UN I VERSI DADE FEDERAL DA PARAÍ BA CEN TRO DE CI ÊN CI AS EXATAS E DA N ATUREZA
DEPARTAMEN TO DE QUÍ MI CA
PROGRAMA DE PÓS- GRADUAÇÃO EM QUÍ MI CA
Caract erização da água de lavagem provenient e da
purifica ção do biodiesel
Mest randa: Rosa Virgínia Tavares Grangeiro
Orient adores: Profa. Dra. I lda Ant oniet a Salat aToscano Prof. Dr. Ant ônio Gouveia de Souza
ROSA VI RGÍ N I A TAVARES GRAN GEI RO
Caract erização da água de lavagem provenient e da
purifica ção do biodiesel
Dissert ação apresent ada ao centro Ciências
Exat as e da Nat ureza da Universidade Federal da Paraíba, em cum prim ent o às
exigências para obt enção t ít ulo de Mest re em Quím ica.
Orient adores: Profa.Dra. I lda Ant oniet a Salat a Toscano Prof. Dr. Ant ônio Gouveia de Souza
G757c Grangeiro, Rosa Virgínia Tavares.
Caracterização da água de lavagem proveniente da purificação do biodiesel/ Rosa Virgínia Tavares. - - João Pessoa: UFPB, 2009.
40f.: il.
Orientadores: Ilda Antonieta Salata Toscano e Antônio Gouveia de Souza.
Dissertação (Mestrado) – UFPB/CCEN.
1. Química. 2. Cromatografia. 3. Biodisel.
,
c。イ。」エ・イゥコ。セ。ッ@
da Agua de Lavagem
Proveniente da Purifica.;ao do Biodiesel
.Aprovada pela banca examinadora:
. Profa. DJa. Ilda Antonieta Salata Toscano
Orientadora/Preside nte
Prof. Dr. Antoni
Souza
Prof. Dr.
カ。ャ、・イヲGセ@
Leite
Exalninador
DEDI CATÓRI A
A D e u s por con h e ce r t oda s a s n ossa s lim it a çõe s e pe lo a m or
in fin it o qu e se n t e por n ós.
Aos m e u s pa is Jon a s e Lú cia .
Ao m e u n oivo Br u n o Le a l.
Aos m e u s ir m ã os, cu n h a da s e sobr in h os.
A D on a Rosá r io e se u An t ôn io pe lo a poio.
Agradecim ent os
Agradeço a Deus, pelas graças concedidas e am or incondicional;
A Profa. Dra. I lda, pela sua orientação, am izade, incent ivo, e suas valiosas sugestões;
Ao Prof. Dr. Antonio Gouveia de Souza por seu apoio, orientação,
am izade e sua cont ribuição para conclusão dest e t rabalho;
Ao proj . José Rodrigues pelo apoio;
A fam ília LACOM pela convivência am orosa e am izade;
A fam ília LEQA pela at enção e am izade;
Aos m eus am igos: Manoel, Marco Aurélio, Andréa Melo, Geuza,
Rebeca, Raul, Nat aly, Gabriala, Andréa Suam e, Polianna, Crist iano, Mirella e Arquim edes;
À coordenação de Pós- graduação em quím ica e em especial a
Marcos Pequeno pela at enção e am izade;
Quando t udo parecer perdido, Os desam ores, as descrenças,
As desesperanças,
I nsist irem em t om ar cont a do t eu coração, Busca- m e,
Nunca abandonei quem de m im precisa. E não será tu,
Que confias em m im , Que deixarei desam parada,
Vam os... Coloque um sorriso nest e rost o, Erga a cabeça e siga em frente,
Logo, logo, sent irás m inha presença, e t udo se resolverá.
Tít ulo: Caract erização da água de lavagem provenient e da purificação do biodiesel
Aut ora: Rosa Virgínia Tavares Grangeiro
Orient adores: Profa Dra. I lda Antoniet a Salata Toscano
RESUMO
No início dos anos 2000 percebeu- se um aum ento no fenôm eno efeit o est ufa, devido aos alt os níveis de gás carbônico em it idos na queim a de com bust íveis fósseis, fat o esse que vem provocando m udanças clim át icas e afet ando t oda população m undial. Diant e da crescente tendência de se explorar os biocom bust íveis com o a font e de energia renovável e com m enor im pact o am bient al, e considerando que nos m étodos t radicionais de lavagem do biodiesel, para cada lit ro de biodiesel produzido, são necessários, no m ínim o, 3 lit ros de água de lavagem , buscou- se desenvolver e otim izar m etodologias para análises físico- quím icas da água de lavagem do biodiesel obt ido na reação de t ransesterificação do óleo de soj a e do óleo de frit ura com et anol. A ident ificação de alguns ést eres present es nest a água de lavagem foi feita por crom atografia gasosa. Foram , ainda, det erm inados valores de pH, t urbidez, Dem anda Quím ica de Oxigênio ( DQO) , Dem anda Bioquím ica de Oxigênio ( DBO) e teores de óleos e graxas. A caract erização das águas de lavagem dos biodieseis obtidos a partir dos óleos de soj a e frit ura foi realizada no Laborat ório de Com bust íveis e Mat eriais – LACOM, no Laboratório de Est udos em Quím ica Am bient al – LEQA e na Est ação Experim ental de Tratam ento Biológico de Esgotos Sanitários ( EXTRABES) .
Tit le: Charact erizat ion of t he wat er of originat ing from wash t he purificat ion of t he biodiesel
Aut hor: Rosa Virgínia Tavares Grangeiro
Advisors: Profa Dra. I lda Ant oniet a Salat a Toscano Prof. Dr. Ant ônio Gouveia de Souza
ABSTRACT
I n the early 2000's it was observed an increase in t he greenhouse effect , due t o high levels of carbon dioxide em itted by burning fossil fuels, a fact t hat has concerned t o clim at e change and affect ing t he ent ire world populat ion. Governm ent and scient ist have est ablished t he use of biofuels as a renewable energy source with less environm ent al im pact. However, the t radit ional t ransesterification and washing m ethodology t o produce biodiesel use 3 liters of water for every lit er of synt hesized biodiesel. Thus, t his st udy aim ed develop and opt im ize m et hodologies t o det erm ine physical- chem ical param et ers of t he wat er from washing of t he produced biodiesel from t he t ransest erificat ion of soybean oil and frying oil wit h et hanol. The ident ificat ion of est ers present in t his washing wat er was m ade by gas chrom at ography. Turbidit y, pH, Chem ical Oxygen Dem and ( COD) , Biochem ical Oxygen Dem and ( BOD) and t he concent rat ion of oils and fat t y were also det erm ined. The characterization of water for washing Biodiesels obtained from soybean oil and frying oil were carried out at the Laboratory of Fuel and Materials - LACOM, the Laboratory for Research on Environm ental Chem istry - LEQA and Experim ent Station Biological Treatm ent of Sewage ( EXTRABES) .
Í NDI CE GERAL
LI STA DE TABELAS... i
LI STA DE FI GURAS... ii
1 . I N TRODUÇÃO... 1
1.1. Biodiesel... 1
1.1.2. Definição ... 1
1.1.3. Processo de produção do biodiesel... 1
1.1.4 Reação de t ransest erificação... 2
1.2. O biodiesel com o com bust ível... 3
1.3. Biodiesel e o m eio am bient e... 4
1.4. A água na purificação do biodiesel... 7
1.5. Água e o m eio am bient e... 8
1.6. Parâm et ros de qualidade de água... 1 0
1.6.1. Turbidez... 1 0
1.6.2. Pot encial hidrogeniônico... 1 1
1.6.3. Dem anda bioquím ica de oxigênio... 1 1
1.6.4. Dem anda quím ica de oxigênio... 1 2
1.6.5. Óleos e graxas... 1 2 2 . JUSTI FI CATI VA... 1 3 3 . OBJETI VOS... 1 5
3.1. Obj et ivo Geral... 1 5
3.2. Obj etivos Específicos... 1 5 4 . METODOLOGI A... 1 6
4.1. Processo de Produção do Biodiesel... 1 6
4.1.2.Sínt ese do biodiesel et ílico de soj a e do óleo de frit ura... 1 7
4.2.Caracterização das águas de lavagem do biodiesel et ílico de soj a e
frit ura... 1 8
4.2.1. pH... 2 0
4.2.2. Turbidez... 2 0
4.2.3. Dem anda quím ica de oxigênio ( DQO) ... 2 0
4.2.4. Dem anda bioquím ica de oxigênio ( DBO) ... 2 1
4.2.5. Óleos e graxas... 2 1
4.2.6. Crom at ografia em fase gasosa... 2 2
5 . Result ados e Discussão... 2 3
5.1. pH... 2 3
5.2. Turbidez... 2 4
5.3. Óleos e graxas... 2 5
5.4. Dem anda bioquím ica de oxigênio ( DQO) ... 2 7
5.5. Dem anda bioquím ica de oxigênio ( DBO) ... 2 9
5.6. Análises crom at ográficas dos ést eres present es na água de lavagem
Í N DI CE DE TABELAS
Tabela 1.Program ação da Corrida Crom at ográfica... 22
Í N DI CE DE FI GURAS
Figura 1 . Reação de transesterificação de triglicerídeos com álcool... 2 Figura 2 . Potencial na redução percentual da em issão de gases de efeito estufa pelo uso de biocom bust íveis... 6 Figura 3 . Separação da glicerina e do biodiesel et ílico... 1 8
Figura 4 . Biodieseis et ílicos após a ret irada da glicerina... 1 8 Figura 5 . Lavagem do biodiesel em escala laborat orial... 1 9
Figura 6 . Valores de pH das águas de lavagem provenient es da purificação dos biodieseis de soj a e frit ura... 2 3 Figura 7 . Valores de Turbidez das águas de lavagem
provenient es da purificação dos biodieseis de soj a e frit ura... 2 4 Figura 8 . Valores de óleos e graxas das águas de lavagem
1 . I N TRODUÇÃO
1 .1 . BI ODI ESEL
1 .1 .2 . Definição
Biocom bust ível derivado de biom assa renovável para uso em m otores à com bustão interna com ignição por com pressão ou, conform e regulam ento, para geração de out ro t ipo de energia, que possa subst it uir parcial ou t ot alm ent e com bust íveis de origem fóssil ( Lei nº 11.097) .
1 .1 .3 . Processo de Produção do Biodiesel
Para a obt enção do biodiesel, a preparação da m at éria- prim a visa obter condições favoráveis para a efetivação da reação de t ransest erificação, com o obj et ivo de alcançar a m áxim a t axa de conversão. Em princípio, as m at érias- prim as devem t er o m ínim o de acidez e um idade, sendo realizado um processo de neut ralização, efet uando um a lavagem com solução alcalina de hidróxido de sódio
ou pot ássio seguido do processo de secagem . A especificidade do
t rat am ento vai depender da nat ureza e das condições de cada
produt o. A et apa seguint e do processo converte o óleo em ésteres
( biodiesel) , onde a m assa reacional final é constituída de duas fases, separadas por decant ação.
1 .1 .4 . Reação de Transest erificação
De m odo geral denom ina- se reação de t ransest erificação a reação de um éster com um álcool para produzir um éster e um co-produto, o glicerol. O processo global de t ransest erificação de óleos vegetais e gorduras é um a seqüência de três reações reversíveis e consecut ivas, em que os m onoglicerídeos e os diglicerídeos são os int erm ediários. Na m aioria dos casos, é ut ilizado um cat alisador ( NaOH ou KOH) de form a a acelerar a reação ( FERRARI et al., 2005) .
Figura 1 . Reação de t ransest erificação do t riacilglicerídeo. Font e: SUAREZ et al., 2007.
Observa- se através da reação que serão necessários t rês m oles de álcool para cada m ol de t riacilglicerídeo ( SANTOS et al., 2004) .
De acordo com ZANI ER et al. ( 1996) , a agitação da m istura, o
1 .2 . O biodiesel com o com bust ível
No Brasil, a ANP através da lei n° 11097 de 13 de j aneiro de 2005 ( que dispõe sobre a int rodução do biodiesel na m at riz energét ica brasileira) definiu o biodiesel com o sendo: “ Biocom bust ível derivado de biom assa renovável para uso em m ot ores a com bust ão int erna com ignição por com pressão ou, conform e regulam ento para outro tipo de geração de energia, que possa subst ituir parcial ou t ot alm ent e com bust ível de origem fóssil” .
Quim icam ent e, o biodiesel pode ser definido com o um com bustível alternativo constituído por ést eres alquílicos de ácidos carboxílicos de cadeia longa, provenient e de font es renováveis com o óleos veget ais, gorduras anim al e/ ou residual, cuj a ut ilização est á associada à substituição de com bustíveis fósseis em m otores de ignição por com pressão ( KNOTHE et al., 2006; ANP, 2008) .
O biodiesel apont a algum as vantagens e desvantagens ( WANG et al., 2000; OLI VEI RA & COSTA, 2002; BI ODI VERSI DADE, 2009; TECBI O, 2009; GERPEN, 2005) . Com o vantagens podem ser citadas:
Ausência de enxofre e com postos arom áticos, que proporciona
um a com bustão lim pa e sem a form ação de SO2 ( um dos gases
que provoca a chuva ácida) e de com post os cancerígenos ( hidrocarbonet os policíclicos arom át icos) ;
Tem núm ero de cet ano elevado ( superior a 50) e,
conseqüent em ent e, um auto poder de ignição e com bust ão. Assim , este fator é refletido de m odo especial na part ida a frio, no m enor ruído do m ot or e no gradient e de pressão nos m otores a diesel;
Possui t eor m édio de oxigênio, em t orno de 11% , e com posição quím ica hom ogênea favorecendo com bust ão m ais com plet a e eficient e;
Maior ponto de fulgor quando com parado ao diesel
Expressiva m elhora na lubrificação do m otor, proporcionando m aior longevidade do m esm o e dos seus com ponent es;
É um produto biodegradável e não t óxico.
Com o desvantagens citam - se:
Menor poder calorífico, m as est a desvant agem é bastante
pequena, em t orno de 5% , em relação ao diesel convencional;
Ocorre crist alização em baixas t em perat uras. Assim , em regiões de clim a m uit o frio a viscosidade do biodiesel aum ent a bast ant e.
1 .3 . Biodiesel e o m eio am bient e
Nos anos 2003 e 2004, percebeu- se um acirram ent o do efeit o est ufa, em virt ude dos alt os níveis de gás carbônico em it idos na queim a de com bust íveis fósseis, fat o esse que vem provocando m udanças clim át icas e afet ando t oda população m undial. Em t erm os globais, a em issão de dióxido de carbono a part ir da queim a de com bust íveis fósseis t em ocasionado o increm ento do efeito estufa, apont ado com o causa das int ensas alt erações clim át icas
representadas nos últim os 50 anos ( MENANI 2005, BAI RD, 2002;
LORA, 2000) .
De acordo com VASCONCELLOS ( 2002) , a substituição total ou
parcial de com bust íveis de origem fóssil, a exem plo do óleo diesel, sem pre teve um claro apelo am bient al, pois é de dom ínio público que as em issões derivadas de seu uso gerem um aum ent o na concentração atm osférica dos gases causadores do efeit o est ufa, chuva ácida e redução da cam ada de ozônio.
surgiu a necessidade de explorar os óleos veget ais na produção de com bust íveis alt ernat ivos. Mesm o com dificuldades que apareceram devido à viscosidade nat ural desses óleos e ao baixo poder de ignição desse m at erial, os óleos veget ais t êm sido bast ant e aceit os e ut ilizados na produção do biodiesel.
A biom assa t em at raído m uit a at enção por se t rat ar de um a fonte de energia renovável. Ela com preende todo m at erial orgânico, não- fóssil, contendo no seu interior energia quím ica, incluindo as árvores, lixo orgânico e t odas as vegetações aquáticas ou terrestres ( OMACHI et al., 2004) .
CANDEI A et al. ( 2009) afirm am que o biodiesel é um com bust ível com característ icas necessárias para substituir o óleo
diesel. Tendo com o vant agem a ausência de enxofre e de com post os
orgânicos nocivos ao ser hum ano. Além de ser um a font e de energia
renovável e ser biodegradável.
De acordo com FREI TAS ( 2004) , veículos m ovidos a diesel são
fontes significativas de em issão de m ateriais tóxicos e est udos
cient íficos têm correlacionado o desenvolvim ent o de doenças graves na população de m eios urbanos, com o câncer, hipertensão, cardiopatias, acidentes vasculares e problem as respirat órios com a exposição a t ais poluent es at m osféricos.
Figura 2 . Pot encial na redução percent ual da em issão de gases de efeit o est ufa pelo uso de biocom bust íveis. Font e: VI CHI & MANSOR ( 2009) .
Apesar de ser considerado am bient alm ent e lim po, a Agência de Proteção Am biental dos Estados Unidos ( EPA) , em 2002, alertava que a t axa de em issão de NOx ( t am bém responsáveis pelas chuvas ácidas) pode aum ent ar ent re 10% a 25% , dependendo da com posição quím ica do biodiesel em relação ao diesel com um ( VI CHI & MANSOR, 2009) .
FERRARI et al. ( 2005) afirm am que são várias as razões que t êm m ot ivado a ret om ada do biodiesel com o m odelo para indúst ria aut om ot iva, t ais com o, o aum ent o das cotações do barril de óleo cru, a redução dos est oques int ernacionais de pet róleo e quest ões de carát er polít ico e am bient al.
1 .4 . A água na purificação do biodiesel
Durante a etapa de purificação do biodiesel são retirados resíduos de glicerina, sabões e ácidos graxos. Essa purificação é feita pela lavagem do produt o, seguida por filtração e secagem do biodiesel. Assim , as águas de lavagem cont êm basicam ent e resíduos de sabões de sódio ou potássio, além dos ácidos graxos, glicerina, alcoóis ( m etanol ou etanol) e out ros cont am inant es ( NOUREDDI NI , 2001) .
Em geral, ut ilizando m ét odos t radicionais de lavagem , para cada lit ro de biodiesel produzido, são necessários, no m ínim o, 3 lit ros de água de lavagem ( De BONI et al., 2007) . Em geral, de acordo com o m esm o autor, as águas resultantes do processo de lavagem do biodiesel, apresent am - se quim icam ent e inadequadas para serem lançadas a qualquer corpo hídrico.
Nest e sent ido a legislação brasileira, part icularm ent e a Resolução 357/ 2005, CONAMA, est abelece que:
“ Art . 24. Os efluent es de qualquer font e poluidora som ent e poderão ser lançados, diret a ou indiret am ent e, nos corpos de água, após o devido t rat am ent o e desde que obedeçam as condições, padrões e exigências dispost os nest a Resolução e em out ras norm as aplicáveis.”
1 .5 . Água e o Meio Am bient e
A água é um dos recursos m ais im port ant es para a exist ência e m anut enção da vida e, para isso, deve est ar present e no am bient e em quantidades e qualidades apropriadas ( BRAGA et al., 2002) .
A preocupação com problem as am bient ais que levam à escassez de água e afet am a qualidade da m esm a, t orna relevant e a im plem ent ação de program as de m onit oram ent o de recursos hídricos ( MEDEI ROS, 2004) .
Em m uit os países, devido à crescent e população e as at ividades econôm icas, percebe- se a carência de água e o lim it e da m esm a para o desenvolvim ent o econôm ico. O m anej o da água doce com o um recurso finito e vulnerável e a int egração de planos e program as hídricos setoriais aos planos econôm icos e sociais nacionais são m edidas de im port ância fundam ent al.
At ualm ent e a preocupação com a água, adquire com plexidade, quando se trata dos aspect os econôm icos, am bient al, polít icos e sociais. A degradação am bient al que afeta a qualidade das águas dos lagos e rios, provenient es do grande desenvolvim ent o indust rial, são fat ores que at uam de m aneira negat iva na at ual sit uação do país.
Segundo WEBER ( 1992) , além dos aspect os qualit at ivos, a
preocupação com a polít ica pública referente aos recursos hídricos, a água, vist a com o recurso nat ural, conquist a o “ st at us” de bem am bient al ( GUI MARÃES, 2001) .
Assim , são definidas polít icas de gest ão e adm inist rat ivas, fundam entadas em estudos sobre riscos quím icos à saúde pública e am biental, buscando o aperfeiçoam ento da legislação e a prática do
m onit oram ent o de qualidade de águas. No Brasil, destaca- se neste
contexto a Política Nacional de Recursos Hídricos ( PNRH) , inst ituída pela Lei 9.433 de 8 de j aneiro de 1997 e a Resolução CONAMA
núm ero 357 de m arço de 2005 ( CONAMA, 2005) .
O Conselho Nacional do Meio Am bient e ( CONAMA) est abelece os padrões de lançam ent o de efluent es de qualidade de corpos receptores obj etivando a preservação dos corpos d’água. Os m ais graves problem as que afet am a qualidade da água de rios e lagos decorrem de vários fatores, dentre eles, o tratam ento inadequado das águas residuárias.
A classificação dos corpos d’água é est abelecida pela legislação am bient al, m ais precisam ent e pela Resolução CONAMA, n0 357, de 17
de m arço de 2005. As águas são divididas em t rês grandes categorias: doces, salinas e salobras. Em relação às águas doces t em - se:
Classe I : dest inam - se ao abast ecim ent o dom ést ico após t rat am ent o sim plificado, à prot eção das com unidades aquáticas, à recreação, à irrigação de hort aliças que são consum idas cruas e de frut as que se desenvolvem rentes ao solo e que sej am ingeridas cruas, à criação nat ural e ou/ int ensiva de espécies ( aqüicult ura) .
frut íferas, à criação natural e ou/ intensiva de espécies.
Classe I I I : são dest inadas aos usos de abast ecim ent o dom ést ico, à irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e forrageiras, a dessedent ação de anim ais.
Classe I V: à navegação, harm onia paisagíst ica e aos usos m enos exigent es.
1 .6 . Parâm et ros de qualidade de água
As caract erísticas dos efluentes industriais são inerentes a com posição das m at érias prim as, das águas de abast ecim ent o e do processo industrial.
Os parâm etros físicos, quím icos e ecotoxicológicos são de grande im port ância na caract erização das águas e a sua det erm inação é exigida pelos órgãos responsáveis pela gestão dos recursos hídricos. Dentre eles, alguns são pert inent es ao t ipo de efluent e est udado nest e t rabalho. Com o por exem plo, os parâm etros descrit os abaixo.
1 .6 .1 . Turbidez
A t urbidez est á relacionada à aparência t urva da água, causada por m aterial em suspensão ou coloidal. A m esm a é m edida pelo espalham ent o da luz causada por esses m ateriais. A turbidez se associa tam bém à absorção da luz por partículas coloidais ou em suspensão ( APHA, 1998) .
ainda pode ocorrer ( zona eufót ica) , int erferindo nos equilíbrios nat urais ent re os com part im ent os am bient ais.
1 .6 .2 . Pot encial Hidrogeniônico ( pH)
O pH, em solução, indica o caráter ácido, básico ou neutro do m eio causado por sólidos e gases dissolvidos provenientes da dissolução de rochas, absorção de gases da at m osfera, oxidação da m at éria orgânica e fot ossínt ese. Dependendo do seu valor, os sist em as aquát icos podem apresentar características corrosivas ou incrust antes, bem com o int erferir na vida aquát ica e influenciar na t axa de crescim ent o de m icrorganism os ( MACEDO, 2002; BAI RD, 2002) .
1 .6 .3 . Dem anda bioquím ica de oxigênio ( DBO5)
O decréscim o de oxigênio dissolvido é o principal efeit o ecológico da poluição orgânica em um curso d’água. Ent ret ant o, é de grande im port ância o fornecim ent o adequado de oxigênio no t rat am ent o de esgot os por processo aeróbio para que os m icrorganism os possam realizar os processos m etabólicos conduzindo a est abilização da m at éria orgânica. Com isso, surgiu a idéia de m edir a força de poluição de um det erm inado despej o pelo consum o de oxigênio, ou sej a, quant ificar de form a indiret a a pot encialidade da geração de um im pact o ( VON SPERLI NG, 2005) .
A DBO represent a de form a indiret a a quant idade de m at éria orgânica biodegradável que foi consum ida pelos m icrorganism os aeróbios present es no sist em a aquát ico e const it ui um im port ant e parâm etro na caracterização de seu grau de poluição ( BAI RD, 2002) .
A ( DBO5) indica a quant idade de oxigênio result ant e após
1 .6 .4 . Dem anda quím ica de oxigênio ( DQO)
É a quant idade de oxigênio necessária para oxidar a m at éria orgânica at ravés de um agent e quím ico. Os valores da DQO norm alm ente são m aiores que os da DBO, sendo o teste realizado em um prazo m enor e em prim eiro lugar, orientando o teste da DBO. A análise da DQO é út il para det ectar a presença de subst âncias resist ent es à degradação biológica.
O aum ento da concentração da DQO num corpo d'água se deve principalm ent e a despej os de origem indust rial. Assim , pode- se
considerar que a DQO é a dem anda total de O2, devido a subst âncias
recalcit rant es ( não- biodegradáveis) som ada à dem anda de O2 devido
a subst âncias bioxidáveis ( ROCHA et al., 2009) .
1 .6 .5 . Óleos e graxas
Estas subst âncias são geralm ent e gorduras, ésteres, entre outros e raram ente encontrados em águas nat urais. Norm alm ent e, são oriundos de despej os e resíduos indust riais, esgot os dom ést icos, efluent es de oficinas m ecânicas, post os de gasolina. Os despej os de origem indust rial são os que m ais cont ribuem para o aum ent o de m at érias graxas nos corpos d’água. A presença de óleos e graxas dim inui a área de cont at o ent re a superfície da água e o ar atm osférico, im pedindo dessa form a, a t ransferência do oxigênio da at m osfera para a água. Em processo de decom posição a presença dessas substâncias reduz o oxigênio dissolvido elevando a DBO e a
2 .
JUSTI FI CATI VA
Os biocom bust íveis ( et anol, biodiesel e biogás) vêem se m ostrando um a alternativa bastante viável, tanto do ponto de vista econôm ico com o am biental, em bora alguns est udos m ost rem que o aum ent o da produção de biocom bustíveis, principalm ent e, biodiesel, pode acarretar danos aos solos e consequent es alt erações clim át icas ( BRASI L I NSTI TUTE, 2009) . Apesar dest es com bust íveis poderem ser obt idos a part ir de m at érias- prim as sim ples e de baixo valor agregado, ainda exist em algum as rest rições quant o ao seu uso e com ercialização, no Brasil ( SUAREZ et al., 2009) .
De acordo com o Program a Nacional de Produção e Uso de Biodiesel do Governo Federal, o Brasil produzirá até o corrente ano, cerca de 918 m ilhões de lit ros de biodiesel para que possam ser adicionados ao diesel de petróleo. I sso equivale à 2.755.000 m ³ de água a serem gast os no processo de lavagem para purificação do biodiesel, sendo em m édia gastos 3 lit ros de água para cada lit ro de biodiesel produzido.
Em 2007, a região Nordeste foi a m aior produt ora de biodiesel
com 143.000 m3, represent ando 38,3% da produção nacional
( BALANÇO ENERGETI CO NACI ONAL, 2009) . Nest a região se t êm as sit uações m ais crít icas do país quant o à relação dem anda t ot al/ disponibilidade hídrica, sendo est a m uit o baixa. Seus principais rios foram analisados e 74% das ext ensões dest es rios foram classificados com sit uação “ crít ica” ou “ m uit o crít ica” , enquant o que outros 17% foram classificados com situação “ preocupante” ( ANA, 2009) .
pode ser feita em pregando adsorventes ou resinas de troca iônica. Novas rotas de transesterificação, com o por exem plo, o uso de cat alisadores enzim át icos em pregando lípases ext racelulares t em sido usado na tentativa de superar os problem as que são associados à catálise hom ogênea alcalina, pois o biodiesel obt ido enzim at icam ent e poderia ser usado diret am ent e sem a necessidade de nenhum a
purificação. Entret anto, m esm o com os m ais recent es avanços
tecnológicos no sentido de se obter biodiesel que não exij a purificação at ravés da lavagem com água, est es ainda são econom icam ente inviáveis. Levando- se em consideração que a et apa de lavagem do biodiesel é um a das m ais im port ant es e t am bém um a das m ais críticas, fica clara a relevância de caracterização e trat am ent o das águas result ant es do processo de lavagem .
Acom panhando a t endência de pesquisas no sentido de viabilizar o uso de novas m at érias- prim as, rot as alternativas de t ransest erificação, et c. os pesquisadores do Laborat ório de Com bust íveis e Mat eriais ( LACOM) , do Depart am ent o de Quím ica, CCEN/ UFPB, t am bém se quest ionaram sobre qual seria um destino adequado para os efluent es da produção de diferentes rot as de biodiesel, a nível laborat orial.
3 . OBJETI VO
3 .1 . Obj et ivo Geral
O obj et ivo desse t rabalho foi caract erizar a água de lavagem provenient e da purificação do biodiesel por m eio de análises físico-quím icas e crom atográficas.
3 .2 . Obj et ivos Específicos
Desenvolver/ otim izar m etodologias para análises
físico-quím icas da água provenient e da lavagem dos biodieseis;
Desenvolver/ ot im izar m et odologias para análises
crom at ográficas da água provenient e da lavagem do biodiesel;
Realizar análises físico- quím icas para det erm inação dos valores de pH, turbidez, dem anda quím ica de oxigênio, dem anda bioquím ica de oxigênio e óleos e graxas;
Determ inar ésteres através da técnica de crom atografia
gasosa;
Com parar as caract erísticas das águas de lavagem dos
4 . METODOLOGI A
4 .1 . Processo de Produção do Biodiesel
A obtenção dos biodieseis foi realizada a partir dos óleos de soj a e de fritura disponíveis no Laborat ório de Com bust íveis e Mat eriais ( LACOM) do Depart am ent o de Quím ica do Cent ro de Ciências Exat as e da Natureza da Universidade Federal da Paraíba ( UFPB) , Cam pus I , na cidade de João Pessoa – PB.
4 .1 .1 . Trat am ent o do óleo de frit ura
Óleo de Frit ura
Lavagem N eut ralização
Secagem 4 x 500 m L de água
destilada Estufa 105 oC Solução 0,1 N NaOH
Sínt ese do biodiesel
4 .1 .2 . Sínt ese do biodiesel et ílico de soj a e do óleo de frit ura
As reações de transesterificação foram processadas, separadam ente, para obtenção dos ést eres et ílicos sem pre com razão m olar de 1: 6 ( álcool et ílico / óleo) que corresponde a 100g de óleo, 1% do catalisador ( KOH) e 30% de álcool etílico, sob constante agit ação durant e 30 m in. A m ist ura de part ida foi preparada com 1 lit ro de óleo, 300g de álcool et ílico e 10 g do cat alizador hidróxido de potássio ( KOH) .
Em seguida, foram t ransferidas separadam ent e, para funis de decant ação, com o int uit o de separar as fases. Após 40 m inut os foi possível observar duas fases bem dist int as: um a fase rica em ést eres e out ra em glicerina ( Figura 3) .
Sínt ese do biodiesel Et ílico de Soj a e Frit ura
Lavagem do biodiesel Separação das Fases
Ret irada da Glicerina
Figura 3 . Separação da glicerina e do biodiesel et ílico.
Após o repouso de 24 horas, a glicerina foi ret irada perm anecendo apenas os biodieseis ( Figura 4) .
4 .1 .3 . La vagem do biodiesel
O biodiesel, ainda no funil de decant ação, foi subm et ido ao processo de lavagem , a fim de purificar os ésteres presentes, rem ovendo resíduos de sabões, ácidos graxos, glicerina e outras im purezas. Estas im purezas estão concentradas na fase leitosa com o pode ser vist o na Figura 5. Cada lit ro de biodiesel produzido foi lavado, sequencialm ent e, com t rês porções de um lit ro de água deionizada. Assim , para garant ir a lim peza do biodiesel foram gerados t rês lit ros de água de lavagem . As três porções de água de lavagem foram denom inadas AGI ( prim eira lavagem ) , AGI I ( segunda lavagem ) , AGI I I ( terceira lavagem ) e a m ist ura das t rês lavagens foram denom inadas de AGM.
A neut ralização do cat alisador, na água de lavagem , foi confirm ada usando com o indicador a fenolft aleína 1% .
4 .2 . Caract erização das águas de lavagem do biodiesel et ílico de soj a e de frit ura
A caracterização das águas de lavagem dos biodieseis obtidos a partir dos óleos de soj a e fritura foi realizada no LACOM, no Laboratório de Est udos em Quím ica Am bient al ( LEQA) e na Est ação Experim ent al de Trat am ent o Biológico de Esgot os Sanit ários ( EXTRABES) . As águas de lavagens foram caracterizadas em relação a pH, t urbidez, dem anda quím ica de oxigênio ( DQO) , dem anda bioquím ica de oxigênio ( DBO) , óleos e graxas e crom atografia gasosa seguindo os m ét odos encont rados na lit erat ura, APHA ( 1998) .
4 .2 .1 . pH
O pH foi det erm inado pelo m ét odo pot enciom ét rico, ut ilizando um aparelho da m arca Quim is m odelo Q 400 2.01.
4 .2 .2 .Turbidez
Para det erm inação da t urbidez foi ut ilizado um t urbidím et ro m odelo AP 2000- I R da Policontrol e suspensões padrão de 10, 100 e 1000 unidades nefelom ét ricas de t urbidez ( UNT) . As am ostras foram diluídas com água deionizada na razão de 1: 100 ( v/ v) e em seguida foram feit as as leituras.
4 .2 .3 . Dem anda quím ica de oxigênio ( DQO)
de dicrom at o, não reduzido, foi det erm inada pelo m ét odo t it ulom ét rico, conform e descrit o na lit erat ura ( APHA, 1998) .
4 .2 .4 . Dem anda bioquím ica de oxigênio ( DBO5)
Para o preparo da água de diluição, foi adicionado 1,0 m L das soluções: tam pão fosfato, sulfato de m agnésio, cloret o de cálcio e cloret o férrico na água deionizada supersat urada em oxigênio. A am ostra foi preparada diluindo 2,0 m L para volum e final de 500 m L, com a água de diluição. Dessa solução, cerca de 300 m L foram adicionados aos frascos de reação, de acordo com a capacidade pré-det erm inada de cada frasco. Ant es de ir para a incubadora, foi m edida a concent ração de oxigênio dissolvido no frasco, que perm aneceu incubado durant e cinco dias a 20 oC. Após os cinco dias de incubação, foi m edido o oxigênio dissolvido no frasco. A DBO foi det erm inada pela diferença do oxigênio dissolvido antes e após a incubação, conform e descrit o na lit eratura ( APHA, 1998) .
4 .2 .5 . Óleos e Graxas
Para a det erm inação do t eor de óleos e graxas adapt ou- se a m et odologia t radicional pelo m ét odo de ext ração líquido- líquido, segundo a recom endação do APHA ( 1998) . Para a quant ificação de óleos e graxas, presente com o resíduo nas águas de lavagem foi preparada um a solução de 100 m L de água dest ilada com 2 g de óleo de soj a ( branco) .
foi evaporado em evaporador rotativo, perm anecendo a fase oleosa. Os balões foram aquecidos em est ufa a 105º C, durant e um a hora, a fim de que o solvente restante fosse elim inado. Então, foram levados ao dessecador por 30 m inutos e após o resfriam ento foram pesados. A m assa de óleos e graxas foi calculada por diferença de pesagem dos balões ant es e após o procedim ent o de ext ração.
4 .2 .6 . Crom at ografia em fase gasosa
As am ost ras subm et idas ao processo de esterificação foram àquelas obtidas na quantificação de óleos e graxas. Para não ocorrer saturação na coluna com a inj eção direta das am ostras, estas foram subm et idas a um processo de esterificação, segundo m etodologia proposta por HARTMAN & LAGO ( 1973) . Em seguida, as am ost ras foram identificadas e quant ificadas por crom at ografia gasosa acoplada a espectrôm etro de m assa, m arca Shim adzu, m odelo QP 2010, com coluna capilar Durabond e fase estacionária DB- 23 ( 30 m de com prim ent o, 0,25 m m de diâm et ro interno e 0,25 µm de espessura de film e, com int ervalo de t em perat ura de 40 a 260° C) . Foram inj etados 1,0 µL de am ost ra, com t em perat ura do inj et or a 230° C, no
m odo split 1: 20. A program ação da corrida crom atográfica está
Tabela 1. Program ação da Corrida Crom at ográfica.
Razão de aquecim ent o
(oC m in- 1)
Tem perat ura fina l (oC)
Tem perat ura I sot erm a
( m in)
- 130 1 10 200 1
3 280 0 20 230 1
5 . RESULTADOS E DI SCUSSÃO
5 .1 . pHFoi observado nesse experim ento que águas de lavagem
provenient e do biodiesel de frit ura apresent aram t endência a valores m aiores de pH quando com paradas às águas de lavagem do biodiesel de soj a. No ent anto, t ant o as águas resultantes da prim eira lavagem do biodiesel quanto à m ist ura delas apresentaram valores m aiores de pH. Observa- se na ( Figura 6) valor m áxim o de 10,65 na prim eira lavagem do biodiesel de frit ura e valor m ínim o de 8,56 na t erceira lavagem do biodiesel de soj a.
10,26 10,65
9,62 9,97
8,56 8,62
9,87 10,47
7 8 9 10 11 12
p
H
Água I Água I I Água I I I Mist ura Biodiesel de soja Biodiesel de frit ura
Figura 6 . Valores de pH das águas de lavagem provenient es da purificação dos biodieseis de soj a e frit ura.
Os valores de pH das et apas de lavagem I , I I e da m ist ura das águas estão em não conform idade aos valores recom endados pela Resolução CONAMA 357/ 05, que fixa o pH ent re 5 a 9 para condições de lançam ent o de efluent es.
5 .2 . Turbidez
Sugere- se um a m aior turbidez encontrada nas águas de lavagem do biodiesel de frit ura em relação às águas de lavagem do biodiesel de soj a ( Figura 7) . Observa- se um valor m ínim o de 595 UNT provenient e da t erceira lavagem do biodiesel de soj a e um valor m áxim o de 2.550 UNT na prim eira lavagem provenient e do biodiesel de frit ura. A Resolução CONAMA 357/ 05 não estabelece para lançam entos de efluentes valores de t urbidez, m as afirm a que nos corpos receptores a turbidez não pode ultrapassar 100 UNT ( unidades nefelom étricas de t urbidez) .
Com o os valores de t urbidez das águas de lavagem do biodiesel, que na verdade são os efluentes deste procedim ento, são m uito altos, estes poderão afetar a turbidez do corpo receptor.
2.295 2.550 1.510 1.725 595 675 1.125 1.220 0 500 1.000 1.500 2.000 2.500 3.000 T U R B ID E Z ( U N T )
Água I Água II Água III Mist ura Biodiesel de Soja Biodiesel de Frit ura
Figura 7 . Valores de Turbidez das águas de lavagem
Um alt o valor de t urbidez dim inui a eficiência de t rat am ent os e int erfere na condição est ét ica da água, prej udicando a fotossíntese e int erferindo nos equilíbrios nat urais. A t urbidez encont rada nas águas de lavagem dos biodieseis de soj a e de frit ura se deve, provavelm ente, às partículas em suspensão ou colóides.
5 .3 . Óleos e graxas
Os valores de óleos e graxas ( Figura 8) das águas de lavagem provenient es do biodiesel de fritura foram aproxim ados aos valores
encont rados das águas do biodiesel de soj a. Observa- se que as águas
da segunda et apa de lavagem dos dois biodieseis apresent aram valores m ais significat ivos de óleos e graxas em relação às out ras et apas de lavagens. Um a possível explicação seria que na prim eira lavagem est ej am sendo ret iradas as subst âncias que t enham m aior afinidade pela água, ou sej a, os com post os m ais solúveis com o resíduos do catalisador e do álcool. A part ir da segunda lavagem , os com postos orgânicos, com o ácidos graxos, com eçariam a ser arrastados pela agit ação com a água.
Pode- se observar um valor m ínim o de 1.105 m g/ L e m áxim o de 1.855 m g/ L. A Resolução CONAMA 357/ 05 est abelece padrões de lançam ent o de efluent es com concent rações de óleos e graxas inferiores a 20 m g/ L para óleos m inerais e 50 m g/ L de óleos vegetais e gorduras anim ais. Port ant o, os teores de óleos e graxas encontrados nas águas de lavagem dos biodieseis encontram - se m uit o acim a dos valores m áxim os perm it idos.
efluente facilm ente poderá alterar a qualidade da água, infringindo o dispost o na Resolução acim a citada, onde se lê:
“ Art . 32. Nas águas de classe especial é vedado o lançam ent o de efluent es ou disposição de resíduos dom ést icos, agropecuários, de aqüicult ura, indust riais e de quaisquer out ras font es poluent es, m esm o que t rat ados.
§ 1o Nas dem ais classes de água, o lançam ent o de efluent es deverá, sim ult aneam ent e:
I - at ender às condições e padrões de lançam ent o de efluent es;
I I - não ocasionar a ult rapassagem das condições e padrões de qualidade de água, est abelecidos para as respect ivas classes, nas condições da vazão de referência; e
I I I - atender a out ras exigências aplicáveis”
1.225 1.105 1.855 1.515 1.615 1.460 1.648 1.380 800 1.000 1.200 1.400 1.600 1.800 2.000 Ó LE O S e G R A X A S ( m g /L )
Água I Água I I Água I I I Mist ura
Biodiesel de Soja Biodiesel de Frit ura
5 .4 . Dem anda bioquím ica de oxigênio ( DBO5)
O conhecim ent o da DBO é de fundam ental im portância em est udos sobre a qualidade de águas, bem com o para proj et os e controle operacional de Estações de Tratam ento de Efluentes. Tam bém , serve com o base para est udos de aut odepuração nat ural de um corpo aquático.
Nas águas nat urais a DBO represent a a dem anda pot encial de oxigênio dissolvido que ocorre devido à estabilização dos com postos orgânicos biodegradáveis, podendo t razer os níveis de oxigênio nas águas abaixo dos exigidos pelos peixes, levando- os à m ort e. É um a variável da qualidade da água que, de cert a form a, quant ifica a poluição orgânica pela depleção do oxigênio, conferindo condição anaeróbia ao ecossistem a aquát ico, pela oxidação da m at éria orgânica biodegradável.
2.600 3.150 2.350 2.500 1.650 1.800 2.500 2.850 1.000 1.500 2.000 2.500 3.000 3.500
Água I Água II Água III Mistura
D B O ( m g /L )
Biodiesel de soja Biodiesel de fritura
Figura 9 . Valores da dem anda bioquím ica de oxigênio das águas de lavagem provenient es da purificação dos biodieseis de soj a e frit ura.
Foi observado nesse t rabalho que, com o decorrer das lavagens as águas provenient es do biodiesel de soj a apresent aram t endência a valores m enores de DBO, sendo a diferença m ais significat iva na prim eira fração. Para a m istura das águas, nota- se o m esm o perfil, ou sej a, as águas provenient es do biodiesel de soj a apresent am
m enor concentração de DBO5.
Em bora a Resolução 357/ 05 ( CONAMA) não estabeleça valores
de DBO5 para lançam ent os de efluent es, pode- se inferir que o
5 .5 . Dem anda quím ica de oxigênio ( DQO)
A DQO é um parâm et ro indispensável nos est udos de caracterização de esgot os sanit ários e de efluent es indust riais, porque avalia a quant idade de OD consum ido, em m eio ácido, que leva à degradação de m at éria orgânica. A análise dos valores de DQO em efluent es e em águas de superfície é um a das m ais expressivas para determ inação do grau de poluição da água. Esta análise reflet e a quantidade total de com ponentes oxidáveis, sej a carbono ou hidrogênio de hidrocarbonet os, nit rogênio de proteínas, por exem plo, ou enxofre e fósforo de det ergent es.
A DQO pode ser considerada com o um processo de oxidação quím ica, em pregando- se o dicrom ato de potássio com o agente oxidant e, onde o carbono orgânico de um carboidrat o, por exem plo, é convert ido em gás carbônico e água. Sabe- se que o poder de oxidação do dicrom ato de potássio é m aior do que o que result a m ediant e a ação de m icrorganism os. A resist ência de subst âncias aos at aques biológicos levou à necessidade de fazer uso de produt os quím icos, sendo a m at éria orgânica nest e caso oxidada m ediant e um oxidant e quím ico. A DQO é m uit o út il quando ut ilizada j unt am ent e com a DBO para observar a biodegradabilidade de despej os ( ht t p: / / www.m undoeducação) .
A partir dos resultados de DQO ( FI GURA 9) e DBO ( FI GURA 10) foi determ inada a relação, r = DQO/ DBO, para as águas de lavagem do biodiesel, onde foi observado valores de “ r” superiores a 3,0.
responsáveis pela degradação da m at éria orgânica, prej udicando as condições operacionais do t rat am ent o.
Os result ados encont rados na ( Figura 10) m ost ram que com as et apas das lavagens nos biodieseis de soj a e frit ura os valores da DQO foram dim inuindo. Pode- se observar um valor m ínim o de 5.500 m g/ L encontrado na t erceira lavagem provenient e do biodiesel de soj a e m áxim o de 9.500 m g/ L proveniente da prim eira lavagem do biodiesel de frit ura. Em com paração aos valores de DBO e DQO encont rados nas águas de lavagem provenient e dos biodieseis de soj a e frit ura, tam bém foram realizados est udos em efluent es de lat icínios onde se observou valores de 4.800 m g/ L de DBO e 12.000 m g/ L DQO respect ivam ent e COCCI et al ( 1991) . Alt os valores de DQO significam a presença de m at éria orgânica não biodegradável na am ostra. 8.000 9.500 7.200 8.000 5.500 6.400 7.500 8.450 4.000 5.000 6.000 7.000 8.000 9.000 10.000
Água I Água I I Água I I I Mist ura
Biodiesel de soja Biodiesel de fritura
D Q O ( m g /L )
Figura 1 0 . Valores da Dem anda quím ica de Oxigênio das águas de lavagem provenient es da purificação dos biodieseis de soj a e fritura.
im port ância na caract erização do grau de poluição de um corpo d’água de efluentes brut os e t rat ados VON SPERLI NG ( 2005) .
De acordo com BELLONI & LAUTENSCHLAGER, ( 2009) , em bora a resolução CONAMA 357/ 05 não faça referência ao parâm etro DQO na classificação dos corpos d’água e nos padrões de lançam ento de efluent es líquidos, algum as legislações am bient ais est aduais est abelecem lim it es m áxim os para est e parâm et ro em seus padrões de lançam ent o.
5 .6 . Análise Crom at ográfica dos ést eres present es na água de lavagem do biodiesel et ílico de soj a e frit ura
Na Tabela 2, est ão descrit os os result ados ( em percent uais) da com posição dos ésteres, decorrente da quant idade de óleos e graxa, 1.648 m g/ L para as m ist uras das águas das lavagens proveniente do biodiesel de soj a ( AGMS) e 1.380 m g/ L para m isturas das águas provenient es das lavagens do biodiesel de frit ura ( AGMF) .
Tabela 2. Com posição dos ésteres present es na m ist ura das águas de lavagem provenient e do biodiesel de soj a e frit ura.
* ROSEN HAI M. R, 2 0 0 9 ; * * EMBRAPA SOJA, 2 0 0 9
N OME Tem po de
Ret enção ( m in)
Concent ração ( % ) AGMS Concent ração ( % ) AGMF SOJA* * ( % ) FRI TURA* ( % )
Palm ít ico C 16: 0
5,73 12,29 18,25 9,9- 12,12 17,82
Oléico C 18: 1( 9)
7,40 23,13 27,48 17,7- 26 30,44
Linoléico C 18: 2( 9,12)
7,75 48,76 40,33 49,7- 59,9 45,77
Outros - 15,82 13,94 - -
6 . Conclusões
Foi ot im izada a m et odologia para as análises de óleos egraxas presentes nas águas das lavagens dos biodieseis de soj a e frit ura;
A part ir da caract erização físico- quím ica das águasprovenient es das lavagens do biodiesel de soj a e frit ura foi possível det erm inar pH, t urbidez, óleos e graxas, DBO e DQO;
A part ir dos result ados de óleos e graxas obt idos, foipossível, através da técnica de crom atografia gasosa obt er a com posição dos ésteres presentes nas águas das lavagens dos biodieseis;
No present e t rabalho as águas de lavagem de biodiesel de
fritura apresentam m aiores valores de pH, t urbidez, DQO e DBO quando com paradas as águas de lavagem de biodiesel de soj a.
De acordo com os resultados encontrados, as águas de
lavagem provenient e do biodiesel de soj a apresent aram m aiores valores de óleos e graxa quando com paradas com as águas provenient es do biodiesel de frit ura.
As águas result ant es das lavagens dos biodieseis de soj a e
fritura estão fora dos valores perm it idos pela Resolução do CONAMA 357/ 05.
Pesquisas buscando tratam entos para as águas de lavagem
de biodieseis devem ser realizadas evit ando a possível contam inação de efluent es. s
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