Documento assinado eletronicamente por benedito silva junior, portador do cpf 089.018.199-37
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A. E. - OP ERAÇÕ ES / INTEL IGÊNC IA / C ON TR A -IN TE LIGÊ NC IA
Excelêntissimo senhor presidente do tribunal de contas do paraná
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BENEDITO SILVA JUNIOR, brasileiro, Agente Especial, Perito de Inteligência Digital devidamente habilitado no Tribunal de Justiça do Paraná, inscrito sob CPF/MF 089.018.199-37, portado da CIRG nº 12972760 – 8, residente e domiciliado no município de Rolândia, vem mui respeitosamente a presença de Vossa Excelência, OFERECER DENÚNCIA nos termos do art. 30 e 31 da Lei Orgânica do Tribunal de Contas, em face da CÂMARA MUNICIPAL DE PORECATU, devidamente representada pelo Presidente Sr. OSMAR DE OLIVEIRA, pelos motivos abaixo exposto:
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I- INQUÉRITO PLELIMINAR
1. Detona-se no sistema do Tribunal de Contas que a Câmara Municipal de Porecatu não presta de informações do índice de folha de pagamento ao, sendo impossível calibrar se o legislativo incorre acima do índice de 6%.
2. Conforme percebe-se em contramão com o princípio da legalidade a Câmara Municipal promoveu um concurso público e posteriormente nomeou com outros valores, assim frustrando a licitude do certame.
3. Vislumbra-se no rol de documentos disponibilizados pela COPS UEL, organizadora do concurso público, as irregularidades, no tocante foram anunciados determinados valores para o preenchimento do cargo ofertado e posterior nomeação ilícita com outros valores (ANEXO I, FL 3):
SALÁRIO AUXILIAR ADMINISTRATIVO: $ 1.200 SALÁRIO ZELADORA: $950,00
Posteriormente de forma inexplicável os salários dos servidores saltaram para cerca de R$2.200,00 o de Zeladora e R$ 2.400,00 ao de Auxiliar administrativo.
Podemos analisar que o demandado aumento aos servidores, apenas justificaria em caso de alteração no quadro de plano de carreiras do município posterior a nomeação, conforme o princípio da legalidade. CALIBRA-SE AINDA QUE OS VALORES DIVULGADOS NO EDITAL NÃO FORAM ATRATIVOS E
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4. Vislumbra-se no holerite de folha de pagamento (anexo III) do mês de fevereiro e março:
I. Servidora NADIR LUCIANO POLEGATTI, aux. Adm, os vencimentos de R$
2.310,50 no mês de março.
II. Servidora SÂMELA ALLINE CAVALCANTE COELHO, aux. Adm, os vencimentos de R$ 2.491,05
III. Servidora VANESSA GONÇALVES OLIVEIRA, zeladora, os valores de R$
2.245,05
5. DETONA-SE AINDA QUE A SRA. VANESSA GONÇALVES OLIVEIRA É FILHA DO PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE PORECATU, SR. OSMAR DE OLIVEIRA. PODENDO SER CALIBRADO PELOS DOCUMENTOS PESSOAIS DE AMBOS.
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II-MÉRITO
Uma baixa adesão a um concurso de auxiliar administrativo e zelador, em época de recessão e de flagrante desemprego em Porecatu, só pode ser explicada pela deficiência do edital e pela desconfiança que tal vício suscitou nos interessados. Informar valores abaixo do mercado para diminuir a concorrência e posteriormente aumentar os valores do cargo atenta contra o interesse público na escolha de pessoa melhor qualificada, uma vez que a administração pública acabou por restringir o universo de participantes da seleção feita.
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Vislumbra-se no princípio da moralidade da administração pública, se encontra no Art. 37, caput da Constituição Federal:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (…)
A omissão da Câmara em divulgar informações pertentes ao concurso no edital acarretou um dano irreparável e poderia ter gerado uma concorrência maior.
De outra banda a nomeação com valores acima do estipulado no edital figura-se no ato de improbidade administrativa nos moldes do art. 10 da LIA.
Caso Vossa Excelência não entender dessa forma, vale frisar que o reajuste dado aos servidores em discordância com os valores previstos no edital, frustra a licitude do concurso, figurando ato de improbidade administrativa:
Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente:
V - frustrar a licitude de concurso público;
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III-DAS REQUISIÇÕES
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