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SÉRGIO VALENTE UM FOTÓGRAFO NA REVOLUÇÃO

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Academic year: 2021

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UM

FOTÓGRAFO

NA

REVOLUÇÃO

SÉRGIO VALENTE

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A exposição que o Teatro Municipal Constantino Nery acolhe, reforça o poder da imagem e a resistência das memórias captadas pelo olhar de Sérgio Valente, durante um dos períodos mais marcante do século XX no nosso País.

Nesta exposição, cada imagem relata uma história da própria História. Todas elas agora visíveis num ano em que se estabelece um paralelismo relevante sobre os diferentes sentidos da Liberdade. Fotógrafo da revolução, o ativista portuense Sérgio Valente apresenta como arma e “flor” da Revolução de Abril a sua máquina fotográfica – companhia que sempre o seguiu, e atuou como verdadeira testemunha dos acontecimentos e protagonistas de um dos momentos mais decisivo e relevante na História Nacional.

Esta é uma exposição de memórias fotográ-ficas do autor, e que se traduz na divulgação de imagens “capturadas” e representativas dos momentos vividos nos últimos anos de ditadura em Portugal e os primeiros registos e vivências de quem resistiu, conquistou e encontrou a liberdade. As memórias fotográ-ficas são as que captam, de um modo mais fidedigno, todos os segundos da História e são as que empregam uma realidade bem mais alargada de um passado que nos conduziu ao presente, tal como o conhecemos.

A Autarquia de Matosinhos recebe e aplaude com entusiasmo esta impactante exposição, cujas imagens atestam com veracidade a realidade sobre o novo rumo que o País seguiu em abril de 1974. Esta exposição nasce da dedicação do fotógrafo às suas duas grandes paixões – a fotografia e a revolução – e culmina na criação de um labirinto de memórias. Matosinhos partilha e comemora essas mesmas paixões, com o mesmo ímpeto e entrega, sentidos aquando a grande conquista da liberdade no nosso país.

Luísa Salgueiro,

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Nascido durante o período da ditadura em Portugal, Sérgio Valente reflete nos seus tra-balhos o fervilhar dos dias que precederam a revolução de abril e a celebração dos momentos que se lhe seguiram. Contando sempre com a sua fiel aliada, a máquina fotográfica, a sua visão resgata e reconta a História através de imagens que acompanham o desenvolvi-mento desta mudança de paradigma político e social em Portugal. Através desse seu olhar de resistência, e da sua objetiva, eterniza o passado numa completa e detalhada cobertura fotográfica deste marcante período.

A Autarquia abraçou a exposição “Sérgio Valente – Um Fotógrafo na Revolução” com o genuíno interesse de divulgar um autêntico repertório de imagens que retratam a oposição e resistência ao regime ditatorial, algumas delas captadas no lugar que agora acolhe esta mesma mostra - o Teatro Municipal de Matosinhos Constantino Nery.

A grande “revolução” de Sérgio Valente foi utilizar a sua máquina fotográfica ao serviço da História, permitindo documentar, denunciar e testemunhar o processo revolucionário, factos, figuras e locais que se tornaram parte integrante de todo esse percurso que conduziu à Liberdade, e com os seus registos fotográficos conferir-lhe um maior sentido, e celebrá-la em cada olhar e sensação que transmitem. Para que nunca se perca e descontextualize o sentido e o valor da História, acreditamos que seja elevado o reconhecimento prestado pelo público ao longo da visita à exposição deste precioso espólio fotográfico.

A Liberdade foi conquistada, desde 1974, e será sempre vivida por detrás de cada “disparo” e em cada fotografia revelada: no caminho da Liberdade foram concebidas estas imagens, e em Liberdade são agora divulgadas e sentidas em Matosinhos.

Fernando Rocha,

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SERGIO VALENTE (Porto, 15-3-1942) é um fotógrafo e activista revolucionário que dedicou quase toda a sua vida a ambas as artes: revolução e fotografia. lntegrando a oposição democrática durante a campanha presidencial de Humberto Delgado, em 1958, Sérgio Valente teve aí o seu primeiro contacto sério com a repressão policial do regime durante a presença do general na sua histórica visita ao Porto. Aderindo pouco mais tarde ao Partido Comunista Português, Sérgio Valente é preso e torturado por três vezes pela PIDE/DGS, em 1969, 1971 e 1974.

A sua atividade profissional e militante nas décadas finais do regime ditatorial estão na origem do material de uma primeira fotobiografia (Sérgio Valente, um fotógrafo

na oposição), enquanto uma selecção dos seus imensos

arquivos fotográficos dos períodos revolucionário e pós--revolucionário dão origem à actual exposição e ao livro homónimo (Sérgio Valente, um fotógrafo na revolução), publicado, como o primeiro, pelas Edições Afrontamento.

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SÉRGIO VALENTE - UM FOTÓGRAFO NA REVOLUÇÃO Teatro Municipal de Matosinhos Constantino Nery

24 Abril a 27 junho 2021

Presidente da Câmara

Luísa Salgueiro

Vice-presidente da Câmara e Vereador da Cultura

Fernando Rocha

Coordenação do Projeto

Clarisse Castro

Maria José Rodrigues Maria José Mesquita

Organização da exposição Bárbara Araújo Grafismo Filipa Gonçalves Montagem Bárbara Araújo Sérgio Valente Equipa CM Matosinhos

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