Pontif´ıcia Universidade Cat´
olica de Goi´
as
Departamento de Computa¸c˜
ao
Fundamentos IV
Essˆencia do c´
alculo
◮ Conceitos matem´aticos relacionados com a diferencia¸c˜ao e a
Diferenciar
◮ Significa marcar por diferen¸cas, distinguir,..., perceber a
diferen¸ca em ou entre
◮ No contexto da matem´atica, a derivada serve como o
principal ve´ıculo para a diferencia¸c˜ao
◮ Representa a raz˜ao de mudan¸ca de uma vari´avel dependente
Figura 1 - defini¸c˜
ao gr´
afica de derivada
◮ Conforme ∆x se aproxima de zero ao ir de a) at´e c), a
aproxima¸c˜ao por diferen¸cas v˜ao se convirtendo em uma derivada
Defini¸c˜
ao matem´
atica de derivada
◮ Come¸ca com uma aproxima¸c˜ao por diferen¸cas
∆y ∆x =
f(xi + ∆x) − f (xi)
∆x (1)
◮ y e f (x) s˜ao representa¸c˜oes alternativas da vari´avel
Primeira derivada
◮ Se ∆x aproxima de zero, como mostra a Figura de a) at´e c) ◮ O quociente das diferen¸cas se converte em uma derivada
dy
dx = lim∆x→0
f(xi + ∆x) − f (xi)
∆x
◮ onde dy /dx, denotada por y′ ou f′(x
i), ´e a primeira derivada
de y em rela¸c˜ao a x calculada em xi
◮ Como mostrado na Figura, a derivada ´e a inclina¸c˜ao da
Integra¸c˜
ao
◮ O proceso inverso da diferencia¸c˜ao ´e a integra¸c˜ao
◮ Integrar significa juntar partes em um todo, unir, indicar a
Integra¸c˜
ao, matematicamente
I = Z b
a
f(x)dx (2)
◮ Que representa a integral da fun¸c˜ao f (x) em rela¸c˜ao a
vari´avel independente x
◮ Calculada entre os limites x = a e x = b
Total da soma
◮ A Equa¸c˜ao (2) ´e o total da soma ou o valor de f (x)dx ao
longo do intervalo de x = a e x = b
◮ O s´ımboloR ´e uma letra S estilizada antiga que representa a
Figura 2 - integral definida
◮ Representa¸c˜ao gr´afica da integral de f (x) entre os limites
x = a e x = b
´
Area sob a curva
◮ A Figura 2 representa uma manifesta¸c˜ao gr´afica do conceito ◮ Para fun¸c˜oes que est˜ao acima do eixo x, a integral, expressa
pela Equa¸c˜ao (2) corresponde a ´area abaixo da curva de f (x) entre x = a e x = b
Rela¸c˜
ao entre diferencia¸c˜
ao e integra¸c˜
ao
◮ A distin¸c˜ao ou discrimina¸c˜ao da diferencia¸c˜ao e o juntar da
integral s˜ao processos relacionados
Diferencia¸c˜
ao
◮ Se temos uma fun¸c˜ao dada y (t) que especif´ıca a posi¸c˜ao de
um objeto em fun¸c˜ao do tempo
◮ A diferencia¸c˜ao ´e um meio de determinar sua velocidade
v(t) = d dty(t)
Integra¸c˜
ao
◮ De manera inversa, se temos a velocidade como uma fun¸c˜ao
do tempo, a integra¸c˜ao determina sua posi¸c˜ao
y(t) = Z t
0
v(t)dt
◮ De maneira geral, o c´alculo da integral
I = Z b
a
f(t)dx
◮ E equivalente a resolver a equa¸c˜´ ao diferencial
dy
dx = f (x)
◮ A fun¸c˜ao ser a diferenciada ou integrada deve estar em uma
das siguientes trˆes formas:
1. Uma fun¸c˜ao cont´ınua simples como um polinˆomio, uma fun¸c˜ao exponencial ou uma fun¸c˜ao trigonom´etrica
2. Uma fun¸c˜ao cont´ınua complicada que ´e dif´ıcil ou impos´ıvel de diferenciar ou integrar diretamente
3. Uma fun¸c˜ao tabulada onde os valores de x e f (x) s˜ao dados de um conjunto discreto de pontos, como dados experimentais de campo
No primeiro caso
◮ A derivada ou a integral da fun¸c˜ao simples ´e feita
No segunda caso
◮ As solu¸c˜oes anal´ıticas n˜ao s˜ao f´aceis e as vezes s˜ao
imposs´ıveis de obter
◮ Nesse caso, como no terceiro caso de dados discretos, deve
Diferencia¸c˜
ao gr´
afica
◮ Um m´etodo sem computador para determinar as derivadas a
partir de dados ´e conhecido como diferencia¸c˜ao gr´afica por ´
areas iguais
◮ Os dados (x, y ) s˜ao tabulados e, para cada intervalo,
emprega-se uma diferen¸ca dividida simples ∆y /∆x para estimar a inclina¸c˜ao (declive)
◮ Os valores s˜ao representados como uma curva em degraus
contra x (Figura 4)
◮ E uma curva suave para aproximar a ´´ area sob a curva ´e ent˜ao
desenhada
◮ E desenhada de modo que as ´´ areas positivas e negativas s˜ao
equilibradas visualmente
◮ As raz˜oes para determinados valores de x pode ser lido a
Diferencia¸c˜
ao por ´
areas iguais
a) Usamos as diferen¸cas divididas centradas para estimar a derivada em cada intervalo entre os dados
b) As estimativas da derivada s˜ao representadas na forma de gr´afico de barras
◮ Superpomos uma curva suave sobre este gr´afico para
aproximar a ´area debaixo do gr´afico de barras
◮ Isso ´e feito tra¸cando a curva tal que as ´areas iguais positivas e
negativas sejam equilibradas
Integra¸c˜
ao por ´
areas
◮ Podemos usar procedimentos visuais orientados para integrar
dados tabulados e fun¸c˜oes complicadas
◮ Um procedimento intuitivo simples consiste em desenhar o
gr´afico da fun¸c˜ao sobre uma quadr´ıcula (Figura 5) e contar o n´umero de cuadros que se aproximam da ´area
◮ Este n´umero multiplicado pela ´area de cada quadro
proporciona uma estimativa aproximada da ´area total sob a curva
◮ Esta estimativa pode ser melhorada com uma grelha cada vez
Segmentos verticais
◮ Divis˜ao da ´area em segmentos verticais ou barras, com um a
altura igual ao valor da fun¸c˜ao no ponto m´edio de cada barra ( Figura 5)
◮ A ´area dos ret´angulos s˜ao calculadas e ´e feita a soma para
estimar a ´area total
◮ Sup˜oe-se que o valor no ponto m´edio da barra oferece uma
aproxima¸c˜ao v´alida da altura por meio da fun¸c˜ao em cada barra
◮ E poss´ıvel melhorar as estima¸c˜´ oes usando mais barras (e em
Emprego da diferencia¸c˜
ao
◮ A diferencia¸c˜ao ´e comum em engenharia devido a an´alise das
mudan¸cas de vari´aveis, tanto no tempo como no espa¸co
◮ Muitas leis e outras generaliza¸c˜oes que aparecem
constantemente baseiam-se na maneira previs´ıvel que a mudan¸ca se manifesta no mundo f´ısico
◮ Um exemplo importante ´e a segunda lei de Newton, que n˜ao ´e
expressa em termos da posi¸c˜ao de um objeto, mas sim sobre a altera¸c˜ao do posi¸c˜ao em rela¸c˜ao ao tempo 1
1A for¸ca resultante sobre um corpo ´e igual ao produto da massa pela
Fluxo de calor
◮ Al´em deste exemplo que envolve tempo, in´umeras leis que
regem a comportamento das vari´aveis no espa¸co s˜ao expressos em termos de derivadas
◮ Entre as mais comuns s˜ao as leis que consideram potencial ou
gradientes
◮ Por exemplo, a lei de Fourier da condu¸c˜ao de calor quantifica
a observa¸c˜ao de que o calor flui de regi˜oes de maior a menor temperatura
◮ No caso unidimensional, ´e expresa na forma matem´atica como
Fluxo de calor = −k′dT
Derivada como medida
◮ A derivada proporciona uma medida da intensidade da troca
de temperatura, ou gradiente, que ocasiona a transferˆencia de calor
◮ Leis similares proporcionam modelos pr´aticos em muitas ´areas
da engenharia, entre eles incluem o modelo da dinamica dos fluidos, a transferˆencia de massa, a cin´etica das rea¸c˜oes qu´ımicas e o fluxo electromagn´etico
◮ A habilidade para estimar de maneira exata as derivadas ´e
uma qualidade importante da nossa capacidade para trabalhar de maneira eficiente nestas ´areas
C´
alculo de ´
areas
◮ O c´alculo das integrales ´e igualmente importante
◮ V´arios exemplos relacionados diretamente com a idea da
integral como a ´area sob a curva
◮ A Figura 6 ilustra alguns casos onde ´e usada a integra¸c˜ao com
Figura 6 - integral para o c´
alculo de ´
areas
a) Um top´ografo pode saber a ´area de um campo por uma corrente limitada e dois percursos em ziguezague
b) Um engenheiro em hidr´aulica pode conhecer a ´area da se¸c˜ao transversal de um rio
c) Um engenheiro em estrutura pode determinar a for¸ca exercida por vento n˜ao uniforme que sopra contra um lado de um pr´edio
Aplica¸c˜
oes da integral
a) Um top´ografo pode precisar de saber a ´area de um campo por uma corrente limitada e dois percursos em ziguezague
b) Um engenheiro em hidr´aulica precisa conhecer a ´area da se¸c˜ao transversal de um rio
c) Um engenheiro em estrutura pode determinar a for¸ca exercida por vento n˜ao uniforme que sopra contra um lado de um pr´edio
F´
ormulas de integra¸c˜
ao de
Newton-Cotes ou regras de
quadratura de Newon-Cotes
F´
ormulas de integra¸c˜
ao de Newton-Cotes
◮ As f´ormulas de Newton-Cotes s˜ao os tipos de integra¸c˜ao
num´erica mais comuns
◮ Se baseam na estrat´egia de substituir uma fun¸c˜ao complicada
ou dados tabulados por um polinˆomio de aproxima¸c˜ao que ´e f´acil de integrar: I = Z b a f(x)dx (3) ◮ onde f
n(x) = um polinˆomio da forma
fn(x) = a0+ a1x+ . . . + an−1xn−1+ anxn, n ´e o grau do
Figura 7 - segmentos
◮ A integral tamb´em pode ser aproximada atrav´es de um
conjunto de polinomios seccionalmente aplicados a dados ou a fun¸c˜ao por segmentos de comprimento constante
Formas fechadas e abertas
◮ Existen formas fechadas e abertas das f´ormulas de
Newton-Cotes
◮ As formas fechadas s˜ao aquelas onde se conhecem os dados
do inicio e ao final dos limites de integra¸c˜ao (Figura 8a)
◮ As formas abertas tem limites de integra¸c˜ao que se extendem
al´em do intervalo dos dados (Figura 8b), s˜ao similares a extrapola¸c˜ao
◮ No geral, as formas abertas de Newton-Cotes n˜ao s˜ao usadas
para integra¸c˜ao definida
◮ S˜ao usadas para integrais impr´oprias e para a solu¸c˜ao de
Figura 8 - formas abertas e fechadas
◮ Diferen¸ca entre as f´ormulas de integra¸c˜ao a) fechadas e b)
Regra do trap´ezio
◮ A regra do trap´ezio ´e a primera das f´ormulas fechadas de
integra¸c˜ao de Newton- Cotes
◮ Corresponde ao caso onde o polinˆomio da Equa¸c˜ao (3) ´e de
primeiro grau
I = Z b
a
´
Area sob a reta
◮ J´a vimos que uma reta pode ser representada por
f1(x) = f (a) +
f(b) − f (a)
b − a (x − a) (4)
◮ A ´area abaixo desta reta ´e uma aproxima¸c˜ao da integral de
f(x) entre os limites a e b I = Z b a f(a) +f(b) − f (a) b − a (x − a) dx
◮ O resultado da integra¸c˜ao ´e
I = (b − a)f(a) + f (b)
2 (5)
Como ´e obtida a regra do
trap´ezio
Como obter a regra do trap´ezio
◮ Antes da integra¸c˜ao, a equa¸c˜ao (4) pode ser escrita como
f1(x) =
f(b) − f (a)
b − a x+ f (a) −
af(b) − af (a) b − a
Como obter a regra do trap´ezio, cont.
◮ Agrupando os ´ultimos termos
f1(x) = f(b) − f (a) b − a x+
bf(a) − af (a) − af (b) + af (a) b − a ◮ ou f1(x) = f(b) − f (a) b − a x+ bf(a) − af (b) b − a
◮ Que pode ser integrada entre x = a e x = b para obter
I = f(b) − f (a) b − a x2 2 + bf(a) − af (b) b − a x b a
Como obter a regra do trap´ezio, cont.
◮ Este resultado ´e calculado para dar
I = f(b) − f (a) b − a (b 2 − a2) + bf(a) − af (b) b − a (b − a) ◮ Como b2− a2= (b − a)(b + a) I = [f (b) − f (a)]a+ b 2 + bf (a) − af (b)
◮ Multiplicando e agrupando termos, temos
I = (b − a)f(a) + f (b) 2
Significado da regra do trap´ezio
◮ Geometricamente, a regra do trap´ezio ´e equivalente a
aproximar a area do trap´ezio abaixo da reta que une f (a) e f(b) na Figura 9
◮ A integral aproximada ´e representada como
Figura 10 - representa¸c˜
ao gr´
afica da regra do trap´ezio
a) A f´ormula para calcular a ´area de um trapez´oide: altura pela m´edia das bases
b) Para a regra do trap´ezio, o conceito ´e o mesmo mas agora o trap´ezio est´a sobre seu lado
◮ ou
Forma geral de Newton-Cotes
◮ Na regra do trap´ezio, a altura m´edia ´e a m´edia dos valores da
fun¸c˜ao nos pontos extremos, [f (a) + f (b)]/2
◮ Todas as f´ormulas fechadas de Newton-Cotes s˜ao escritas de
modo geral como na equa¸c˜ao (7)
Erro da regra do trap´ezio
◮ Quando usamos a integral abaixo de um segmento de reta
para aproximar a integral abaixo de uma curva temos um erro que pode ser importante (Figura 11)
◮ Uma estimativa do erro de truncamento local para uma s´o
aplica¸c˜ao da regra do trap´ezio ´e
Ei = −
1 12f
′′
(ξ)(b − a)3 (8)
◮ ξ est´a em algum lugar no intervalo [a b]
◮ A equa¸c˜ao (8) indica se a fun¸c˜ao sujeita a integra¸c˜ao ´e linear,
a regra do trap´ezio ser´a exata
◮ Para fun¸c˜oes com derivadas de segunda ordem e de ordem
Figura 11 - uma aplica¸c˜
ao da regra do trap´ezio
◮ Representa¸c˜ao gr´afica do emprego de uma s´o aplica¸c˜ao daregra do trap´ezio para aproximar a integral de
f(x) = 0.2 + 25x − 200x2+ 675x3− 900x4+ 400x5 de x = 0 a 0.8
Como obter o erro da regra do
trap´ezio
Como obter o erro da regra do trap´ezio
◮ Uma maneira alternativa para obter a regra do trap´ezio
consiste em integrar o polinˆomio de interpola¸c˜ao de Newton-Gregory I = Z b a f(a) + ∆f (a)α + f ′′ (xi ) 2 dx (9)
◮ Para simplificar a an´alise, considere que se a = (x–a)/h, ent˜ao
Como obter o erro da regra do trap´ezio, cont.
◮ Devido h = b–a (para um segmento da regra do trap´ezio), os
limites de integra¸c˜ao a e b correspondem a 0 e 1, respectivamente
◮ Logo, a equa¸c˜ao (9) ´e expresa como
I = h Z 1 0 f(a) + ∆f (a)α +f ′′ (ξ)α(α − 1)h2 2 deα
◮ Supomos que para uma h pequeno, o termo f′′(x) ´e
aproximadamente constante, ent˜ao o resultado da integra¸c˜ao ´e
I = h αf (a) + α 2 2 ∆f (a) + α3 6 − α2 4 f′′ (ξ)h2 1 0
Como obter o erro da regra do trap´ezio, cont.
◮ Tomando os limites de integra¸c˜ao
I = h = f(a) + f (b) 2 − 1 12f ′′ (ξ)h3
◮ Como ∆f (a) = f (b) − f (a), o resultado pode ser escrito como
I = h = f(a) + f (b) 2
| {z }
Regra do trap´ezio
− 1 12f ′′ (ξ)h3 | {z } Erro de truncamento
◮ O primeiro termo ´e a regra do trap´ezio e o segundo ´e uma
Aplica¸c˜
ao simples da regra de
trap´ezio
Exemplo 1 - aplica¸c˜
ao simples da regra do trap´ezio
◮ Usando a equa¸c˜ao (5) integre numericamente
f(x) = 0.2 + 25x − 200x2+ 67x3− 900x4+ 400x5
◮ No intervalo [0, 0.8]
◮ O valor exato da integral determinado de forma anal´ıtica ´e
Solu¸c˜
ao
◮ Calcular a fun¸c˜ao nos limites
f(0) = 0.2 f(0.8) = 0.232
◮ Substituindo na equa¸c˜ao (5), temos
I = 0.80.2 + 0.232
Solu¸c˜
ao, cont.
◮ O erro pode ser calculado como
Ei = 1.640533 − 0.1728 = 1.467733
◮ Corresponde a um erro relativo porcentual de ǫ
i = 89.5%
◮ A raz˜ao desse erro t˜ao grande ´e evidente no gr´afico da Figura
Solu¸c˜
ao, cont.
◮ A ´area sob a reta n˜ao leva em conta uma por¸c˜ao significativa
da integral que est´a acima da reta
◮ Em situa¸c˜oes reais, talvez n˜ao conhecemos o valor verdadeiro
da integral
Solu¸c˜
ao, cont.
◮ Para obter essa estimativa calculamos a segunda derivada da
fun¸c˜ao no intervalo, derivando duas vezes a fun¸c˜ao original
f′′
◮ O valor m´edio da segunda derivada ´e calculado usando a equa¸c˜ao M´edia= Rb a f(x)dx b − a f′′ (x) = R0.8 0 (−400 + 4050x − 10800x2+ 8000x3)dx 0.8 − 0 = −60
◮ Que ´e equivalente a equa¸c˜ao (8) e o resultado ´e
Ea= −
1
12(−60(0.8)
Solu¸c˜
ao, cont.
◮ Ea ´e da mesma ordem e mesmo sinal do erro verdadero ◮ Existe uma discrepˆancia, uma vez que num intervalo desse
tamanho, a m´edia da segunda derivada n˜ao ´e necessariamente uma aproxima¸c˜ao precisa de f′′
(x)
◮ Indicamos o erro aproximado pela nota¸c˜ao Ea e o valor no
Aplica¸c˜
ao m´
ultipla da regra de
trap´ezio
Aplica¸c˜
ao m´
ultipla da regra de trap´ezio
◮ Uma forma de melhorar a precis˜ao da regra do trap´ezio
consiste em dividir o intervalo de integra¸c˜ao de a at´e b em v´arios segmentos e aplicar o m´etodo a cada um dos intervalos (Figura 12)
◮ As ´areas dos segmentos se somam para obter a integral em
todo o intervalo
◮ As equa¸c˜oes resultantes se chamam f´ormulas de integra¸c˜ao de
Figura 12 - aplica¸c˜
ao m´
ultipla da regra do trap´ezio
◮ Ilustra¸c˜ao da aplica¸c˜ao m´ultipla da regra do trap´ezioa) dois segmentos
b) trˆes segmentos
c) quatro segmentos
Figura 13 - formato geral e nomenclatura para integrais de
aplica¸c˜
ao m´
ultipla
◮ Existe n + 1 pontos igualmente espa¸cados (x
n segmentos de mesma largura
◮ Existem n segmentos de mesma largura
h= b − a
n (10)
◮ Se a e b s˜ao definidos como x
0 e xn, respectivamente, a
integral completa ´e representada como
I = Z x1 x0 f(x)dx + Z x2 x1 f(x)dx + . . . + Z xn xn−1 f(x)dx
Substituir a regra de cada integral
◮ Substituindo a regra do trap´ezio em cada integral obtemos
I = hf(x0) + f (x1) 2 + h f(x1) + f (x2) 2 + . . . + h f(xn−1) + f (xn) 2 (11) ◮ Ou agrupando os termos I = h 2 " f(x0) + 2 n=1 X i=1 f(x1) + f (xn) # (12)
◮ Ou usando a equa¸c˜ao (10) para expressar a equa¸c˜ao (12) na
forma geral da equa¸c˜ao (7)
I = (b − a) | {z } Largura f(x0) + 2Pn=1i=1 f(xi) + f (xn) 2n | {z } Altura m´edia (13)
Divis˜
ao por 2n
◮ Como o somat´orio dos coeficientes de f (x) no numerador
dividido entre 2n ´e igual a 1
◮ A altura m´edia representa uma m´edia ponderada dos valores
da fun¸c˜ao
◮ De acordo com a equa¸c˜ao (13), aos pontos interiores s˜ao
dadas duas vezes o peso que aos dois pontos extremos f (x0) e
Adi¸c˜
ao de erro
◮ Tem um erro com a regra trap´ezio para m´ultiplas aplica¸c˜oes,
adicionando os erros individuais de cada segmento
Et = −(b − a) 3 12n3 n X i=1 f′′ (ξi) (14) ◮ Onde f′′(x
i) ´e a segunda derivada num ponto xi, localizado
no segmento i
◮ Este resultado ´e simplificado ao estimar a m´edia ou valor
m´edio da segunda derivada em todo o intervalo como
¯ f′′ ≈ Pn i=1f ′′ (ξi) n (15) ◮ Logo, P f′′(ξ
i) ≈ n¯f′′ e a equa¸c˜ao (14) ´e reescrita como
Ea= (b − a) 2
12n2 ¯f ′′
Erro dividido por quatro
◮ Assim, se o n´umero de segmentos ´e duplicado ◮ O erro de truncamento ´e dividido por quatro
◮ Observe que a equa¸c˜ao (16) ´e um erro aproximado devido a
Exemplo 2 - aplica¸c˜
ao m´
ultipla da regra do trap´ezio
◮ Use a regra do trap´ezio com dois segmentos para estimar
f(x) = 0.2 + 25x–200x2 + 675x3–900x4+ 400x5
◮ No intervalo [a = 0 b = 0.8]
◮ Use a equa¸c˜ao (16) para estimar o erro ◮ O valor correto para a integral ´e 1.640533
Solu¸c˜
ao
◮ n = 2(h = 0.4) ◮ f(0) = 0.2 f (0.4) = 2.456 f (0.8) = 0.232 ◮ I = 0.80.2+2(2.456)+0.232 4 = 1.0688 ◮ E t = 1.640533–1.0688 = 0.57173, Ea = 34.9% ◮ E a= − 0.8 3 12(2)2(−60) = 0.64◮ Onde –60 ´e a m´edia da segunda derivada, determinada