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Política de Aceitação de Parceiros

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Academic year: 2021

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ÍNDICE

Pág.

1. Enquadramento ...3

2. Definição ...3

3. Objectivo ...3

4. Perfil dos Parceiros ... 4

5. Categoria de Potenciais Parceiros. Recusa de Aceitação ... 4

6. Categoria de Potenciais Parceiros. Aceitação Condicionada

através de Processo Especial de Autorização ...5

7. Pessoas Politicamente Expostas (PEP´s) ... 6

8. Critérios para atribuição do grau de risco elevado

no momento de aceitação de Parceiros ... 6

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1. Enquadramento

1.1 Para efeitos da presente Política, Parceiros são: todas aquelas entidades, Instituições públicas ou privadas, com as quais o Banco Prestígio, em virtude da sua actividade, se relacione por meio de-vínculos obrigacionais de qualquer natureza jurídica, quer seja instantânea, continuada, diferida ou permanente.

1.2 As Sociedades modernas tendem no âmbito do combate ao Branqueamento de Capitais a adop-tar medidas concertadas que exigem dos Estados a cooperação e adopção nos seus sistemas legislativos medidas que permitam a prossecução de objectivos comuns.

1.3 Neste sentido a convenção das Nações Unidas contra criminalidade organizada transnacional (Convenção de Palermo) datada de 2000, aprovada pela Assembleia Nacional através da Resolu-ção Nº21/10 de 22 de Junho, permitiu que fossem adoptadas profícuas medidas legislativas a pos-teriori em Angola, nomeadamente a Lei 34/11 de 12 de Dezembro, Lei do Combate ao Branquea-mento de Capitais e FinanciaBranquea-mento ao Terrorismo, o Aviso 01/11 de 26 de Maio, do Banco Nacional de Angola, instrumentos regulatórios quer de natureza preventiva quer de natureza repressiva, a par destes um conjunto de políticas e medidas emergentes de Instituições internacionais as quais têm tido o devido impacto ao nível interno; referimo-nos concretamente ao FATF/GAFI e o Wol-fsberg Group.

1.4 O objectivo desta política é não só o conhecimento dos parceiros mas também identificar e mi-tigar todos os riscos cujo impacto negativo nas Instituições financeiras de modo particular e nos Estados de modo geral é uma realidade sobre a qual deve-se ter sempre presente.

2. Definição

A política de aceitação de Parceiros é um dos instrumentos de diligência fundamentais para con-trolo e gestão dos riscos mais relevantes cujo impacto adverte à sua impermeabilidade, desde o início da relação com o BPG e os seus parceiros, além do necessário acompanhamento perma-nente das entidades com ele relacionadas e actualização periódica dos seus dados e eventuais vicissitudes.

3. Objectivo

3.1 O objectivo é naturalmente mitigar os riscos inerentes à actividade bancária. O presente docu-mento tem como objetivo definir o conjunto de critérios que devem orientar todo o Banco Prestí-gio na aceitação ou recusa de relacionamento com potenciais parceiros, na definição de critérios de aceitação condicionada de potenciais parceiros e na definição da classificação do seu nível de risco, no momento da sua aceitação.

3.2 Deste modo, é imperioso o seu conhecimento bastante e/ou suficiente, respondendo às seguin-tes questões: Quem é o meu parceiro? Quais são as suas transacções? Ora tal prossecução passa evidentemente pela análise exaustiva e tempestiva da sua identidade, aquilo que é a sua activi-dade, o beneficiário efectivo e a proveniência dos fundos e o seu negócio. No caso das pessoas colectivas, dever-se-á saber: Quem são os seus sócios, qual o objecto principal da Sociedade e qual é o seu património?

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o perfil profissional e a sua eventual participação em actividades políticas, o seu ramo de negócio e as contas que a ele podem estar associadas.

4. Perfil do Parceiros

4.1 O Banco Prestígio, perseguindo o desígnio da conformidade com as boas práticas nacionais e internacionalmente vigentes define o perfil de parceiros que pretende aceitar e admitir nesta inter-relação que se pretende transparente desde o início; tais pressupostos aplicam-se também aos seus parceiros além de daquelas entidades relacionadas cujo vínculo independentemente da sua natureza possa representar risco reputacional para o Banco Prestígio.

4.2 Assim deve efectuar a triagem e o acompanhamento de todas as fases do processo, efectuando diligências simples ou reforçadas, desde a negociação até à abertura de conta, momento que marca o início da relação dos potenciais parceiros com o Banco sejam observados os requisitos que permitam um conhecimento exaustivo dos mesmos. No âmbito dos procedimentos de com-bate ao branqueamento de capitais e ao financiamento do terrorismo e no cumprimento dos normativos regulamentares e das recomendações das entidades internacionais relevantes, o BPG deve desenvolver politicas e procedimentos claros de aceitação de Parceiros, incluindo a descri-ção dos tipos de parceiros que provavelmente possam envolver um risco mais elevado.

4.3 O processo passa pelo acompanhamento diligente do BPG através de métodos ajustados e efi-cientes, passando pela adopção de regras de controlo e gestão dos riscos mais relevantes no que respeita ao relacionamento com os parceiros, pessoas singulares ou colectivas, respectivos representantes ou operações, devem incluir programas de conhecimento dos seus parceiros além do conhecimento das suas transacções (programas de KYT).

4.4 De forma sucinta o acima elencado traduz-se na:

a) Definição do tipo de parceiros que se pretende e que estejam dispostos a aceitar o novo paradigma de controlo o qual exige abertura em termos da entrega de dados e informações; b) Obtenção com objectividade e rigor a sua identificação e manutenção atualizada dos

elementos de identificação e de informações obtidas no decurso da relação com o Banco Prestígio; c) Monitorização das transacções processadas nas respectivas contas de forma a verificar

a conformidade daquelas com o perfil expectável do tipo de conta em causa;

d) Adopção de medidas de gestão de risco e de controlo de procedimentos que envolvam, entre outros aspectos, auditorias e revisões regulares além daquelas que casuisticamente se impuserem necessárias.

5. Categorias de Potenciais Parceiros - Recusa de Aceitação

5.1 Tendo como objetivo proteger o BPG de práticas que possam colocar em risco a sua reputação, poderá recusar, atendendo ao dever de abstenção ou recusa potenciais Parceiros que se enqua-drem em algumas das seguintes categorias:

a) Pessoas cuja reputação, na comunicação social (media adverse) ou no mercado, surge habitual e comprovadamente associada a actividades criminosas;

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c) Pessoas que não colaborem com o Banco Prestígio na disponibilização de informações requeridas e que se mostram necessárias para dar seguimento ao processo inerente à abertura de conta;

d) Casinos, estabelecimentos de jogo de fortuna e azar ou outros de natureza afim, desde que não autorizados.

e) Bancos de fachada.

5.2 No caso da recusa de um potencial parceiro o BPG prepara um processo de recusa que inclui todas as informações recolhidas sobre a entidade, bem como uma nota fundamentada dos moti-vos que originaram a não-aceitação; o processo será enviado para o Gabinete de Compliance que equacionará, em face das informações recebidas, possíveis acções subsequentes, nomeadamen-te dar conhecimento à Comissão Executiva além dos procedimentos necessários no âmbito da legislação aplicável. O curso deste processo poderá ser de iniciativa da Direcção Comercial ou do Gabinete de Compliance o qual seguirá os trâmites de acordo as pré-definidos macro processos. 6. Categorias de Potenciais Parceiros - Aceitação Condicionada Através de Processo Especial de Autorização

6.1 O BPG criará um processo especial de aceitação de potenciais Parceiros, fazendo depender de especial autorização a aceitação de Parceiros, que se enquadrem em alguma das seguintes cate-gorias:

a) Pessoas cuja atividade ou fonte de rendimento seja, directa ou indirectamente, o comércio de armas ou outros equipamentos de natureza ou finalidade bélica;

b) Pessoas relativamente as quais as Sociedades disponham de convicção que as associe a actividades criminosas;

c) Pessoas relativamente as quais as Sociedades tenham classificado com nível elevado de risco de branqueamento de capitais;

d) Casinos, estabelecimentos de jogo de fortuna e azar ou outros de natureza afim, desde que devidamente autorizados.

e) Casas de câmbio ou quaisquer outros estabelecimentos que efectuem o comércio, interno ou transfronteiriço de divisa;

f) Pessoas Politicamente Expostas (PEP). g) Bancos de correspondência.

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6.3 A decisão de aceitação ou de recusa será adoptada pelo BPG através do Gabinete de Compliance sem escusa de pronunciamento da Comissão Executiva quando a situação o imponha;

6.4 No caso de divergência entre estas duas unidades será sempre submetida à Comissão Executiva. 7. Pessoas Politicamente Expostas (Pep)

7.1 O processo de aceitação condicionada de Parceiros referido no ponto anterior abrange, de forma especial:

a) As Pessoas Politicamente Expostas;

b) Os membros próximos da família dos PEP, incluindo as pessoas que com convivam com estes em situação de facto;

c) As pessoas, singulares ou colectivas, que reconhecidamente tenham com os PEP´s ou respetivos familiares estreitas relações de natureza comercial ou societária;

d) Os Titulares de outros cargos políticos ou públicos relevantes. 7.2 A Lei 34/11 de 12 de Dezembro, define:

a) PEP - “as pessoas singulares estrangeiras que desempenhem ou tenham desempenhado até há um ano cargos de natureza política ou pública, incluindo os membros próximos da família”. b) Altos cargos de natureza política ou pública - os Chefes de Estado ou de Governo,

membros do Governo, deputados, membros de tribunais constitucionais, de contas ou de outros tribunais superiores, membros de órgãos de administração ou de fiscalização de Bancos centrais, chefes de missões diplomáticas ou consulares, oficiais de alta patente das Forças Armadas, membros de órgãos de administração ou de fiscalização de empresas, estabelecimentos, sociedades ou fundações de capital inteira ou maioritariamente público. c) Membros próximos da família - o cônjuge ou unido de facto, os pais, filhos e respetivos

cônjuges ou unidos de facto.

7.3 Independentemente do processo especial de KYC aplicável a estas categorias de Parceiros, a aceitação de PEP como Parceiro do BPG depende sempre da autorização do responsável da Di-recção Comercial mediante parecer do Gabinete de Compliance.

8. Critérios para a Atribuição de Grau de Risco Elevado no momento da Aceitação de Parceiros

8.1 São nomeadamente factores susceptíveis de agravar o grau de risco especificamente aplicável a determinado potencial parceiro:

a) A sua geografia de residência e de actividade ou a origem/destino dos fundos pretendidos movimentar no âmbito de relação de negócios ou de uma transacção ocasional.

b) A circunstância de determinada entidade, pela respectiva actividade ou profissão, estar sujeita à aplicação da legislação preventiva de branqueamento de capitais;

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8.2 Para efeitos do parágrafo antecedente são nomeadamente geografias de risco:

a) Todas aquelas objecto de embargos ou outro tipo de sanções decretadas por quaisquer entidades de Direito Internacional com competência na matéria;

b) Todas aquelas insusceptíveis de poderem ser qualificadas, em matéria de branqueamento de capitais ou de financiamento do terrorismo, como tendo regime equivalente ao nacional (“pais terceiro equivalente”);

8.3 Sem prejuízo de outras, estão sujeitas à aplicação da legislação preventiva de branqueamento de capitais as seguintes entidades, atividades ou profissões: entidades financeiras; concessionários de exploração de casinos; entidades pagadoras de prémios de lotaria; entidades que exerçam ac-tividades de mediação imobiliária; comerciantes que transacionem em numerário, valor superior a USD. 15.000,00 (Quinze mil Dólares Norte Americanos) revisores e técnicos oficiais de contas, auditores, consultores fiscais; notários, conservadores de registos, advogados, solicitadores, em prática individual ou em sociedade que intervenham em operações tipificadas na legislação pre-ventiva de branqueamento de capitais; outros prestadores de serviços.

9. Elementos Fundamentals na Política de Aceitação dos Parceiros.

9.1 De acordo a Legislação referida na presente política, o Banco Prestígio exige a verificação da sua identidade e, tratando-se de pessoas colectivas a identificação faz-se mediante a apresentação de original ou fotocópia autenticada dos seus estatutos ou Certidão de Registo Comercial ou li-cença válida emitida por autoridade competente além do número de identificação fiscal além da documentação dos respectivos representantes e/ou beneficiários efectivos.

9.2 No caso específico da abertura de conta de depósito, o BPG não deverá permitir a realização de quaisquer movimentos a crédito ou a débito na conta além da disponibilização de quaisquer instrumentos de pagamento conforme nos casos em que o Parceiro não disponibilize elementos suficientes para a sua cabal identificação conforme dispõe a Lei 34/11 de 12 de Dezembro artigo 6 nº3.

9.3 Não serão feitas na conta quaisquer modificações quanto à respectiva titularidade sem que se ache cabalmente verificada a identidade do parceiro.

9.4 No âmbito do processo Aceitação do parceiro, o BPG avaliará necessariamente, sem prejuízo de outros aspectos relevantes:

a) A finalidade e o propósito da conta pretendida abrir; b) O perfil transacional expectável;

c) As fontes de rendimento;

d) A coerência e consistência de toda a informação existente sobre o parceiro. e) Relato sobre a capacidade financeira presumível do parceiro e a sua capacidade

de investimento.

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i) Relato sobre as principais instituições financeiras utilizadas pelo parceiro. j) Situação Patrimonial Presumida

k) Quantificar em % a composição patrimonial do parceiro distribuída em imóveis rurais, urbanos e comerciais, e em aplicações financeiras de renda fixa, variável, e demais.

l) Declaração do Responsável da Conta (Gestor de Conta).

m) Declaração assinada pelo responsável da conta, afirmando ter visitado e conhecido o Parceiro e que está confortável com a sua reputação e origem de seu patrimônio, de acordo com a due dilligence por ele efectuada e que durante as visitas realizadas às instalações do Parceiro, nenhuma irregularidade foi constatada.

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Notas Finais

A política de Aceitação de Parceiros apesar de definir critérios de actuação não deixa de pressupor um conjunto de requisitos dinâmicos e como tal exigindo sempre e por razões de pertinência a sua actualiza-ção, tal é a característica do sector pelo que o Banco Prestígio procederá no mínimo uma vez por ano à revisão das Políticas adoptadas em matéria de gestão do risco de Branqueamento de Capitais e Combate ao Financiamento do Terrorismo e das suas politicas.

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