ci- negéticas de pelo, para o seu exercitamento, é proibido:

a)Formar grupos com mais do que 5 pessoas e matil- has com mais do que 12 cães, devendo os detentores dos cães ser portadores da Carta de Caçador e das Li- cenças dos cães;

b) Utilizar instrumentos cortantes de qualquer tipologia, à exceção de uma pequena foice para auxiliar os cães quan- do necessário, a abertura de veredas e a instigação dos cães à captura de qualquer espécie cinegética ou outra;

(11)

ovos encontrados;

d)Entrar em terrenos cujas culturas não o permitam, nas zonas assi- naladas para a proteção de espécies cinegéticas e em terrenos onde a circulação dos cães ou dos seus detentores possa colocar em risco os bens pertencentes a terceiros.

Artigo 6.º

1 -Na Época Venatória 2021/2022, é permitida a libertação de cães de caça de espécies cinegéticas de pena, identificados como cães-de-pa- rar, para o seu exercitamento, durante toda a época venatória, salvo nos meses de fevereiro a setembro, em que a libertação dos cães-de-parar apenas é permitida no primeiro e no terceiro domingo de cada mês, en- tre as 8:00 e as 12:00 horas, nos terrenos situados abaixo da cota dos 300m de altitude.

2 - Durante a libertação dos cães de caça, de espécies cinegéticas de pe- na, para o seu exercitamento, não é permitido:

a)Formar grupos com mais do que 2 pessoas e soltar em simultâneo mais de 2 cães, devendo os detentores dos cães ser portadores da Car- ta de Caçador e das Licenças dos cães;

b)Utilizar armas, abater, capturar ou deter qualquer espécie cinegé- tica ou outra, colher, destruir ou perturbar intencionalmente os nin- hos e ovos encontrados;

c) Entrar em terrenos onde tenha decorrido qualquer prova de caça, com lançamento de espécies cinegéticas criadas em cativeiro, pelo período de uma semana, a contar da data da sua realização. A infor- mação sobre os locais e datas de realização das provas de caça estará disponível nos serviços florestais;

d)Entrar em terrenos cujas culturas não o permitam, nas zonas assi- naladas no artigo 2.º da presente portaria para a proteção de espécies cinegéticas e em terrenos onde a circulação dos cães ou dos seus de- tentores possa colocar em risco os bens pertencentes a terceiros.

Artigo 7.º

É revogada a Portaria n.º 87/2020, de 30 de junho de 2020, a Portaria n.º 109/2020, de 7 de agosto de 2020, e a Portaria n.º 154/2020, de 6 de novembro de 2020.

Artigo 8.º

A presente portaria entra em vigor a 1 de julho de 2021.

Secretaria Regional da Agricultura e do Desenvolvimento Rural.

Assinada a 29 de junho de 2021.

O Secretário Regional da Agricultura e do Desenvolvimento Rural, António Lima Cardoso Ventura.

Opções de melhoramento dos bovinos leiteiros

em São Miguel

O

s bovinos existem nos açores desde a sua colonização, sendo que no passado, tinham como finalidade trabalho e com- plemento produtivo de leite e carne, uma vez que as produções indústrias existentes eram ta- baco, beterraba, chicória, trigo. A partir dos anos oitenta, devido a um conjunto de fatores como as alterações de mercado, globalização, evolução dos transportes e dos próprios sistemas de produção, es- tas culturas começaram a perder importância na economia açoriana. Por sua vez, a exploração de ga- do bovino para a produção de leite, foi crescendo pro- gressivamente, até se tornar no sector mais impor- tante da economia açoriana.

Com o reconhecimento das potencialidades do se- tor houve a necessidade de promover o melhoramento genético dos bovinos da região. Inicialmente este pro- cesso efetuou-se com a importação de reprodutores, mas sem dúvida que foi a inseminação artificial que re- volucionou o melhoramento genético na região.

Os Serviços de Desenvolvimento Agrário de São Miguel deram início á técnica de inseminação artifi- cial na ilha de São Miguel. Contudo, a sua vulgari- zação deu-se nos finais da década de oitenta, quando a Associação Agrícola de São Miguel deu início á prestação deste serviço.

No início da criação deste serviço, os técnicos en- volvidos no melhoramento genético identificaram que os pontos onde se devia intervir era a produção de leite, melhoramento do sistema mamário e per- nas e pés, sendo estes os caracteres que mais in- fluenciaram a escolha dos reprodutores a utilizar, re- produtores estes que eram selecionados com base no seu pedigree e na prova de descendência, o que ori- ginou vacas mais uniformes do ponto de vista mor- fológico, mais funcionais e que passaram a produzir mais leite e matéria seca.

Desde o início a Associação Agrícola de São Miguel, assim como outros sub-centros sempre colocaram á dis- posição dos agricultores uma vasta oferta de reprodu- tores de várias raças, quer de leite, quer de carne. Ao lon- go dos tempos, com base na oferta de sémen, ou in- fluencias de mercado, várias foram as "experiencias"

efetuadas pelos produtores, nas suas explorações em termos de cruzamentos e/ou raças puras leiteiras, des- de a Jersey, Montbeliarde, Vermelha Sueca, Parda Suíça.

Contudo, a raça Holstein-Frísia em São Miguel, assim como no resto mundo, continua a ser a que tem maior expressão como raça de produção de leite, e representa 94% do sémen de leite comercializado pela Associação Agrícola de São Miguel, enquanto que as outras raças

leiteiras totalizam apenas 6% das vendas. Este facto de- ve-se sobretudo, à produtividade da raça, tempera- mento, precocidade, adaptação geográfica, a possibili- dade de utilização em cruzamentos industriais (car- ne), assim como a valorização genética do mercado.

A pressão de melhoramento de qualquer raça, traz melhorias e inconvenientes, e raça Holstein-Frísia não é indiferente. Ao longo dos anos intensificou-se o melhoramentoe a seleção sobre caracteres produtivos, depreciando-se caracteres de saúde e fertilidade redu- zindo a vida produtiva dos animais. Contudo, o melho- ramento genético é um processo continuo e evolutivo, de procura da maximização do potencial animal para obtenção de rentabilidade em função das exigências de mercado. Na atualidade, verifica-se que a tecnolo- gia no melhoramento bovino tem dado grandes passos, sobretudo com a genotipagem, o que permite conheci- mento de inúmeros caracteres, produtivos e de saúde in- vertendo-se o caminho que estava a ser praticado. O aparecimento de programas informáticos de emparel- hamento, também auxilia no processo de melhora- mento animal, indicando a melhor opção de cruza- mentos para a maximização dos resultados pretendidos.

A Associação Agrícola de São Miguel, sempre te- ve a preocupação de possuir um variado leque de tou- ros e raças, ao dispor do agricultor, assim como tec- nologias e informações atualizadas para auxiliar a obtenção dos resultados pretendidos. O produtor micaelense tem á sua disposição um conjunto de téc- nicos, de ferramentas e tecnologia, com a possibili- dade de genótipar os seus animais e realizar o seu emparelhamento em programas informáticos, se- lecionando desta forma os reprodutores que mais sa- tisfazem os objetivos da exploração.

Nos dias atuais, a oferta de reprodutores é extre- mamente variada, mas constata-se que os produto- res, procuram animais morfologicamente equilibra- dos e que os caracteres de saúde, fertilidade, vida produtiva, componentes do leite gordura, proteína, e até o tipo de proteína (Beta-Caseína e K-Caseína), passaram a ter grande impacto no processo de se- leção dos reprodutores, uma vez que têm influência direta na rentabilidade das explorações.

No entanto, cabe ao produtor analisar a sua ex- ploração, definir os objetivos que pretende alcançar, utilizando as opções genéticas, as ferramentas in- formáticas e o auxílio de técnicos que tem ao seu dis- por, caso assim pretenda.

HENRIQUE MONIZ LOURENÇO ENG.º ZOOTÉCNICO

(12)

presidente da

Associação Agrícola de São Miguel

e da Cooperativa União Agrícola

>> No passado dia 7 de maio, decorreram no Parque de Exposições em Santana, as eleições dos novos órgãos sociais da Associação Agrícola de São Miguel e da Cooperativa União Agrícola para o quadriénio 2021 a 2024. O ato eleitoral contou com uma lista única dirigida por Jorge Rita, o que não impediu de se registar uma elevada participação dos associados na votação

C

erca de 400 votos de confiança fizeram com que Jorge Rita, fosse re- eleito presidente da As- sociação Agrícola de São Miguel e da Cooperativa União Agrícola.

Apesar deste ser um ano atípico,

marcado pela pandemia de Covid- 19, com várias limitações e receios, especificamente, no que diz res- peito ao encerramento precoce das urnas, devido à limitação de circu- lação após as 20H00, grande par- te dos associados realizou o seu de-

ver de voto, segundo o Presidente da Associação Agrícola de São Mi- guel, "este resultado é o reconheci- mento do trabalho realizado ao longo dos últimos anos, sem de- magogias ou promessas eleitorais.

A lavoura tem dado uma mostra de grande união. Esta foi uma eleição muito específica, devido à pandemia, com horários reduzi- dos. Nesta altura também existe muito trabalho de campo, mas apesar destes constrangimentos os agricultores quiseram demonstrar a sua união".

De acordo com o dirigente da Associação Agrícola de S. Miguel, o setor agrícola é um dos mais re- silientes, "já tivemos outros pro-

blemas no passado, com o final das quotas leiteiras e multas aos pro- dutores. Vivemos a pandemia das vacas loucas. Agora, com o Covid- 19, vivemos um momento único no mundo em geral, e por isso preci- samos de estar muito bem prepa- rados para salvaguardar os inte- resses do maior setor económico dos Açores", defende ainda que irá continuar a trabalhar arduamen- te, para defender os agricultores e promover uma vida mais estável para quem trabalha neste setor, como se tem feito todos estes anos, pois para Jorge Rita, "A génese das Associações Agrícolas é trabalhar em prol dos agricultores, envol- vendo nesta missão os produtores

de leite, carne e todos os outros se- tores da agricultura".

Demonstrou gratidão pela re- novação do voto de confiança dos Associados e sublinhou que "irá continuar a trabalhar de alma e co- ração pela agricultura", pois esta é uma atividade com grande capa- cidade de adaptação e exigências constantes e por isso, o Conselho de Administração estará sempre disponível para a adoção de me- didas que contribuam para que a agricultura açoriana receba o re- conhecimento social e o rendi- mento financeiro que merece.

No evento, após o fecho da As- sembleia Geral, os novos órgãos so- ciais tomaram de imediato posse.

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