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A INCLUSÃO ESCOLAR DE CRIANÇAS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS NA ESCOLA WALDORF: O OLHAR DO APOIO PEDAGÓGICO

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Academic year: 2022

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A INCLUSÃO ESCOLAR DE CRIANÇAS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS NA ESCOLA WALDORF: O OLHAR DO APOIO PEDAGÓGICO THE SCHOOL INCLUSION OF CHILDREN WITH SPECIAL EDUCATIONAL NEEDS IN THE STEINER SCHOOL: THE PERSPECTIVE OF PEDAGOGICAL

SUPPORT

LA INCLUSIÓN ESCOLAR DE NIÑOS CON NECESIDADES EDUCATIVAS ESPECIALES EN LA ESCUELA WALDORF: LA PERSPECTIVA DEL APOYO

PEDAGÓGICO

Fernanda Seo1 Andrea Perosa Saigh Jurdi² Maria Florência Guglielmo³

¹ Graduanda do curso de Terapia Ocupacional da Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP

² Docente do curso de Terapia Ocupacional da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP

³ Doutoranda do Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Ciências da Saúde da Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP

RESUMO

A Escola Waldorf é o termo cunhado para designar instâncias que promovem apoio para alunos, seja estes com ou sem necessidades educacionais especiais. O Apoio Pedagógico é o setor que fica responsável para auxiliar alunos diversos a trilhar um caminho acadêmico de qualidade e de forma saudável, criando espaços de acolhimento e atividades variadas que contemplem a maximização das potencialidades destes alunos. Este artigo é um estudo de caráter qualitativo que tem como objetivo primal compreender as estratégias institucionais utilizadas, nas escolas Waldorf, para a construção dos Apoios Pedagógicos. Para tal, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com profissionais que atuam nesse setor. É visto que o Apoio Pedagógico é feito, principalmente, de forma interdisciplinar e única, uma vez que toma a necessidade e realidade de cada aluno como ponto de partida. As atividades realizadas são diversas, seja individual ou em grupo, incluindo, também, a participação de demais indivíduos que fazem parte da vida da criança, como professores e família. O Apoio Pedagógico, portanto, se torna um diferencial nas escolas e é um trabalho com muita potência, que abre possibilidades diversas para o desenvolvimento plural das crianças.

Palavras-chave:Apoio Pedagógico; Escola Waldorf; Interdisciplinaridade; Inclusão Escolar.

ABSTRACT

The Steiner School is the term coined to designate instances that promote support for students, whether those with or without special educational necessities. Pedagogical Support

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is the sector that is responsible for helping different students to tread a quality academic path in a healthy way, creating spaces of reception and varied activities that contemplate the maximization of the potential of these students. This article is a qualitative study whose primary objective is to understand the institutional strategies used, in Steiner schools, for the construction of Pedagogical Support. To this end, semi-structured interviews were conducted with professionals who work in this sector. It is seen that Pedagogical Support is mainly done in an interdisciplinary and unique way, as it takes the needs and reality of each student as a starting point. The activities carried out are diverse, whether individual or in groups, also including the participation of other individuals who are part of the child's life, such as teachers and family. Pedagogical Support, therefore, becomes a differential in schools and is a work with a lot of power, which opens up different possibilities for the plural development of children.

Keywords:Pedagogical Support; Steiner School; Interdisciplinarity; School inclusion.

RESUMEN

La Escuela Waldorf es el término acuñado para designar instancias que promueven el apoyo a los estudiantes, ya sean con o sin necesidades educativas especiales. El Apoyo Pedagógico es el sector que se encarga de ayudar a los diferentes estudiantes a transitar un camino académico de calidad de manera saludable, creando espacios de acogida y actividades variadas que contemplen la maximización del potencial de estos estudiantes. Este artículo es un estudio cualitativo cuyo objetivo principal es comprender las estrategias institucionales utilizadas en las escuelas Waldorf para la construcción del Apoyo Pedagógico. Para esto, se realizaron entrevistas semiestructuradas a profesionales que laboran en este sector. Se ve que el Apoyo Pedagógico se realiza principalmente de forma interdisciplinar y única, ya que toma como punto de partida las necesidades y la realidad de cada alumno. Las actividades que se realizan son diversas, ya sean individuales o grupales, incluyendo también la participación de otras personas que forman parte de la vida del niño, como profesores y familia. El Apoyo Pedagógico, por tanto, se convierte en un diferencial en las escuelas y es un trabajo con mucho poder, que abre diferentes posibilidades para el desarrollo plural de los niños.

Keywords:Apoyo Pedagógico; Escuela Waldorf; Interdisciplinariedad; Inclusión escolar.

1 INTRODUÇÃO

1.1 A CONSTRUÇÃO DE UMA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

A educação inclusiva é concebida, nos dias atuais, como um pilar essencial para o acesso, a permanência e a participação dos alunos com deficiência nas redes de ensino no Brasil. De acordo com a Declaração de Salamanca (BRASIL, 1994), nas escolas inclusivas, crianças com necessidades educacionais especiais deveriam receber qualquer suporte extra

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requerido para assegurar uma educação efetiva. Dessa forma, a luta pela educação legítima da pessoa com deficiência vem se estabelecendo desde meados do século XVI até os dias atuais.

Em 2008, a criação da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, pelo Ministério da Educação e a Secretaria de Educação Especial, visa construir políticas públicas que fomentem uma educação de qualidade aos alunos com deficiências, transtornos de desenvolvimento ou altas habilidades (superdotação), garantindo o acesso ao ensino regular, a oferta do Atendimento Educacional Especializado (AEE), a formação de professores que atuam no AEE e aos demais profissionais que contribuem com a inclusão escolar, a ação com a família e com a comunidade acadêmica, uma acessibilidade arquitetônica da infraestrutura do ambiente escolar e a articulação entre os outros setores que realizam a implementação das políticas públicas (BRASIL, 2008).

A Constituição Federal de 1988, além de assegurar o direito dos alunos com necessidades educacionais especiais na rede de escolas regulares, também emprega a obrigatoriedade do AEE, de acordo com o art. 208, de modo que este venha a complementar a escolarização regular na rede pública de ensino (FRANCO; SCHUTZ, 2019). Os mesmos autores também mencionam a importância do AEE no aprendizado dos alunos com necessidades educacionais especiais, uma vez que cabe ao professor do AEE pesquisar, produzir e propor aquisições de recursos, tecnologia assistiva e apoios e ajudas técnicas a fim de eliminar as barreiras que existem na compreensão e participação do aluno durante as classes regulares.

Além do AEE, para alguns casos específicos existe a possibilidade de haver um professor de apoio escolar, mais comumente conhecido como mediador. Este professor acompanha o aluno com necessidades educacionais especiais diariamente durante as aulas regulares, dessa forma podendo auxiliá-lo nas matérias e na inserção deste na vida escolar, além de dar apoio cognitivo e, algumas vezes, físico, como nas atividades de locomoção, higiene e alimentação, de forma a não constranger o aluno (FRANCO; SCHUTZ, 2019).

Em Incheon, na Coréia do Sul, em 2015, aconteceu o Fórum Mundial de Educação, organizado pela Unesco, com a participação de mais de 130 ministros de Educação de Estados membros. O processo de trabalho resultou na Declaração de Incheon, adotada em 21 de maio de 2015. A Declaração constitui o compromisso da comunidade educacional com a Educação 2030 e a Agenda de Desenvolvimento Saudável 2030 e reconhece o

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importante papel da educação como fator de redução de desigualdades e pobreza nas sociedades (UNESCO, 2015).

A partir da elaboração do documento “Transformando o Nosso Mundo: A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável”, em 2015, dirigida pela ONU (Organização das Nações Unidas), que tem como proposta um plano de ação o qual prevê erradicar a pobreza e promover vida digna a todos, os meios educacionais são pensados, então, a agir de forma a alcançar esses objetivos preestabelecidos - são descritos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e 169 metas. O objetivo número 4, apresentado como

“Educação de Qualidade”, assegura a educação inclusiva e equitativa de qualidade e possibilita oportunidades de aprendizagem a todos. Nas metas, é preestabelecido que, até 2030, deverá haver melhoria nas instalações físicas para educação, sendo adequadas aos alunos com deficiência, assim proporcionando um ambiente seguro e inclusivo aos mesmos.

E, também, até 2030, é previsto garantir a igualdade de acesso a todos os níveis de instituição acadêmica aos alunos com necessidades educacionais especiais.

Algumas escolas Waldorf têm estratégias institucionais, chamadas de Apoio Pedagógico, para apoiar esses alunos e suas famílias a fim de potencializar a inclusão escolar e facilitar o acesso dos alunos ao conhecimento.

O objetivo deste artigo é compreender as estratégias institucionais utilizadas, nas escolas Waldorf, no caso o setor de Apoio Pedagógico, a fim de tornar o espaço escolar mais inclusivo. A partir de vivências e experiências passadas com a Pedagogia Waldorf, a pesquisadora do artigo se deu conta da importância da temática, uma vez que a inclusão de estudantes com necessidades educacionais especiais, de acordo com o que foi mencionado no texto acima, é um pilar fundamental para o acesso, a permanência e a participação desses alunos.

1.2 A CONCEPÇÃO DA PEDAGOGIA WALDORF

A Pedagogia Waldorf, baseada nas premissas da Antroposofia, surgiu no começo do século XX, após a Primeira Guerra Mundial. Diante de um contexto de crise social, Rudolf Steiner, fundador da Pedagogia Waldorf, procurou contribuir com novas perspectivas para a sociedade a partir da elaboração da Trimembração Social, baseada nos princípios da Revolução Francesa: Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Liberdade como forma de guiar

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a vida cultural-espiritual, Igualdade como suporte às demandas jurídico-legais e Fraternidade como um suporte importante às atividades econômicas. Um membro desse Movimento Social, Emil Molt, diretor da fábrica de cigarros Waldorf-Astória em Stuttgart, na Alemanha, convidou Steiner a realizar palestras aos trabalhadores da fábrica sobre temas sociais e educativos. A partir das palestras, surgiu um desejo advindo dos trabalhadores de que seus filhos recebessem uma educação escolar baseada nas reais necessidades e demandas sociais. Foi, então, em 1919, que Rudolf Steiner fundou a primeira escola Waldorf (REDAELLI, 2003).

Rudolf Steiner nasceu em Kraljevec, Áustria, em fevereiro de 1861. Fundou e desenvolveu a Ciência Espiritual Antroposófica, conhecida, hoje, como Antroposofia. Em Viena, Steiner frequentou a escola Politécnica, na qual estudou Matemática, Física e História Natural. Em 1891, terminou seu doutorado em Filosofia. Já em Berlim, Steiner, escritor de uma renomada revista literária, dedicou-se às atividades como conferencista e escritor com o objetivo de difundir a Antroposofia (REDAELLI, 2003).

Redaelli (2003) também menciona que, no Brasil, em 1956, um grupo de amigos que estudava os ensinamentos pedagógicos de Rudolf Steiner inaugurou a primeira escola Waldorf no país, no Estado de São Paulo, uma vez que o grupo acreditava que as contribuições da Antroposofia poderiam tornar o mundo melhor. Anteriormente à abertura da escola, dois professores da Escola Waldorf da Alemanha foram convidados para fundarem a escola no Brasil e participarem na formação de professores Waldorf brasileiros.

Em 1970, de acordo com a crescente demanda por profissionais qualificados na escola Waldorf, o casal Rudolf e Mariane Lanz fundou o primeiro Seminário de Pedagogia Waldorf no Brasil. O Seminário tornou-se um Centro de Formação de Professores que atuava como escola regular, autorizada pelo parecer CEE nº576/97 e pela Portaria da Dirigente Regional da 17º Delegacia de Ensino da Capital. Em 2018, o antigo Centro de Formação tornou-se a Faculdade Rudolf Steiner, com um curso de graduação em Pedagogia, reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC). Atualmente, os cursos de Pedagogia Waldorf são pós-graduações.

A Escola Waldorf Rudolf Steiner - primeira escola Waldorf no Brasil - se popularizou e cresceu tanto que, em 1978, fundou-se a segunda escola Waldorf no país, o Colégio Micael, em São Paulo. Em Abril de 1998, foi fundada a Federação das Escolas Waldorf no Brasil, que tem como objetivo consolidar a Pedagogia Waldorf no país.

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Uma das premissas que a Pedagogia Waldorf carrega em si é a consideração do desenvolvimento saudável e harmonioso do pensar, sentir e querer, compreendendo a totalidade do ser humano em suas esferas física, psíquico-emocional e espiritual (ROMANELLI, 2008), enquanto que na educação moderna - racionalista e mecanicista - há uma dissociação entre a trimembração do desenvolvimento psíquico: pensar, sentir e querer, dando enfoque apenas ao pensar lógico (SILVA, 2015). Romanelli (2008) menciona que as ações e atividades docentes, na Pedagogia Waldorf, direcionam-se ao equilíbrio dessa trimembração do desenvolvimento psíquico do ser humano. Dessa forma, o aluno é capaz de desenvolver o amor para com outros sujeitos, sentimento cujo desenvolvimento adequado o guia para uma postura ética e que possibilita o exercício de uma moralidade saudável.

Uma outra perspectiva da Antroposofia sobre a trimembração do ser humano é a forma como Rudolf Steiner usa esse conceito para a compreensão da realidade. Dessa forma, existe a trimembração do ser humano em corpo, alma e espírito; a trimembração social que engloba os pontos de vista cultural/espiritual, sócio/político e econômico; e a trimembração do desenvolvimento psíquico que compreende o pensar, sentir e querer (ROMANELLI, 2008).

Os mesmos autores relatam que, diferentemente das escolas regulares, nas quais o desenvolvimento intelectual é priorizado, na Pedagogia Waldorf trabalha-se não somente o desenvolvimento intelectual (pensar), porém o afetivo (sentir) e volitivo (querer), dessa forma trabalhando na integralidade do ser. Portanto, “conclui-se, previamente, que a Pedagogia Waldorf é também disciplinar, mas com grande abertura, possibilidade e conquistas de meios não disciplinares.” (BACH JUNIOR; STOLTZ, 2012).

Visto que a Pedagogia Waldorf colabora no desenvolvimento trimembrado (cognitivo, sensitivo e volitivo), o método avaliativo da escola não se dá por testes e exames, como no ensino educacional regular, mas sim pelo desenvolvimento integral do aluno naquele ano/semestre (BACH JUNIOR; STOLTZ, 2012). Segundo os autores, além de levar em conta o desenvolvimento trimembrado, o aluno é avaliado, também, de acordo com o processo vivido e experienciado a partir dos desempenhos momentâneo, específico e transitório. Para Rudolf Steiner, cada sujeito possui sua própria individualidade, sua subjetividade, dessa forma a avaliação deve ser realizada em relação a si próprio. De acordo com a Pedagogia Waldorf, o papel do professor é ser um facilitador do desenvolvimento da

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individualidade do aluno a partir de superações e impasses, facilidades e dificuldades, por toda a extensão do tempo curricular e em relação à subjetividade de cada sujeito (BACH JUNIOR; STOLTZ, 2012).

O Apoio Pedagógico é um serviço encontrado em algumas escolas Waldorf, do Brasil, que visa promover apoio aos alunos com ou sem laudo ou diagnóstico médico. Esse setor é responsável por auxiliar alunos que precisam de algum apoio - cognitivo, motor ou socioemocional - a percorrer o período escolar da maneira mais saudável possível. O Apoio Pedagógico é, por conseguinte, um meio de incluir alunos com necessidades educacionais especiais no ambiente acadêmico.

As atividades propostas pelo Apoio Pedagógico, aos alunos com necessidades educacionais especiais, variam de acordo com a demanda de cada criança, respeitando sua subjetividade. Dessa forma, fica impossível listar e catalogar as atividades e tarefas realizadas, pois cada escola adota uma perspectiva única e extraordinária a cada caso.

2 METODOLOGIA

O presente artigo foi construído a partir da metodologia qualitativa, com natureza de pesquisa exploratória, descritiva e analítica. Foca-se, portanto, no conteúdo e na história dos indivíduos envolvidos na pesquisa, em detrimento da análise numérica (quantitativa). É valorizado e objeto de pesquisa a percepção dos envolvidos, suas crenças e demais elementos referentes aos mesmos (MINAYO, 2014).

Para a seleção da amostra da pesquisa, utilizou-se como critério de inclusão profissionais que atuam no setor Apoio Pedagógico de escolas Waldorf do Estado de São Paulo que tenham exercido a profissão há mais de um ano – as escolas selecionadas foram indicação da coorientadora do presente trabalho, que já conhecia a metodologia empregada nessas instituições. Dessa forma, foram convidados quatro participantes (apenas três aceitaram participar) provenientes de quatro escolas diferentes, localizadas no Estado de São Paulo, que possuem abordagem pedagógica Waldorf. As entrevistas ocorreram durante o mês de dezembro de 2020.

Quadro 1. Caracterização das Participantes

Participante – Idade - Profissão Escola Localização

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Atena – 61 - Pedagogia 1 São Paulo – SP

Deméter – 35 – Psicologia 2 Piracicaba - SP

Ártemis – 52 - Pedagogia 3 São Paulo - SP

O quadro acima se refere à organização de todos os indivíduos que foram entrevistados. Ressalta-se que os nomes que constam no presente artigo são fictícios para manter o sigilo dos participantes. É visto que todos os participantes são do gênero feminino e que uma das escolas está localizada no município de Piracicaba e duas escolas estão localizadas no município de São Paulo.

Como instrumento de coleta de dados, foi utilizado um roteiro de entrevista semiestruturada, criada pelas pesquisadoras, com 10 perguntas sobre o apoio pedagógico, abordando desde a caminhada do profissional para entrar nesse setor, como atualmente o mesmo desenvolve as atividades, se existem grupos ou atendimento individual, além de traçar sobre os perfis de alunos atendidos. Perguntou-se também sobre a interdisciplinaridade do Apoio Pedagógico, além dos desafios e potencialidades deste, cinco perguntas se referiram aos dados sociodemográficos dos entrevistados, como idade e profissão. As entrevistas foram gravadas e, posteriormente, transcritas para a absorção maior do conteúdo.

Observa-se que a participação foi totalmente voluntária e anônima e as participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), podendo o participante desistir da participação da pesquisa em qualquer momento durante a construção da mesma, sem acarretamento de nenhum prejuízo ao participante.

Devido ao contexto de construção da presente pesquisa, a coleta de dados foi feita de forma remota, ou seja, à distância, uma vez que existia o risco grande de contágio ou disseminação da COVID-19, colocando em risco o pesquisador e o participante, caso houvesse pesquisa de campo presencial. Sendo assim, optou-se pela plataforma digital de vídeo chamada Google Meet. Ainda, ressalta-se que a presente pesquisa compõe uma pesquisa de doutorado com maior abrangência, intituladaDificuldades de aprendizado sob o olhar de uma terapeuta ocupacional, aprovada pelo Comitê de Ética da Universidade Federal de São Paulo e aprovada em 07 de setembro de 2017, sob o nº2.263.753.

Após a coleta e sistematização, organização dos dados (pré-análise), os mesmos foram analisados por meio da análise de conteúdo, seguindo a metodologia empregada por Bardin

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(2011), em que consiste em algumas etapas, sendo: continuidade da pré-análise, exploração, tratamento, interferência e interpretação dos dados.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

O Apoio Pedagógico, em termos resumidos, é o auxílio ao aluno dentro de uma instituição escolar, fora do contexto de sala de aula, para que este atinja o máximo do seu potencial no trilhar acadêmico. No caso da escola Waldorf, o Apoio Pedagógico vai focar, especialmente, nas crianças que possuem alguma necessidade educacional especial e nos professores, como potencial disseminador de informação a esses alunos.

As questões que emergiram da análise das entrevistas dizem respeito ao mecanismo de estruturação e à forma em que se organizou o Apoio Pedagógico, como se daria a atuação do Apoio Pedagógico e qual formação é necessária para que se seja um componente deste setor.

Um dos critérios para compor a equipe diz respeito à experiência dos profissionais com determinada fase do desenvolvimento e a ênfase na formação interdisciplinar como relata Atena no trecho abaixo.

“A gente pensou nisso, que essa pessoa do Apoio Pedagógico teria que atuar nas três faixas etárias e, talvez, por exemplo, uma de nós tivesse o perfil pra trabalhar mais com os jovens, a outra tivesse mais o perfil para trabalhar mais com os pequenos. Então, nós quatro temos essas formações diferenciadas e trabalhamos em grupo, mas também temos atuação mais individualizada em cada um desses níveis da escola” (Atena).

O trabalho interdisciplinar, como o nome já sugere, é a articulação de várias disciplinas em cima de uma mesma problemática ou problema (MINAYO, 2010) . No caso do Apoio Pedagógico, é o trabalho conjunto de profissionais com formações distintas que trabalham juntos para o caminhar acadêmico ou de inclusão de determinado aluno ou grupos de alunos, avaliando sob óticas e olhares diferentes um mesmo cenário e situação, criando resolutivas mais ricas e abrangentes.

Foi visto, em todas as entrevistas realizadas, que o trabalho interdisciplinar é essencial dentro do contexto das escolas Waldorf que realizam o Apoio Pedagógico, uma vez que este

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permite olhares diferenciados e conhecimentos diversos ao analisar e lidar com uma mesma situação. Além disso, esse trabalho não se limita apenas aos profissionais do setor pedagógico, mas, também, se estende a professores, acompanhantes, estagiários e, principalmente, à família. Ainda, ressalta-se que o Apoio não é apenas realizado com as crianças, tendo, também, os professores como alvos dessa orientação por parte dos profissionais que compõem o grupo de Apoio Pedagógico.

É possível observar a existência do trabalho interdisciplinar no contexto do Apoio Pedagógico em algumas falas dos entrevistados, sendo:

“Hoje, nós somos em quatro na área do Apoio Pedagógico e as quatro têm formação em Pedagogia Terapêutica, nós quatro temos. E, além da Pedagogia Terapêutica, ainda temos alguma outra, no meu caso é Pedagogia, no caso da Gaia é TO (Terapia Ocupacional), a outra professora é também Pedagogia e a Afrodite está fazendo agora Psicologia” (Atena).

“Temos uma médica escolar que está em estágio, então ela não tem registro na escola. Ela faz horas de estágio, na Medicina Escolar. Então, ela tá em formação de Medicina Escolar. Ela é uma médica Antroposófica fazendo a formação de Medicina Escolar, então ela faz estágio conosco” (Deméter).

“Tinha uma advogada escolar que também trabalhava conosco. Isso era muito bom. As outras escolas não têm isso. Então, cada escola tem a sua peculiaridade. Então, nós trocávamos bastante sobre os casos e eu fazia conversa com os pais, principalmente com os professores, e nós trocávamos.

Eu, também, organizava essas reuniões multidisciplinares com terapeutas externos” (Ártemis).

Foi citado acerca da pedagogia terapêutica que, segundo as participantes, é a aplicação de uma metodologia que engloba maneiras de promover o ensino-aprendizagem nas características da pedagogia, unindo o elemento terapêutico, buscando autoconhecimento e desenvolvimento físico, psíquico-emocional e espiritual, de acordo com a Antroposofia, como cita Romanelli (2008).

Foi visto também que são exigidas formações específicas para que se componha este quadro de profissionais, como pedagogos:

“É uma pessoa que tem que ter: ou pedagogia terapêutica, ou Pedagogia, ou experiência prática nessa área” (Atena).

Para além dos profissionais que trabalham diretamente no setor do Apoio Pedagógico,

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ficou claro que existe a troca entre os professores e estes profissionais, o que cria a ponte entre a realidade do dia-a-dia em sala de aula e os processos terapêuticos e complementares do Apoio Pedagógico:

A gente faz reuniões com os professores de classe e com os tutores e também com as jardineiras, porque eles é que dizem pra a gente quais as demandas, quais as crianças e jovens que eles têm preocupação e as preocupações são as mais diversas. Então, esse é um momento de abrir o coração e, simplesmente, falar. Isso pressupõe que outro perfil do profissional do Apoio Pedagógico seja um perfil de uma pessoa que esteja aberta a ouvir sem fazer pré julgamentos” (Ártemis).

Além do envolvimento dos professores, notou-se que há a coparticipação de outros profissionais, como acompanhantes, jardineiras (professoras da Educação Infantil), estagiários e também a família da criança, que, da mesma forma, trabalham sob a mesma égide interdisciplinar e com os preceitos que fundamentam o Apoio Pedagógico.

Em todos os casos, apontou-se a importância do Apoio Pedagógico em trabalhar com os professores de classe e os de matéria, pois eles poderão, assim, disseminar o apoio para uma maior gama de alunos, ao invés de realizar atendimento, consultoria ou suporte de aluno em aluno. O professor é o profissional que mais tempo está com o aluno em sala de aula:

“E, nesse aspecto, tem o trabalho individual, tem o trabalho coletivo/em grupo e tem o trabalho direto com o professor, que é a frente de trabalho que a gente gostaria de investir mais, esse trabalho direto com o professor.

Porque, se a gente, junto com o professor, trocar mais, talvez a gente consiga ajudar mais o professor a ter ferramentas, pra que, ele mesmo, na própria aula dele, ele possa atuar com esses alunos. Essa é a frente de trabalho que a gente imagina que teria mais poder de ação com os jovens, com as crianças, enfim” (Atena).

“Eu acho que quando a gente instrumentaliza um profissional pra apoiar muita gente, é o ganho. Esse é o potencial do Núcleo de Apoio. Essa é a vantagem, porque você não tá apoiando um pra um, você também tá fazendo isso, mas a maior parte do trabalho é um pra multiplicar. Você apoia um, pra ele fazer pra cinco. Você apoia dois, pra fazer pra vinte. Esse potencial multiplicador é o maior potencial do Núcleo de Apoio” (Deméter).

“Então, o grupo de apoio ajuda a dar um norte para o professor, porque o professor ainda não sabe como fazer as adaptações todas, então esse grupo de apoio vai dar esse suporte para o professor e pra família” (Ártemis).

O apoio ao professor tem sido constatado como essencial para o sucesso de uma escola mais inclusiva, assim como, o trabalho colaborativo entre os profissionais, entre a escola e a família. Para Mel Ainscow (2009), um dos fatores para que as escolas sejam

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inclusivas é o apoio aos professores e a valorização do trabalho do professor. Esse apoio pode ser viabilizado em trabalho conjunto do apoio pedagógico em ações em sala de aula, no cotidiano escolar ou na formação continuada desses profissionais.

Observa-se, portanto, que, entre os entrevistados, é consenso de que é necessário um trabalho interdisciplinar, em equipe, no que concerne ao Apoio Pedagógico. Além de ser necessário o conhecimento de áreas distintas, o compartilhamento das visões sobre uma mesma problemática torna o trabalho muito mais valoroso e potente.

Quanto às atividades e as tarefas realizadas pelo Apoio Pedagógico, estas variam bastante, indo ao encontro das necessidades de cada criança, bem como de acordo com sua subjetividade, promovendo espaços acolhedores e que sejam passíveis de identificação e de crescimento para a criança. A criança faz algo que, para ela, tem significado. É importante frisar que o Apoio Pedagógico não é voltado apenas aos alunos que possuem doenças, deficiências ou transtornos, mas, sim, a todos os alunos que precisam de apoio, tornando essa proposta um diferencial nas escolas que a empregam. As atividades que são desenvolvidas pelo Apoio Pedagógico – realizadas em grupo ou individualizadas - são: trabalho de habilidades cognitivas, motoras, sociais e emocionais; adaptação das atividades curriculares à realidade das crianças; revisões da matéria letiva. Essa organização e forma de se fazer o Apoio Pedagógico vai ao encontro do que é colocado pelo criador da pedagogia Waldorf, uma vez que o mesmo reforça que cada criança é única e deve-se levar em conta sua subjetividade (BACH JÚNIOR; STOLTZ, 2012), como visto em algumas falas:

“Bom, as atividades do Apoio Pedagógico, quem dita isso, vamos dizer, são as próprias crianças, os próprios alunos, a partir daquilo que eles apresentam”

(Atena).

“Cada uma tem uma gravidade, um nível de compreensão, de aceitação, de envolvimento da família, dos professores e do próprio aluno. Então, cada um é um mundo” (Deméter).

“A gente tem que olhar caso a caso, né? Mas, não existe uma regra. Tem que olhar a criança” (Ártemis).

É possível fazer a associação do trabalho do Apoio Pedagógico com a função de mediador que existe em algumas escolas. Como visto anteriormente, Franco e Schutz (2019) definem que o mediador é aquele profissional que acompanha alunos que possuem necessidades especiais de ensino, para dar um suporte maior e atender suas demandas. O Apoio Pedagógico funciona por outra ótica, mas também desempenha um papel de mediador,

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pois presta esse serviço de auxílio e de suporte para aqueles alunos que precisam. E, apesar do Apoio Pedagógico não ter sido pensado unicamente para o atendimento de crianças diagnosticadas e não ser realizado especificamente por um professor de educação especial, pode-se também compreender este trabalho como AEE, previsto na Constituição e que se torna um diferencial dentro do contexto de ensino (MENDES, 2006; FRANCO; SCHUTZ, 2019).

Em relação às potencialidades do Apoio Pedagógico, observa-se que, assim como visto na obra de Romanelli (2008), a amplitude de compreensão do indivíduo é um fator positivo, uma vez que não leva em conta apenas o aspecto cognitivo da criança, mas, sim, tem uma visão de saúde e do que é saudável relacionada ao todo, abrangendo o pensar, sentir e querer – trimembração do âmbito psíquico. Ressalta-se, ainda, que o Apoio Pedagógico pode proporcionar um caminho acadêmico para a criança mais saudável e mais compatível com as necessidades da mesma, igualar as chances e desafios entre os estudantes, promover a participação ativa da família na vida escolar da criança, além de possibilitar um universo de diversidade humana.

Como potencialidades, observa-se que a maioria incide sob a qualidade de vida e de educação do estudante que, ao participar do Apoio Pedagógico, pode superar suas dificuldades e seguir em frente com os estudos de forma mais proveitosa e prazerosa para o mesmo, especialmente pelo fato de criar ambientes que sejam específicos para tal e a tendência de sempre acompanhar os alunos, sejam em suas necessidades ou interesses e assuntos, conforme os trechos abaixo extraídos das entrevistas:

“É bem importante que tenha um espaço e que esse espaço seja um espaço que ofereça condições. Então, a criança tem questões com dispersão? Então, o espaço tem que ser um espaço acolhedor pra que ela não fique dispersa”

(Atena).

“As potencialidades do Apoio Pedagógico é, justamente, poder ajudar. Poder ajudar o professor. Poder ajudar a criança ou jovem. Ser um colaborador. E, como cada vez mais a gente vê (que) as crianças estão sendo desafiadas, nesse sentido, então é um potencial enorme de trabalho pra a gente” (Atena).

“E temas bem, assim, na onda, né? “Nossa, tem um aluno que tá começando a se comportar diferente”, “será que é uma questão de gênero?” Vamos conversar então. Vamos estudar, eu trago conteúdo, eu mostro o que é”

(Deméter).

“Tem potencial, porque cria habilidade humana. Porque mantém todo mundo com a mesma chance, com a mesma oportunidade de se desenvolver”

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(Deméter).

Outro grande potencial do Apoio Pedagógico é que este não tem limites para alcançar o que diz respeito aos alunos, no sentido em que, dentro de trabalhos do Apoio Pedagógico, pode-se notar problemáticas que vão muito além do âmbito escolar, como por exemplo, questões familiares, de cuidado, abuso, dentre outras:

“Vimos que um aluno estava com o comportamento totalmente alterado, a gente foi descobrir que ele tinha sido abusado” (Ártemis).

“Você tem muitas outras questões que estão fora do muro da escola, mas que interferem no comportamento e aproveitamento do aluno” (Ártemis).

Já em relação aos desafios, coloca-se que é complicado atingir um número grande de crianças devido ao número limitado de profissionais, possuir uma flexibilidade e maleabilidade maior em relação a instituição escolar e os professores, conquistar o espaço de inclusão dentro da escola e lidar com o orçamento limitado para o desenvolvimento de atividades,

“Por exemplo, precisa de um fonoaudiólogo. Nós não temos formação em fonoaudiologia” (Atena).

“É desafiador ser alguém que não é professor, ser alguém que não tem uma matéria pra conduzir, ou que não tem uma sala inteira pra conduzir. Então, isso é um desafio sim. Dentro da Escola Waldorf isso não é comum”

(Deméter).

“O maior desafio eu acho que é a escola, como um todo, principalmente uma mantenedora, entender que, para você receber e cultivar uma diversidade dentro da escola, você precisa ter uma estrutura e essa estrutura tem um custo” (Ártemis).

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A construção dessa pesquisa permitiu inferir que não existem muitos estudos, no Brasil, acerca da Pedagogia Waldorf, sendo assim, sugere-se que o assunto seja mais debatido e mais pesquisado, além de ser ampliado, não apenas abordando o contexto de crianças com deficiência, mas as crianças como um todo.

Observou-se, também, que a existência do Apoio Pedagógico nas escolas Waldorf se torna um diferencial, pois promove um ambiente muito mais rico, acolhedor a todas as

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crianças – e, consequentemente, suas famílias -, além de abrir portas a possibilidades e potencialidades diversas referentes a diversidade e pluralidade humana.

6 REFERÊNCIAS

AINSCOW, M. Tornar a educação inclusiva: como essa tarefa deve ser conceituada? In:

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Referências

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