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Pró-Reitoria de Graduação Curso de Educação Física

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DESTREINAMENTO FÍSICO EM EX-ATLETAS DE ALTO RENDIMENTO

Pró-Reitoria de Graduação

Curso de Educação Física

DESTREINAMENTO FÍSICO EM EX-ATLETAS DE ALTO

RENDIMENTO: REAL NECESSIDADE OU

SUPERESTIMAÇÃO?

Autor: Alisson Jeferson das Neves

Orientador: Luiz Antônio Oliveira Rocha

OO

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2 Autor: ALISSON JEFERSON DAS NEVES

Titulo: DESTREINAMENTO FÍSICO EM EX-ATLETAS DE ALTO RENDIMENTO: REAL NECESSIDADE OU SUPERESTIMAÇÃO?

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao programa de Bacharelado em nome do Curso de Educação Física pela Universidade Católica de Brasília, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Educação Física.

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4 Trabalho de Conclusão de Curso de autoria de ALISSON JEFERSON DAS NEVES, intitulada, DESTREINAMENTO FÍSICO EM EX-ATLETAS DE ALTO RENDIMENTO: REAL NECESSIDADE OU SUPERESTIMAÇÃO? apresentada como requisito parcial da obtenção de grau de Bacharelado no programa de graduação pela Universidade Católica de Brasília, em 19 de Novembro de 2011, defendida e aprovada pela banca examinadora abaixo assinada:

Prof. Doutor, Luis Antonio de Oliveira Rocha Programa de graduação - UCB

Prof.

Programa de graduação - UCB

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5 RESUMO

Destreinamento é um processo que afeta o desempenho através da diminuição da capacidade fisiológica devido ao reajuste dos sistemas corporais às alterações dos estímulos fisiológicos induzidos pelo treinamento físico. É comum observarmos que atletas após interromperem a sua carreira esportiva, tenderem ao destreinamento, assim como ao final de uma temporada ou acidente que interrompa o treinamento. Assim, este trabalho tem o propósito de analisar a funcionalidade e importância da prática de destreinamento e em ex - atletas de alto rendimento através de uma revisão de literatura . A compreensão destes mecanismos assume importância frente ao planejamento do treinamento, favorecendo a manutenção dos resultados obtidos, até mesmo, quando da redução e interrupção deste.

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6 INTRODUÇÃO

O organismo humano precisa de movimento. Necessitando diariamente deste estímulo para o aprimoramento ou manutenção da capacidade física, em especial nas fases de crescimento e envelhecimento, atuando também na recuperação e manutenção após doenças ou lesões. Dentre os objetivos do treinamento, pode-se considerar que este visa à elevação, a manutenção, ou até a racional redução com o desempenho do atleta (Weineck, 1999).

O treinamento como uma atividade desportiva sistemática de longa duração, graduada de forma progressiva individual, cujo objetivo é preparar as funções humanas, psicológicas e fisiológicas para poder superar as tarefas mais exigentes (Bompa 2001).

Chiesa (2004) a ponta o treinamento desportivo como estrutura lógica, é a organização para a aplicação de métodos científicos, que visam por meio de mecanismos pedagógicos, atingirem o mais alto rendimento humano, nos aspectos e características técnicas, físicas, psicológicas, sociais e espirituais do indivíduo ou equipe.

Ao se interromper um programa de treinamento físico ou a prática regular de atividades físicas ocorre á perda das adaptações fisiológicas adquiridas durante o período de treinamento. Esses pontos são comuns em diferentes modalidades, sendo uma resposta do noss o organismo a esta súbita parada (Weineck, 1999)

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7 Esta proposta de estudo entrara num mundo ainda desconhecido pelos profissionais de educação física brasileiros. Um mundo que te ensina, treina, mas ao final não consolida o trabalho desenvolvido em longos anos e jornadas cansativas de treinamento (López cazón, 2008); Para essa preparação de volta ao mundo normal, o mundo da readaptação, ou como será tratado daqui para frente “O destreinamento”; Buscara-se elucidar um pequeno paradigma sobre a real necessidade ou super estimação desta área. Assim, este trabalho tem o propósito de analisar a funcionalidade e importância da prática de destreinamento e em ex - atletas de alto rendimento através de uma revisão de literatura

TREINAMENTO DESPORTIVO E SUA ORGANIZAÇÃO

O treinamento desportivo, que também pode ser chamado de preparação do desportista, é um processo ontológico – isto é, ocorre, na realidade, entre pessoas reais o que o caracterizam como processo pedagógico (Casal, 2000). Pedagógico porque a instrução se refere ao ensino e aprendizagem da técnica e tática desportivas, e a realização de todas as tarefas concebidas para alcançar o objetivo do processo. Mas, sabe-se que este processo esta cercado por outras ferramentas da educação física, como por exemplo: Fisiologia, Bioquímica. Para Casal (2000) estas ciências têm contribuído para fundamentar a dosagem das cargas de treinamento e o controle do progresso dos desportistas.

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8 características comuns do treino, como: i) variação sistemática do volume e intensidade do treinamento; ii) alternância ótima entre trabalho - recuperação; iii) dinâmica ondulatória da carga de treinamento e iv) caráter cíclico do processo de treinamento (Frankel-Kravitz. 2001), assim este ciclo preparatório garantira mais objetivos, tanto em nível de competição, quanto em nível de resultados individuais do atleta proposto. Casal (2000) fala que o objetivo mais importante deste processo, ainda que não seja único, é atingir o rendimento atlético. O principal objetivo do treinamento é fazer com que o atleta atinja um alto nível de desempenho em dada circunstância, especialmente durante a principal competição do ano com uma boa forma atlética (Bompa, 2001). A busca deste rendimento não altera o caráter educativo do treinamento desportivo enquanto fator pedagógico. Por outro lado, rendimento não é apenas o êxito externo: é também a própria superação, no campo desportivo. O rendimento à custa do sacrifício dos valores morais é simplesmente carente de ética e pode até conspirar também, a longo ou médio prazo, contra o rendimento (Borin, Prestes, Moura, 2007.).

Durante todo o processo de treinamento o organismo sofre diversas influencias e transformações; Na sua maioria, de caráter fisiológico. Em função disso, o organismo ao se submeter ao processo de treinamento físico sofre ajustes e não adaptações, que resultam como conseqüência, em elevação no seu rendimento físico. Estes ajustes podem ser encontrados nas mudanças ocorridas, por exemplo, no metabolismo celular (Sousa e Pereira, 2005). Ocorrem diversas alterações, como: aumento na quantidade de mitocôndrias, resultando numa maior utilização de ácidos graxos como fonte de energia após os exercícios; adaptação do sistema cardiovascular, no qual a freqüência cardíaca, o débito cardíaco sofre alterações consideráveis (Gueths e Flor, 2004).

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9 promove certo nível de estresse e propicia efeitos danosos no organismo quando esta ultrapassa a sua capacidade de assimilação. Ou seja, pequenas doses de exercício leve ou moderado são benéficas, enquanto doses exageradas de exercício intenso são maléficas. Essas doses exageradas implicam diretamente na qualidade e funcionamento a longo prazo da vida do atleta.

O corpo humano não está preparado para permanecer em alerta por muito tempo, e a manutenção dessas reações acaba por gerar danos físicos e psicológicos ao organismo (Júnior e Pereira, 2008). A elevação do stress atua diretamente no equilíbrio do corpo (quebra da homeostase), tornando-o menos estável. Sempre que um estímulo interrompe a homeostasia, o organismo tentará reconstituir um novo equilíbrio correspondente à situação modificada. Por razões biológicas (clima, alimentação, treinamento) e devido aos estímulos que sofre a todo instante, dificilmente ele retornará exatamente a sua funcionalidade anterior.

DESTREINAMENTO

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10 lesões, a regressão é rápida.

Segundo Mcardle, Katch & Katch (2003), uma ou duas semanas de destreinamento acarretam uma redução significativa na capacidade tanto metabólica quanto de realizar exercícios, com muitos aprimoramentos induzidos pelo exercício sendo perdidos totalmente dentro de poucos meses até mesmo entre atletas altamente treinados, os efeitos benéficos de muitos anos de treinamento prévio com exercícios continuam sendo transitórios e reversíveis. Como observado, durante um pequeno período de destreinamento, os ganhos adquiridos durante o treinamento não sofrem alterações significativas, mas que períodos longos de destreinamento estão associados a modificações devido a um decréscimo na ativação neural, hipotrofia muscular e diminuição da força voluntária (Sousa, 2004).

Dentre os vários efeitos, o destreinamento acarreta em perda das adaptações do sistema cardiovascular (adaptações centrais) e das adaptações metabólicas do músculo esquelético (adaptações periféricas), que foram adquiridas com o treinamento físico (E vangelista e Brum, 1999). Essas são perdas a curto e médio prazo e são perdas do trato fisiológico. Sabe-se que o atleta perde muito mais que suas adaptações metabólicas (Sousa, 2004)

Moraes (2003), Afirma que o afastamento temporário, seja por uma lesão, férias ou mesmo transição de temporada competitiva, pode causar perdas importantes. O conhecimento real dessa reação, fornece dados para melhor prescrição de programas de exercícios no retorno ao pico de performance. Um dos grandes problemas de quem volta a treinar depois de um período parado, é justamente achar que não perdeu nada, tentando voltar com a mesma carga e ou intensidade, que estavam no momento da interrupção, podendo até sofrer uma nova lesão.

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11 treinamento, para sempre buscar resultados e performance superior; Pacheco (2002) Aponta que a saudade do esporte e do reconhecimento social são pontos que afligem os atletas após o encerramento da carreira. Muitos deles afirmam sentir saudade da torcida, dos autógrafos, do carinho das pessoas, do convívio em grupo. A queda no status social é sentida de forma muito intensa pelos ex – atletas, a perda de prêmios por vitórias ou mesmo a diminuição dos ganhos adquiridos com um salário ou publicidade causará uma insegurança na busca de novos caminhos para sobreviver. Os atletas que dependem exclusivamente do esporte podem ter maiores dificuldades ao abandonar a carreira, onde até dado momento, o desportista vivia do esporte e ao abandonar a carreira, deverá obrigatoriamente construir uma nova vida. Segundo Heineker (1999), o destreinamento é a redução ativa, premeditada do alto estado de treinamento para um estado normal de grande relevância, para a profilaxia da saúde. Essa inversão trata justamente das adaptações que o organismo do ex - atleta esta sofrendo e o trabalho de volta a um estado normal de sua vida. Para planejar um programa de destreinamento, será necessário o seguimento dos princípios enunciados, mudando a linha de direção ou de concretização em prol da redução da carga biológica que possui aquele atleta que se aposenta (López cazón, 2008). Desta forma, as mesmas regras servem para quando se deseja treinar tal atleta com vista ao alcance de altos rendimentos desportivos (Lopez, 2001). O pensamento é o mesmo, pois se levarmos em consideração o tempo de preparação, as mudanças biológicas do organismo e também a nível mental que essa pessoa passa durante esse período, a quantidade de dedicação e empenho para buscar essas desadaptações teria que acontecer na mesma proporção (Lopez, 2001).

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12 CONSIDERAÇÕES FINAIS

É fato que quando se inicia um programa de treinamento (um macro ciclo) o organismo humano sofre diversas modificações. Modificações essas adquiridas pelo processo de adaptação ao novo ritmo de vida (quebra da homeostase). Mas, ninguém é atleta de alto nível a vida toda e consegue manter o pico de performance durante anos.

Estudos apontam que um programa gradual e especifico de destreinamento pode devolver o atleta a uma vida normal. Esse fechamento traria novos rumos para esporte de alto rendimento, no qual teria uma completude maior.

Assim a prática de um processo de adaptação à falta ou diminuição dos altos estímulos empregados no treinamento de alto nível, que poderíamos chamar de “destreinamento” precisa estar presente em um calendário de treinamentos, ou seja, além de preparar o atleta para se tornar um grande campeão daquela modalidade, também deve-se preocupar com a preparação do mesmo para sua adaptação a aposentadoria, por mais prec oce que esta possa parecer, pois, este programa pode trazer maiores benefícios à manutenção e readaptação cardiorrespiratória e para a melhoria na qualidade de vida.

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13 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 BOMPA, T. O. A Periodização no Treinamento Esportivo. São Paulo: Ed. Manole, 2001.

 BORIN, J.P; PRESTES, J; MOURA, N.A. Caracterização, Controle e Avaliação: Limitações e Possibilidades no Âmbito do Treinamento Desportivo. Revista Treinamento Desportivo, v.8, N.1, p. 06 a 11, São Paulo, 2007.

 CASAL, H. V. Treinamento desportivo e psicologia do esporte. Revista brasileira de ciência e movimento, v° 8, n.4, p.37 a 44, 2000.

 COYLE, E.F. Destreinamento e retenção das adaptações induzidas pelo treinamento. In: AMERICAN COLLEGE OF SPORT MEDICINE. Prova de esforço e prescrição de exercício. Rio de Janeiro Revinter, 1994. Cap.12, p.80-6.

 CHIESA, L.C. Princípios do Treinamento Desportivo e da Musculação. In: Revista Super Treino. Nº 9, ano II, Agosto/ Setembro, 2004.

 EVANGELISTA, F. S. A.; BRUM, P. C. Efeitos do destreinamento físico sobre a "performance" do atleta: Uma revisão das alterações cardiovasculares e músculo-esqueléticas. Revista Paulista de Educação Física. v.13, n. 2, p. 239-49, 1999.

 FRANKEL CC, KRAVITZ, L. Periodization: Latest studies and practical applications. IDEA Personal Trainer 2001; 1:15 -16.

 GUETHS, M; FLOR, D, P. Os efeitos no organismo humano a longo prazo do exercício aeróbico. Revista virtual E.F. Artigos - Natal/RN – v.01 – n.18, janeiro, 2004.

 LÓPEZ, R.F.A. Desentrenamiento: análisis y criterios

actuales. EFDeportes.com, Revista Digital Buenos Aires. Año 7. Nº 37. Junio de 2001.http://www.efdeportes.com/efd37/desentr.htm > acessado em 10 de setembro de 2011.

 LÓPEZ CAZÓN, Rodolfo. Efeitos do processo de destreinamento sobre a saúde de ex-atletas de alto rendimento. 2008. 101 f. Tese (Doutorado em Ciências da Saúde)-Universidade de Brasília, Brasília, 2008

 MORAES, L. C. A Realidade do Destreinamento.copacabana runners

corria e saúde, 2003

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14  MCARDLE, W. D.; KATCH & F. L. KATCH, V. L. Fisiologia do exercício. 5ª

edição. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan. 2003.

 PACHECO, R. Expectativas e efeitos do encerramento da carreira para o atleta de alto nível no Brasil. Dissertação (Mestrado) – Universidade Católica de Brasília. Brasília, 2002.

 PEREIRA, C. R. Destreinamento físico: aspectos cardiorrespiratórios. Revista Digital - Buenos Aires - Año 10 - N° 88 - Set de 2005.

 PEREIRA, B.; SOUZA JR., T.P. Adaptação e rendimento físico

considerações biológicas e antropológicas. R. bras. Ci e Mov. 2005; 13(2): 145-152.

 RIBEIRO, J.P. Limiares Metabólicos e Ventilatórios durante o Exercício. Aspectos Fisiológicos e Metodológicos. Arquivo Brasileiro de Cardiologia, Porto Alegre - RS, V.64, n. 2, p. 171-181, 1995.

 SOUZA, W.L. Efeitos Fisiológicos do Destreinamento. Ver. Sprint, Rio de Janeiro – 2004

 SOUZA JUNIOR, T.P, PEREIRA, B. Conceitos fisiológicos do treinamento físico ‐ esportivo: estresse, omeostase e alostase Ver Bras Cineantropom Desempenho Humano. 2008;10(2):206‐13

 WEINECK, J. Treinamento Ideal: instruções técnicas sobre o

desempenho fisiológico, incluindo considerações específicas de treinamento infantil e juvenil. São Paulo: Ed. Manole, 1999.

Referências

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