Infecção do Trato Urinário na
Infância
Universidade Estadual do Oeste do Paraná Centro de Ciências Médicas e Farmacêuticas
Curso de Medicina
Hospital Universitário do Oeste do Paraná – HUOP Liga Médico-Acadêmica de Pediatria (LIPED)
Introdução
• Conceito
– Cistite – Uretrite
– Pielonefrite
– Infecção nos ureteres.
• Importância
– Diagnóstico correto e imediato.
– Não se preocupar apenas com o tratamento do episódio agudo de infecção.
– Lesões obstrutivas (4% dos casos) e refluxo vesicoureteral (8-40%).
Introdução
• Incidência.
• Taxa estimada:
– 2,9% recém nascidos. 0,7% nascidos a termo.
– Meninos são 5 a 8 vezes mais suscetíveis à infecção nos três primeiros meses de vida.
– Inversão com uma prevalência feminina de 1-3% de 1 a 5 anos.
Diagnóstico
• Presença de bactérias + sintomatologia clínica concordante.
• Diagnóstico de suspeita, confirmado pela urocultura. • Parâmetros laboratoriais podem ser úteis no que diz
respeito à localização da infecção: pielonefrite.
– Leucocitose com neutrofilia. – PCR positiva
– VS elevada
Diagnóstico
• A confirmação do diagnóstico é feita por urocultura, com quantificação do número de colônias e TSA.
• Criança maior: jato médio.
• Criança menor: punção vesical e cateterismo uretral. • Por saco coletor: grande sensibilidade, grande taxa de
Exames complementares
• Exame sumário de urina:
– Presença de leucocitúria (>5 leucócitos por campo). – Piúria (> 10 leucócitos por mm3).
– Presença de bactérias.
– Esterase leucocitária urinária positiva. – Nitrito urinário positivo.
Exames complementares
• Patologias associadas como fatores de risco para ITU. • Exames de imagem
– Ultra-som
– Cintilografia renal com DMSA – Cistografia radioisotópica
– Uretrocistografia miccional (UCM)
– Tomografia computadorizada (TC) e ressonância magnética nuclear (RMN).
Ultra-som
• Seguro, não invasivo e barato • Alterações significativas do
trato urinário, como
hidronefrose, dilatação ureteral, redução do parênquima renal, hipertrofia da parede vesical, ureteroceles etc.
• Neonato: abcesso renal e pionefrose.
Uretrocistografia miccional (UCM)
• Diagnóstico preciso de refluxo vesicoureteral.
• Inconvenientes: radiação e necessidade de sondagem vesical.
Cistografia radioisotópica
• Vantagem sobre a UCM por não submeter o paciente a radiação.
• Acompanhamento de crianças portadoras de refluxo vesicoureteral
Cintilografia renal com DMSA
• Ácido dimercapto succínico – tecnécio. • Detecção de lesões renais ocasionadas pela pielonefrite.Tomografia computadorizada (TC) e
Ressonância nuclear magnética
(RNM)
• Avaliação da pielonefrite aguda e na detecção de cicatrizes renais.
Ressonância nuclear magnética
(RNM)
Tratamento
• Mais precocemente possível, após coleta da urina para urocultura.
• Controlar e aliviar sintomas, evitar aparecimento de cicatrizes e erradicar o agente do trato urinário.
• Inicialmente, empiricamente. Posteriormente, de acordo com TSA.
• Antibiótico que melhor atue nas classes infectantes, assegure uma boa concentração na urina e sangue, evite classes resistentes e efeitos colaterais.
Tratamento
• Crianças com quadro séptico, desidratada, intolerância da via oral, situações sugestivas de pielonefrite abaixo dos 6 meses, antecedentes de patologia
nefro-urológica – rápida coleta de urina e tratamento antibiótico por via parentérica.
• Crianças com bom estado clínico - coleta de urina para análise sumária e urocultura – seleção.
Tratamento
• Novas uroculturas:
– 2° e 3° dias de tratamento. – 5 dias após o fim.
– Desaparecimento do sintomas e esterilização da após 48 a 72h – boa resposta.
• Não havendo melhora:
– Resistência ao antibiótico: substituir. – Concentração inadequada.
Tratamento
• Quimioprofilaxia, consulta de especialidade para investigação morfológica e funcional.
• Rastreio de recorrências (urocultura).
– 30 a 50% dos casos. – 6 primeiros meses.
Referências bibliográficas
• Fernandes, Eduardo Abordagem da criança com infecção urinária Disponível em: <www.rpmgf.pt/ojs/index.php?jo
rnal=rpmgf&page=article&op=view&path%5B%5D=10092> Acesso em: 1 out. 2014
• Arap, Marco A., Troster, Eduardo J. Infecção urinária em crianças: uma
revisão sistemática dos aspectos diagnósticos e terapêuticos Disponível
em: < http://www.einstein.br/biblio teca/pdf/portugues/Einstein_revisao8.pdf> Acesso em: 26 set. 2014.
• Calado, Adriano, Macedo Jr., Antônio Infecção urinária na infância:
aspectos atuais Disponível em: < http://www.moreir
ajr.com.br/revistas.asp?fase=r003&id_materia=3342> Acesso em 28 set. 2014.