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PERÍODOS DE MATOINTERFERÈNCIA NA CULTURA DO MILHO (Zea Mays L.)

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PERÍODOS DE MATOINTERFERÈNCIA NA CULTURA DO MILHO (Zea Mays L.)

II. EFEITOS SOBRE OS TEORES DE MACRONUTRIENTES E RENDIMENTO AGRÍCOLA*

JORGE LUIZ SALES

Prof. Adjunto do Oepto. de Agronomia da UFRPE.

RICARDO VICTORIA FILHO Prof. Livre Docente da ESALQ/USP.

Com o objetivo de verificar os efeitos dos períodos de interferência das plantas daninhas sobre os teores dos macronutrientes e rendimento agrícola (Kg/ha) da cultura do milho, foi instalado e conduzido em condiçOes de campo um ensaio com o híbrido Agroceres 106, no município de Piracicaba-SP. O «Ir ineamcnto experimental utilizado foi o de blocos ao acaso, sendo a cultura mantida no limpo ou no mato por diferentes períodos cujas extensões foram de 0, 10, 20, 30, 40 e 50 dias após a emergência da cultura. Nêo se verificaram diferenças significativas para número inicial e final de plantas de milho e teores de macronutrientes, com exceção do nitrogênio. A presença das plantas damnt is durante todo o ciclo da cultura reduziu a produção.

INTRODUÇÃO

As plantas daninhas podem interferir no rendimento agrícola (Kg/ha) dt, uma cultura, devido aos seus efeitos competitivo e alelopático.

Blanco (1972), relata que na cultura do milho as perdas de produção devido à matocompetiçâo pode variar de 12 a 83%, sendo esta variação dependente da espécie, da densidade e do período de competição entre o mato e a cultura, modificado pelas condições de clima, solo e práticas culturais.

* Parte da Tese apresentada pelo primeiro autor ao Curso de Doutorado em FHotecnia da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz'. ESALQ/USP.

Cad. Õmega Univ. Fed. Rural PE. Sér. Agron., Recife, n. 6, p. 101-110,1994

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Blanco, Oliveira e Araújo (1976) mostraram que o período máximo inicial com mato e o periodo mínimo inicial sem mato que não prejudicam a produção do milho foram respectivamente, de 15 - 30 dias e de 45 a contar da emergência da cultura. Em outra situação , Repening et a1 (1976), encontraram valores diferentes, onde o periodo máximo inicial com mato foi de 20 dias e o periodo mínimo inicial sem mato foi de 40 dias a partir da emergência da cultura, para que nso houvesse perdas significativas de produção.

A competição entre as plantas daninhas e a cultura do milho por nutrientes é sem dúvida o fato endiscutivel na literatura especializada, onde vários fatores ligados à comunidade infestante, à cultura e as condiçóes edafo-climáticas podem influenciar na capacidade competitiva por elementos minerais disponíveis no solo. Rajam e Sankaran (1974) verificaram que uma comunidade de plantas daninhas formada basicamente por Triathemaportulacastrum conseguiu retirar de 7 a 10 vezes mais nutrientes do que a cultura de milho trinta dias após a semeadura em condições de campo.

A necessidade de controle do mato é inquestionável dentro do sistema produtivo de uma cultura, desta forma, a presente pesquisa teve como objetivos determinar o período em que a cultura deve permanecer livre das plantas daninhas para que o seu rendimento n8o seja prejudicado, além disso, foi verificado os seus efeitos no número inicial e final de plantas, e teores de macronutrientes.

MATERIAIS E METÓDOS

O presente trabalho foi instalado e conduzido em Piracicaba (SP), em solo Latossolo - Vermelho - Amarelo distrófico, textura média, segundo classificação de Camargo, Klant e Kauffman (1987).

Com relaçlio às características químicas do solo da área experimental, a análise de solo revelou que o pH era 53, a matéria organica de 3,0% apresentando ainda, 14 ug/cm3 de P resina, 0,08 meq.llOO cm3 de K+ , 2,90 meq.llOO cm3 de ca2+, 1,52 meq.1100 cm3 de hAg2+ e 5,4 meq.llOO cm3 de H+ + ~ 1 ~ ' .

O delineamento experimental adotado foi o de blocos ao acaso, com 12 tratamentos e quatro repetições, sendo cada parcela constituída de 5 linhas de 6,O m de comprimento, espaçado de 1 ,O m.

Considerou-se como área útil, as três linhas centrais das parcela com 5,O m de comprimento, perfazendo um toral de 15,0m2 . A semeadura

Cad. 6mega Univ. Fed. Rural PE. Sér. Agron., Recife, n. 6, p. 101-1 10, 1994

Blanco, Oliveira e Araújo (1976) mostraram que o período máximo inicial com mato e o período mínimo inicial sem mato que não prejudicam a produção do milho foram respectivamente, de 15 - 30 dias e de 45 a contar da emerf jncia da cultura. Em outra situação , Repening et al (1976), encontraram valores diferentes, onde o período máximo inicial com mato foi de 20 dias e o período mínimo inicial sem mato foi de 40 dias a partir da emergência da cultura, para que não houvesse perdas significativas de produção.

A competição entre as plantas daninhas e a cultura do milho por nutrientes é sem dúvida o fato endiscutível na literatura especializada, onde vários fatores ligados à comunidade infestante, à cultura e às condições edafo-climáticas podem influenciar na capacidade competitiva por elementos minerais disponíveis no solo. Rajam e Sankaran (1974) verificaram que uma comunidade de plantas daninhas formada basicamente por Triathemaportulacastrum conseguiu retirar de 7 a 10 vezes mais nutnentes do que a cultura de milho trinta dias após a semeadura em condições de campo.

A necessidade de controle do mato é inquesuonável dentro do sistema produtivo de uma cultura, desta forma, a presente pesquisa teve como objetivos determinar o período em que a cultura deve permanecer livre das plantas daninhas para que o seu rendimento não seja prejudicado, além disso, foi verificado os seus efeitos no número inicial e final de plantas, e teores de macronutrientes.

MATERIAIS E MÉTODOS

O presente trabalho foi instalado e conduzido em Piracicaba (SP), em solo Latossolo - Vermelho - Amarelo distrófico, textura média, segundo classificação de Camargo, Klant e Kauffman (1987).

Com relação às características químicas do solo da área experimental, a análise de solo revelou que o pH era 5,5, a matéria orgânica de 3,0% apresentando ainda, 14 ug/cm

3

de P resina, 0,08 meq./100 cm

3

de K

+

, 2,90 meq./IOO cm

3

de Ca

2+

, 1,52 meq./100 cm

3

de Mg

2+

e 5,4 meq./100 cm

3

de H

+

+ AI

3+

-

O delineamento experimental adotado foi o de blocos ao acaso, com 12 tratamentos e quatro repetições, sendo cada parcela constituída de 5 linhas de 6,0 m de comprimento, espaçado de 1,0 m.

Considerou-se como área útil, as três linhas centrais das parcela com

5,0 m de comprimento, perfazendo um toral de 15,0m

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. A semeadura

Cad. Ômega Univ. Fed. Rural PE. Sér. Agron., Recife, n. 6, p. 101-110,1994

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foi realizada manualmente deixando-se uma densidade de 5 plantas por metro linear.

Os efeitos dos tratamentos foram estudados em dois grupos: no primeiro, a cultura permaneceu livre da presença das plantas daninhas desde a emergência até diferentes períodos do seu ciclo de desenvolvimento como segue:O, 10, 20, 30, 40 e 50 dias. Após estes intervalos de eliminação das plantas daninhas através de enxada aquelas que emergissem eram deixadas crescer livremente. Para o segundo grupo de tratamento, foi feito o contrário, ou seja, a cultura desenvolvia-se na presença do mato nos mesmos intervalos citados anteriormente, após os quais as parcelas eram campinadas até à colheita.

A semeadura foi realizada com híbrido Agroceres 106, juntamente com a adubação de fundação empregando-se 250Kgiha da fórmula 5-30-1 5.

Foram avaliados o número inicial e final de plantas de milho, a densidade (nolm2) de plantas daninhas, o rendimento (Kgiha) da cultura, e os teores de macronutrientes através da anillise foliar retirando-se 30 folhas da área Útil da parcela segundo as recomendaç6es de Trani, Hiroce e Bataglia (1983).

RESULTADOS E DISCUSSAO

Vilrios trabalhos de pesquisa na cultura do milho com diferente espécies de plantas daninhas, sempre tiveram a preocupaçllo de mostrar os efeitos maléficos do mato no rendimento (Kglha) da cultura.

Na tabela 1 observa-se que as plantas daninhas diwtileddneas foram as mais frequentes em termos numéricos nas três épocas estudadas (20, 40 e 128 dias após a emergência). A planta infestante anileira (Indigofera Hirsuta L.) com 36,O; 19,O e 21 ,O plantas/m2 foi a que teve maior densidade entre as folhas largas nas três épocas de avaliação, enquanto, dentro das folhas estreitas o capim-coloniao (Pnicum maximum L.) , mostrou a maior densidade.

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foi realizada manualmente deixanao-se uma densidade de 5 plantas por metro linear

Os efeitos dos tratamentos foram estudados em dois grupos no primeiro, a cultura permaneceu livre da presença das plantas daninhas desde a emergência até diferentes períodos do seu ciclo de desenvolvimento como segue.O, 10, 20, 30, 40 e 50 dias. Após estes intervalos de eliminação das plantas daninhas através de enxada aquelas que emergissem eram deixadas crescer livremente. Para o segundo grupo de tratamento, foi feito o contrário, ou seja, a cultura desenvolvia-se na presença do mato nos mesmos intervalos citados anteriormente, após os quais as parcelas eram campinadas até à colheita.

A semeadura foi realizada com híbrido Agroceres 106, juntamente com a adubação de fundação empregando-se 250Kg/ha da fórmula 5-30-15.

Foram avaliados o número inicial e final de plantas de milho, a densidade (noVm

2

) de plantas daninhas, o rendimento (Kg/ha) da cultura, e os teores de macronutríentes através da análise foliar retirando-se 30 folhas da área útil da parcela segundo as recomendações de Trani, Hiroce e Bataglia (1983).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Vários trabalhos de pesquisa na cultura do milho com diferente espécies de plantas daninhas, sempre tiveram a preocupação de mostrar os efeitos maléficos do mato no rendimento (Kg/ha) da cultura.

Na tabela 1 observa-se que as plantas daninhas dicotiledõneas foram as mais freqüentes em termos numéricos nas três épocas estudadas (20, 40 e 128 dias após a emergência). A planta infestante anileira (Indigofera Hirsuta L.) com 36,0; 19,0 e 21,0 plantas/m

2

foi a que teve maior densidade entre as folhas largas nas três épocas de avaliação, enquanto, dentro das folhas estreitas o capim-colonião (Pnícum maximum L.), mostrou a maior densidade.

Cad Ômega Univ. Fed Rural PE. Sér. Agron., Recife, n. 6, p. 101-110, 1994

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TABELA 1 - Dansidiida Wia e porcentagem das espécies infestantes da drea expe- rimental, em três épocas (20, 40 e 128 dias apbs a emergencia) do ciclo da cultura. Piracicaba, 1989.

Espécies daninhas

20 40

128

NO

Jrn %

Nolm *

%

k l m

%

TOTAL

81

,O

M O

63.0

Victona Filho (1990) verificaram a ocorrência das mesmas espécies daninhas na cultura do milho. Fonseca et al (1983) também verificaram as mesmas espécies daninhas mono e dicotileddneas do presente ensaio em um levantamento botanico na região de Jaboticabal (SP).

Com relaç40 ao número inicial e final de plantas de milho verifica-se na tabela 2 que não houve diferença significativa para estes parametros pelos efeitos dos períodos de competição das

.i

6mega Univ. Fed. Rural PE. Sér. Agton., Recife, n. 6, p. 101 -1 10,1994

TABELA 1 - úensiaaae aiédia e porcentagem das especies mfestantes. da área expe- rimental, em trás épocas (20, 40 e 128 dias após a emergência) do ciclo da cultura. Piracicaba, 1989.

No. DIAS APÓS / EMERGÊNCIA

Esp-eues daninhas 20 40 128

No7m

2

% No/m

2

% No/m

2

%

Coida-dc jiola 9.0 11,1 13,0 20,3 5,0 7.9

Ipomoca hederttoUa L

Anileira 36,0 44,4 19,0 29,6 21,0 33,3

Indgofera hlrsuta L

Erva-palha 4,0 4,9 7.0 10,9 6,0 9.5

Blalnvlllea rtKOnboldee

Picâo-prelo 1.0 1.2 2.0 3,1 5,0 7,9

l/cfons pllosa L.

úapim-coloni: 9,0 11,1 6,0 9.3 3.0 4.7

P mlcum moxlmum Jaeo

2 uanxur ia 6,0 7.4 1.0 1.5 2.0 3,1

di homblfolla L

Dapim-canapichc 1.0 1.2 1.0 1,5 10,0 15,8

Cenchrus echlnatus L.

JS i-fo-v» 10,0 12.3 10.0 15,6 4.0 6.3

ftwn * i Tenella Colea.

Caplm-colch. ■ 5.0 6,1 5.0 7,8 7,0 11.1

Digitarit horizonlalls Willa.

TOTAL 1.0 64.0 63,0

MonocotiledAneas 15,0 18,5 12,0 l(i,8 20,0 31,8 Dicotiledâneas 66,0 61,5 52,0 81,2 43,0 68,2 Victoría Filho (1990) verificaram a ocorrência das mesmas espécies daninhas na cultura do milho. Fonseca et al (1983) também verificaram as mesmas espécies daninhas mono e dicotiledôneas do presente ensaio em um levantamento botânico na região de Jaboticabal (SP).

Com relação ao número inicial e final de plantas de milho verifica-se na tabela 2 que não houve diferença significativa para estes parâmetros pelos efeitos dos períodos de competição das

i Õmega Univ. Fed. Rural PE. Sér. Agron., Recife, n. 6, p. 101-110,1994

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plantas daninhas, tal fato, pode ser explicado por ser o milho uma planta de metabolismo "C4 ", altamente competitiva e de crescimento rápido, favorecida pelas adubações de plantio e cobertura, trato fitossanitário e população adequada de plantio, que proporcionaram o seu estabelecimento dando continuidade ao seu ciclo ate à colheita.

TABELA 2. Efeitos dos periodos de competi* das plantas daninhas sobre o numero inicial e final de plantas de milho na area útil das parcelas do ensaio. Piracica- ba, Sao Pauio, 1989.

Perfodo inicial

No. DIAS &S A

EMERGENCIA

N~MERO N-RO

INICIAL

'

FINAL'

LIMPO (L.)

o

10

20

MATO (M) 30

40 50

c v

(%) D.M.S. 5%

F

Médias seguidas pelas mesmas letras na coluna nao diferem entre si no nlvei de 5% de probabilidade pelo teste de Tukey.

Cad. Õmega Univ. Fed. Rural PE. SBr. Agron., Recife, n. 6, p. 101-110,1994

plantas daninhas, tal fato, pode ser explicado por ser o milho uma planta de metabolismo "C

4

", altamente competitiva e de crescimento rápido, favorecida pelas adubações de plantio e cobertura, trato fitossanitárío e população adequada de plantio, que proporcionaram o seu estabelecimento dando continuidade ao seu ciclo até à colheita TABELA ? Efeitos dos períodos de competição das plantas daninhas sobre o número

inicial e final de plantas de milho na área útil das parcelas do isaio Piracica- ba, São Paulo, 1989.

Período

Inicial No. DIAS APÓS EMERGÊNCIA

NÚMERO INICIAL *

NÚMERO FINAL*

0 75,0 a 71.2 a

10 74,7 a 71,5 a

LIMPO (L.) 20 74,5 a 73.2 a

30 74,5 a 74.2 a

40 74,2 a 73.5 a

50 75.5 a 72.7 a

0 74,5 a 73,2 a

10 74,5 a 73,7 a

20 74.2 a 70.5 a

MATO (M) 30 74,7 a 70,5 a

40 74,5 a 69,0 a

50 74,0 a 69.5 a

CV (%) 0,89 3,31

D.M.S. 5% 0,38 1,41

F 0,53 3,15

Médias seguidas pelas mesmas letras na coluna não diferem entre si no nível de 5% de orobabilidade pelo teste de Tukey.

Cad. Ômega Univ. Fed. Rural PE. Sér. Agron., Recife, n. 6, p. 101-110,1994

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Verifica-se na tabela 3 que os teores de macronutrientes n8o foram afetados pelos períodos de competição das plantas daninhas, com exceção do nitrogênio na testemunha no mato. Observa-se tambbm, que estes valores em porcentagem obtidos através da diagnose foliar na época de formação da espiga, estão próximos dos valores obtidos por Malavolta, Vitti e Oliveira (1989), que mostra os níveis adequados para os macronutrientes nesta cultura a saber:

nitrogênio (2,75 - 3,25%), fósforo (0,25 - 0,35%), potássio (1,75 -

2,25%), cálcio (0,25 - 0,40%); magnésio (0.25 - 0,40%) e enxofre (0,15

- 0,20%). Estes valores sao apenas relativos e n8o fixos, pois o requerimento por nutrientes pode ser influenciado pelo híbrido, solo, clima, plantas daninhas, idade da planta cultivada, entre outros.

Young, Wyse e Jones (1984) verificaram em condições de campo que a espécie daninha Agropyron repens nilo interferiu nos teores de nitrogênio, fósforo e potássio das folhas de milho.

Cad. 6mega Univ. Fed. Rural PE. Sdr. Agron., Recife, n. 6, p. 101 -1 10, 1994

Venfíca-se na taoela 3 que os teores de macronutrientes nào foram afetados pelos períodos de competição das plantas daninhas, com exceção do nitrogênio na testemunha no mato. Observa-se também, que estes valores em porcentagem obtidos através da diagnose foliar na época de formação da espiga, estão próximos dos valores obtidos por Malavolta, Vitti e Oliveira (1989), que mostra os níveis adequados para os macronutrientes nesta cultura a saber:

nitrogênio (2,75 - 3,25%), fósforo (0,25 - 0,35%), potássio (1,75 - 2,25%), cálcio (0,25 - 0,40%>, magnésio (0,25 - 0,40%) e enxofre (0,15 - 0,20%). Estes valores são apenas relativos e não fixos, pois o requerimento por nutrientes pode ser influenciado pelo híbrido, solo, clima, plantas daninhas, idade da planta cultivada, entre outros.

Young, Wyse e Jones (1984) verificaram em condições de campo que a espécie daninha Agropyron repens não interferiu nos teores de nitrogênio, fósforo e potássio das folhas de milho.

Cad Ômega Univ. Fed. Rural PE. Sér. Agron., Recife, n. 6, p. 101-110,1994

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TABELA

3

- Efeitos dos períodos de competii das plantas daninhas sobre

os

teores de macronutrientes

(%)

nas folhas do hlbrido Agroceres 106. Piracicaba, São Paulo, 1989.

Período dias após MACRONUTRIENTES (%)

'

a N P K Ca &I S

emergbncia

LIMPO

O 10 20

MATO 30

40 50

Médias seguidas pelas mesmas letras na coluna não diferem entre si ao nlwl de 5% de probabilidade pelo teste de Tukey.

Observa-se na tabela 4 que a testemunha no mato reduziu a produção de graos em 77,04%, quando comparado com o tratamento 50 dias iniciais. Trabalho desenvolvido por Blanco Haag e Oliveira (1968) verificaram perdas de produção de 35,0% devido ao mato na parcela não capinada durante todo o ciclo da cultura. O período total de prevenção da interferência, considerado como o período mínimo do início do ciclo da cultura que deve ser mantido no limpo, é de 20 dias após a emergência para que nAo se verifiquem perdas significativas de produçZio.

Cad. ômega Univ. Fed. Rural PE. Ser. Agron., Recife, n. 6, p. 101-110, 1994

TABELA 3 - Efeitos aos penoaos ae competição aas piaraas danmnas soon os teores de macronutríentes (%) nas folhas do hlbndo Agroceres 106. Piracicaba, Sâo Paulo, 1989.

Período dias após MACRONUTRÍENTES (%) •

emergência a N P K Ca Mg S

0 1.88 b 0,17 a 1,39 a 0.34 a 0.39 a 0,09 a 10 2.33 a 0.18 a 1.45 a 0,29 a 0,38 a 0,10 a 20 2,07 a 0.18 a 1 30a 0.34 a 0.46 a 0.10 a LIMPO 30 2.39 a 0.17 a 1,34 a 0,31 a 0.44 a 0.09 a 40 2.03 a 0,19 a 1,39 a 0,33 a 0,43 a 0,07 a 50 2,19 a 0,20 a 1,35 a 0,30 a 0 43 a 0,10 a 0 1,95 3 0,19 a 1,20 a 0,31 a 0,44 a 0.08 a 10 2.16 a 0.18 a 1.32 a 0,31 a 0,39 0,09 a 20 1,95 a 0.02 a 1,28 a 0,30 0,' a 0,09 a MATO 30 1.93 a 0,20,a 1,45 a 0,31 a 0,42 a 0.09 a 40 2,24 a 0,20 a 1.34 a 0,33 a C. 18 a 0,08 a 50 2,17 a 0,21 a 1,28 a 0,27 a 0.38 a 0,10 a

CV(%) 10,59 13,42 16,24 16,13 17,95 28,69

D. M. S 5% 0,12 0,01 0,12 0,02 0.0 0,01

F 3.11 0,49 0,46 0,39 0,80 0,26

* Médias seguidas pelas mesmas letras na coluna não diferem entre ei ao nível de 5% de probabilidade pelo teste de Tukey.

Observa-se na tabela 4 que a testemunha no mato reduziu a produção de grãos em 77,04%, quando comparado com o tratamento 50 dias iniciais. Trabalho desenvolvido por Bfanco Haag e Oliveira (1968) verificaram perdas de produção de 35,0% devido ao mato na parcela não capinada durante todo o ciclo da cultura. O período total de prevenção da interferência, considerado como o período mínimo do início do ciclo da cultura que deve ser mantido no limpo, é de 20 dias após a emergência para que não se verifiquem perdas significativas de produção.

Cad. Ômega Univ. Fed Rural PE Sér Agron., Recife, n. 6, p. 101-110,1994

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TABELA 4 - Efeitos dos perlodos de c o m p e t i das plantas daninhas sobre a produçao de g W na culhira do milho. Piracicaba, SP. 1989.

No. Dias após P r O d W Produção

MATO

Médias seguidas pelas mesmas letras na coluna nao diferem entre si ao nlvel de 5%

probabilidade peb teste de Tukey.

Cad. Ómega Univ. Fed. Rural PE. Sbr. Agron., Recife, n. 6, p. 101-110. 1994

TABELA 4 - Efeitos aos períodos ae competição das plantas aamnn^s sobre a proauçao de grãos na cultura do milho Piracicaba, SP. 1989.

Período

No. Dias após Produção Produção

emergência grãos (Kg/ha)*

t 550,00 b 1.916.00 b 6.483,33 a 6.625,00 a 6.275,00 a 6.750,00 a 6.941.66 a 6.075,00 a 3.216,00 b 2.383,33 bc 2 366,66 bc 1.750,00 c C V (%)

D. M. S 5%

Médias seguidas pelas mesmas letras na coluna não diferem entre si ao nível de 5%

probabilidade pelo teste de Tukey.

Cad. Ômega Univ. Fed Rural PE Sér. Agron., Recite, n. 6, r 101-110,1994

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Baseando-se nos resultados obtidos e considerando-se as condições do local do experimento, foram estabelecidas as seguintes conclusões:

a) o numero inicial e final de plantas de milho não foram alterados pe- la presença do mato durante todo o ciclo da cultura.

b) os teores de macronutrientes não foram afetados pelos períodos de competição das plantas daninhas, com exceção do nitrogênio na testemunha no mato.

c) a presença das plantas daninhas durante todo o ciclo da cultura de milho, reduziu a produção de grãos em 77,04%.

d) o período total de prevenção da interferência das plantas daninhas é de 20 dias após a emergência da cultura para que não se verifi- quem perdas significativas de produção.

ABSTRACT

With the objectii to study the effects of weed interference periods on macronutrients leve1 and com yieM, it was settled field trials with c u l i r Agroceres 106 at Piracicaba, SBo Paulo State. For weed interference trials the experimental design used was the randomi ed Mocks, where the cultivar were kept with and without weed competiii in diííerent period of time whiich were: 0,10,20,30,40 and 50 days after crop emergence. There were not signifwtive differences with weed compettion in the parameters of initial and final stands of com and macronutrients without nitrogen. The presence of weed during all cycle of crop reduced com yield.

1 BLANCO, H. G. A importancia dos trabalhos e c d b g i s nos programas de controle de plantas daninhas. O BId6gk0, Sao Paub, v. 38, p. 343-350, 1972.

2 ; HAAG, F. H. ; OLIVEIRA, D. A. Estudo sobre a c o m p e t i i das plantas dani- nhas na cultura do milho (Zea mays L.) S. influência da adu- nitrogenada no grau de competição. Arquivos do instituto Bklógko, SBo Paulo, v. 45, n. 1, p.

13-23, 1968.

3 ; OLIVEIRA, D. A. ; ARAÚJO, J. B. M. Épocas em que uma associação de mato provoca prejuízos, por c o m p e t i a produção de milho. In: SEMINARIO BRASI- LEIRO DE HERBICIDAS E ERVAS DANINHAS, 11 ., 1976, Londrina. Resumos

...

Londrina, 1976. p. 18.

4 CAMARGO, M. N. ; KLANT, E. ; KAUFFMAN, J. A. Classificação de d o s usada em levantamentos peddógicos no Brasil. BdeUm Infonnatlvo üa Sociedade Brasille ra de Ciênck do Sdo, Campinas, v. 12, p. 1 1-1 3, 1987.

Cad. Õmega Univ. Fed. Rural PE. Ser. Agron., Recife, n. 6, p. 101-1 10, 1994

CONCLUSÕES

Baseando-se nos resultados obtidos e consiaerando-se as condições do local do experimento, foram estabelecidas as seguintes conclusões:

a) o número inicial e final de plantas de milho não foram alterados pe- la presença do mato durante todo o ciclo da cultura.

b) os teores de macronutrientes não foram afetados pelos períodos de competição das plantas daninhas, com exceção do nitrogênio na testemunha no mato.

c) a presença das plantas daninhas durante todo o ciclo da cultura de milho, reduziu a produção de grãos em 77,04%.

d) o período total de prevenção da interferência das plantas daninhas é de 20 dias após a emergência da cultura para que não se verifi- quem perdas significativas de produção.

ABSTRACT

With lhe objective to study the effects of weed interference períods on macronuti .dnts levei and com yield, it was settled field trials with cultivar Agroceres 106 at Piracicaba, Sdo Paulo State. For weed ínterference trials the experimental design used was the randomi ed blocks, where the cultivar were kept with and without weed competibun in different períod of time whích were: 0,10,20,30,40 and 50 days after crop em-gene. There were not significatíve differences with weed competition in the parameters of inítial and final stands of com and macronutríents without nitroger The presence of weed during ali cycle of crop reduced com vield.

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