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CONCENTRAÇÕES DE 2,4­D E CINETINA NA INDUÇÃO DE CALOS EM ANTERAS DE  Coffea arabica

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Academic year: 2022

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CONCENTRAÇÕES  DE  2,4­D  E  CINETINA  NA  INDUÇÃO  DE  CALOS  EM  ANTERAS  DE  Coffea arabica  

José Sérgio,Araujo

1   

 e Moacir Pasqual

2 1

Professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul  de Minas Gerais – Campus Muzambinho 2‐Professor do Departamento de Agricultura da UFLA 

 

Os  meios  para  a  cultura  de  tecidos  de  plantas  fornecem  substâncias  essenciais  e  controlam  o  padrão  de  desenvolvimento  “in  vitro”.  Baseiam‐se  nas  exigências  da  planta,  com  algumas  modificações  para  atender  às  necessidades  específicas  “in  vitro”.  Compostos  são  adicionados ao meio para suprirem as necessidades das células. A concentração de hormônios no  meio  são  fatores  determinantes  do  desenvolvimento  na  maioria  dos  sistemas  “in  vitro”.  As  auxinas  e  citocininas  são  os  mais  utilizados  na  cultura  de  tecidos.  A  calogênese  em  cultura  de  tecidos é regulada pela disponibilidade e interação desses reguladores de crescimento. 

O experimento foi conduzido na Universidade Federal de Lavras. Plantas oriundas do cruzamento entre ‘Catucaí e Catuaí’, constituíram a população segregante F

2

. Botões florais desta população com 4,5 a 6 mm, foram coletados, lavados, mantidos por 1 minuto em álcool 70%, 15 minutos em solução de hipoclorito de sódio 1,4% e, em câmara de fluxo laminar, lavados com água destilada autoclavada. Os experimentos foram instalados em placas de Petri, previamente desinfetadas com formol, nas quais 20 ml do meio foram adicionados. As anteras foram extraídas, por meio de uma incisão. O meio utilizado foi o“IC” (Berthouly e Michaux-Ferriere, 1996) suplementado com 2,4-D (0, 1, 2 e 4 mg L

-1

) e cinetina (0, 2, 4 e 8 mg L

-1

), acrescido de 600 mg.L

-1

de ácido ascórbico, pH 5,7 e autoclavado a 120ºC, 1,2 atm, por 20 minutos. Após a autoclavagem, acrescentou-se 50 mg.L

-1

de cloranfenicol e 10 mg.L

-1

de benomyl. As anteras foram inoculadas e transferidas para estufa tipo BOD, com temperatura de 27ºC. O delineamento utilizado foi o DIC, em esquema fatorial 4 x 4, com 4 repetições e 30 anteras por repetição. Aos 90 dias após a instalação do experimento, analisou-se o peso da massa fresca dos calos. Os dados foram submetidos à análise estatística, com aplicação do teste de F a 5% de probabilidade e as médias analisadas por regressão polinomial.

Resultados e conclusões:

Observa-se na Tabela 1 que a interação entre os reguladores de crescimento foi significativa a

1% de probabilidade para a variável massa fresca de calos. O resumo da análise de variância do

desdobramento de concentrações de 2,4-D dentro de cada concentração de cinetina está apresentado na

Tabela 2. Observa-se que os desdobramentos de 2,4-D dentro das concentrações 2 e 4 mg L

-1

de

cinetina foram significativos.

(2)

C.V GL Q.M.(peso fresco de calos em mg)

C.V. Conc. de cinetina mg L

-1

GL Q.M.

2,4-D 3 0,031921* 2,4-D (0) 3 0,010675ns

Cinetina 3 0,046279** 2,4-D (2) 3 0,177051**

2,4- D*cinetina

9 0,062600** 2,4-D (4) 3 0,029195*

Resíduo 48 0,007548 2,4-D (8) 3 0,002801ns

C.V.(%) 21,61

Resíduo 48 0,007548

ns, não significativo

*e** significativo a 5 e 1% de probabilidade, respectivamente, pelo teste de F.

Observa-se na Figura 1, que o maior peso em calos de anteras, quando foram adicionados 2 mg L

-1

de cinetina e 1 mg L

-1

de 2,4-D; a partir desta concentração, o 2,4-D promoveu inibição no peso dos calos. Estes dados concordam em parte com aqueles encontrados por Maciel (2001), quando verificou que até a concentração de 2 mg L

-1

de 2,4-D houve aumento na produção de calos, ponto a partir do qual o regulador de crescimento passou a inibi-la, provavelmente devido a um efeito fitotóxico.

Resultados semelhantes foram obtidos por Araújo et al. (2002), estudando a cultivar Rubi, verificaram que o maior acréscimo na massa de calos foi observado quando se utilizaram-se 2 mg L

-1

de cinetina combinados com 1 mg L

-1

de 2,4-D, após o qual houve um decréscimo no peso. A Tabela 3 apresenta o resumo da análise de variância do desdobramento de concentrações de cinetina dentro de cada concentração de 2,4-D. Verifica-se que os desdobramentos nas concentrações de 0 e 1 mg L

-1

de 2,4-D foram significativos.

0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80 0,90

0 1 2 4

Peso Fresco de Calos (mg)

Doses de 2,4-D (mg L-1)

Cinetina ( 0 mg L-1 ) observado Cinetina ( 0 mg L-1 ) ajustado Cinetina ( 2 mg L-1 ) observado Cinetina ( 2 mg L-1 ) ajustado Cinetina ( 4 mg L-1 ) observado Cinetina ( 4 mg L-1 ) ajustado

 

Tabela  2.  Resumo  da  análise  de  variância  do  desdobramento  de  concentrações  de  2,4D  dentro  de  cada concentração de cinetina. UFLA, Lavras, MG, 2004 .  Tabela 1. Resumo da análise de variância para a 

característica massa fresca de calos (MG). UFLA,  Lavras, MG, 2004. 

Figura 1 . Massa fresca de calos em anteras de C. arabica L. população segregante F

2

em diferentes concentrações de 2,4-D e cinetina.

UFLA, Lavras – MG, 2004 .

 

(3)

Tabela 3 . Resumo da análise de variância do desdobramento de concentrações de cinetina dentro de concentração nível de 2,4-D. UFLA, Lavras, MG, 2004.

Causas de variação Conc. de 2,4-D mg L-1 GL Quadrado médio

Cinetina (0) 3 0,030494 *

Cinetina (1) 3 0,193237 **

Cinetina (2) 3 0,002292 ns

Cinetina (4) 3 0,008057 ns

Resíduo 48 0,007548

ns - não significativo

* e ** significativo a 5 e 1% de probabilidade, respectivamente, pelo teste de F.

Observa-se na Figura 2, um acréscimo na massa dos calos com a adição de 1 mg L

-1

de 2,4-D, com conseqüente decréscimo com o aumento das concentrações. Mesmo comportamento é observado até 2 mg L

-1

de cinetina, a partir do qual ocorreu um decréscimo na massa dos calos. Esse decréscimo ocorre, provavelmente, à fitotoxidez que esse regulador pode exercer. Estes dados discordam dos encontrados por Araújo et al. (2003), que verificaram que a maior massa de calos ocorreu quando combinou-se 1 mg L

-1

de 2,4-D e 8 mg L

-1

de cinetina.

Conclusão:

Anteras de C. arabica L. oriundas de uma população segregante F

2

reagem favoravelmente á calogênese. A ação combinada entre uma auxina e citocinina é necessária para indução de calos em anteras. As combinações mais eficientes entre os reguladores são de até 2 mg L

-1

de 2,4-D e de até 4 mg L

-1

de cinetina.

 

0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00

0 2 4 8

Peso Fresco de Calos (mg)

Doses de Cinetina (mg L-1)

2,4-D ( 0 mg L-1 ) observado 2,4-D ( 0 mg L-1 ) ajustado 2,4-D ( 1 mg L-1 ) observado 2,4-D ( 1 mg L-1 ) ajustado

Figura 2. Massa fresca de calos em anteras de C. arabica L. população segregante F

2

em diferentes concentrações de cinetina e 2,4-D.

UFLA, Lavras – MG, 2004 .

 

Referências

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