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RESUMO ABSTRAT. Acadêmica do Curso de Graduação em Enfermagem do Centro Universitário FAMETRO CEUNI, Manaus, Brasil.

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Academic year: 2021

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VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA NA PARTURIÇÃO

Violencia obstétrica en el parto Obstetric violence in parturition

SANTOS, Marieth Neves Lima1 BESSA, Edilene da Silva1 LAGES, Dionara Lopes1 ARAÚJO, Mirelia Rodrigues2

RESUMO

Objetivo: Descrever os diferentes tipos de violência obstétrica na parturição. Materiais e Método: Trata-se de um estudo que se realizou por meios de revisão bibliográfica onde optou-se pelo método de Revisão Integrativa de Literatura (RIL). Foram utilizadas as bases de dados: Biblioteca Científica Eletrônica Online (SCIELO) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciência da Saúde (LILACS), artigos esses publicados entre os anos de 2010 a 2019 nas bases de dados supracitadas. Resultados e discussões: Seguiram assim, 22 artigos elegidos mediante os descritores. A pesquisa caracterizou informações sobre os tipos de violência obstétrica, distribuídas em violência física, verbal, psicológica e institucional. Considerações finais: A violência obstétrica é uma adversidade na saúde pública, e carrega lapsos na assistência a mulher no período parturitivo, envolvendo diversas formas desumanas com o uso de intervenções abusivas, desrespeitosas, sejam eles, danos físicos, verbais abusivos, danos psicológicos e negligências institucionais.

Descritores: parturição, violência obstétrica.

ABSTRAT

Objetivo: describir los diferentes tipos de violencia obstétrica en el parto. Materiales y método: este es un estudio que se realizó por medio de una revisión de literatura donde optamos por el método de Revisión Integrativa de Literatura (RIL). Se utilizaron las siguientes bases de datos: Biblioteca científica electrónica en línea (SCIELO), Literatura de ciencias de la salud de América Latina y el Caribe (LILACS) y Google Scholar, artículos publicados de 2010 a 2019 en las bases de datos mencionadas. Resultados y discursos: Consideraciones finales:

Descriptores: el parto, violencia obstétrica.

1 Acadêmica do Curso de Graduação em Enfermagem do Centro Universitário FAMETRO – CEUNI, Manaus,

Brasil. E-mail:mariethneves@gmail.com

1 Acadêmica do Curso de Graduação em Enfermagem do Centro Universitário FAMETRO – CEUNI, Manaus,

Brasil. E-mail: edilenebessa2010@gmail.com

1 Acadêmica do Curso de Graduação em Enfermagem do Centro Universitário FAMETRO – CEUNI, Manaus,

Brasil. E-mail: dionarad2@hotmail.com

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1 INTRODUÇÃO

De acordo com o Ministério da Saúde ocorrem aproximadamente 3 milhões de nascimentos por ano no Brasil, compreendendo cerca de 6 (seis) milhões de cidadãos, destes tais 98% sucedem em ambiente hospitalar.¹ Logo, “o Brasil é o segundo país que mais realiza cesáreas na América Latina, com taxa de 55,5% dos nascimentos, ficando atrás apenas da República Dominicana que obtêm 58,1% dos nascimentos por cesárea”.²

Por um lado, as técnicas de parto conquistaram grandes transformações desde século XX, aumentando as taxas de procedimentos cirúrgicos tais, de forma rápida, o que contribuiu para a redução de taxas de mortalidade neonatal e materna, por outro lado, a utilização desordenada destes procedimentos danifica a saúde de muitas mulheres e dos recém-nascidos.³

O progresso no campo obstétrico trouxe a gestação, o parto, e o nascer como doenças e não como processos da saúde natural feminina, conduzindo as mães e seus bebês altos teores de intervenções, que precisariam ser usadas em casos extremos e não como pratica diária.¹

Esse tipo de violência agrega danos durante o “cuidado” obstétrico dos profissionais da saúde, incluindo além de maus tratos físicos, psicológicos e verbais, a implantação de procedimentos sem necessidade e nocivos como episiotomias, restrição ao leito no pré-parto, além do uso de ocitocina de modo rotineiro, privação de acompanhante, e principalmente a prática exagerada da cirurgia de cesárea. ⁴

Uma pesquisa realizada no Brasil de mulheres brasileiras e gênero nos espaços públicos e privados, informa com base em 62% das mulheres entrevistadas que tiveram filhos naturais em redes tanto públicas quanto privadas, do total 25% delas relataram ter sofrido violência durante o atendimento ao parto, incluindo desumanidades como, exames de forma dolorosas, sem auxílio a dor, e desrespeito por meio do profissional (gritos, recusa de atendimento, falta de informação, humilhação, assedio, abusos corporais). ⁵

Dito isto, a violência obstétrica é descrita como fatalidade na saúde pública, sendo que, no ano de 1985 a Organização Mundial da Saúde (OMS) viabilizou prescrições que aconselham a prática do parto vaginal, trazendo benefícios como o contato pele a pele entre mãe e o recém-nascido, o estimulo da amamentação, e a presença significante de um acompanhante, durante todo o processo de parto.⁶

A preocupação no âmbito do tratamento respeitoso verbal e psicológico das mulheres na parturição é evidente no contexto profissional, isto porque, segundo um estudo

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realizado com mulheres brasileiras indicou de 62% (representando um total de 100%), 25% das mulheres entrevistadas relataram ouvir frases agressivas e despropositais durante o parto, como:

“não chora não, que ano que vem você está aqui de novo”, “na hora de fazer não chorou, não chamou a mamãe, porque está chorando agora?”, “se gritar eu paro agora o que eu estou fazendo, não vou te atender”, “se ficar gritando vai fazer mal pro seu bebê, seu bebê vai nascer surdo”.⁵

Portanto, o objetivo deste estudo foi descrever os diferentes tipos de violência obstétrica na parturição. Desta forma, o tema proposto propõe buscar maior qualidade no atendimento profissional da mulher no período parturitivo, bem como, na gestação e no pós-parto, intentando caracterizar a capacitação profissional, também relatar sobre a carga de trabalho dos profissionais de saúde que atendem as parturientes e descrever as práticas rotineiras executadas, sem necessidade de realização.

2 REFERÊNCIAL TEÓRICO

O período gestacional, o parto e o período puerpério são momentos de grandes transformações na vida de uma mulher, para seus parceiros e família, a mulher nesta etapa se encontra mais vulnerável, ocorrem diversas mudanças fisiológicas e conflitos psicológicos, todavia, o momento parturitivo pode tornar-se traumatizante para ambos mãe e bebê.⁷

O ciclo gestacional é encarado como um fenômeno fisiológico e emocional, observado como uma vivência saudável e englobando alterações físicas, emocionais e sociais, apesar de se apresentar como um processo natural do ser humano, a gestação pode se apresentar de baixo risco, ou de alto risco.⁸

2.1 PARTO DOMICILIAR

Para tanto, o parto domiciliar não é acolhido e auxiliado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro, como em alguns países como o Reino Unido e o Canadá, esse procedimento é considerado raro, e muito discreto ainda no Brasil.⁹

A medicina retrata o parto em domicílio como um feito retrogrado que não valoriza a evolução tecnológica e expõe a mulher e o bebê em grandes riscos vitais. ¹⁰

O Ministério da Saúde impõe como dever dos profissionais da saúde informar as mulheres sobre o risco do parto domiciliar, enfatizando que o mesmo não está inserido nas

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políticas atuais de saúde brasileira e que esse processo “não é recomendado tendo em vista o maior risco de complicações, porém, não é permitido desencorajar o parto domiciliar, e ainda a assistência deve assegurar as gestantes da possibilidade de acesso em tempo oportuno a uma maternidade, em casos de transferência”. ¹

As diretrizes pressupostas pelo Ministério da Saúde indicam que o parto domiciliar é tratado como um acontecimento com baixas competências e apresenta obstáculos no acesso ao sistema de saúde, sendo que, estudos indicam, a região Norte como a campeã, no que diz respeito a esse tipo de parto, representando 7,5% , devido residências distantes e falta de profissionais estabelecidos na região.⁹

2.2 PARTO HOSPITALAR

Por volta do século XX, o parto passou de domiciliar para um procedimento hospitalar, isto porque, a intenção das organizações de saúde foi diminuir as taxas de mortalidade materna e neonatal, através de recursos medicinais e profissionais que buscassem melhorar a qualidade e eficácia no processo do parto.¹¹

Pode-se então subdividir o parto hospitalar em: parto normal, este é acometido nos ambientes hospitalares, porém amparado pelas diretrizes e leis que defendem os direitos das mulheres no Ministério da Saúde brasileiro e o parto por cesárea, que implica na intervenção da uma equipe de profissionais, com a utilização de tecnologias para um procedimento invasivo cirúrgico.¹¹

É dever da equipe de saúde, por meio das diretrizes nacionais, explanar informações ao público gestacional brasileiro, sobre os tipos de parto, e descrever uma série de processos, informações que levem a escolha do tipo de parto que a mulher irá adotar, uma dessas informações é, discorrer sobre a seguridade do parto normal tanto para a mulher quanto para o bebê.¹

O parto normal é rápido e sadio, uma vez que, a parturiente executa o personagem principal, diferente do parto hospitalar cesariano, onde a mulher não possui voz ativa, assim, não interpreta o personagem principal, dessa forma, se torna passiva no cenário parturitivo.¹²

Portanto, diversas metodologias nos hospitais são indagadas pela falta de indicadores científicos que reafirmem tais métodos, além do que, os acontecimentos presentes causam controvérsias e o sofrimento da mulher.¹¹

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2.2.1 Cesariana

O Ministério da Saúde destaca que as indicações ao parto cesariano estão cada vez mais frequentes no ambiente hospitalar, isto porque, a medicina intenta reduzir as taxas de mortalidade perinatal e materna.⁸

Todavia, de começo esse processo cirúrgico era recomendado por “distócia mecânica, desproporção cefó-pélvica e más apresentações e com o uso de medicações eficazes, previnem complicações como infecção puerperal, a hemorragia e as complicações anestésicas”.⁸ Logo, em casos onde aparecem disfunções como, hemorragias, tortura do feto, ou ainda o feto esteja em uma posição incorreta a cesáreas são indispensáveis.²

Para tanto, a cesariana planejada pode apresentar vantagens como, por exemplo, estabilidade, proteção do recém-nascido, menor incidência de traumas físicos pélvicos, e dispensação da dor do parto, no entanto envolve desvantagens como por exemplo, maiores riscos de a mãe morrer, possíveis efeitos psicologicamente traumáticos, disfunções como a ruptura d cicatriz uterina nas próximas gestações, e maiores riscos com relação ao bebê.⁸

Uma cesariana pode também ser uma opção escolhida pela parturiente, porém é baseada em aspectos como, ideia de evitar a dor, por conveniência, falta de informação adequada, o que leva a mulher a valorizar maiormente a opinião do médico, além de expectativas e crenças. Porém, as mulheres acabam cedendo e requerendo o meio cirúrgico com base em sensações de medo, efeitos dolorosos, que são provenientes de relatos de violência obstétrica, e intervenções dispensáveis.¹²

2.3 TIPOS DE VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA

A violência obstétrica está baseada em qualquer espécie de conduta cometida pelos profissionais da saúde, seja em ambientes privados ou públicos, que acarretam em processos físicos e psicológicos das mulheres, resultando em um tratamento desumanizado, e pode estar associada ao abuso de medicações nos processos de parto, por exemplo, bem como no uso excessivo de cesarianas e outros procedimentos invasivos, afastando a mulher da sua capacidade de tomada de decisões e consequentemente afetando sua qualidade de vida.⁴

Desse modo, a violência obstétrica aparece quando, ocorre a proibição da mulher ser acompanhada por seu parceiro ou outra pessoa que esteja com essa função específica.¹³ Quanto a isto, a Lei Federal Nº 11.108/2005, “garante às parturientes o direito a acompanhante durante todo o período de trabalho de parto, no parto e no pós-parto, no SUS”.¹¹

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Outros tipos de violência obstétrica estão descritos da seguinte forma: realização de procedimentos sem explicação antecipada ou autorização da parturiente, a prática de procedimentos que causam dor ou constrangedores desnecessários (tricotomia, enema, impedir a movimentação, falta de privacidade, retenção na posição litotômica), a falta de tratamento adequado, como por exemplo, agressão verbal, rudez, empatia, chacotas, e distanciar o recém-nascido da mãe sem necessidade alguma.¹³

Para tanto, o abandono, negligência ou recusa de assistência são classificados como categoria de violência obstétrica, sendo que esse descaso representa a insubordinação dos direitos humanos, além de ser uma má prática de assistência profissional.⁴

Todavia, a ouvidoria do Ministério da Saúde recebeu queixas, onde relatavam sobre ser tratadas com desrespeito, mal assistência, não compreendimento e falta de escuta por parte dos profissionais da saúde, além de ter sofrido agressões físicas e verbais, representando 12,7% das mulheres.⁸

No estado do Amazonas, foi instituída o Projeto Lei Nº 96 de 2019, que “dispõe sobre a implantação de medidas contra a violência obstétrica nas redes públicas e particular de saúde do Estado do amazonas e das outras providências”.¹⁴ Em seu Art 2º discorre as condutas ofensivas e abusivas e violentas instituída pela Lei, como por exemplo, agressão física e psicológica, indução a cesariana sem necessidade, recusa de atendimento, entre outras. ¹⁴

2.3.1 Excesso de intervenções e cesariana desnecessária

Um dos elementos mais perturbadores é o fato dos profissionais obstétricos serem impacientes com relação ao processo de nascimento dos bebês, desrespeitando as mulheres na parturição.¹⁵

O aceleramento do parto é causado constantemente pelo uso de ocitocina, que é capaz de elevar a movimentação uterina, todavia pode causar hipóxia fetal e a amniotomia que tem como objetivo reduzir a duração do trabalho de parto no seu segundo estágio e evitar o maior uso de instrumentos no parto, todavia, eleva uma possível cesárea.⁴ ¹³

Por isto, existem ainda intervenções que são prejudiciais à saúde das parturientes e podem ser evitadas pela assistência profissional, são elas:⁴

a) infusão intravenosa de rotina no trabalho de parto/cateterização venosa profilática de rotina: diminui a mobilidade, aumenta o desconforto, aumenta indícios de hipoglicemia neonatal;

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b) posição de litotomia: as posições verticalizadas reduzem o trabalho de parto e não possuem efeitos negativos;

c) episiotomia: aumento do risco de laceração perineal, infecção, hemorragia, provocam dor a longo prazo, incontinência urinária e fecal;

d) manobra de Kristeller: possibilita lacerações perineais, internação do recém-nascido na UTI neonatal;

e) restrição alimentar e hídrica: provoca o desconforto da parturiente, e é recomendada a inserção de alimentos leves e líquidos durante o trabalho de parto;

f) restrição a movimentação corporal: aumenta a dor, aumenta a chance de analgesia, cesariana e duração do trabalho de parto;

A prática de cesariana pode sim salva vidas, no entanto, é muito frequente o uso deste procedimento de forma desnecessária, é nesse momento que ele é caracterizado como uma violência obstétrica, porque é inserido no parto inevitavelmente pela interferência da assistência adequada. Dessa maneira, com base nestes aspectos científicos, não parece ser benéfico a cirurgia cesariana em parturientes que não precisam deste procedimento, segundo a Organização Mundial da Saúde, taxas acima de 10% não colaboram na diminuição da mortalidade de mães e recém-nascidos.⁹

Assim, o medo das mulheres com relação ao parto vaginal pode estar associado a intervenções dolorosas, levando a prática de novas intervenções, que induzam o parto, acarretando o aumento e atratividade pela cesariana.⁷

2.4 PERFIL DOS PROFISSIONAIS NA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA

As redes de saúde brasileiras estão danificadas, isto porque, não são responsáveis e não realizam o cuidado as mulheres, e não prestam assistência adequada no pré-natal e no parto. ⁷ Dito isto, o atendimento as parturientes no trabalho de parto, bem como, na gestação e no período pré-parto, necessita do comprometimento integral dos profissionais da saúde.⁷ Assim, violência nas instituições maternas está diretamente ligada ao comportamento afrontoso dos profissionais da saúde com relação as parturientes.¹⁶

Há relatos de que a equipe de enfermagem, por formação habilitada a atendimento de parto normal, é excluída do contexto central, tendo como o centro a figura do médico.⁷ E, também, não são suficientes mudanças nas práticas de assistência se não houver transformações na interação entre os profissionais de saúde e as usuárias.¹⁵

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A falta de recursos e a frequência de trabalho de maneira alienada, são causas que levam a violência nas maternidades relatadas pro profissionais, além disto, esses profissionais não enxergam o desleixo na ajuda a dor, falas ofensivas, ameaças como comportamento violento e sim como condutas comuns do dia a dia profissional.¹⁶ Dessa forma, enfrentar a violência obstétrica abraça muito mais do que condutas no pré-natal e de capacitação biomédica gestacional e parturitivo.⁴

3 MATERIAIS E MÉTODO

Trata-se de um estudo que se desenvolverá por meios de revisão bibliográfica onde optou-se pelo método de Revisão Integrativa de Literatura (RIL), possibilitando uma compreensão acerca da violência obstétrica na parturição. Sendo que, "a revisão integrativa tem como propósito inicial análise de pesquisas, assim como reflexões sobre a realização de futuros estudos, no qual o seu embasamento é através de estudos anteriores com identificação de novos fenômenos para serem inclusos na revisão”.¹⁷

Foram utilizadas as bases de dados: Biblioteca Científica Eletrônica Online (SCIELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciência da Saúde (LILACS) 59,6% e Google Acadêmico, mediante os seguintes descritores: "parturição” e "violência obstétrica". Compreendendo Manuais e Leis do Ministério da Saúde e também jornais eletrônicos.

Dessa forma, a primeira parte da pesquisa foram encontrados 203 artigos. Contudo, 59,6% dos artigos foram encontrados na base LILACS e o restante pertence a base de dados SCIELO. Dentre os quais 95 artigos estavam duplicados, restando 111 artigos. Foi realizada a revisão dos títulos, dos resumos e ano de publicação, sendo assim excluídos 89 artigos por não serem considerados apropriados para a construção deste estudo, totalizando então 22 artigos. Dentre os quais, foi feita a leitura integra dos 22 artigos, utilizando como instrumento de coleta de informações, pontos como: títulos, ano de publicação, resultados, discussões, metodologia, tabelas e figuras, país de origem, considerações finais/conclusão, descritores, base de coleta de dados e capítulos. Após isso, entre os 22 artigos foram selecionados 11 artigos que competem e se relacionam diretamente ao tema proposto deste estudo, onde 5 pertencem a base de dados LILACS e 6 a base de dados SCIELO, estes estão dispostos no Apêndice A. Sendo que, os 11 artigos restantes estão dispostos nos resultados e discussões, dentre os quais, 8 pertencem a base de dados SCIELO e 3 a base de dados LILACS. E através destas bases de dados, os artigos selecionados e coletados, discorrem resultados dispostos em aspectos descritivo e qualitativo.

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No que tange aos critérios elegibilidade serão selecionados artigos e livros que abordem a temática em questão, publicados entre os anos de 2010 a 2019 nas bases de dados supracitadas. Serão inelegíveis os estudos nos anos anteriores a 2010 de qualquer espécie e em língua estrangeira.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados e discussão demonstram 11 artigos pesquisados (representando 50% do total de artigos selecionados), foram publicados entre os anos de 2014 a 2019. Sendo que, 72,7 % do total de artigos foram encontrados na base de dados Biblioteca Científica Eletrônica Online (SCIELO) e os demais 27,2% foram achados na base Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciência da Saúde (LILACS).

A abordagem qualitativa predominou representando 54,5% do total de artigos, no entanto, são descritas outras abordagens, como, descritiva, quantitativa, revisão integrativa, e estudos transversais.

Todavia o artigo que trata de violência obstétrica, realizado por meio de entrevistas estruturadas, efetivando o parto de 555 mulheres que visitaram o Sentidos do Nascer (exposição mobilizadora e divulgadora de práticas em educação de saúde) aponta, que 12,6% destas mulheres sofreram violência na parturição.²⁴ Os autores caracterizam-na como qualquer tipo de violência propiciada a mulher gestante no trabalho de parto, e abrange variadas formas representativas.²⁴

No estudo sobre a violência obstétrica na assistência ao parto vaginal, constatou a preponderância de 89,57% de violência obstétrica sofrida pelas mulheres, segundo o estudo foi constatada o emprego de práticas desnecessárias, predominando o uso de ocitocina, e incentivo aos puxos.²⁶

Para tanto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) relata que no Brasil ¼ das mulheres que passaram pelo parto normal nas maternidades, contam ter sofrido violência obstétrica, violando assim os direitos humanos essenciais destas parturientes.²⁵

Os estudos sobre a violência obstétrica em maternidades, classificam essa violência em quatro tipos, são eles: violência física, violência verbal, violência psicológica e violência institucional.²⁸ Contudo, a violência física se destaca porque, envolve procedimentos,

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antiquados, inadequados, invasivos, dolorosos, e intervenções realizadas de forma rotineira, que são muitas vezes desnecessárias e de risco para a mãe e o bebê. ²⁸

Dentre esses procedimentos se destaca o excesso de cesariana, os estudos relatam que, diversos profissionais não compreendem a escolha de um parto normal por parte das mulheres, porque para eles o evidente é a escolha de uma cesárea.¹⁰ Sendo que, a cesariana sem necessidade é tida por diversos estudos como uma das formas de violência obstétrica.³

Neste contexto, os autores indagam, o aparecimento deste procedimento nos tempos modernos não é imposto somente em casos complicados, mas sim como um meio principal de dar à luz e do nascer, deixando o parto vaginal no “passado”.³

Alguns autores estimam que aproximadamente um milhão de mulheres brasileiras são sujeitadas a cesariana todos os anos, sendo que, não há indicação médica de maneira correta, o que leva a muitas gestantes ao aparecimento do medo de estarem sendo manipuladas a aceitar procedimentos que não desejam nos hospitais. ¹⁰ Além disto, a cesariana por ser um uma ferramenta medicinal, coloca o controle do trabalho de parto nas “mãos” da medicina e não mais como um evento natural do corpo feminino.³

O artigo que fala sobre procedimentos invasivos no cuidado à parturiente, indicam o toque vaginal, a episiotomia e o uso de ocitocina como procedimentos invasivos predominantes no estudo, procedimentos estes considerados de caráter violento. ²⁸

Nesse sentindo, o estudo conta que a assistência prestada pela equipe médica é descuidada, sem dignidade e respeito, sendo que os obstetras dificilmente se identificam e se conduzem de maneira invasiva em toques vaginais sem relevar ou entender os sentimentos e as consequências sofridas pela parturiente, isso porque, esses exames são dolorosos e geralmente prolongados.²⁹

Neste mesmo estudo, os autores destacam que o uso da ocitocina, tem como função o aceleramento do parto, ou seja, essa medicação aumenta a frequência das contrações e consequentemente produz maior dor na mulher. ²⁹

Alguns autores destacam uma dimensão elevada de práticas de violência obstétrica, destacando-se intervenções como: episiotomia sem permissão, manobra de Kristeller, o recém-nascido sendo separado da mãe e a posição litotômica no parto.²⁴

A posição de litotomia, por exemplo, é horizontal, o que beneficia e auxilia a visualização do profissional, no entanto, desconsidera o conforto que deveria ser prestado ao mulher.³⁰

Quando se trata dos maus tratos sofridos pelas parturientes, um estudo sobre a violência obstétrica, destaca que, o tratamento distante entre os profissionais da saúde e a

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parturiente, além da falta de comunicação são vistos pelas mulheres como desrespeito e descaso, essas mulheres reclamam por terem sido tratadas como “recipiente” para o feto, sem autonomia. ²⁹

Sobre isto, é dever dos profissionais da saúde construir um vínculo de confiança com as parturientes e procurar se informar sobre quais são suas expectativas e desejos, além disto, os profissionais precisam apoiar a mulher com relação ao cuidados de alivio da dor no trabalho de parto, independentemente de suas próprias crenças e valores.¹

Com relação a ações e condutas negligentes, imprudentes e despeitosas dos profissionais da saúde, um artigo que conta a violência obstétrica sobre o olhar de enfermeiros, indica que, essas ações podem acarretar em diversas consequências em parturientes, provocando sentimentos inseguros, de medo, sensação de abandono, vulnerabilidade, indícios de inferioridade, sendo esses gerados por maus tratos, seja de origem psicológica, física ou verbal.³¹

Alguns autores afirmam que a violência das parturientes, seja ela, de forma física ou psicológica traz sérios impactos para a mãe e o bebê, como abortos, prematuridade do feto e do parto, recém-nascido com baixo peso, e ainda mortalidade fetal e materna.⁸

No que diz respeito a violência verbal, o artigo que estudou a violência obstétrica em Tocantins, aponta as categorias desse tipo de violência como: ameaças, gritos, humilhação com intenção, tratamento grosseiro, entre outros. ²⁸

Dito isto, as falas ofensivas, por exemplo, pronunciadas pelos médicos e demais profissionais da saúde, se fazem presente no trabalho de parto em instituições como ato de violência obstétrica, ou seja, piadas proferidas, além de outras ações como toque sem necessidade, e expor o corpo da parturiente no ambiente da maternidade, sem preservar sua privacidade.²⁰

O estudo que trata dos tipos de violência obstétrica pela visão feminina, indica os tipos de violência psicológica, sendo: ausência de acolhimento, falta de informação, rispidez e negligência. ²⁸

A falta de informação e conhecimento com relação ao parto é um dos grandes fatores que leva as mulheres sofrerem algum tipo de violência obstétrica, para tanto, existem orientações disponibilizadas pelo Ministério da Saúde, e essas instruções devem e precisam abranger todas as mulheres nestas condições.⁸

Neste mesmo contexto, os autores constataram que a visita ao Sentidos do Nascer proporcionou conhecimento e alcance de informações sobre a assistência de parto

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recomendada, além de despertar nas gestantes a reflexão benéfica da preparação melhorada do parto. ²⁴

Sendo que, todas as mulheres precisam saber qual o tipo de parto que se encaixa a sua gestação, ou seja, qual o parto mais seguro e vantajoso tanto para o seu bebê quando para ela mesma, e quais os possíveis problemas que podem aparecer neste percurso.⁸

Neste contexto, um estudo sobre o preparo ao parto, teve como objetivo de discorrer programas de intervenções no pré-natal, tendo como foco diminuir em parturientes quanto a aspectos relacionados a ansiedade, medos, crenças, e mitos referente ao parto, assim, esse preparo pode proporcionar um bem-estar a parturiente e ao seu bebê durante o parto e após ele também, além de evitar o aparecimento de intercorrências no parto.⁷

A violência obstétrica ocorre também, quando não há o cumprimento da Lei do acompanhante no processo do parto, o estudo que trata sobre esse assunto, indica que é determinado por Lei a permissão de um acompanhante de caráter livre de escolha feita pela parturiente, em todo o período do trabalho de parto, no parto e também no pós parto. ³²

A presença de um acompanhante é muito importante para a parturiente, porque está vigorosamente conectado a bem-estar da mulher e a criação de um ambiente acolhedor. Porém, apesar de pesquisa como a Nascer no Brasil constatar que em média 75% das gestantes são acompanhadas, ainda existem lugares e instituições que impedem desta prática, alegando falta de recursos econômicos e estruturais.³³

Outro fator que ocorre com caráter de violência no parto, é a separação do recém nascido da parturiente após o nascimento, dito isto, o estudo que fala sobre a humanização no parto, relata que, o contato pele a pele, entre a mãe e o bebê, é uma beneficio retirado das mulheres geralmente que procedem a cesariana, sendo que, o recém-nascido é examinado pelo obstetra primeiro e ainda o primeiro contato é direcionado ao acompanhante.³⁰

Um estudo que fala sobre boas práticas na atenção obstétrica, indica, que a prática deste contato de pele a pele, precisa ser estimulado, e precisa ser visto pela equipe profissional como um acontecimento importante, isto porque, ajuda na adaptação à vida fora do útero, favorece a amamentação, influencia no controle da temperatura, além de beneficiar o vínculo familiar.³³

Com relação a violência institucional, um estudo que abrange a percepção dos profissionais dos médicos sobre a violência obstétrica, constatou que o relacionamento entre a equipe de profissionais e as parturientes é um fator muito relevante, porque traumatizaram essas mulheres no trabalho de parto.²⁵

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Outro estudo que, trata dos motivos da escolha do parto domiciliar, indica que, muitas mulheres estão buscando e defendendo o parto em domicílio, os autores alegam, que existem inúmeros profissionais que fazem o uso de práticas agressivas na assistência de parto vaginal no setor público.¹⁰ Ou seja, as mulheres desenvolvem um grande receio com relação a parir em uma instituição hospitalar, devido as ocorrências indesejadas e que violam seus direitos humanos. ³⁰

Ainda, os profissionais da saúde estão cientes dessas práticas inadequadas, e dos principais fatores que levam a humanização na área obstétrica, no entanto, resistem a mudança destes procedimentos assistencial.³⁴

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A violência obstétrica é de fato uma epidemia evidenciada como um problema de saúde pública e privada, isto porque, envolve diversas formas desumanas no atendimento e assistência a mulher brasileira.

Diferente do parto comum, o parto humanizado busca garantir que o papel da mulher no processo parturitivo seja como protagonista e não como alguém sem “voz”, onde seus desejos, opiniões e expectativas sejam compreendidas e escutadas.

Com base nos estudos pesquisados, foi possível criar um panorama, indicando diversas formas de violências acometidas dentro da obstetrícia na parturição, sendo conceituadas como, violência física, verbal, psicológica, e institucional, dentre elas, destacam-se os procedimentos cirúrgicos cesarianos, destacam-sem necessidade.

Todos os estudos indicam a cesárea dispensável como um dos principais tipos de violência obstétrica na parturição, seguida de intervenções medicamentosas que podem trazer serias complicações a parturiente e ao seu bebê.

O presente estudo permitiu constatar a carência de uma melhora significativa na assistência realizada pelos profissionais da saúde, envolvendo contextos como respeito aos direitos humanos, de maneira humanizada, onde o parto seja experenciado como um momento feliz para as mães e acompanhantes e não como um momento marcado por práticas traumáticas que podem gerar consequências indesejadas.

A falta de informação desde o período do pré-natal até o pós-parto, é um dos problemas apontados pelos artigos pesquisados neste estudo, indicando que, uma serie de

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informação pode evitar a incidência de violência obstétrica e proporcionar um parto mais seguro as mulheres.

A informação então, é um mecanismo que pode auxiliar no combate a violência obstétrica, isto porque, permite o amplo conhecimento sobre o que é o parto, como ocorre, e quais são os tipos, quais as intercorrências que podem acontecer nesse processo, preparando assim a parturiente para esse momento único, além de oferecer maior segurança a paciente e seus acompanhantes, porque passam a conhecer os direitos que ambos possuem, e automaticamente defender-se de qualquer espécie de violência na parturição.

Além disto, o tipo de parto hospitalar ainda é predominante sobre o parto domiciliar, esse último, tendo sido um assunto debatido e considerado entre algumas mulheres, que procuram escapar das mãos dos profissionais de saúde dos hospitais e do ambiente hospitalar também, ainda dos procedimentos invasivos, porque temem a ocorrência da violência obstétrica.

Outro fator imprescindível é a percepção e aceitação dos profissionais da saúde, por exemplo, obstetras, sobre o conceito da violência obstétrica na parturição, sendo que, é necessária a extinção do pensamento relacionando práticas como manejo da dor de forma negligente, ameaças, falas desrespeitosas, intervenções exageradas, como procedimentos comuns e rotineiros, sendo que, de forma alguma devem ser vistos dessa forma e sim como uma deficiência no atendimento as mulheres.

Por fim, a pesquisa com base nestes artigos mostrou que esse tema ainda carece de maior profundidade em estudos, isto porque, muitas mulheres e seus bebês ainda são vítimas deste tipo de violência, por práticas que deixam graves sequelas e traumas físicos e psicológicos permanentes, em diversas instituições e quase sempre essas parturientes não conhecem os seus direitos, consequentemente não sabendo como agir, ou seja, sem autodefesa.

6 REFERÊNCIAS

1. Brasil. Ministério da Saúde. Diretrizes nacionais de assistência ao parto normal: versão resumida [Internet]. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias em Saúde. 2017 [acesso em 2019 jun. 24].

Disponível em:

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_nacionais_assistencia_parto_normal.pdf 2. Ferey, M.; Pelegri, A. Brasil é o segundo país com maior taxa de cesáreas do mundo. Folha de São Paulo [Internet], 2018 [acesso em 2019 jun. 20]. Disponível em:

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7 APÊNDICE A

Tabela 1: Artigos organizados a partir do título, autores, delineamento, conclusão e resultados.

Título Autores Ano/Base Delineamento Conclusão Resultados

Violência obstétrica e prevenção quaternária: o que é e o que fazer. Tesser C. D et al. 2015/ LILACS Estudo qualitativo/des critivo A prevenção da violência obstétrica depende do pleno, cuidado na gestação e puerpério. Constatou-se o excesso de intervenções desnecessárias, como a cesariana. Intervenções obstétricas durante o trabalho de parto e parto em mulheres brasileiras de risco habitual Leal M. C et al. 2014/ SCIELO Pesquisa qualitativa/qua ntitativa Algumas mulheres persistem em fazer uso de boas práticas no trabalho de parto.

Ocorreram índices de intervenções no parto (punção venosa periférica e litotomia) Prática da episiotomia no parto: desafios para a enfermagem Pompeu K. C. et al. 2017/LILA CS Pesquisa descritiva/qual itativa A episiotomia é um procedimento invasivo e desconhecido por muitas mulheres na parturição. A prática rotineira e não esclarecida da episiotomia é julgada como uma violência na parturição. A violência obstétrica expressa no contexto das enfermeiras de uma maternidade pública do Município do Rio de Janeiro Antunes, T. C. S 2017/LILA CS Estudo descritivo, exploratório, qualitativo Fomentar a capacitação e qualificação profissional, destacando a equipe de enfermagem Condutas e ações imprudentes, negligentes e despeitosas da equipe de saúde Violência obstétrica em mulheres brasileiras Palma C. C.; Donelli T. M. S. D 2017/ LILACS Estudo quantitativo, descritivo, transversal O baixo nível socioeconômico das mulheres a fazem sofrer mais violência obstétrica. Verificou-se um alto nível da aplicação de intervenções desnecessárias. Violência obstétrica no Brasil: uma revisão narrativa Zanardo G. L P. et al. 2017/SCIE LO Revisão Narrativa Se faz necessária a inclusão da violência obstétrica como crime e com penalização no Brasil Os maus-tratos, uso excessivo de medicamentos e intervenções no parto. Formas de violência obstétrica vivenciadas por puérperas que tiveram parto normal Carvalho I S.; Santana-Brito R. 2017/SCIE LO Descritivo/qua litativo O desrespeito e os maus tratos não devem existir na assistência ao parto e no período puerpério. A violência verbal é um dos tipos vivenciados pelas mulheres na obstetrícia

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Os sentidos do parto domiciliar planejado para mulheres do município de São Paulo, São Paulo Castro C. M 2015/SCIE LO Pesquisa qualitativa As mulheres mais informadas consideram o parto domiciliar, devido a violência obstétrica no hospital. O parto domiciliar é escolhido em razão da violência psicológica sofrida pelas mulheres. Escolha do tipo de parto: fatores relatados por puérperas Nasciment o R. R. P. et al. 2015/SCIE LO Estudo transversal analítico/qualit ativo

A escolha pelo parto normal está ligada a rápida recuperação e o menor índice de dor e sofrimento. A Lei do acompanhante descumprida motiva a violência obstétrica. Violência obstétrica no Brasil e o ciberativism o de mulheres mães: relato de duas experiências Sena L. M.; Tesser C. D. 2015/SCIE LO Pesquisa qualitativa, exploratória Avanços tecnológicos e as informações são ferramentas de bom uso para o combate a violência obstétrica.

Condutas violentas como separar o bebê e da mãe após o nascimento sem utilidade. Violência institucional, autoridade médica e poder nas maternidade s sob a ótica dos profissionais de saúde Aguiar J. M; d’Oliveira A. F. P.; Schraiber, L. B. 2013/LILA CS Pesquisa descritiva/qual itativa As práticas negligentes por parte dos

profissionais devem ser ponderadas como atos de violência. A violência institucional aparece na assistência inadequada e condutas violentas. Fonte: autores, 2019.

Referências

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