Informação
para a Memória
Sumário
1. Memória
1.1 - Conceitos 1.2 - Tipos
2. Centros de documentação e memória 2.1- Conceito
2.2 - Funções
2.3 – Breve histórico
2.4 - Centros de documentação e memória no Brasil
2.5 - Centros de documentação e memória – Tendências e perspectivas 3. Fontes de informação para a memória
3.1 Fontes de informação para a memória on-line 4. Suportes
5. Coleção para memória da UFMG 5.1- Histórico
5.2 – Relevância
5.3 – Responsabilidade
5.4 – Problemas na recuperação e preservação da memória 5.5 - Tipologia da Coleção memória
5.6 – Formas de acesso
1.1 Conceitos
“Memória é a capacidade humana
de reter fatos e experiências do
passado e retransmiti-los às novas
gerações através de diferentes
suportes empíricos (voz, música,
imagem, textos).”
1.1 Conceitos
“A memória é uma reconstrução
psíquica e intelectual que acarreta
de fato uma representação seletiva
do passado, um passado que nunca é
aquele do individuo somente, mas de
um individuo inserido num contexto
familiar, social e nacional.”
1.1 Conceitos
“A memória é um elemento essencial
do que se costuma chamar
identidade, individual ou
coletiva, cuja busca é uma das
atividades fundamentais dos
indivíduos e das sociedades de
Hoje. Mas a memória coletiva é não
somente uma conquista, é também
um instrumento e um objeto de
poder”.
1.1 Conceitos
“A memória é a vida, sempre carregada por grupos vivos e, nesse sentido, ela está em permanente evolução. [...]
A história é uma representação do passado. [...]
A memória é um fenômeno sempre atual e emerge de um grupo que ela une, o que quer dizer que há tantas memórias quantos grupos existem. [...]
A história ao contrário, pertence a todos e a ninguém, o que lhe dá uma vocação para o universal.
A memória se enraíza no concreto, no espaço, no gesto, na imagem, no objeto.
A história só se liga às continuidades temporais, às evoluções e às relações das coisas.
A memória é um absoluto e a história só conhece o relativo”.
A memória é um instrumento de trabalho do historiador que precisa manter certo distanciamento temporal dos
acontecimentos para poder escrever sobre eles de forma crítica.
Enquanto que a memória é imediata e, com a ação do tempo ou o distanciamento do grupo, pode ser enfraquecida ou
mesmo alterada, em virtude das influências e da alteração do próprio repertório cultural do indivíduo.
Diferentemente da memória que só pode existir a partir daquele que realmente viveu o fato, a história pode ser
contada por alguém que nem ao menos era nascido na época, mas que, a partir da memória de outros, registradas em documentos escritos ou orais, tem condições de escrever
e refletir sobre o ocorrido.
(FONTANELLI, 2005)
1.1 Conceitos
“Desde a criação da imprensa por Gutenberg, o mundo vem sofrendo significativa perda da prática da memória
(mnemotécnica).
Antes da escrita, prevalecia a oralidade e a produção do conhecimento só era possível com a preservação das
informações transmitidas e repassadas oralmente. Com o surgimento da escrita, a importância da prática de
memorizar enfraqueceu, mesmo assim, ainda era realizada.
Mas foi com a invenção da imprensa que a situação
mudou drasticamente e, desde então, as pessoas, atentas e ansiosas por novas descobertas, não se preocupam em
memorizar, já que “tudo” estará registrado”.
1.2
Tipos
•Memória individual:
– Segundo SIMSON (2000) é aquela
guardada por um indivíduo e se refere
as suas próprias vivências e
experiências,
mas que contém também
aspectos da memória do grupo social
1.2 Tipos
• Memória coletiva:
– De acordo como SIMSON (2000) é aquela formada pelos fatos e aspectos julgados importantes e que são guardados como
memória oficial da sociedade. Ela geralmente se expressa naquilo que chamamos de lugares
da memória que são os monumentos, hinos
oficiais, quadros e obras literárias, artísticas e científicas que expressam a versão
1.2
Tipos
•
Memória institucional:
– Segundo COSTA (1995), memória
institucional é um conceito em
construção e deve permanecer
aberto para que seja capaz de
crescer juntamente com a
Memória institucional:
“Apesar de ser um conceito que se forma numa
sociedade em constante mudança, Memória
Institucional toca em
outros conceitos que não devem ser esquecidos por aqueles que direta ou
2. Centros de Documentação e Memória
Texto “Os centros de documentação das universidades: tendências e perspectivas”de Célia Reis Camargo, professora na UNESP e
diretora do
2.1 Conceitos
• Centro de memória é uma unidade institucional voltada para a geração de informações e para a organização de fontes para a pesquisa.
• É de suma importância à construção de bases sólidas de informação para o desenvolvimento científico e cultural.
• Normalmente, um centro de documentação e
2.2. Funções
• Reunir, preservar e organizar arquivos,
coleções e conjuntos documentais
diversos, reunidos devido valor histórico
e informativo.
• Dar apoio informacional às pesquisas
realizadas por docentes e alunos da
2.2 Funções
• Ampliar o alcance de seus serviços aos
demais segmentos sociais atingindo
usuários potencialmente interessados em
fazer uso das informações disponíveis.
2.2 Funções
“O centro de documentação e memória,
é responsável pela coleta, organização,
tratamento e difusão das informações
registradas em documentos de tipos
variados, que representam ou compõem
o patrimônio cultural de uma
determinada organização, voltada para
um universo específico da produção
2.3 Breve histórico
• A bibliografia especializada é a manifestação mais antiga da documentação.
• Até o século XV: documentos bibliográficos,
arquivísticos, e museológicos ficavam reunidos num mesmo lugar.
– “Até então, as instituições, que preservavam de alguma forma
a memória e o patrimônio histórico das nações, mantinham uma postura meramente preservacionista, ou seja, o foco estava na guarda dos documento”.
2.3 Breve histórico
• A partir do século XV: criação de
arquivos, museus e bibliotecas.
– Necessidade de lugares e profissionais
diferenciados para lidar com o patrimônio documental.
2.3 Breve histórico
• Várias transformações ocorridas a partir da introdução da imprensa no século XV e num processo que se acelera no século XIX:
– Crescimento da literatura científica.
– Produção e reprodução acelerada e volumosa dos papéis públicos e privados.
– A importância crescente dos periódicos como forma de publicação.
2.4 Centros de Documentação e Memória
no Brasil
• Até 1970, observa-se uma falta de consciência e de vontade política do governo em relação à preservação de seu
patrimônio documental – as grades fontes de pesquisa e informação.
• Como solução cria-se nas universidades centros especializados na preservação e organização destas fontes.
• Assim resolvia-se o problema do acesso às fontes e, ao mesmo tempo, envolvia-se a universidade na tarefa de participar dos esforços de preservação da memória, nacional ou regional, conforme o caso, sendo criados, ao longo dos anos, vários centros de documentação e memória.
• Percebido a importância destes centros, o governo também se movimenta neste sentido e cria vários órgãos de grande
2.5 Centros de Documentação e Memória
TENDÊNCIAS E PERSPECTIVAS
• Preocupação com a preservação dos documentos que estão em torno da universidade: a documentação local.
• Programas de história oral: geração de informações que não seriam encontradas em outros tipos de
documentos.
• Preocupação com a “multi”, “inter” e “trans” disciplinaridade: analise de conteúdo.
• A produção de obras de referência: oferecer
facilidades de pesquisas. O pesquisador, porém,
3.1 Fontes de informação para a memória on-line • Brasileiro
4. Suportes
• Livros; • Mapas; • Fotos; • Filmes;
• Digital (CD Rom, disquete, on-line e outros); • Memoriais;
• Monografias, dissertação, tese; • Periódicos;
5. Memória Institucional – UF
M
G
UFMG – Campus Pampulha
“A necessidade de
preservação da memória
intelectual das instituições é
essencial para a própria
5.1 Coleção para a memória da UFMG
• A Biblioteca Central através do DSU
(Departamento de Serviços ao Usuário) reúne, organiza e divulga a produção científica
5.2 Histórico
• Em 1981, foi instalada a Biblioteca Central e constou da estrutura organizacional de seu
Anteprojeto de Regimento, o Departamento de Serviço ao Usuário – DSU, que, por sua vez,
5.2 Histórico
• Foi elaborado, pela Professora Isis Paim, um projeto para implantação e organização desse Centro Referencial. O projeto propunha
organizar cadastros e guias, e entre estes, figurava a produção intelectual da UFMG, a ser estudada e detalhada através de um subprojeto.
5.2 Histórico
5.2 Histórico
• O cadastramento indicou:
• Falta de fontes informacionais centralizadas ou não sobre o assunto;
• Ausência de um registro global da produção;
5.2 Histórico
5.2 Histórico
• Diante da realidade encontrada, o DSU sentiu a necessidade de repensar sua programação,
trabalhar em cima dos projetos de formação da coleção de teses em andamento e também
5.2 Histórico
• “É instituído em 28 de fevereiro de 1986, o Projeto „Memória Intelectual da UFMG‟;
• Objetivo de coletar, preservar e divulgar a produção intelectual dos corpos docente,
discente e técnico e administrativo da UFMG”;
5.3 Relevância
• A preservação do registro das atividades, dos problemas e das soluções encontradas por uma instituição é essencial para a própria
sobrevivência dessa instituição;
5.4 Responsabilidade
• Cabe aos órgãos da Universidade enviar à Biblioteca Central, cópia de todos os
5.5 Problemas na recuperação e
preservação da memória
• Os órgãos universitários não enviam sistematicamente cópias de todos os documentos neles produzidos;
• Como o acervo não está totalmente catalogado, torna-se
impossível quantificar todos os materiais. Somente a coleção de teses e dissertações vem sendo catalogada regularmente;
• Dificuldade na identificação dos documentos defendidos fora; • Dispersão dos arquivos;
Coleção para memória institucional - UFMG
• A memória institucional da UFMG é composta por materiais produzidos por professores, alunos e funcionários da instituição.
• Na coleção para memória da UFMG, atualmente,
consta na base de dados 21.588 registros bibliográficos de teses, dissertações, algumas monografias de cursos de especialização e livros. Deste número, predominam as teses e dissertações.
5.7 Formas de acesso
5.7 Formas de acesso
• O projeto da Biblioteca Digital de Teses e
Dissertações da UFMG -BDTD UFMG - tem por objetivo disponibilizar, para as comunidades interna e externa, a produção científica, oriunda dos programas de pós-graduação stricto
5.7 Formas de acesso
Periódicos
"Grande parte deles é de abrangência nacional e até internacional" CAMPELLO, 2004
Em 2004 eram 32
Boletim
• Mais regular
publicação jornalística editada por uma
Revista Diversa
• Diversa expressa, em único termo, o que se pretende com esta revista da Universidade Federal de Minas Gerais. Não se trata de uma publicação
científica, mas de algo diverso que, abordando a produção de conhecimento, o ensino e a extensão realizados pela Universidade, seja capaz de traduzir as diferentes faces da Instituição. O seu principal
objetivo é mostrar a variedade e a diversidade da vida
universitária nas distintas
Revista e Jornal Manuelzão
• A Revista
Depoimento em vídeo
UFMG 80 anos – um pouco de sua memória
De acordo com o site
www.ufmg.br/80anos “ Em 2007, ao celebrar 80 anos de
existência, a UFMG mantém viva a memória de seu percurso no tempo”
“Relembrar o passado é, sem dúvida, caminhar em direção ao futuro, construindo um presente sempre atento aos anseios e
Pesquisa na UFMG
• O mais recente levantamento realizado pela Universidade revela que a produção científica dos professores da Instituição quase dobrou em dez anos. O número de publicações – entre
monografias, dissertações, teses, livros, artigos em jornais, revistas nacionais e internacionais, trabalhos completos em anais, traduções,
resumos de congressos, ensaios e catálogos –
Pesquisa na UFMG
• A pesquisa na UFMG rendeu à Instituição a posição de segunda universidade brasileira em número de
patentes. São 12 cartas-patentes internacionais e três nacionais, além de 201 pedidos encaminhados no Brasil e 48 no exterior. A Universidade também assinou 13
contratos de transferência tecnológica e possui 20 marcas registradas, de acordo com informações da Coordenadoria de Transferência e Inovação
Grandes alunos e mestres...
Graduação: Farmácia
Graduação: Medicina
Ciências Sociais/Administração pública
Graduação: Direito Graduação: Medicina
Depoimentos de ex alunos
Depoimentos de ex alunos
REFERÊNCIAS
• BORGES, Stella Maris. Produção cientifica cultural das instituições de ensino superior - "Memoria intelectual da Universidade
Federal de Minas Gerais - UFMG". SEMINARIO NACIONAL DE BIBLIOTECAS UNIVERSITARIAS, 5., 1987, Porto Alegre. Anais. Porto Alegre : UFRGS-BC, 1987. v. 1 p. 167-175
• CAMARGO, Célia Reis. Os centros de documentação das universidades: tendências e perspectivas. In: SILVA, Zélia Lopes da.
Arquivos, patrimônio e memória: trajetórias e perspectivas. São Paulo: Ed. UNESP, 1999. p. 49-63.
• COSTA, Icleia Thiesen Magalhães. Memória institucional: um conceito em definição. Informare - Cadernos do Programa da
Pós-graduação do IBICT. Rio de Janeiro. jul./dez. 1995. v. 1, n. 2, p.45-51
• ESTADO DE MINAS. Disponível em: <http://www.uai.com.br/em.html>. Acesso em: 14 out. 2007.
• FONTANELLI, Silvana A. Centro de Memória e Ciência da Informação: uma interação necessária. São Paulo, 2005. 105f.
Monografia (Trabalho de Conclusão de Curso) – Departamento de Biblioteconomia e Documentação. Escola de Comunicações e Artes.Universidade de São Paulo.
• NORA, P. Entre memória e história: a problemática dos lugares. Revista Projeto História. n.10, p. 9-28, dez. 1993.
• ROUSSO, Henry. A memória não é mais o que era. In: FERREIRA, Marieta de Morais, AMADO, Janaína (Org.). Usos e abusos da
história oral. Rio de Janeiro, FGV, 1997.
• VON SIMSON, Olga Rodrigues de Moraes. Memória, Cultura e Poder na Sociedade do Esquecimento: o exemplo do centro de
memória da UNICAMP. In: FARIA FILHO, Luciano Mendes de. Arquivos, fontes e novas tecnologias: questões para a história da educação. Campinas: Autores Associados, 2000.