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Artigo 373.º do Código Penal Corrupção passiva

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Artigo 373.º do Código Penal Corrupção passiva

1. O funcionário que por si, ou por interposta pessoa, com o seu consentimento ou ratificação, solicitar ou aceitar, para si ou para terceiro, vantagem

patrimonial ou não patrimonial, ou a sua promessa, para a prática de um qualquer acto ou omissão contrários aos deveres do cargo, ainda que

anteriores àquela solicitação ou aceitação, é punido com pena de prisão de um a oito anos.

2. Se o acto ou omissão não forem contrários aos deveres do cargo e a

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Artigo 374.º do Código Penal Corrupção activa

1. Quem, por si ou por interposta pessoa, com o seu consentimento ou

ratificação, der ou prometer a funcionário, ou a terceiro por indicação ou com conhecimento daquele, vantagem patrimonial ou não patrimonial com o fim indicado no n.º 1 do artigo 373.º, é punido com pena de prisão de um a cinco anos.

2. Se o fim for o indicado no n.º 2 do artigo 373.º, o agente é punido com pena de prisão até três anos ou com pena de multa até 360 dias.

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Dificuldades de prova:

• O pacto corruptivo

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• A world wide web: uma revolução também na forma de comunicação

• O correio electrónico, os chats ou messengers e outros tipos semelhantes de comunicação instantânea substituíram outras formas de correspondência entre as pessoas, em qualquer localização geográfica • As múltiplas possibilidades conferidas pela utilização do correio

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• A prova permitida – art.125º e 127º do Código de Processo Penal São admissíveis as provas não proibidas por lei

Salvo quando a lei dispuser diferentemente, a prova é apreciada segundo as regras da experiência e a livre convicção da entidade competente

• Os meios clássicos – Título III do Livro III Código de Processo Penal (capítulos I a IV)

o as buscas e as apreensões – art.174º a 186º o as intercepções telefónicas – art.187º a 190º • Os meios digitais – a Lei do Cibercrime

o as buscas em ambiente digital

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• A Lei nº109/2009, de 15.09, transpôs para a ordem jurídica interna a Decisão Quadro nº2005/222/JAI, do Conselho da Europa, de 24.2, relativa a ataques contra sistemas de informação e adapta o direito interno à Convenção sobre Cibercrime do Conselho da Europa.

• Inovações:

o a sistematização das definições (artigo 2º)

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• As novas ferramentas na esfera de actuação do Ministério Público: o preservação expedita de dados (artigo 12º)

o revelação expedita de dados (art.13º)

o injunção para a apresentação ou concessão de acesso a dados (artigo 14º)

o pesquisa de dados informáticos (artigo 15º) o apreensão de dados informáticos (artigo 16º)

• Os segredos profissionais – remissão para as formalidades do CPP no caso das pesquisas e apreensão de dados informáticos

o exercício da advocacia e das actividades médica e bancária, o exercício da profissão de jornalista, segredo profissional ou de funcionário e de segredo de Estado

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• As formalidades das buscas seguem o regime geral previsto no Código de Processo Penal

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• A cadeia de custódia da prova “refere-se à capacidade de garantir a

identidade e integridade de um espécime ou amostra no decurso da sua obtenção (por exemplo numa busca), durante a sua análise e até ao final do processo.”

• Características da prova electrónica: volatilidade, instabilidade e diversidade das tecnologias utilizadas.

• Boas regras da apreensão de dados digitais e realização de perícias informáticas forenses - elaboração de uma imagem certificada dos dados constantes dos suportes informáticos apreendidos, que se manterão intactos. • O correio electrónico é extraído, sem visualização por parte do perito, para

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Artigo 17.º da Lei do Cibercrime

Apreensão de correio electrónico e registos de comunicações de natureza semelhante

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Comunicação vs. Correio electrónico

• O percurso do correio electrónico – a circulação da mensagem entre emissor e receptor

o Emissão e recepção não são simultâneas – processo comunicacional é diferido

o Recepção equivalente à mensagem jacente na caixa de correio do receptor

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• Visão bipartida

o Comunicação – desde o envio até à leitura

o Resultado da comunicação – conhecimento pelo destinatário e armazenamento (decisão de armazenar pressupõe o prévio conhecimento do conteúdo)

• Visão tripartida

o Transmissão pela rede

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• Na fase da comunicação – intercepção de correio electrónico – art.18º da Lei do Cibercrime

• Finda a comunicação – apreensão de correio electrónico – art.17º da Lei do Cibercrime

o Dados já estão na disponibilidade fáctica do destinatário (mesmo que ainda não na sua disponibilidade cognitiva – ainda não há intersubjectividade comunicacional perfeita)

o O conteúdo do correio electrónico é ainda secreto

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• Dados chegaram ao conhecimento do destinatário – art.15º e 16º da Lei do Cibercrime

o Perdem a natureza de intersubjectividade comunicacional

o Está esgotado o procedimento técnico, dinâmico, objetivo e subjetivo do acto comunicacional merecedor da especial tutela da privacidade formal, à distância

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• Se estivermos perante correio impresso – documento • Se for correio em formato digital:

o podem colocar-se dificuldades técnicas quanto à concreta situação da mensagem

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Artigo 179.º

Apreensão de correspondência

1 - Sob pena de nulidade, o juiz pode autorizar ou ordenar, por despacho, a apreensão, mesmo nas estações de correios e de telecomunicações, de cartas, encomendas, valores, telegramas ou qualquer outra correspondência, quando tiver fundadas razões para crer que:

a) A correspondência foi expedida pelo suspeito ou lhe é dirigida, mesmo que sob nome diverso ou através de pessoa diversa;

b) Está em causa crime punível com pena de prisão superior, no seu máximo, a 3 anos; e c) A diligência se revelará de grande interesse para a descoberta da verdade ou para a prova.

2 - É proibida, sob pena de nulidade, a apreensão e qualquer outra forma de controlo da correspondência entre o arguido e o seu defensor, salvo se o juiz tiver fundadas razões para crer que aquela constitui objecto ou elemento de um crime.

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• Remissão para o regime da correspondência

o Identidade subjectiva de remetente/destinatário

o Proibição de apreensão de correspondência entre o arguido e o seu defensor, salvo se o juiz tiver fundadas razões para crer que aquela constitui objecto ou elemento de um crime.

o Ser o juiz a primeira pessoa a tomar conhecimento do conteúdo da correspondência

o Ser a apreensão determinada por juiz - momento

• Acórdão do TRL de 10.01.2011, Relator Desemb. Ricardo Cardoso

• Não aplicável o catálogo de crimes do art.179º do CPP, por força do art.11º, nº1 da Lei do Cibercrime

• Pertinência material probatória é aferida em momento distinto

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“Destarte, só após esta constatação – a de que a diferenciação de regimes se faz pela natureza actualista, em tempo real, da intervenção – é realizável fazer apelo às características dos dados, assumindo que onde se permite o mais se permite o menos, para concluir que:

a) – no caso do artigo 17º estamos a tratar de dados de tráfego e de conteúdo de correio electrónico, armazenados;

b) – no caso do artigo 18º falamos de interceptar dados de tráfego e de conteúdo; c) – no caso dos artigos 12º a 16º - e na competência do M.P. – é possível

pesquisar e apreender dados de base e de tráfego armazenados (v.g. artigo 1º, nº 2 da lei n.32/2008, não revogado pela Lei n.109/2009).

Nos dois primeiros casos é necessária a intervenção de Juiz, no terceiro da

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Referências

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