• Nenhum resultado encontrado

APÓLICE DE SEGURO OBRIGATÓRIO DE ACIDENTES DE TRABALHO E DOENÇAS PROFISSIONAIS PARA TRABALHADORES POR CONTA PRÓPRIA

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "APÓLICE DE SEGURO OBRIGATÓRIO DE ACIDENTES DE TRABALHO E DOENÇAS PROFISSIONAIS PARA TRABALHADORES POR CONTA PRÓPRIA"

Copied!
12
0
0

Texto

(1)

Tranquilidade Moçambique Companhia de Seguros SA Tranquilidade Moçambique Companhia de Seguros Vida SA Sede: Av. Armando Tivane, 1212 - CP 1959 - Maputo - Moçambique NUIT 400 347 107 NUIT 400 346 976 T: +258 21 483710/15

 

PARA TRABALHADORES POR CONTA PRÓPRIA

CONDIÇÕES GERAIS Cláusula Preliminar

1. Entre a TRANQUILIDADE MOÇAMBIQUE COMPANHIA DE SEGUROS, S.A. , adiante designada

por Tranquilidade, e o Tomador do Seguro mencionado nas Condições Particulares, estabelece-se um contrato de seguro que se regula pelas presentes Condições Gerais e pelas Condições Particulares, e ainda, se contratadas, pelas Condições Especiais.

2. A individualização do presente contrato é efectuada nas Condições Particulares, com, entre outros,

a identificação das partes e do respectivo domicílio, os dados do Segurado, os dados dos representantes do Segurador para efeito dos sinistros, e a determinação do prémio ou a fórmula do respectivo cálculo.

3. As Condições Especiais prevêem a cobertura de outros riscos e ou garantias além dos previstos nas

presentes Condições Gerais e carecem de ser especificamente identificadas nas Condições Particulares.

CAPÍTULO I

Definições, objecto e garantias do Contrato

Cláusula 1.ª - Definições

Para efeitos do presente contrato entende-se por:

a) Apólice, conjunto de Condições identificado na cláusula anterior e na qual é formalizado o contrato de seguro celebrado;

b) Segurador, a TRANQUILIDADE MOÇAMBIQUE COMPANHIA DE SEGUROS, S.A., entidade legalmente autorizada para a exploração do seguro de acidentes de trabalho e doenças profissionais para trabalhadores por conta própria, que subscreve com o Tomador do Seguro o presente contrato, e que adiante se designa abreviadamente por Tranquilidade;

c) Tomador do Seguro, a pessoa ou entidade que contrata com a Tranquilidade, sendo responsável pelo pagamento do prémio;

d) Pessoa Segura, o trabalhador por conta própria no interesse do qual o presente contrato é celebrado; e) Trabalhador por conta própria, o trabalhador que exerce uma actividade profissional por conta própria; f) Local de trabalho, todo o lugar em que o trabalhador se encontra ou deva dirigir-se em virtude do seu trabalho, considerando-se como tal a própria residência habitual ou ocasional do trabalhador, nos casos em que o trabalho seja efectuado em casa.

(2)

preparação ou com ele relacionados, e o que se lhe seguir, em actos também com ele relacionados, e ainda as interrupções normais ou forçosas de trabalho;

h) Sinistrado, a Pessoa Segura que sofreu um acidente de trabalho;

i) Cura clínica, situação em que as lesões desapareceram totalmente ou se apresentam como insusceptíveis de modificação com terapêutica adequada, ou o trabalhador for considerado recuperado para uma outra profissão pela comissão competente.

Cláusula 2.ª - Objecto do contrato

1. O presente contrato destina-se a garantir o pagamento dos encargos abaixo discriminados provenientes de acidentes de trabalho da Pessoa Segura identificada na Apólice, em consequência do exercício da actividade profissional por conta própria, também identificada nas Condições Particulares da Apólice. 2. Desde que expressamente acordado, o presente contrato poderá garantir igualmente o pagamento dos

encargos provenientes de Doença Profissional, nos termos previstos na cláusula 4ª.

3. Em caso de sinistro garantido pela apólice, ficam a cargo da Tranquilidade as seguintes prestações: a) Transporte do sinistrado para centro médico ou unidade hospitalar onde possa ser tratado; b) Assistência médica e medicamentosa e outros cuidados necessários para tratamento do sinistrado; c) Fornecimento e renovação normal dos aparelhos de próteses e ortopedia, de acordo com a lesão

sofrida pelo sinistrado;

d) Acompanhamento do sinistrado por um membro da sua família ou de alguém que lhe preste assistência directa, sempre que o mesmo tenha de ser transportado dentro do país para um estabelecimento distante do seu local de residência;

e) Encargos resultantes do funeral; f) Serviços de readaptação profissional.

4. Quando o sinistro ocasionar incapacidade de trabalho, fica ainda garantido o pagamento ao sinistrado de: a) uma pensão no caso de incapacidade permanente absoluta ou parcial;

b) uma indemnização no caso de incapacidade temporária absoluta ou parcial;

c) um suplemento de indemnização nos sinistros de que resulte a necessidade de assistência constante de outra pessoa.

5. Se do sinistro resultar a morte da Pessoa Segura, haverá lugar ao pagamento de uma pensão de sobrevivência.

(3)

Cláusula 3.ª - Conceito de Acidente de Trabalho

1. Entende-se por acidente de trabalho o sinistro que se verifica no local e durante o tempo de trabalho, desde que produza, directa ou indirectamente, no trabalhador subordinado, lesão corporal, perturbação funcional ou doença de que resulte a morte ou redução na capacidade de trabalho ou ganho.

2. São ainda considerados acidentes de trabalho os que ocorrem nas circunstâncias seguintes:

a) na ida ou regresso do local de trabalho, quando utilizado meio de transporte fornecido pelo empregador, ou quando o acidente seja consequência de particular perigo do decurso normal ou de outras circunstâncias que tenham agravado o risco do mesmo percurso;

b) antes ou depois da prestação do trabalho, desde que directamente relacionado com a preparação ou termo dessa prestação;

c) por ocasião da prestação de trabalho fora do local e tempo do trabalho normal, se verificar enquanto o trabalhador executa ordens ou realiza serviços sob direcção e autoridade do empregador;

d) na execução de serviços, ainda que não profissionais, fora do local e tempo de trabalho, prestados espontaneamente pelo trabalhador ao empregador de que possa resultar proveito económico para este.

3. Não se considera acidente de trabalho, nos termos da lei, o acidente que: a) For intencionalmente provocado pelo próprio sinistrado;

b) Resultar de negligência indesculpável do sinistrado, por acto ou omissão de ordens expressas, recebidas de pessoas a quem estiver profissionalmente subordinado; dos actos da vítima que diminuam as condições de segurança estabelecidas pelo empregador ou exigidas pela natureza particular do trabalho;

c) For consequência de ofensas corporais voluntárias, excepto se estas tiverem relação imediata com outro acidente ou a vítima as tiver sofrido devido à natureza das funções que desempenhe;

d) Advier da privação do uso da razão do sinistrado, permanente ou ocasional, excepto se a privação derivar da própria prestação do trabalho ou, se o empregador, conhecendo o estado do sinistrado, consentir na prestação;

e) Provier de caso de força maior, salvo se constituir risco normal da profissão ou se se produzir durante a execução de serviço expressamente ordenado pelo empregador, em condições de perigo manifesto. Entende-se por caso de força maior o que, sendo devido a forças inevitáveis da natureza, independentes da intervenção humana, não constitua risco normal da profissão nem se produza ao executar serviço expressamente ordenado pelo empregador em condições de perigo evidente.

Cláusula 4.ª - Cobertura Complementar

1. Conforme previsto no número 2 da Cláusula 2ª, mediante convenção expressa nas Condições Particulares, poderão ainda ser garantidos os encargos provenientes das Doenças Profissionais que forem discriminadas na Apólice.

2. Considera-se doença profissional toda a situação clínica que surge localizada ou generalizada no organismo, de natureza tóxica ou biológica, que resulte de actividade profissional e directamente relacionada com ela, desde que expressamente prevista lei e nas Condições Particulares da Apólice.

(4)

Cláusula 5.ª - Âmbito Territorial

1. O presente contrato apenas abrange os acidentes de trabalho que ocorram em Moçambique, sem prejuízo do número seguinte.

2. O presente contrato poderá igualmente produzir efeitos em relação a Acidentes de Trabalho ocorridos no estrangeiro, desde que para o efeito, o Tomador do Seguro tenha solicitado previamente a extensão territorial do contrato, a mesma tenha sido aceite pela Tranquilidade e se encontre devidamente consagrada nas Condições Particulares.

Em caso de acidente ocorrido em território estrangeiro, quando a extensão territorial tenha sido contratada, as despesas aí efectuadas relativas a assistência médica, medicamentosa ou hospitalar e a transportes ou repatriamento, só ficarão a cargo da Tranquilidade se tal for expressamente estipulado nas Condições Particulares.

Cláusula 6.ª - EXCLUSÕES

1. Além dos acidentes excluídos pela legislação aplicável, não ficam cobertos pelo presente contrato: a) As doenças profissionais, quando não tenham sido contratadas;

b) Os acidentes devidos a distúrbios laborais, tais como assaltos, comoções políticas ou sociais, greves e tumultos;

c) Os acidentes devidos a actos de terrorismo e de sabotagem, rebelião, insurreição, revolução e guerra civil;

d) Os acidentes devidos a invasão e guerra contra país estrangeiro (declarada ou não) e hostilidades entre nações estrangeiras (quer haja ou não declaração de guerra) ou de actos bélicos provenientes directa ou indirectamente dessas hostilidades;

e) As hérnias com saco formado;

f) A responsabilidade por quaisquer multas e coimas que recaiam sobre o Tomador do Seguro por falta de cumprimento das disposições legais;

g) Sinistros resultantes de embriaguez, uso de estupefacientes (drogas) ou de intoxicação voluntária do sinistrado;

h) Os acidentes que sejam consequência de falta de observância das disposições legais sobre segurança, higiene e saúde no local de trabalho;

i) Os acidentes ocorridos no estrangeiro quando não tenha sido contratada a extensão territorial. 2. Não conferem direito às prestações previstas nesta apólice as situações que resultem de:

a) Agravamento voluntário da lesão ou de manifesto desleixo que contribua para o seu agravamento; b) Inobservância das prescrições do médico assistente;

(5)

d) Intervenção no tratamento de qualquer outra entidade que não o médico assistente; e) O sinistrado não se apresentar ao médico ou ao tratamento que lhe for prescrito.

CAPÍTULO II

INÍCIO E DURAÇÃO, RESOLUÇÃO E NULIDADE DO CONTRATO

Cláusula 7.ª - Início e Duração do Contrato

1. O contrato baseia-se nas declarações efectuadas pelo Tomador de Seguro na proposta devidamente assinada e datada, onde devem estar mencionados, com toda a verdade, todos os factos ou circunstâncias essenciais à exacta apreciação do risco e que possam influir na aceitação do contrato e na correcta determinação do prémio aplicável.

2. Recebida a proposta do Tomador do Seguro, a Tranquilidade pode, se julgar necessário, solicitar ao proponente o envio de novos elementos e a prestação de informações adicionais, no prazo que lhe fixar mas não inferior a dez (10) dias.

3. A proposta considera-se aceite e o contrato celebrado nos termos propostos se a Tranquilidade nada disser no prazo de quinze (15) dias a contar da data da recepção da proposta ou, se for o caso, dos elementos e informações adicionais referidos no número anterior.

4. O contrato considera-se, então, celebrado nos termos propostos a partir das zero horas do dia seguinte ao da aceitação da proposta pela Tranquilidade, salvo se uma data posterior aí estiver indicada.

5. Quando o contrato for celebrado por um período de tempo determinado (seguro temporário), o mesmo cessa os seus efeitos às 24 horas do último dia, ainda que se tenha verificado uma interrupção dos trabalhos durante o prazo de vigência.

6. Quando o contrato for celebrado por um ano a continuar pelos seguintes, considera-se o mesmo sucessivamente renovado por períodos anuais, excepto se qualquer das partes o denunciar por correio registado, ou por outro meio do qual fique registo escrito, com a antecedência mínima de sessenta (60) dias em relação ao termo da anuidade.

Cláusula 8ª - Efeitos do Contrato

1. As coberturas e riscos garantidos pelo presente contrato de seguro só produzem efeitos após o pagamento do prémio ou fracção inicial.

2. Quando, por impossibilidade de emissão do recibo por parte da Tranquilidade ou quando por acordo entre a Tranquilidade e o Tomador do Seguro, o prémio ou fracção inicial não for pago na data de início ou de celebração, o contrato fica suspenso, não produzindo quaisquer efeitos até que o referido prémio ou fracção seja liquidado à Tranquilidade.

3. Sem prejuízo do acima disposto, o prémio ou fracção inicial deverá ser pago no prazo máximo de quinze (15) dias a contar da data de celebração do contrato.

(6)

Cláusula 9ª - Resolução do Contrato

1. Quer o Tomador do Seguro, quer a Tranquilidade podem, a todo o tempo, resolver o contrato, mediante aviso registado, ou por outro meio do qual fique registo escrito, à contraparte, com antecipação de, pelo menos, sessenta (60) dias sobre a data em que a resolução produzirá efeitos.

2. No caso da resolução do contrato ser da iniciativa da Tranquilidade ou derivar da recusa do Tomador do Seguro em aceitar as novas condições de prémios exigidas pela Tranquilidade para a anuidade seguinte, o prémio a devolver corresponderá à parte proporcional do prémio correspondente ao período do risco não decorrido.

3. Quando a resolução se operar por iniciativa do Tomador do Seguro, a Tranquilidade poderá reter, para fazer face aos custos fixos, cinquenta por cento (50%) do prémio correspondente ao período de tempo inicialmente contratado e ainda não decorrido, salvo se resolução da apólice for motivada por substituição da apólice e o prémio da nova apólice seja igual ou superior ao da anterior, caso em que o estorno se fará por inteiro.

4. A presente Apólice cessa automaticamente os seus efeitos na data em que ocorra a cessação da actividade da Pessoa Segura, ou lhe seja revogada a licença para o exercício dessa mesma actividade. 5. A resolução do contrato produz efeitos às 24 horas do dia em que se verifique.

Cláusula 10.ª - OMISSÕES OU INEXACTIDÕES DOLOSAS DO TOMADOR DO SEGURO / PESSOA SEGURA NA DECLARAÇÃO INICIAL DO RISCO

1. Caso se verifiquem omissões ou inexactidões dolosas na Declaração Inicial do Risco efectuada pelo Tomador do Seguro / Segurado nos termos previstos no n.º 1 da cláusula 7ª, o contrato considera-se nulo, tendo a Tranquilidade direito ao correspondente prémio de seguro.

2. A Tranquilidade tem direito a ser reembolsada das indemnizações pagas indevidamente, bem como a receber os prémios vencidos se, intencionalmente, o Tomador do Seguro/Segurado omitir qualquer circunstância que seja do seu conhecimento e que tivesse podido influir na celebração do contrato de seguro.

Cláusula 11.ª - OMISSÕES OU INEXACTIDÕES NEGLIGENTES DO TOMADOR DO SEGURO / PESSOA SEGURA NA DECLARAÇÃO INICIAL DO RISCO

1. Caso se verifiquem omissões ou inexactidões negligentes na Declaração Inicial do Risco efectuada pelo Tomador do Seguro / Segurado, nos termos previstos no n.º 1 da Cláusula 7ª, a Tranquilidade pode, no prazo de sessenta (60) dias a contar do seu conhecimento:

a) Propor uma alteração ao contrato, fixando um prazo, não inferior a trinta (30) dias para o envio da aceitação ou, se previsto, da contraproposta ao Tomador do Seguro para se pronunciar;

b) Fazer cessaro contrato, caso se comprove que a Tranquilidade em caso algum teria celebrado o contrato se tivesse conhecido o facto omitido ou declarado inexactamente.

2. De acordo com o definido no número anterior, o contrato cessa os seus efeitos, quinze (15) dias após ter terminado o prazo referido na alínea a) do número anterior sem que haja respostado Tomador do Seguro / Segurado ou dentro do mesmo prazo após o envio da declaração de cessação prevista na alínea b) do número anterior

(7)

decorrido até à data de vencimento, salvo quando tenha havido pagamento de prestações decorrente de sinistro pela Tranquilidade.

4. Em caso de sinistro ocorrido antes da cessação ou da alteração do contrato, cuja verificação ou consequências tenham sido influenciadas por facto relativamente ao qual tenha havido omissão ou inexactidão negligente, a Tranquilidade:

a) Garante o sinistro na proporção da diferença entre o prémio pago e o prémio que seria devido, caso, aquando da celebração do contrato, tivesse conhecimento do facto omitido ou declarado inexactamente;

b) Não garante o sinistro, demonstrando que em caso algum teria celebrado o contrato se tivesse conhecido o facto omitido ou declarado inexactamente.

Cláusula 12ª. - Nulidade do Contrato

A inexistência inicial do risco determina a nulidade do contrato, sendo de aplicar as seguintes regras quanto ao prémio que haja sido pago pelo Tomador do Seguro:

a) Se houver boa-fé das partes contratantes, a Tranquilidade devolve o valor do prémio, deduzidas as despesas necessárias à celebração do contrato que comprovadamente não tenham sido recuperadas;

b) Se houver má-fé do Tomador do Seguro ou do Segurado, a Tranquilidade de boa-fé tem direito ao prémio.

CAPÍTULO III

AGRAVAMENTO DO RISCO, RETRIBUIÇÃO SEGURA, ACTUALIZAÇÃO AUTOMÁTICA EINSUFICIÊNCIA DA RETRIBUIÇÃO SEGURA

Cláusula 13ª. - Agravamento do Risco

1. O Tomador do Seguro obriga-se, no prazo de oito (8) dias a partir do conhecimento dos factos, a comunicar à Tranquilidade, por correio registado, ou por outro meio do qual fique registo escrito, todas as alterações do risco que agravem a responsabilidade por esta assumida.

2. A omissão ou inexactidão da comunicação referida nos termos do número anterior constitui causa de resolução do contrato, nos termos legais em vigor.

3. Salvo convenção expressa em contrário, a Apólice produz todos os seus efeitos para o risco agravado, entre a data do seu agravamento, desde que comunicado nos termos do nº 1, e a data da resolução do contrato por qualquer das partes.

4. A Tranquilidade dispõe de quinze (15) dias a contar da data da comunicação do agravamento do risco para apresentar novas condições, reduzir proporcionalmente a garantia ou resolver o contrato, demonstrando que, em caso algum celebra contratos que cubram riscos com as características resultantes desse agravamento.

(8)

contrapor à apresentação de novas condições a redução proporcional da garantia ou igualmente optar pela resolução do contrato no prazo de quinze (15) dias, sob pena de se considerar aprovada a modificação proposta.

6. Se, antes da cessação ou da alteração do contrato nos termos previstos nos números anteriores, ocorrer um sinistro cuja verificação ou consequência tenha sido influenciada pelo agravamento do risco, a Tranquilidade:

a) Garante o risco, efectuando a prestação convencionada, se o agravamento tiver sido tempestivamente comunicado antes do sinistro ou antes de decorrido o prazo referido no número 1; b) Garante parcialmente o risco, reduzindo-se a sua prestação na proporção entre o prémio

efectivamente cobrado e aquele que seria devido em função das reais circunstâncias do risco, se o agravamento não tiver sido correcta e tempestivamente comunicado antes do sinistro;

c) Não garante o sinistro demonstrando que, em caso algum, celebra contratos que cubram riscos com as características resultantes desse agravamento de risco;

d) Não garante o sinistro e mantém o direito aos prémios vencidos em caso de comportamento doloso do Tomador do Seguro ou da Pessoa Segura com o propósito de obter uma vantagem.

7. As alterações considerar-se-ão tacitamente aceites no caso de alguma das partes não se pronunciar em contrário dentro dos prazos previstos neste artigo.

Cláusula 14ª. - Retribuição Segura

1. A determinação da retribuição segura, ou seja, do valor na base do qual são calculadas as responsabilidades cobertas por esta Apólice, é sempre da responsabilidade do Tomador do Seguro, não podendo, contudo ser inferior a 13 vezes a retribuição mínima mensal garantida mais elevada.

2. Para qualquer valor superior ao mínimo referido no número anterior, a Tranquilidade reserva-se o direito de exigir prova de rendimento.

3. Não sendo exigida prova no momento da subscrição ou alteração deste Contrato de seguro, será sempre considerado, para efeitos de indemnização, o valor garantido.

4. Para o cálculo das prestações que, nos termos do presente Contrato, ficam a cargo da Tranquilidade, observar-se-ão as disposições legais aplicáveis, salvo quando, por declaração expressa nas Condições Particulares, for considerada uma forma de cálculo mais favorável aos sinistrados.

Cláusula 15ª. - Atualização Automática da Retribuição Segura

1. A retribuição indicada nos contratos por um ano e seguintes será sempre obrigatória e automaticamente actualizada na datada entrada em vigor das variações da retribuição mínima mensal garantida, desde que o Tomador do Seguro não tenha, entre as datas de duas modificações sucessivas da retribuição mínima mensal garantida, procedido à actualização da retribuição segura.

2. A actualização a que se refere o número anterior corresponderá ao coeficiente de variação (até 1,10) entre a nova retribuição mínima mensal garantida e a anterior, aplicável sobre a retribuição segura, obrigando-se o Tomador do Seguro a pagar o prémio adicional devido por essa actualização.

(9)

acidente, sendo todavia a sua responsabilidade limitada ao valor resultante da aplicação do coeficiente de 1,10 à retribuição indicada nas Condições Particulares.

4. O disposto no número anterior não prejudica a correspondente e imediata actualização das remunerações para valores efectivos, nomeadamente para efeitos de cálculo e cobrança de acerto do prémio correspondente ao total das remunerações consideradas a menos.

CAPÍTULO IV

PAGAMENTO, AGRAVAMENTOS E REDUÇÕES E ALTERAÇÃO DOS PRÉMIOS

Cláusula 16ª. - Pagamento dos Prémios

1. O prémio ou fracção inicial é devido na data da celebração do contrato, pelo que a eficácia deste depende do pagamento respectivo no prazo estipulado para o efeito.

2. Os prémios ou fracções seguintes são devidos nas datas estabelecidas na Apólice, sendo aplicável, neste caso, o regime previsto nos números seguintes.

3. A Tranquilidade avisará, por escrito e com uma antecedência de trinta (30) dias em relação à data em que o prémio ou fracções subsequentes sejam devidos, o Tomador do Seguro, indicando a data do pagamento, o valor a pagar, a forma de pagamento, e o lugar do pagamento, bem como as consequências da falta de pagamento do prémio ou fracção e designadamente, a data a partir da qual o contrato se deve considerar resolvido.

4. Quando se verifique acerto de vencimento de contratos de ano e seguintes, o prémio correspondente ao número de dias que excede um ano será calculado tendo em consideração a proporção deste período em relação ao prémio anual.

Cláusula 17ª. - Falta de Pagamento de Prémios

1. Quando o prémio ou fracção inicial não for pago na data de celebração do contrato ou até à data limite acordada entre a Tranquilidade e o Tomador do Seguro, quando tiver sido o caso, o contrato considera-se resolvido desde o início, não produzindo quaisquer efeitos.

2. A falta de pagamento de anuidades subsequentes do prémio ou de qualquer fracção subsequente no decurso de uma mesma anuidade, quando o pagamento for fraccionado, na data devida, determina a resolução do contrato.

3. A resolução automática do contrato não exonera o Tomador do Seguro da obrigação de liquidar os prémios ou fracções em dívida correspondentes ao período em que este esteve em vigor.

Cláusula 18ª. - Alterações do Prémio

Não havendo alteração das garantias ou do risco, qualquer alteração do prémio apenas poderá efectivar-se no vencimento anual seguinte, mediante aviso prévio ao Tomador do Seguro com a antecedência mínima de sessenta (60) dias.

(10)

CAPÍTULO V

OBRIGAÇÕES DAS PARTES CONTRATANTES

Cláusula 19ª. - Obrigações do Tomador do Seguro

1. O Tomador do Seguro obriga-se a declarar à Tranquilidade com exactidão todos os factos ou circunstâncias susceptíveis de influir na apreciação do risco.

2. Em caso de ocorrência de um acidente de trabalho, o sinistrado (seus familiares ou beneficiários legais em caso de morte) obriga-se ainda, sob pena de responder por perdas e danos e de o Contrato ser posteriormente resolvido, nos termos da Cláusula.9.°:

a) A preencher o mapa de participação de acidente de trabalho e a enviá-la à Tranquilidade no prazo de 24 horas, após a sua ocorrência;

b) A participar imediatamente à Tranquilidade, por telecópia ou outra via com o mesmo efeito de registo de mensagens, a partir da data do seu conhecimento, os acidentes mortais, sem prejuízo do posterior envio da participação, nos termos da alínea anterior;

c) A apresentar-se sem demora ao médico da Tranquilidade, salvo se tal não for possível e a necessidade urgente de socorros impuser o recurso a outro médico.

3. O incumprimento do previsto no número anterior poderá determinar:

a) A redução da prestação da Tranquilidade atendendo ao dano que o incumprimento lhe cause;

b) A perda da garantia, se se tratar de um incumprimento doloso com o propósito de obter uma vantagem e tiver determinado dano significativo para a Tranquilidade.

Cláusula 20ª. - Obrigações da Tranquilidade

A Tranquilidade obriga-se, em caso de acidente de trabalho coberto por esta Apólice, e após a confirmação da sua ocorrência, averiguação das respectivas causas, circunstâncias e consequências, a realizar as prestações inerentes à responsabilidade que assume nos termos previstos no presente contrato.

(11)

CAPÍTULO VI

DISPOSIÇÕES DIVERSAS

Cláusula 21ª. - Escolha do Médico

1. A Tranquilidade tem o direito de designar o médico assistente do sinistrado. 2. O sinistrado poderá, no entanto, recorrer a qualquer médico nos seguintes casos:

a) Se houver urgência na prestação de primeiros socorros;

b) Se a Tranquilidade não lhe nomear médico assistente, ou enquanto o não fizer; c) Se a Tranquilidade renunciar ao direito previsto no nº 1;

d) Se lhe for dada alta sem estar curado, devendo, neste caso, ser requerido o exame pelo perito do tribunal competente.

3. O sinistrado poderá ainda escolher o médico que o deva operar nos casos de alta cirurgia e naqueles em que, como consequência da operação, possa correr perigo a sua vida.

Cláusula 22ª. - Reconhecimento da Responsabilidade pela Tranquilidade

1. A prestação de socorros urgentes, ou a comunicação do acidente de trabalho às entidades competentes, nunca significará reconhecimento pela Tranquilidade da sua responsabilidade.

2. O pagamento de indemnizações ou outras despesas não impedirá a Tranquilidade de, posteriormente, vir a recusar a responsabilidade relativa ao acidente quando circunstâncias supervenientemente reconhecidas o justificarem. Assistirá ainda à Tranquilidade, neste caso, o direito de reaver tudo o que houver pago.

Cláusula 23ª. - Comunicação e Notificações entre as Partes

1. As comunicações ou notificações previstas nesta Apólice devem revestir forma escrita ou ser prestadas por outro meio de que fique registo duradouro, para a última morada do Tomador do Seguro constante no contrato ou para a sede da Tranquilidade em Angola.

2. Qualquer alteração à morada ou sede do Tomador do Seguro deverá ser comunicada à Tranquilidade, nos trinta (30) dias subsequentes à data em que se verifique, sob pena de as comunicações ou notificações que a Tranquilidade venha a efectuar para a morada desactualizada se terem por válidas e eficazes, declarando-se expressamente que, até à comunicação da nova morada, prevalecerá a constante do presente contrato para todos os efeitos legais, valendo inclusivamente a recusa de recepção de notificação como comunicação efectuada.

(12)

Cláusula 24ª. - Sub-rogação

1. A Tranquilidade fica sub-rogada pelos encargos provenientes do cumprimento do presente Contrato em todos os direitos e acções da Pessoa Segura contra os causadores ou outros responsáveis pelo acidente de trabalho.

2. A Pessoa Segura responderá por perdas e danos por qualquer acto ou omissão voluntária que possa impedir ou prejudicar o exercício desses direitos.

Cláusula 25ª. - Legislação Aplicável e Arbitragem

1. A lei aplicável a este contrato é a lei moçambicana.

2. Todas as divergências que possam surgir em relação à aplicação deste contrato de seguro podem ser resolvidas por meio de arbitragem, nos termos da lei em vigor.

Cláusula 26ª. - Tribunal Competente

O Tribunal competente para dirimir qualquer litígio emergente deste contrato é o do local de emissão da Apólice.

1. Os Tribunais moçambicanos serão os competentes para conhecer dos litígios emergentes dos contratos ou operações de seguros directos celebrados no território nacional ou respeitantes a pessoas ou entidades neles domiciliados à data da celebração dos mesmos.

2. Fora dos casos referidos no número anterior, o Tribunal competente para a resolução de qualquer litígio emergente do presente contrato é o do local de emissão do contrato.

Referências

Documentos relacionados

As relações hídricas das cultivares de amendoim foram significativamente influenciadas pela a deficiência hídrica, reduzindo o potencial hídrico foliar e o conteúdo relativo de

Os maiores coeficientes da razão área/perímetro são das edificações Kanimbambo (12,75) e Barão do Rio Branco (10,22) ou seja possuem uma maior área por unidade de

Os roedores (Rattus norvergicus, Rattus rattus e Mus musculus) são os principais responsáveis pela contaminação do ambiente por leptospiras, pois são portadores

As pontas de contato retas e retificadas em paralelo ajustam o micrômetro mais rápida e precisamente do que as pontas de contato esféricas encontradas em micrômetros disponíveis

Código Descrição Atributo Saldo Anterior D/C Débito Crédito Saldo Final D/C. Este demonstrativo apresenta os dados consolidados da(s)

Apresenta a Campanha Obra-Prima, que visa a mudança comportamental por meio da conscientização diante de algumas atitudes recorrentes nas bibliotecas da

(2013 B) avaliaram a microbiota bucal de oito pacientes submetidos à radioterapia na região de cabeça e pescoço através de pirosequenciamento e observaram alterações na

Para se buscar mais subsídios sobre esse tema, em termos de direito constitucional alemão, ver as lições trazidas na doutrina de Konrad Hesse (1998). Para ele, a garantia