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Adit. ao Bol. da PM n.º 098 03JUN Manual de

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POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

AJUDÂNCIA GERAL

Rio de Janeiro, 03 de Junho de 2015.

ADITAMENTO AO BOLETIM DA POLÍCIA MILITAR

N.º 098

Para conhecimento desta Corporação e devida execução, torno público o seguinte:

PMERJ EMG

PM/3 02JUN15

Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Segurança Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro

MANUAL DE CICLOPATRULHAMENTO

PARA POLICIAIS MILITARES

RIO DE JANEIRO

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Comandante-Geral da PMERJ: CEL PM Alberto Pinheiro Neto Chefe do Estado-Maior Geral : CEL PM Robson Rodrigues da Silva

Comissão de Conteúdo:

MAJ PM Vitor Augusto Rodrigues Serra CAP PM Daniel de Paula Leite

CAP PM Isaac Domethildes da Silva Ferreira 1º TEN PM Rodrigo Bento da Silva

Revisão EMG – PM/3

Ten Cel PM Márcio Oliveira Rocha

Ten Cel PM Mauro Cesar Maciel de Andrade Sd PM Vilza Paula Adrien de Brito

Tiragem: _______ mil exemplares

RIO DE JANEIRO. Polícia Militar. Manual de Policiamento em Bicicletas. Rio de Janeiro.

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IDENTIDADE ORGANIZACIONAL DA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Missão

Promover a segurança cidadã, servindo e protegendo a sociedade no Estado do Rio de Janeiro.

Visão de futuro

Implantar a Polícia de Proximidade em todo o Estado do Rio de Janeiro, sendo referência no Brasil no planejamento e gestão desta atividade até 2018.

Princípios e Valores

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

PBUFAF Princípios Básicos do Uso da Força e de Armas de Fogo pelos Funcionários

Encarregados de Aplicação da Lei

PMERJ Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro

PMMG Polícia Militar de Minas Gerais

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Sumário

1 INTRODUÇÃO ... 8

1.1 Origens ... 8

2. EMPREGO DA BICICLETA NO POLICIAMENTO OSTENSIVO NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO ... 10

2.1 Introdução ... 10

2.2 Pré-requisitos para atuar no policiamento com bicicletas ... 12

2.3 Formas de empenho ... 13

2.4 Locais de atuação ... 13

3 ORIENTAÇÕES TÉCNICAS PARA O POLICIAMENTO DE BICICLETA... 14

3.1 Abordagens ... 14

3.2 ACOMPANHAMENTO COM BICICLETA ... 24

3.2.1 Acompanhamento de veículos automotores ... 24

3.2.2 Acompanhamento de pessoas em atividade suspeita, quando a pé ... 24

3.2.3 Obstáculos em Aclive ... 24

3.2.4 Obstáculos em declive ... 26

3.3 TIRO POLICIAL ... 27

3.4 PRONTO SOCORRISMO... 27

4 UNIFORME E OS EQUIPAMENTOS OPERACIONAIS ... 27

4.1 UNIFORME ... 28

4.1.1 Camisa ... 28

4.1.2 Bermuda ... 28

4.1.3 Meia ... 28

4.1.4 Calçado ... 28

4.2 EQUIPAMENTOS OPERACIONAIS OBRIGATÓRIOS A SEREM UTILIZADOS ... 29

4.2.1 Capacete ... 29

4.2.2 Óculos para ciclista... 30

4.2.3 Luvas ... 30

4.2.4 Outros equipamentos: ... 30

5 A BICICLETA ... 30

5.1 A bicicleta mais apropriada para o policiamento ... 31

5.2 Manutenção ... 33

... 33

5.3 Limpeza ... 33

5.4 Lubrificação ... 33

5.5 Ajustes, calibragens e regulagens ... 37

. Che k list para inspeção da i i leta ... 44

5.7 Manutenção de Segurança: ... 45

6 ERGONOMIA, PREPARAÇÃO E LEIS DA FÍSICA ... 58

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6.2 Aplicação das Leis da Física ... 62

6.3 Eficiência das marchas ... 62

7 DIREÇÃO DEFENSIVA, REGRAS DE CIRCULAÇÃO E PISTAS DE TREINAMENTO ... 63

7.1 Direção defensiva na condução de bicicleta ... 63

7.2 Regras de circulação ... 69

7.3 Sinalização e negociação para a manobra ou mudança de faixa ... 69

8 PISTAS DE TREINAMENTO DE CICLISMO PROFISSIONAL ... 74

8.1 Pista de manobra em W ... 74

8.2 Pista de manobras em círculo ... 76

8.3 Caixa de manobra de coordenação ... 76

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APRESENTAÇÃO

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1 INTRODUÇÃO

1.1 Origens

Inicialmente, o policiamento com bicicleta foi adotado por policiais Ingleses, desde o início do Século XIX, sendo a bicicleta utilizada apenas como meio de locomoção, porém, em razão do contato diário com a comunidade em que o policial atuava, notou-se o estreitamento dos laços entre as partes, policial e comunidade.

Com o advento dos automóveis, surgiu patrulhamento motorizado, tendo como consequência o distanciamento do policial da comunidade.

No intuito de resgatar o contato com a comunidade, diminuído em razão do serviço do patrulhamento motorizado, foi implantado nos EUA o "Mountain Bike Policing" treino com técnicas especiais de policiamento em bicicleta, baseado na filosofia de polícia comunitária, sendo acompanhadas de uniforme de ciclista, bicicletas mais leves, feitas de alumínio ou fibras de carbono estilo "Mountain Bike”.

No ano de 1991, foi criada nos EUA a Associação Internacional de Policiamento em Bicicletas10 (AIPB) com objetivo de compartilhar informações, estabelecer treinamento e prescrever equipamentos adequados à atividade policial com bicicleta. Anualmente, realiza reuniões, ministra diversos cursos e, além disso, apresenta com amplitude a experiência do emprego da ciclo patrulha em diversos países.

Próximo do fim do século XIX, muitos departamentos de polícia dos EUA utilizavam patrulhas policiais com bicicleta como uma das formas de policiamento. Um estudo, de 1896, realizado pelo departamento das polícias de Pittsburgh, relatou que, após testes preliminares, houve a conclusão do fato de um policial em bicicleta substituir vários policiais empregados no policiamento a pé.

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No Brasil temos como precursores a PMMG, esta tem incorporado ao processo táticas e técnicas operacionais praticadas em departamentos de polícia que são referência no mundo inteiro. Após a Polícia Militar de Minas Gerais, os Estados do Rio Grande do Sul, Rondônia, Paraíba, Pernambuco, Ceará, Espírito Santo e São Paulo, também implantaram o sistema de “Ciclo-Patrulha”.

Em outubro de 1997, a PMMG enviou 01 (UM) Oficial para realizar uma visita de estudos ao Canadá em parceria com a Royal Canadian Mountaid Police, de onde, após 45 dias de intercâmbio, pôde colher subsídios para implantação do processo de policiamento em bicicleta na PMMG. Tendo como resultado a utilização de bicicletas de forma mais moderna, empregando policiais adequadamente fardados, usando equipamentos apropriados para o ciclismo, bem como a utilização de bicicletas modernas do tipo “mountain bike”, com 18 e 21 marchas.

2 EMPREGO DA BICICLETA NO POLICIAMENTO OSTENSIVO NO ESTADO DO

RIO DE JANEIRO

2.1. Introdução

Dentro das modalidades de policiamento previstas na Diretriz Geral de Operações, as mais encontradas em todo o estado do Rio de Janeiro são as motorizadas, seja em radiopatrulhas ou em PATAMO, sendo estas são importantes formas de policiamento voltadas para a difusão do policiamento ostensivo de forma rápida e ampla mobilidade, contudo sem uma aproximação adequada da comunidade e uma percepção exata do ambiente a sua volta.

Além disso, também são encontrados policiais militares que realizam patrulhas a pé, cuja aplicação tem a finalidade de complementar, em itinerários específicos o policiamento motorizado.

Tal modalidade permite uma aproximação com a comunidade a sua volta, estabelecendo uma interação maior com as pessoas e permitindo ao policial militar identificar padrões de comportamentos locais, angariar a confiança da população bem como aproximar positivamente a Corporação do público em geral.

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O policiamento com bicicletas tem utilidade acessória como alternativa ao policiamento a pé em locais onde seja propícia a sua utilização. Não é um policiamento que age tão distante do público como o policiamento em viaturas motorizadas e tampouco um policiamento se dilui na aglomeração como o policiamento a pé.

Como aumenta a agilidade e a velocidade do policiamento a ser realizado a pé, tal modalidade reduz a ação reativa do policial fomentando a sensação de segurança além de causar impacto positivo como modelo diferenciado de realização de policiamento ostensivo.

O policiamento com bicicletas passa a ocupar a lacuna que falta no sentido de obter uma resposta mais positiva na prevenção desses crimes, desenvolvendo as áreas onde seja aplicado diante da dinamização da ação policial.

De acordo com a revista o cruzeiro (Ver FIG. 1), o policiamento em bicicletas não é novidade no Estado do Rio de Janeiro e já era muito utilizado desde a década de 40, porém, era desprovido de técnicas, uniforme e equipamentos compatíveis.

Fonte: Revista o cruzeiro (FIG. 1)

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Em junho de 2012, a PMERJ enviou 04 (Quatro) Oficiais (Cap. PM RG 77.352 William Silva Miana Junior – BPTur, 1º Ten. PM RG 80.950 Rogério Antônio Macedo de Oliveira – 19º BPM, 1º Ten. PM RG 82.511 Isaac Domethildes da Silva Ferreira – BPTur e 2º Ten. PM RG 84.833 Rodrigo Bento da Silva – EMG/EDPO) para participar do Curso de Ciclo Patrulha na Polícia Militar de Minas Gerais , no Centro de Treinamento Policial (CTP) da Academia de Polícia Militar de Minas Gerais. O curso foi composto de disciplinas como: Histórico do Policiamento com Bicicleta, Ciclismo, Direitos Humanos, Direção Defensiva e Regras de Circulação, Manutenção de 1º Escalão em Bicicleta, Técnica Policial, Física Aplicada ao Ciclismo, Ergonomia, Nutrição e Higiene, Polícia Comunitária, Pronto Socorrismo e Treinamento com Armas de Fogo.

Em julho de 2012, os Oficiais que se qualificaram em Minas difundiram o conhecimento por intermédio do Treinamento Básico de Ciclo Patrulha (I/2012) elaborado para 20 (vinte) Policiais do BPTUR. Após o termino do estágio estes policiais foram empenhados em diversos locais do Rio de Janeiro como: Copacabana, Aterro do Flamengo, Lapa e Centro Histórico da Cidade, tendo como resultado, um forte impacto positivo divulgado pela mídia, sendo notícia em diversos jornais e revistas.

Em setembro de 2012, a PMERJ enviou 06 (seis) oficiais (Ten. Cel. PM RG 54.578 Renato de Souza NETO, Maj. PM RG 54.583 Vitor Augusto Rodrigues SERRA, Cap. PM RG 80.481 RAPHAEL BATISTA Carvalho, Cap. PM RG 80.950 Rogério Antônio MACEDO de Oliveira, 1º Ten. PM RG 82.511 ISAAC Domethildes da Silva Ferreira, 2º Ten. PM RG 84.833 Rodrigo BENTO da Silva) para realizar o Curso de policiamento em bicicletas na Polícia de Miami, a qual é difusora do conhecimento nos EUA.

Com a junção do conhecimento adquirido nos dois cursos e a análise do projeto piloto do Treinamento Básico de Ciclo Patrulha, dando ênfase nas informações colhidas dos policiais que estão atuando no policiamento, foi possível a elaboração do presente manual de policiamento em bicicletas, como também, criar o Curso Básico de Ciclo Patrulha, de acordo com a peculiaridade do Estado do Rio de Janeiro.

2.2 Pré-requisitos para atuar no policiamento com bicicletas

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sempre atualizados e devidamente condicionados para a execução das técnicas preconizadas.

O policial militar deve possuir condicionamento físico e mental, preferencialmente devem ser empenhados voluntários e com biotipo compatível com a atividade. Um bom condicionamento físico é fundamental para o exercício da atividade.

2.3 Formas de empenho

O Ciclo Patrulha deverá ser utilizado preferencialmente, objetivando o aspecto preventivo, deverão ser lançados policiais em duplas ou em grupos maiores de acordo com as necessidades do policiamento, devendo ser evitado o emprego do policial militar isolado sempre que possível.

Quando a área de atuação for distante, acima de 03 km de deslocamento, deverá ser viabilizado veículo dotado de equipamento destinado ao transporte das bicicletas, para distribuir e recolher o policiamento. Nos casos em que hajam conduzidos, deverá ser solicitado o apoio do policiamento motorizado para maior segurança dos militares e agilidade na solução na ocorrência.

É conveniente, por questões de segurança, que em caso de chuvas a bicicleta seja recolhida e o policial seja empregado no policiamento à pé, mediante avaliação da Unidade ou Cia.

2.4 Locais de atuação

A principal característica deste policiamento é a sua versatilidade quanto aos locais de atuação. O policiamento em bicicletas pode ser eficiente tanto em locais onde, em tese, pode-se chegar somente a cavalo ou a pé (trilhas), como também nos de grande fluxo de pessoas e veículos.

Nas áreas urbanas, poderá ser empregado em zonas residenciais de elevada densidade demográfica ou não, assim como de maciça concentração vertical, além de locais com grande concentração comercial, em logradouros públicos e pontos turísticos.

Outro emprego bastante útil é nas imediações de escolas, especialmente nos horários de grande fluxo de estudantes (início e final das aulas), devido a possibilidade da ação de infratores, usuários e traficantes de drogas dentre outras modalidades delituosas, bem como no policiamento de trânsito nas proximidades das mesmas.

Também pode ser empregado, suplementarmente, em cobertura a locais que, por suas características, são utilizados para divertimentos públicos e eventos especiais como shows, eventos esportivos etc.

3. ORIENTAÇÕES TÉCNICAS PARA O POLICIAMENTO DE BICICLETA

3.1 Abordagens Introdução

Em qualquer tipo de policiamento, as abordagens são uma constante, logo, deve-se observar a importância da execução de uma abordagem feita de acordo com os princípios basilares que a norteiam, observando sempre os parâmetros da lei e a segurança.

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3.2 Técnicas de aproximação, parada e desembarque

a) Processo padrão de aproximação e desembarque da bicicleta

- Aproxime-se da pessoa em atitude suspeita. Ver FIG. 2.

FIG. 2 – Aproximação (Passo 1).

- Passe a perna direita por cima do selim, mantendo o tórax ereto. Ver FIG. 3.

FIG. 3 – Aproximação (Passo 2).

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FIG. 4 – Aproximação (Passo 3).

- Complete o movimento colocando primeiro o pé direito no chão, em seguida o pé esquerdo. Ver FIG. 5.

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b) Parada de emergência

- A parada de emergência é empregada quando, por um motivo de emergência, o policial precisa parar a bicicleta em menos de 2 segundos, com arrasto máximo de 3 metros.

- Para que se possa parar a bicicleta, deve-se levar o corpo para trás e em seguida acionar os dois freios, mantendo o guidão reto e firme, evitando assim a inclinação e/ou tombamento para frente. FIG. 6.

FIG. 6 – Sequência de Parada de Emergência

c) Saída reta à retaguarda

- Esta deve ser adotada quando, durante a aproximação do abordado, (FIG. 7), haja uma reação agressiva (Ver FIG. 8).

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FIG. 8 – Sequência de saída à retaguarda (Passo 2).

- Saia do assento, mantendo os pedais na horizontal e o guidão reto. (Ver FIG. 9).

FIG. 9 – Sequência de saída à retaguarda (Passo 3).

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FIG. 10 – Sequência de saída à retaguarda (Passo 4).

d) Saída inclinada à retaguarda

- Aproxime-se do individuo em atitude suspeita. Ver FIG. 11.

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- Diante da agressão iminente, Ver FIG. 12, pedale sob explosão com a perna forte, dando ao mesmo tempo um passo para trás. Ver FIG. 13.

FIG. 12

- Ao tocar o solo, lance a bicicleta sobre o agressor de forma que ele tenha que se desvencilhar dela ou segurá-la. Ver FIG. 13 Em seguida, saque sua arma e proceda a abordagem. Ver FIG. 14.

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FIG. 14 - Sequência de saída inclinada à retaguarda (Passo 3).

e) Deslize com potência –“Derrapagem”

- Aproxime-se do individuo em atitude suspeita pelo seu lado direito colocando o pé esquerdo no chão Ver FIG. 15.,

FIG. 15 - Sequência de derrapagem (Passo 1).

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FIG. 16 - Sequência de derrapagem (Passo 2).

- Em seguida, abandone a bicicleta e proceda a abordagem.

3.3 Técnicas de Abordagem

a) Abordagem em campo aberto com dois policiais

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FIG. 17 - Abordagem em campo aberto com dois policiais (posicionamento).

3.2 ACOMPANHAMENTO COM BICICLETA

3.2.1 Acompanhamento de veículos automotores

O acompanhamento de veículos utilizando-se bicicleta é extremamente ariscado, logo, não é indicado, devendo o policial utilizar o rádio para passar informações sobre rota de fuga e dados dos veículos e ocupantes assegurando benefícios para a realização de cerco.

3.2.2 Acompanhamento de pessoas em atividade suspeita, quando a pé

Os dois policiais devem acompanhar o mesmo, nunca se separando. Nos acompanhamentos os suspeitos muitas vezes se embrenham por locais de difícil acesso, devendo o policial estar capacitado a efetuar com segurança e rapidez a transposição de obstáculos como escadas, muros etc.

3.2.3 Obstáculos em Aclive

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FIG. 18 - Sequência para vencer obstáculo em subida (1º Procedimento)

FIG. 19 - Sequência para vencer obstáculo em subida (2º Procedimento)

3.2.4 Obstáculos em declive

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FIG. 20 - Sequência para vencer obstáculo em descida (1º Procedimento)

FIG. 21 - Sequência para vencer obstáculo em descida (2º Procedimento)

3.3 TIRO POLICIAL

Quando em áreas onde existirem pontos que permitam ao policial um abrigo, este deve prioritariamente abandonar a bicicleta e abrigar-se.

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Vale lembrar que, caso haja a necessidade de utilizar a arma de fogo, o policial estará muita das vezes patrulhando, logo, poderá estar com a respiração alterada ou ofegante , tendo como consequência a alteração de sua precisão.

3.4 PRONTO SOCORRISMO

Em razão da peculiaridade do serviço, ao atuar com uma bicicleta, o policial militar estará sujeito a se deparar com diversas situações, por exemplo: ciclista com politraumatismo, hemorragia e transeuntes com parada cardio-pulmonar-cerebral. O policial militar com conhecimento básico em primeiros socorros irá minimizar estas questões, sabendo oque e como fazer para conduzir a ocorrência da melhor forma possível até que o socorro especializado chegue até o local.

4. UNIFORME E OS EQUIPAMENTOS OPERACIONAIS

Serão adotados, obrigatoriamente para o policiamento, os uniformes, armamento e equipamentos utilizados na Corporação, de acordo com especificações técnicas constantes das normas internas da Corporação.

Equipamentos de proteção individual tais como capacete, óculos e luvas são imprescindíveis para a segurança do policial militar , o qual deverá ser lançado munido também de rádio portátil.

4.1 UNIFORME

4.1.1 Camisa

A camisa será do tipo pólo, em tecido leve e confortável, preferencialmente em malha ou tecido sintético específico para ciclistas que tenham grande capacidade para absorção do suor, de cor clara e possuindo faixas refletivas o que proporciona maior ostensividade e confere maior visibilidade ao policial ciclista, aumentando a sua segurança principalmente durante seus deslocamentos nas vias públicas.

4.1.2 Bermuda

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Atenção especial deve ser dada ao comprimento da bermuda que não deve ser muito comprida para não tolher os movimentos do ciclista e tampouco muito curta e justa, pois também limita os movimentos e pode contribuir para o surgimento de assaduras e outros problemas dermatológicos.

Outro aspecto relevante a ser considerado é que o tensor (bermuda de lycra usada sob a bermuda de brim para evitar assaduras e encravamento de pelos) deve ser da mesma cor da bermuda uma vez que ira sobressair sob a bermuda.

4.1.3 Meia

Meia branca que possua boa absorção de suor.

4.1.4 Calçado

Tênis de segurança na cor preta ou coturno de cano curto com solado de borracha antiderrapante, apropriado para a prática de atividades físicas.

4.2 EQUIPAMENTOS OPERACIONAIS OBRIGATÓRIOS A SEREM UTILIZADOS

O uso de equipamentos operacionais e de proteção individual adequados ao policiamento em bicicleta, além de proporcionar a segurança necessária ao militar, aumenta sensivelmente a sua capacidade de resposta às diferentes situações impostas pela atividade operacional.

Com base nesse pressuposto os equipamentos abaixo relacionados são de uso obrigatório para emprego no processo:

4.2.1 Capacete

O capacete é um equipamento de proteção individual, de uso obrigatório e muito importante para proteção da cabeça de um contato direto com o solo no caso de queda.

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Deve-se lembrar que o capacete é um equipamento de proteção individual e de uso obrigatório durante o deslocamento do patrulheiro ciclista.

O uso de cobertura em outras situações, especialmente quando o policial militar estiver em trânsito, será definido pelo Regulamento de Uniformes da PMERJ.

4.2.2 Óculos para ciclista

Os óculos são um equipamento de proteção individual de uso obrigatório e de suma importância para evitar que partículas sólidas suspensas no ar, bem como insetos, entrem em contato direto com os olhos do ciclista, evitando lesões e acidentes.

As lentes poderão ser de cor amarela de alto contraste, transparente ou pretas. Já a armação será na cor preta. Tanto a armação quanto as lentes serão confeccionados em material plástico flexível de alta resistência.

Óculos escuros ou de grau poderão ser admitidos mediante prescrição médica e regulamentação específica.

4.2.3 Luvas

As luvas de proteção devem ser confeccionadas com espuma na palma da mão, para proporcionar proteção e conforto às mãos no contato com o punho da bicicleta. Deverão ter os dedos livres para facilitar a aderência ao punho da bicicleta, devendo ainda proporcionar uma boa transpiração, bem como possibilitar a utilização da arma, sem comprometimento para a empunhadura e acionamento da tecla do gatilho. As luvas são equipamento de proteção individual (EPI) de suma importância, especialmente no caso de quedas, diminuindo riscos de escoriações.

4.2.4 Outros equipamentos:

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5. A BICICLETA

5.1. A bicicleta mais apropriada para o policiamento

Deve-se instalar na bicicleta apenas os acessórios estritamente necessários e de preferência, a bicicleta deverá ter cor preta, que já é de fabricação em série, o que diminui custos, facilita a padronização, proporciona boa refletividade e ainda é de fácil limpeza.

Conter as seguintes especificações mínimas:

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borracha macia e bar end para o guidão de 10 cm; Para-lama de nylon, do tipo motocross, com fixação embaixo do garfo dianteiro, no tubo do selim; bagageiro flutuante, fixado no canote do selim por meio de 4 parafusos com condição de suportar até 25 kg de carga; bolsa de bagageiro de nylon, com zíper lateral; descanso central em alumínio com borrachão na ponta; protetor do sistema de cambio traseiro; farol de segurança com leds de cor branca, que modulam as formas de alerta, ficando aceso totalmente ou em alerta de pisca e farol traseiro com as mesmas características, sendo que este vem com lâmpadas de leds na cor vermelha; Espelho retrovisor do lado esquerdo em plástico na cor preta, redondo ou quadrado, com um tamanho variando entre 08 e 10 cm; Tranca de segurança. Todas as partes metálicas como quadro, porcas, parafusos, sistema de transmissão de forças (catraca, corrente e coroa), cabos, devem ser de material antiferrugem (alumínio, aço inox ou aço carbono).

FIGURA 22 - Modelo da bicicleta.

5.2 Manutenção

Segundo SCATTONE et all (1984, p.17), a durabilidade de uma bicicleta não depende apenas da boa qualidade de suas peças, sendo necessário também uma manutenção constante, ou seja, limpeza, lubrificação e ajustes.

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Os demais serviços de manutenção devem ser feitos por profissionais especializados, orgânicos ou terceirizados. O patrulheiro ciclista somente poderá executar manutenções além do primeiro escalão quando estiver devidamente habilitado para tal.

5.3 Limpeza

A limpeza da bicicleta é uma das atividades de manutenção mais elementares e fundamentais para sua conservação, devendo ser executada nas seguintes situações:

- Com pó acumulado e sinais de graxa em pontos onde a lubrificação não é necessária; após grande período sem utilização; após utilização em tempo chuvoso.

5.4 Lubrificação

Em situação normal de uso recomenda-se lubrificar a bicicleta a cada três meses, da seguinte forma: lubrificar as esferas dos cubos dianteiro e traseiro, os rolamentos de centro e os de direção, retirar a corrente e mergulhá-la em querosene, depois em óleo fino, deixá-la escorrer; limpar todo o excesso e recolocá-la.

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Ajustes, regulagens e calibragens também devem ser feitas periodicamente, tendo-se atenção especial para a calibragem dos pneus, regulagem dos freios, câmbios, movimento central, movimento de direção, tensão da corrente e da centralização dos aros.

A regulagem do selim, que pode ser executada pelo próprio usuário para que o conjunto homem X bicicleta forme um complexo harmônico, evitando-se dores musculares, bem como lombalgias. A regulagem do selim varia de pessoa para pessoa, o ciclista deve regular o selim de maneira que ao sentar sobre ele o pé fique comodamente apoiado sobre o pedal. A perna não pode ficar dobrada ou estendida

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5.6 “Check list” para inspeção da bicicleta

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5.7 Manutenção de Segurança:

Ar: sinta a pressão dos pneus e procure por defeitos ou danos nos pneus; Freios: examine as manetes, cabos e pastilhas, teste uma ou duas vezes; Marchas: Cheque todo o sistema de mudança de marchas e verifique se elas estão passando suaves e sem ruídos; Parafusos e blocagem: verifique se todos os parafusos estão apertados e se a blocagem está bem firme; Cheque todo o contexto e componente dando uma volta lentamente, passando por todas as marchas, também testando os freios.

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a) Verificação dos cabos

Verificar os cabos, tanto do freio como das marchas. Verifique a sua tensão puxando-o conforme demonstrado. Ver FIG. 23.

FIG. 23 - Verificação dos cabos.

b) Encaixando o Garfo

Ao encaixar o eixo no garfo, faça conforme a (Ver FIG. 24), para que ele fique bem centrado e não force as abas do encaixe do garfo.

FIG. 24 - Encaixe do Garfo.

c) Ajustando o Garfo

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FIG. 25 - Ajuste do Garfo.

d) Verificando os terminais dos cabos

Verifique os terminais dos cabos e os seus encaixes, tanto na manete de freio como na das marchas. Verifique se estão puídos ou enferrujados. Aproveite para verificar o funcionamento das manetes, testando os freios e passando todas as marchas. (Ver FIG. 26).

FIG. 26 - Verificação dos terminais dos cabos

e) Regulagem do câmbio dianteiro

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FIG. 27 - Regulagem do cabo do câmbio dianteiro.

f) Regulando os cabos dos freios

-Nos freios V-brake (Ver FIG. 28), composto de hastes, sapatas e cabos de freio.

FIG. 28 – Freio V-Brake

Para uma regulagem simples gire o regulador no sentido horário, que as sapatas vão se

aproximar do aro.

Para esticar o cabo é necessário um alicate, uma chave allen nº5 e uma trena. Puxe o cabo com

o alicate e aperte o parafuso de fixação com a chave allen respeitando a distância de 39 a 50mm entre o

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g) Regulagem da mola do freio

As duas hastes do V-Brake ao serem acionadas, devem trabalhar de forma igual, ou seja, ao se pressionar o manete, as sapatas de freio devem tocar o aro no mesmo instante. Para isso, use uma chave phillips para apertar ou soltar o parafuso de regulagem da mola, que fica na lateral ex-terna das hastes.

h) Regulagem das manetes

Muitas manetes possuem um parafuso regulador do seu curso. Serve para ajustar a manete ao tamanho dos dedos do piloto. Para o ajuste é necessário uma chave Allen nº 3. Girando no sen-tido horário o parafuso allen a manete se aproxima mais da manopla.

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6. ERGONOMIA, PREPARAÇÃO E LEIS DA FÍSICA

6.1 Ergonomia

Ergonomia é o estudo científico das relações do homem com o ambiente de trabalho, a fim de prevenir doenças ocupacionais e melhorar a produtividade, através da adaptação dos instrumentos, condições e ambiente de trabalho às capacidades psicofisiológicas, antropométricas e biomecânicas do homem. Assim, aplicada na prática do ciclismo, a ergonomia visa garantir a saúde física do militar, prevenindo lesões e acometimentos à saúde advindos do uso inadequado dos equipamentos.

Especificamente em relação à atividade do ciclista muitos problemas poderão ser evitados se observados, durante a atividade, os procedimentos elencados a seguir para melhorar sua postura:

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Antes de sair para o patrulhamento confira se a bicicleta está adequada ao seu corpo. Peça ao seu companheiro de trabalho para segurar a bicicleta pelo guidão. Coloque os pedais na posição horizontal, o ângulo do joelho deve ser de aproximadamente 30º.

Isso pode variar de ciclista para ciclista. A má regulagem provoca dores no joelho, coxa e tendões. Procure um médico se as dores persistirem.

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Se estiver sentindo dores nos pulsos, diminua a distância entre o guidão e o selim, para que o seu corpo fique mais na vertical.

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Se mesmo depois de todas essas regulagens o ciclista ainda estiver sentindo que não está muito confortável para pedalar, uma limpeza geral em todo o mecanismo de transmissão de forças poderá melhorar o seu desempenho.

A fim de prevenir as lesões que possam advir da atividade do ciclismo, medidas fáceis, além das já citadas anteriormente, são de suma importância, tais como a execução de alongamentos. O policial ciclista executa uma rotina diária de esforço físico similar ao de um atleta. São muitas horas de trabalho pedalando, executando uma atividade aeróbia e que exige de todo o corpo, mas principalmente das pernas e da coluna vertebral. Assim é extremamente necessário a execução de exercícios de alongamento antes e depois do turno de serviço. Os alongamentos são essenciais para manter a flexibilidade dos músculos e, consequentemente, a mobilidade e amplitude de movimento normais das articulações e auxiliam na boa circulação sanguínea. Para um alongamento eficaz, deve-se assumir a posição do alongamento e mantê-la entre 15 a 30 segundos, não fazendo movimentos ou forçando demais o músculo.

6.2 Aplicação das Leis da Física

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6.3 Eficiência das marchas

O uso das marchas permite que o policial se desloque com maior eficiência e com menor esforço. Passando a marcha para leve, permite que o corpo use o sistema aeróbico para produção de energia. Depósitos de energia para este sistema são de pouca durabilidade.

Colocando uma marcha pesada, tende a forçar o corpo para o uso do sistema anaeróbico de ener-gia, o qual supre um período de cerca de 10 minutos. Também gera ácido láctico na circulação mais rápi-do rápi-do que o corpo pode eliminar, resultanrápi-do rápi-dor prolongada (queimadura muscular).

Pedalar com suavidade, cadência rápida, faz com que as suas pernas fiquem mais flexíveis e rela-xadas, em vez de ficarem tensas e cansadas.

Uma rotação rápida mantém a reserva de potência nas suas pernas para o caso de você necessitar, como por exemplo, para fugir de um cachorro, em subidas e em perseguição.

Desenvolver uma boa cadência é à base de seu treinamento para aprender a pedalar nas marchas leves. É a sua base de preparação para as marchas pesadas que você usará mais tarde.

As marchas mais leves (fáceis) são as que estão mais próximas do quadro. Com a menor coroa (interior) e a maior catraca, contrariamente a marcha mais pesada (forte), a corrente move para fora do quadro.

Quando se está em uma reta a coroa a ser utilizada é a do meio. Quando se está em uma subida a coroa dianteira pequena e grande traseira devem ser a selecionadas (conforme o aclive) e na descida deve-se usar a coroa dianteira grande e pequena tradeve-seira (conforme o declive). As relações de marchas citadas aproveitarão melhor a força aplicada no pedal e minimizarão a resistência do ar, o atrito e a gravidade.

7. DIREÇÃO DEFENSIVA, REGRAS DE CIRCULAÇÃO E PISTAS DE TREINAMENTO

7.1. Direção defensiva na condução de bicicleta

O conceito de direção defensiva se descreve como condicionar seus reflexos pilotando por você e pelos outros, de modo a antecipar-se dos movimentos de outros motoristas.

Ao se deslocar pelas ruas utilizando a bicicleta como meio de transporte, o ciclista esta exposto a alguns riscos em razão de muitos motoristas desconhecerem o CTB no que tange a circulação de bicicletas, ressaltando-se aí a importância do treinamento dos militares componentes do Ciclo Patrulha. Estes, além dos riscos do deslocamento com bicicletas nas vias urbanas, também devem estar atentos aos riscos e situações que exigem a atividade policial.

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Existem várias situações de perigo que o ciclo patrulheiro pode enfrentar. Talvez as mais comuns e que, certamente, vão exigir dele habilidade, raciocínio rápido, treinamento e reflexos apurados, são: a abertura brusca de porta do veículo (Ver FIG. 29, 30 e 31), a conversão inesperada de um veículo, interceptação dianteira (Ver FIG. 32, 33) e a freada repentina de um veículo que está a sua frente (Ver FIG. 34).

As colisões em portas de veículos, abertas repentinamente, podem ser evitadas com o afastamento do ciclista aos poucos para a esquerda ou direita conforme o caso. Lembrando que o deslocamento para se desviar de uma eventual abertura de porta, deve preceder uma rápida visualização do tráfego. Isso é necessário para evitar o desvio na trajetória dos veículos que estiverem em deslocamento no corredor de trânsito (via). Logo, executa-se um desvio do centro de gravidade do corpo para o lado oposto, passando rente à porta do carro, retomando sua trajetória original. (Ver FIG. 29, e 31)

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FIG. 30 - Deslocamento do centro de gravidade do corpo para o lado oposto do obstáculo.

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Outra situação é a transposição de via lateral. O ideal é que o ciclista observe a retaguarda pelo seu lado esquerdo, se posicione centralizado na faixa da direita e sinalize, estendendo o braço esquerdo, demonstrando a impossibilidade de ser ultrapassado por um veículo que venha a realizar a conversão a direita. Porém, no caso da virada inesperada do veículo, atravessando a trajetória do ciclista (fechada), que esteja muito próximo e não consiga frear, ou desrespeite a intenção do ciclista, pode-se fazer a curva (ou a virada) juntamente com o veículo, acompanhando seu trajeto, até conseguir parar, evitando um abalroamento em sua lateral. (Ver FIG. 32 e 33).

FIG. 32 – Policial em sua trajetória normal.

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Para defender-se da freada repentina do veículo que está a sua frente, o ciclista poderá, caso não consiga frear, proteger sua cabeça e estender uma das mãos para apoiá-la no veículo que está a sua frente ou ao lado, mantendo o seu equilíbrio e assim, conseguirá frear também. (Ver FIG. 34).

FIG. 34 – Defesa de freada repentina.

Os deslocamentos nas faixas da esquerda e nas faixas exclusivas de ônibus, apesar de permitido, devem ser evitados. O CTB determina a circulação nas bordas da pista, mas não especifica em qual lado. Na borda esquerda não é recomendado pelo fato de ser a faixa de trânsito rápido. Levando em consideração que a bicicleta não desenvolve uma velocidade compatível com a referida faixa, no caso de uma eventual resposta de frenagem do motorista, a velocidade reduz drasticamente assim como o “tempo de resposta” (frenagem) do mesmo.

As faixas exclusivas de ônibus, não são recomendadas devido ao fato da desproporção entre o veículo e o ciclista, o deslocamento próximo a estes veículos deve ser sempre evitado, por causa do risco de atropelamento em caso de queda próximo a suas rodas.

Em uma via comum, os veículos de transporte coletivo devem ser sempre ultrapassados pela esquerda, evitando incidentes de atropelamento de passageiros tanto embarcando como desembarcando.

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7.2 Regras de circulação

De acordo com definição do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), a bicicleta figura entre os veículos que estão sujeitos às normas definidas pelo código. Assim as regras de circulação de veículos devem ser observadas pelo ciclo patrulheiro durante o desempenho de suas atividades.

Conforme CTB, a circulação de bicicletas deverá obedecer ao seguinte disposto:

Art. 58. Nas vias urbanas e nas rurais de pista dupla, a circulação de bicicletas

deverá ocorrer, quando não houver ciclovia, ciclo faixa, ou acostamento, ou quando não for possível a utilização destes, nos bordos da pista de rolamento, no mesmo sentido de circulação regulamentado para a via, com preferência sobre os veículos automotores.

Parágrafo único. A autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via poderá autorizar a circulação de bicicletas no sentido contrário ao fluxo dos veículos automotores, desde que dotado o trecho com ciclo faixa.

7.3 Sinalização e negociação para a manobra ou mudança de faixa

A bicicleta, por ser um veículo de propulsão humana, geralmente desloca-se com velocidade inferior a dos demais veículos presentes na via, e embora possua equipamentos de segurança obrigatórios, expõe seu condutor a um risco maior de lesão em caso de acidentes com outros veículos. Assim, toda manobra ou mudança de faixa deverá ser executada pelo ciclo patrulheiro de forma segura, de modo a não trazer risco a sua integridade física.

Sobre este assunto o CTB traz o seguinte disposto:

Art. 35. Antes de iniciar qualquer manobra que implique um deslocamento lateral, o

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Parágrafo único. Entende-se por deslocamento lateral a transposição de faixas, movimentos de conversão à direita, à esquerda e retornos.

a) Conversão a esquerda em via de mão dupla

Inicialmente o ciclista que está deslocando a direita da via, deverá sinalizar e deslocar com a bici-cleta para a esquerda da via, sem contudo, atingir a contramão de direção, esta manobra deverá ser execu-tada antes do ponto de conversão. Após isso, deverá sinalizar novamente e efetuar a manobra de conver-são à esquerda da via, devendo posicionar novamente a bicicleta, após a converconver-são, à direita da via.

FIG. 35 - Diagrama de conversão à esquerda em via de mão dupla.

b) Forma correta para mudança de faixa de trânsito

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FIG. 36 - Forma correta para mudança de faixa de trânsito.

c) Conversão à esquerda em via de mão dupla separada por obstrução física, como passeios, canteiros etc.

Após o posicionamento correto na via, o ciclo patrulheiro deverá atingir o centro do cru-zamento e convergir à esquerda. Efetuar a transposição da outra mão de direção obedecendo a sinalização do local .

FIG. 37 - Conversão à esquerda em via de mão dupla separada por obstrução física, como passeios, canteiros etc.

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O ciclo patrulheiro deverá manter-se o mais próximo possível à direita da via para então efetuar a conversão à direita. A manobra deverá ser precedida de sinalização e observação do trânsito

FIG. 38 - Conversão à direita em via de mão dupla

e) Posicionamento correto para seguir em frente, sendo uma das faixas destinadas para conversão à esquerda

O ciclo patrulheiro deverá posicionar-se, com antecedência, no lado direito da faixa destinada ao trafego que vai seguir em linha reta. Esse posicionamento deverá ser precedido de sinalização e observação do trânsito.

FIG. 39 - Posicionamento correto para seguir em frente, sendo uma das faixas destinadas para conversão à esquerda.

f) Manobra de ultrapassagem

Deverá ser executada somente em locais em que o trânsito esteja bem lento e propício para a manobra. Para tal é importante que o ciclista sinalize e tenha a certeza de que o motorista entendeu a sua intenção.

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8. PISTAS DE TREINAMENTO DE CICLISMO PROFISSIONAL

A bicicleta é um meio de transporte que exige habilidades variadas do seu condutor, principal-mente por possuir apenas duas rodas. Visando buscar um aprimoramento das qualidades do ciclista poli-cial, desenvolvendo os seus reflexos e corrigindo vícios, foram estabelecidas as pistas que se sequem. Elas devem ser usadas para analisar a aptidão de todo o policial ciclista.

Para a montagem da pista foi utilizada a medida em pés1 que nada tem a ver com a medida aeronáutica.

8.1 Pista de manobra em W

Serve para o treinamento de habilidades de manobras à direita e à esquerda, bem como controle de freios e pedais e trabalho simultâneo, bem como corrigir os vícios de voltar o pedal, olhar para o pneu, má postura e falta de controle da bicicleta em várias situações. Oferece técnica e maestria na arte do ciclismo.

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8.2 Pista de manobras em círculo

Serve para aprimorar o equilíbrio e o controle de freios e de tração em várias situações.

FIG. 42 - Pista de Manobra em Círculo.

8.3 Caixa de manobra de coordenação

É muito importante para desenvolver o raciocínio e o planejamento do ciclista em diversas situações, bem como melhorar a sua coordenação motora.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA SOBRINHO, José (Org.). Código de Trânsito Brasileiro.

1ª ed. Campinas: Misuno, 1998.

ALTER, Michael J. Alongamento para os esportes: 311 alongamentos para 41 esportes. Tradução: Terezinha Oppido. 2. ed. São Paulo: Manole, 1999.

AVELAR, Rui. Safety Equipment and Cicle Clothing for the Police Patrol

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BRASIL. Lei 9503 de 23 de setembro de 1997. Código de Trânsito Brasileiro. Brasília, 1997.

ENCICLOPÉDIA BARSA. São Paulo: Encyclopaedia Britânica Editóres, 1965.3V

ENCICLOPÉDIA MIRADOR Internacional. São Paulo: Enciclopédia

Britânica do Brasil Publicações, 4.v. 1992.

HINAULT, Bernard. Road Racing and Techniques and Training. Can Bike, Canadian Cycling Association, fevereiro/1995.

KINDREE, Paul. Corsacycles, Squamish. BC, fevereiro/1995.

MIAMI-DADE. Police Department. A Training Program for Bicycle Patrol

Officers, International Police Mountain Bike Association. 1993.

RAINEY, Cst Bert. VPD Bicycle Coordinator

SCATTONE, Pedro et al. Quanto tempo vai durar sua bike? Bike Sport, São Paulo, Ano I, nº 5., p.17. 1984.

SHIMANO AMERICAN CORPORATION . One Shimano Drive P.O . Box 19615 Invine, Califórnia, USA 92713-96915. 1994.

The Toronto City Cycling Commitee Basic. Traficc Cycling Principles. Março/1994.

TORRES, Alexandre. Pilotagem Defensiva, Bike Sport, São Paulo, Ano XI, nº 72, p.39-41, maio/95.

Tomem conhecimento e providenciem a respeito os Órgãos envolvidos. OPM envolvidas: Todas.

(Nota Bol nº 124/2015 de 02JUN15 do EMG-PM/3)

ALBERTO PINHEIRO NETO - CEL PM

COMANDANTE GERAL

POR DELEGAÇÃO:

Imagem

FIG. 5  –  Aproximação (Passo 4).
FIG. 7  –  Sequência de saída à retaguarda (Passo 1).
FIG. 9  –  Sequência de saída à retaguarda (Passo 3).
FIG. 11 - Sequência de saída inclinada à retaguarda (Passo 1).
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