07 e 08 de outubro de 2021
Arte
Dança Contemporânea no Brasil
Professora: Jocimara
03/10/2021
Companhia de Dança Debora Colker
Deborah Colker (Rio de Janeiro, 1960) é uma bailarina e coreógrafa brasileira, conhecida por seus balés aclamados pela crítica, nacional e internacional, ela mescla movimentos de dança com malabarismos audaciosos. Em 1997, no Brasil, venceu o Troféu Mambembe, oferecido pelo Ministério da Cultura, pelo seu trabalho no espetáculo "Rota". Em 2001, na Grã-Bretanha, recebeu o célebre e mundialmente importante prêmio Laurence Olivier Awards de Realização Mais Notável em Dança, oferecido pela The Society Of London Theatre, pela coreografia do espetáculo "Mix". Em 2018 venceu outro importantíssimo prêmio internacional de balé, o Prix Benois De La Danse de coreografia, a premiação ocorreu no Teatro Bolshoi, em Moscou, na Rússia, por seu trabalho coreográfico no espetáculo de balé "Cão Sem Plumas", espetáculo este produzido pela Deborah Colker Company.
O diálogo entre linguagens artísticas como o circo e as artes visuais é uma constante nos seus trabalhos, como vemos em 4 por 4 (2OO2), espetáculo que reúne quatro coreografias inspiradas em artistas plásticos brasileiros e que explora a relação movimento e espaço.
Seus trabalhos foram Mix (1995), Rota (1997), Casa (1999), 4 x 4 (2002), Nó (2005), Dínamo (2006), Cruel (2008), Tatyana (2011) e, mais recentemente, Belle (2014). É, também, a primeira mulher a dirigir um show do Cirque du Soleil, Ovo. Foi considerada pela Revista Época uma dos 100 brasileiros mais influentes do ano de 2009.
https://www.youtube.com/watch?v=m-oFNmTss_I&t=2s
https://www.youtube.com/watch?v=ZLXGPSWC-Bw
Grupo Corpo
Fundado em 1975, na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais, o Grupo Corpo é uma companhia brasileira de dança contemporânea reconhecida pelo trabalho cuidadoso de pesquisa para a construção de suas
coreografias, mediadas pela relação entre movimento e música.
A companhia foi fundada por Paulo Pederneiras (diretor-geral), Rodrigo Pederneiras (inicialmente bailarino e depois coreógrafo), Pederneiras, Marisa Pederneiras e Izabel. 106 bailarinos passaram pelo Corpo em 45 anos de história.
A inspiração para a montagem do grupo surgiu após Rodrigo Pederneiras ter participado de uma oficina
realizada durante o Festival de Inverno da UFMG com o bailarino argentino Oscar Araiz. O primeiro espetáculo do grupo, Maria Maria, foi coreografado por Oscar Azair, percorreu 14 países e permaneceu em atividade no Brasil de 1976 até 1982. Todos os irmãos de Pederneiras se envolveram com o Grupo Corpo em certo ponto:
José Luiz abandonou a medicina para virar fotógrafo , Pedro tornou-se diretor técnico, e as irmãs Míriam e Marisa foram dançarinas. O Grupo Corpo foi companhia residente na Manson de la Danse em Lyon na França de 1995 a 1999.
https://www.youtube.com/watch?v=e0UEsriM35I&t=1s
Pulsar Cia. de Dança, dirigida por Teresa Taquechel, foi criada em 2000 e teve como sua primeira criação a coreografia Hiploss (2000), a qual, segundo Teresa Taquechel, se desenvolvia toda no chão, em contraponto à uma pesquisa de aéreos que, na época, devido a falta de estrutura, impossibilitou a participação de bailarinos cadeirantes.
No mesmo ano de sua criação, a Companhia recebeu o prêmio PROCENA, prêmio da Secretaria de Cultura do Governo do Estado do Rio de Janeiro, o que levou a montagem do espetáculo Pulsar no ano seguinte (2001). Nos dois anos consecutivos a Pulsar foi agraciada com o edital da Caixa Econômica Federal, o que possibilitou a Companhia se apresentar com o Espetáculo Pulsar no Conjunto Cultural da Caixa do Rio de Janeiro e de Brasília, além de outras cidades por todo o país.
Foi como representante no Brasil no Internacional VSA Arts Festival, no Kennedy Center em Washington DC, em 2004, e recebeu o Prêmio ‘Ordem do Mérito Cultural’ das mãos do Presidente da República e do Ministro de Cultura, em Brasília.
Em 2004, com o apoio da Prefeitura, a Pulsar Cia. de Dança passa realizar seus ensaios no Centro Coreográfico da Cidade do Rio de Janeiro. Em 2008 a obra Indefinidamente Indivisível (Espetáculo) foi contemplado com o Prêmio de Dança Klauss Vianna. Nesta mesma época ganha o edital da Caixa Cultural para o Festival: Corpos Ímpares – encontro entre as artes e as diferenças.
Em 2009 realizou a primeira edição do evento Corpos Ímpares, com patrocínio da Caixa Econômica Federal, assim como ganhou o edital da Secretaria de Cultura para a manutenção da Companhia. Em 2011 a Pulsar foi contemplada com o edital da FADA, o que possibilitou a realização da segunda edição do Festival Corpos Ímpares 2012, em 2012, e a produção de Por trás da cor dos olhos (Espetáculo), o qual marcou os 12 anos da Companhia.
Pulsar Cia de Dança
Alexandre Franco, coreógrafo convidado para trabalhar na Pulsar Cia. de Dança no ano de 2006, coloca que:
“Sendo a Pulsar uma companhia formada por artistas com resoluções impares de movimento, tornou a busca mais instigante e não menos difícil. Encontramos na resolução do movimento do outro uma forma diferente de acessar o movimento pessoal, o outro em mim.”
Com esse relato, podemos refletir um pouco sobre a importância de um trabalho como o desenvolvido pela Pulsar. Este tipo de diálogo promovido pela Companhia só enriquece o olhar de quem o vivencia, pois abre novas perspectivas para a concepção de dança contemporânea.
https://www.youtube.com/watch?v=Dr0eQ9aCXso&t=2s
https://www.youtube.com/watch?v=9bEeBlxjhuo&t=1s