• Nenhum resultado encontrado

J. Pediatr. (Rio J.) vol.81 número1 suppl.1 v81n1s1a01

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2018

Share "J. Pediatr. (Rio J.) vol.81 número1 suppl.1 v81n1s1a01"

Copied!
2
0
0

Texto

(1)

S1

1. Professor titular de Pediatria, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Chefe do Serviço de Neonatologia, Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Editor do Jornal de Pediatria.

2. Professora associada, livre-docente da Disciplina de Pediatria Neonatal, Departamento de Pediatria, Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina (UNIFESP/EPM).

Como citar este artigo: Procianoy RS, Guinsburg R. Avanços no manejo do recém-nascido prematuro extremo. J Pediatr (Rio J). 2005;81(1 Supl):S1-S2.

O

homem do século 21 está cercado de paradoxos. Os avanços da ciência e da tecnologia permitem que se navegue e se investigue desde planetas distantes até as profundezas do nosso próprio corpo, tornando possível entender mecanismos complexos que cercam a nossa própria existência. Neste sentido, o homem, por vezes, sente ter poderes divinos, desvendando mistérios que até pouco tempo atrás eram domínio da especulação e da imaginação. Simultaneamente, entretanto, a impotência humana se torna evidente através da impossibilidade de prever e evitar catástrofes que se sucedem ao longo da história da humanidade.

No microcosmo da neonatologia, estes mesmos paradoxos fazem parte do dia-a-dia da pesquisa e da assistência. De um lado, os avanços obtidos são estar-recedores. Nos últimos 30 anos, assistimos e participa-mos de uma revolução na área, com a sobrevivência crescente de bebês cada vez mais prematuros e daque-les portadores de malformações antes consideradas incompatíveis com a vida. A pesquisa tem propiciado tanto conhecimento que é possível cuidar

simultanea-Avanços no manejo

do recém-nascido prematuro extremo

Advances in the management of the extreme preterm infant

mente dos problemas respiratórios, cardiovasculares, infecciosos, metabólicos, nutricionais e neurológicos dos recém-nascidos doentes, em ambientes altamente especializados das unidades de terapia intensiva neo-natal, por profissionais treinados de forma específica para o desafio de dar a melhor assistência possível a tais pacientes. Por outro lado, a sobrevivência destes bebês impõe um desafio quase que intransponível: a missão de devolver às famílias e à sociedade uma criança capaz de desenvolver de maneira plena o seu potencial afetivo, cognitivo e produtivo. A imprecisão sobre até onde os esforços dos neonatologistas podem e devem se concentrar para manter a vida de nossos pequenos pacientes é um dos terrenos escorregadios mais difíceis para se tomarem as decisões corretas.

Neste contexto paradoxal de avanços e impotências, o entendimento dos limites e a busca incessante por ultrapassá-los são justamente o que impulsiona o desen-volvimento da arte e da ciência médica pela viagem do conhecimento. É nesta viagem que se situa o presente suplemento do Jornal de Pediatria.

0021-7557/05/81-01-Supl/S1 Jornal de Pediatria

Copyright © 2005 by Sociedade Brasileira de Pediatria

E

DITORIAL

(2)

S2 Jornal de Pediatria - Vol. 81, Nº1(supl), 2005

Para o suplemento, procuramos primeiro estabelecer o tema geral, segundo os desafios que hoje se impõem aos neonatologistas. Assim, escolhemos tratar da prema-turidade extrema, pois, sem dúvida, a incorporação clíni-ca de avanços no entendimento da fisiologia e das doen-ças destes pacientes pode melhorar não só a sua possi-bilidade de vida, mas a qualidade e o desenvolvimento desta vida. Uma vez escolhido o tema geral, definimos os assuntos específicos a serem tratados e seus autores. Assim, escolhemos temas que abrangem desde os cuida-dos na reanimação do prematuro extremo, passando por preocupações freqüentes no cuidado hospitalar destes pacientes, como a minimização da lesão pulmonar, a enterocolite necrosante, a sepse bacteriana e fúngica, as questões nutricionais e as lesões isquêmicas cerebrais, até assuntos relativos ao seguimento pós-alta destas

Avanços no manejo do RN prematuro extremo – Procianoy RS e Guinsburg R

crianças, como o seu crescimento e desenvolvimento, o prognóstico pulmonar, os problemas oftalmológicos mais prevalentes e as dúvidas relativas às imunizações ativa e passiva. Para concluir o suplemento, achamos importante situar o leitor em termos da mortalidade do prematuro extremo em nosso meio, discutindo os desafios que nos esperam nos próximos anos. Quanto aos autores, convi-damos médicos brasileiros que atuam no país ou no exterior, reconhecidos por sua experiência acadêmica e clínica em cada uma destas subáreas do conhecimento, para desenvolver os temas propostos.

Referências

Documentos relacionados

28,29 in which, after hospital discharge, they fed preterm infants weighing less than 1,850 g a formula containing proteins and minerals, showed greater growth and bone

The pharmacokinetics of fluconazole in the neonatal period is widely known and its prophylactic administration during the first six weeks of life has been associated with less

Conversely, data obtained from a study including 1,191 newborns weighing between 501 and 1,000 g at birth and gestational age < 32 weeks assigned to receive generalized

64,65 Comparing HFO with conventional mechanical ventilation for premature newborn babies, the authors concluded that HFO did not lead to reductions in BPD or mortality, compared

growing evidence that the reduction in pulmonary function that follows preterm birth could be related to developmental abnormalities, irrespective of the severity of initial disease

Passive immunization with IM human immunoglobulin anti-varicella-zoster (HIGAVZ), at a dose of 125 U (1.25 ml), should be performed for selected groups of NBs and to exposed

Threshold disease Stage 3 retinopathy with plus disease Photocoagulation or across 5 contiguous hours or 8 separated hours cryotherapy of the of zone 1 or 2 (arteriolar dilation

In the case of premature children, who generally exhibit weight, length and head circumference below the minimum normal percentile on postnatal growth curves, catch-up growth