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Total Productive Maintenance (TPM): uma ferramenta eficaz na busca da perda zero

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Academic year: 2022

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Total Productive Maintenance (TPM): uma ferramenta eficaz na busca da perda zero

A TPM ou Manutenção Produtiva Total tem como principal objetivo a redução dos custos de manutenção dos meios de produção, o que é muito importante, pois o maior desafio de qualquer empresa, seja qual for sua dimensão, é reduzir seus custos para que possa sobreviver no atual contexto de globalização

No início dos anos 70, nascia no Japão a Manutenção Produtiva Total (Total Productive Maintenance - TPM) com o objetivo principal de “aumentar a rentabilidade dos negócios através da eliminação das falhas por quebras de equipamentos, reduzindo o tempo gasto para preparação dos equipamentos, mantendo a velocidade do maquinário, eliminando pequenas paradas e melhorando a qualidade final dos produtos.”

(WILLMOT, 1994). Isso culmina num aumento da Eficácia geral dos equipamentos, indicador de melhorias alcançadas através da aplicação da ferramenta.

A Manutenção Produtiva Total compreende um abrangente conjunto de atividades de manutenção que visam melhorar a performance e a produtividade dos equipamentos de uma fábrica. A Palavra "Total"

significa que toda a fábrica está envolvida na cultura e nas atividades do TPM, desde a Gerência, até os operários. A implantação de um programa TPM necessita do envolvimento de todos, não somente de alguns grupos de pessoas. Ela depende essencialmente da aceitação da direção da fábrica, que por sua vez deve difundir seus conceitos e dar suporte para que o programa evolua positivamente.

Segundo o Japan Institute of Plant Maintenance (JIPM) o TPM visa:

Criar uma cultura corporativa que persiga constantemente a melhoria da eficiência do sistema produtivo;

Construir um sistema para prevenir qualquer tipo de perda para atingir o “zero-acidente, zero-defeito e zero-falha” em todo ciclo de vida de um sistema de produção;

Abranger todos departamentos, incluindo produção, desenvolvimento, marketing e administração;

Exigir envolvimento completo, desde a direção até o chão de fábrica;

Atingir perda-zero através das atividades de pequenos grupos.

O Sistema Toyota de Produção classifica as perdas em sete categorias: Transporte; Estoque; Espera;

Movimentação; Correção; Processamento; e Superprodução. Esta classificação auxilia na identificação e eliminação dos desperdícios e pode ser mais bem definida da seguinte forma:

Transporte: Utilização de recursos para a movimentação de materiais, produtos em processo ou acabados. Geralmente ocorre quando as distâncias entre postos de trabalho são muito grandes.

Estoque: Caracterizado pelo excesso de inventário entre processos, de matéria-prima e de produtos acabados. Muitas vezes são utilizados para minimizar o impacto das ineficiências produtivas.

Espera: Tempo desperdiçado por paradas de equipamentos e mão-de-obra para esperar pelo próximo ciclo de trabalho, consertos, ajustes, etc. As quebras de equipamentos levam a grandes perdas por espera.

Movimentação: Desperdício relacionado às movimentações dos operadores. Grandes distâncias entre os comandos dos equipamentos, local de alimentação de material e posições de operação são as principais causas de geração deste tipo de desperdício.

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Correção: Também denominada como retrabalho, é qualquer tipo de atividade realizada com o objetivo de corrigir alguma falha, seja, no produto, no ajuste dos equipamentos ou em suas características.

Processamento: Atividades de fabricação que não agregam valor ao produto final. Incluem-se aqui as anotações, marcações indicativas, amarração de lotes que são feitas pelo operador e que não incorporam nenhuma característica ao produto.

Superprodução: Os clientes só estão dispostos a pagar pelo que pediram e quando pediram, qualquer coisa produzida a mais, não gerará faturamento e acarretará em outro desperdício, o de estoque.

Cada uma das categorias apresentadas tem suas particularidades e demandam uma forma específica de atuação para sua mitigação ou eliminação, portanto é importante se classificar corretamente as perdas para que as ações sejam eficazes.

Os atalhos para a implantação da TPM

Por Haroldo Ribeiro

Embora no Japão e Estados Unidos exista uma adesão vertiginosa por parte das indústrias para a

Manutenção Produtiva Total (TPM), no resto do mundo são poucas as empresas que têm implantado esta ferramenta de gestão, embora haja um elevado potencial de ganho com relação à eliminação de perdas e, por conseguinte, aumento do rendimento de seus ativos industriais. Os motivos comumente encontrados para justificar a tímida adesão das indústrias à implantação da TPM são: falta de informação; ceticismo em relação aos resultados; dificuldade para entender a metodologia; saturação de ferramentas gerenciais sacrificando a média gerência; complexidade para a sua introdução de acordo com o que a empresa realmente necessita; pressão para resultados em curto prazo; cultura ultrapassada voltada para o controle dos custos da área de manutenção; repasse, por vezes sem planejamento, de atividades da Manutenção para os operadores.

Este artigo apresenta um resumo de experiências de implantação da TPM garantindo a sua plena aplicação com o menor custo e tempo. Não é escopo deste artigo detalhar todas as etapas de implantação

representadas na figura, porém apresentar dicas para que a implantação ocorra de maneira mais rápida e com menor desgaste.

Sensibilização das pessoas estratégicas - No primeiro momento há necessidade de se sensibilizar a alta e média direção da empresa para a implantação da TPM. Uma técnica muito usada a apresentação de uma palestra com duração entre duas e quatro horas. Normalmente é proferida por uma especialista no assunto.

Estruturação do Comitê de TPM - Uma vez aprovada a idéia de se implantar é formado um comitê interdepartamental para coordenar a TPM na empresa. A estruturação do Comitê contempla as seguintes ações:

Realizar um Diagnóstico - A realização de um diagnóstico verificando o que a empresa tem, o que precisa melhorar e o que necessita ser introduzido é o primeiro passo para a implantação da TPM. Este diagnóstico pode ser feito utilizando os itens de verificação da Tabela I.

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Tabela I - Itens de verificação para Diagnóstico visando a Implantação da TPM

Pilar Itens de Verificação

Melhorias Individuais ü Há registro de todas as Perdas de Produção (comparar com as 16 grandes perdas relacionadas pela TPM)?

ü Há benchmarkings conhecidos?

ü Os índices decorrentes destas perdas estão compatíveis com benchmarkings?

ü Tem havido evolução satisfatória nestes índices?

ü Há levantamentos dos problemas crônicos dos equipamentos?

ü Há uma tratativa sistemática para os problemas crônicos?

ü Os operadores conhecem e obedecem aos limites dos equipamentos?

ü Há procedimentos operacionais?

ü Os procedimentos operacionais são praticados por todos?

Manutenção Autônoma ü Como estão as responsabilidades e habilidades dos operadores com relação ao equipamento aos seguintes aspectos: Limpeza; Lubrificação; Inspeção; Pequenos Reparos; Pintura; Sugestão de melhorias;

Conhecimento do equipamento?

Manutenção Planejada ü Há uma política adequada de manutenção (manutenção de acordo com a confiabilidade e custos)?

ü Como estão o histórico e o planejamento da manutenção?

ü Como está a equipe de manutenção em termos quantitativos, qualitativos e agilidade de atendimento?

ü Como está o balanceamento entre os serviços de corretiva e de preventiva?

Educação e Treinamento ü Há um plano de treinamento de acordo com uma matriz de necessidades de operadores e manutentores?

ü Os treinamentos estão sendo executados conforme o planejado?

Melhoria no Projeto ü Há um sistema para cadastrar melhorias a serem exigidas na aquisição de novos equipamentos?

ü Os novos equipamentos são adquiridos com base no custo do ciclo de vida (aquisição, Transporte, Instalação, Operações, Manutenção, Treinamento, Estoque de sobressalentes, Custos de ferramentas e equipamentos de teste, Reforma e alienação, Custos com Aspectos Ambientais)?

Capacitação do Gestor e do Comitê

Capacitação do Gestor e do Comitê - O gestor de TPM deve ser um profissional devidamente experiente em gestão de processos (produção, manutenção, engenharia, qualidade, TPM, Just-in-Time, Lean

Manufacturing, Kaizen, etc.). Pode se dedicar exclusivamente ao TPM ou não, depende do porte e características da empresa. O Comitê é composto preferencialmente por integrantes das áreas de produção, manutenção, engenharia e recursos humanos, e dedicam apenas parte do seu tempo para as tarefas estratégicas da TPM, que podem ser distribuídas de acordo com cada um dos pilares, além das atividades promocionais. A capacitação é iniciada através de um treinamento mínimo de 24 horas, e complementado por leituras e visitas à outras empresas. Uma consultoria externa normalmente é responsável em capacitar o comitê e orienta-lo na escolha da literatura e visitas. O comitê pode analisar softwares de manutenção utilizados no mercado, os padrões de monitoramento de TPM usados nas empresas e Benchmarkings existentes em literaturas ou divulgados pelas empresas.

Elaboração do Plano de Implantação - A metodologia tradicional de implantação da TPM, proposta pelo JIPM, foi desenvolvida partindo do pressuposto de que a TPM deve ser adotada como uma filosofia gerencial da empresa, concorrente com outras filosofias ou Sistemas de Produção, tais como: TQC (Total Quality Control); APO (Administração Por Objetivo); JIT (Just-In-Time); WCM (World Class Manufacturing);

Lean Manufacturing, etc. Este pré-requisito tem causado uma certa resistência das direções de empresas na sua adoção, uma vez que há uma tendência de se chocar com algo que já vem fazendo parte da cultura da organização. Outra questão, conseqüente também desta concepção da JIPM, é introduzir pacotes de ações que muitas vezes não são compatíveis com a necessidade e realidade das empresas. Desta forma, sugerimos que após formar uma boa massa crítica, o comitê elabore um plano tático de implantação. Este plano ainda não contempla metas para resultados operacionais. O diagnóstico feito anteriormente serve para delinear este plano, principalmente nos seguintes aspectos:

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Dependendo do modelo de gestão da empresa, utilizar a TPM como uma ferramenta (e não obrigatoriamente como uma filosofia) - A diferença prática desta escolha está na amplitude do envolvimento das pessoas, não só no sentido vertical, mas também no sentido horizontal. TPM como ferramenta não é um guarda-chuva, logo não será a TPM que delimitará a implementação e atuação de outras ferramentas gerenciais ou programas estratégicos. Desta forma, terá uma amplitude mais restrita à área operacional. As ferramentas existentes dos sistemas de qualidade, segurança e meio ambiente continuarão tendo a sua independência. Porém, poderão incorporar alguns detalhes que fazem parte de uma boa gestão dos ativos industriais, propostos pela TPM. Evidentemente, a utilização da TPM como filosofia tende a gerar melhores resultados quando comparada com a utilização como ferramenta, haja vista que, ampliando a sua importância, o investimento e o nível de comprometimento da alta direção tendem a ser maior. O problema que é, vista apenas esta forma, muitas empresas nem ousam em fazê-la.

Ter como foco a redução de perdas - Representando a produtividade com uma equação, onde o numerador é o volume de produção e o denominador é o custo, observa-se que a TPM gera maior

produtividade, atuando no numerador através da melhor utilização do tempo (aumento da disponibilidade do equipamento, da performance e da qualidade) e no seu denominador através da redução de perdas

materiais e de energia (matéria-prima, refugo, ferramentas, insumos, etc.). Ou seja, na prática a TPM deve ser vista como uma ferramenta para atacar perdas. Muitas vezes, esta redução de perdas não pode ser convertida nos indicadores da TPM, em função da característica do equipamento ou processo. Neste caso, a sugestão é simplesmente levantar e atacar as perdas, medindo a sua evolução.

Utilizar o 5S como base para a TPM - A literatura clássica de TPM existente no Brasil (a maioria na língua inglesa), basicamente é oriunda do Japão. Nela, o 5S é tratado de maneira muito discreta dentro do pilar

"Manutenção Autônoma". No Brasil e em empresas que têm sérios problemas de ordem comportamental e cultural, os quais estão espelhados nos aspectos de desperdício, desarrumação, sujeira, acidentes, doenças ocupacionais e indisciplina, o 5S deve ser tratado como uma base para mudança dos hábitos, atitudes e valores das pessoas repercutindo numa preparação ambiental propícia à implantação da TPM. 5S é um conjunto de cinco atividades que visam aperfeiçoar o comportamento das pessoas, refletindo numa mudança de hábitos e atitudes e melhorando os valores éticos e morais.

Iniciar a implantação pela Manutenção Autônoma - A alternativa de implantar a TPM pela Manutenção Autônoma tem sido a mais comum na cultura ocidental. A vantagem é que a implantação sai de uma discussão filosófica e entra no campo da praticidade. O cuidado maior é que muitas vezes esta alternativa tem se limitado a passar para os operadores algumas tarefas que pertencem à equipe de Manutenção, porém com os seguintes agravantes:

Não é dada a devida capacitação aos operadores - Os operadores se sentem explorados, uma vez que não entendem porque estão realizando tarefas que não pertencem à sua função.

Não é feita uma atualização na descrição da função do operador - Não é dado aos operadores o ferramental necessário e adequado.

Não há um cuidado para garantir que novos operadores ou substitutos tenham a mesma formação e habilidade - O plano de treinamento de operadores é genérico, ou seja, não especializa os

operadores de acordo com as necessidades da área e do seu perfil.

Escolher como Equipamento Piloto aquele que apresente maior potencial de ganho - Apesar de parecer óbvio, o inicio de implantação da TPM nem sempre ocorre em equipamentos que apresentam maior potencial de ganho, como os gargalos de produção, em função de sua capacidade; aqueles com maior incidência de quebras, afetando o ritmo de produção e gerando estoques em excesso; ou aqueles cujo defeito ou falha gera riscos de explosão ou contaminação do meio ambiente. Alem destes fatores, vale a pena levantar as perspectivas de uso futuro, uma vez que pode ser escolhido um equipamento ou planta piloto que está obsoleto e com seus dias contados.

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Anúncio de Decisão da implantação - Uma vez formatado, o plano de implantação é submetido à uma validação pela alta direção. Feitos os possíveis ajustes, a direção anuncia definitivamente a implantação da TPM utilizando-se de reuniões e comunicados (Comunicação Interna, E-mail, Folhetos). Nesta decisão a direção demonstrará o seu comprometimento na implementação da TPM.

Treinamento Introdutório - Quando a TPM é implementada como ferramenta não há necessidade de difundir os seus conceitos para toda a empresa, mas sim para as pessoas que estarão diretamente envolvidas, principalmente do equipamento piloto.

Preparação - Após o treinamento introdutório o Comitê um grupo maior para participar das discussões, levantamento os índices atuais do equipamento piloto (corrigindo ou confirmando índices levantados na fase de diagnóstico ou os existentes até então). Estes índices podem ser comparados com Benchmarkings e servirão para a definição de metas de resultados operacionais, complementando o plano de implantação (também chamado Plano Diretor).

Normalmente o plano diretor de implantação de TPM contém metas de médio e longo prazos, isto decorre do anseio da empresa em se adequar aos parâmetros do Prêmio TPM. Sabemos que na cultura oriental a autodisciplina é um traço muito forte. Na cultura ocidental os resultados de curto prazo são essenciais para motivar as pessoas, principalmente as lideranças. Logo, a definição de metas de curto prazo e o seu desdobramento em todos os níveis é uma estratégia que normalmente dá certo. A realização de eventos periódicos de debate e reconhecimento é fundamental para tornar o processo de implantação vivo. Uma vez treinadas as pessoas diretamente relacionadas ao equipamento piloto, é feito o lançamento da TPM, em uma cerimônia liderada pelo número 1.

Realização e monitoramento das atividades da TPM - A partir do lançamento da TPM são realizadas as atividades previstas em cada pilar, as quais não serão discutidas neste trabalho, em função de sua extensão. Porém, ocorrem obedecendo ao conceito de melhoria contínua ou do ciclo PDCA:

Plan (Planejar) - Elaboração de um plano de ação

Do (Executar) - Eliminação de problemas e implementação de melhorias Check (Verificar) - Auditorias e Acompanhamento no dia-a-dia

Action (Ação Corretiva) - Estabelecimento de novas metas de acordo com os resultados e objetivos Para garantir a prática da TPM com melhoria contínua é fundamental a implementação de auditorias,

principalmente para validar cada etapa da manutenção autônoma. Para tanto devem ser formados auditores de TPM (líderes da manutenção e da engenharia) e definidos os critérios de avaliação. Pode ser criado um selo específico que demonstra em qual estágio da Manutenção Autônoma o equipamento se encontra. Uma grande dificuldade na condução e avaliação da TPM é a sincronia entre os pilares. Pela sua complexidade e por depender de cada empresa este problema não será discutido neste trabalho.

Introdução de Outros equipamentos na TPM - É normal ao se iniciar a TPM em um equipamento piloto uma vontade de estendê-la aos demais equipamentos. Há que se ter uma preocupação em conter os ânimos, uma vez que a experiência tem sido frustrante neste sentido. Há vários fatores que limitam a velocidade de replicar a TPM para os demais equipamentos:

Tendência de se elevar o custo de manutenção

Tendência de queda de produção em função de treinamentos de operadores e parada do equipamento para a Limpeza Inicial

Falta de tempo por parte da equipe de manutenção para treinar adequadamente os operadores Não há necessidade de se implantar a TPM em todos os equipamentos

A experiência com a TPM no equipamento piloto provavelmente não está consolidada o suficiente para ser ampliada à outros equipamentos.

Não há necessidade de se concluir todas as etapas da Manutenção Autônoma no equipamento Piloto para estender a TPM para os demais equipamentos. Recomendamos que após a certificação da etapa da quarta

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etapa da Manutenção Autônoma (Inspeção Geral), a área de manutenção seja consultada para iniciar a implantação gradativa em outros equipamentos.

Fundamentos para o sucesso da implantação - Uma implantação bem sucedida da TPM ocorrerá se os seguintes fundamentos forem atendidos:

Liderança do Número 1Independente se a TPM será implantado como filosofia ou como ferramental gerencial, é indiscutível a necessidade do número 1 liderar a implantação. É com muita freqüência que o responsável pela coordenação da TPM nas empresas seja alguém da área de manutenção. Até aí, não há problema. Porém, a condução da TPM é uma atividade indelegável da área de produção, pois a esta pertencem os ativos industriais. O papel do número 1 é oferecer todo o apoio financeiro e cobrar resultados à área de produção. Isto deve ocorrer com uma freqüência mensal no primeiro semestre, podendo se estender para uma freqüência menor ao longo do tempo. Esta cobrança não deve se limitar à análise de relatórios, mas também a presença física do número 1 nos equipamentos TPM, para verificar o estágio de implantação in-loco, conversando com operadores e manutentores, sentindo o clima motivacional.

Boa estruturação da Função Manutenção

Chamamos a atenção para a necessidade de uma boa estruturação da Função Manutenção, para o sucesso da TPM, mesmo quando só está sendo implantado o pilar de Manutenção Autônoma. Exemplo:

Boa qualificação teórica e prática dos manutentores Agilidade no atendimento

Capacidade de resolver problemas crônicos Boa política de sobressalentes

Procedimentos e Ferramental adequados Histórico do equipamento atualizado e confiável

Definição de uma política de atendimento aos equipamentos (corretiva, preventiva de acordo com o tempo e preventiva de acordo com as condições físicas).

A Manutenção Centrada em Confiabilidade (RCM) é uma técnica tratada dentro da TPM. Caso haja

discussões filosóficas, ideológicas e até política no sentido de colocar a RCM acima da TPM, não importa. O que interessa é se há uma relação adequada entre o custo da manutenção e os benefícios promovidos a partir desta técnica.

TPM é muito mais mudança de comportamento que introdução de novas tecnologias

Este é o aspecto mais importante da TPM, principalmente para a cultura ocidental, onde trabalhar o "querer"

é uma tarefa mais árdua que trabalhar no "saber". A mudança de comportamento é o segredo do sucesso da TPM. Isto não se limita somente aos níveis operacionais. Muitas vezes a visão distorcida de que a TPM representa perda de poder, leva as lideranças a resistirem na sua implantação. A área de manutenção pode entender que após a implantação da TPM os equipamentos não terão mais necessidade de tantos

manutentores, significando com isto uma redução de seu poder. Por outro lado, a área de produção pode entender que a área de manutenção está conseguindo impor para os operadores tarefas intrinsecamente relacionadas à manutenção. Este receio é repassado para os níveis operacionais gerando possíveis resistências.

Haroldo Ribeiro é engenheiro mecânico com especialização em manutenção mecânica. É consultor especializado em 5S e TPM e autor de vários livros sobre os temas -pdca@terra.com.br

Referências

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