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4 Algor tmo Dado um disco compressor (ou nulógono) para Λ(E) H 0 o procedimento descrito em [40] que acha E 0 é, naturalmente, algoritmico. Para compl

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Texto

(1)

Dado um disco compressor (ou nulogono) para (E) H

0

o

proce-dimento descrito em [40] que acha E 0

e, naturalmente, algoritmico. Para

completar um algoritmo que, de (E), produza uma tal laminac~ao

incom-pressvel (E 00

), precisamos de um procedimento que ache um disco

com-pressor, sealgum existir, eque identi que os casos ja incompressveis.

A procura por um disco compressor e teoricamente simples. Para

descrev^e-la,lembramosqueapropriedadedef serexpansordeterminauma

exaust~ao f-equivariante H 0 H 1 H 2 ::: tal que  H = S i0 H i

. Assim, um disco compressor para  H

0 esta

contido em algum H

k

 H donde a procura sucessiva em H

1 , H 2 , H 3 :::

fatalmente o encontrara (em tempo nito). Esse processo, porem, esbarra

emdi culdadesfundamentalmentepraticas.NaSec~ao4.1abaixodiscutimos

comoencaminharaprocuraemalgunsexemplos,propondoideiasquedevem

torna-lamais e ciente. Masoprincpiobasicoeessencialmenteomesmo:se

n~aoachamos um disco compressor emH

i

oprocuramos emH

i+1 .

Se oprocesso de procuraque conduziremosda acerteza de achar um

discocompressor,n~aohanenhumaestimativaobviadequandoissoocorrera.



E, portanto, necessario saber identi car os casos em que a laminac~ao ja e

incompressvel,casocontrariooprocedimentodeprocurapodenuncaparar.

OresultadoprincipaldaSec~ao4.2abaixo(Teorema4.15)realizaessatarefa,

determinando um criterio de parada.

4.1

A procura por um nulogono.

Seja E = fE

1

;:::;E

m

g um sistema de discos determinando uma

estrutura de alcas para H. Nossa meta e achar um inteiro k > 0 tal que

(2)

(\H k )  H 0

sejacompressvel emH

k H

0 .



E claroqueissoe equivalente

adizerque,para algumE

i 2E,suaimagemf k (E i )  H 0 ecompressvelem H k H 0 . Aplicandof k af k (E i ) ea H 0

, a quest~ao se torna equivalente a

procura de k < 0 tal que, para algum E

i 2 E, o complemento E i  H k

e compressvel. Aqui estamos, novamente, previlegiando o automor smo

contrator h = f 1

em vez de f. Isso traz algumas vantagens de ordem

pratica, como veremos a seguir (no Exemplo 3.10 mesmo ja seguimos essa

abordagem). Alem disso, essa abordagem apresenta clara semelhanca com

as tecnicas desenvolvidas por Bestvina e Handel em [2], [3] para o estudo

de automor smosde gruposlivres (verSec~ao2.6). Em[3]essa tecnicass~ao

usadas para se estudar automor smos de superfcies com grande sucesso.

Nossa abordagem pode ser vista como uma generalizac~ao de [3] embora,

no caso de automor smos de handlebodies, o poder dessas feramentas se

mostre bem mais limitado. De qualquer forma, nos permitir~ao achar, em

um sentido bemconcreto, compress~oes, nossa metaagora.

Propomos ent~aoque,porexemplo, emvez de considerar H

0 emH 1 = f(H 0 ), olhemos para H 1 = h(H 0 ) = f 1 (H 0 ) em H 0 . Aquela alternativa

precisa que achemos f(E), o que pode ser trabalhoso (especialmente se

tomamospot^enciasaltas)ededifcilvizualizac~aoerepresentac~ao. Emnossa

proposta podemos ver H

0

como uma vizinhanca do grafo associado a

estruturade alcas,dondeH

1

et~aosomenteumavizinhancade h( ),quee

maisfacildeseachare,especialmente,deserepresentar,enquantoosistema

de discos ca inalterado.

Seguindo [2], orientamos as arestas e

1 ;:::;e m de arbitrariamente e tomamos a projec~ao p de H 0

em que colapsa as 1-alcas e 0-alcas nas

respectivas arestas e vertice: nesse caso h n ! h n ( ) r ! se torna uma

equival^enciade homotopia de grafos.

Seja V o conjunto dos vertices de e consideremos um caminho

: I ! . Dizemos que  e gra co se (@I)  V,  1

(V) for discreto e

seforlocalmenteinjetivoemI  1

(V).Umaequival^enciade homotopia

: ! egra case for gra co em cada arestade .

Se a equival^encia de homotopia h = (rÆh)j : ! que de nimos

acima n~ao for gra ca, podemos altera-la por uma isotopia que a torne

gra ca,o que vamos suporde agoraem diante.

Podemos associar aimagem h(e

i )de uma arestae i de uma palavra nas letras e  1 ;:::;e  m

, sem realizar cancelamentos (um elemento do

semi-grupo livre em 2k geradores). Essa palavra e, essencialmente, construida

seguindo as arestas orientadas de por onde o caminho h(e

i

) passa.

Mais precisamente, a construimos da seguinte forma: as componentes de

(3)

(h) 1

(V) s~ao arcos

j

levados nas arestas de . Como h e gra co, as

orientac~oes nas arestas de induzem por (h) 1

uma orientac~ao em cada

j

. Mas

j

tem orientac~ao herdada de e

i . Se h ( j )  e l associamos a j a letra e + l ou e l

, dependendo de as duas orientac~oes conicidirem ou n~ao.

Construimos a palavraseguindo os arcos

j

(ordenados pela orientac~aode

e

i

) econcatenando asrespectivasletras.

Essapalavradetermina,amenosdehomotopia,umcaminhoem ,que

usamospararepresentarh n

(e

i

).Comoem[3], usaremos essaspalavraspara

detectar candidatos a compress~ao (ver De nic~ao4.3 eLema 4.4 abaixo).

Exemplo 4.1. Voltamos ao Exemplo 3.10, onde o automor smo e dado

porg: H !H.Consideramosh=g 1

.Lembramosque tem duasarestas

orientadas a, b duais aos discos A;B 2 E. Vemos, ent~ao, que h age nas

arestas daseguinte forma:

a7!ab

b7!bab:

Podemos aplicar h a um caminho em , de forma que ca claro que

h se comporta como um homomor smo levando palavras em palavras. 

E

bem clarotambemque(h n

)= h 

n

,quedenotaremospor 

h n

sem perigode

ambiguidade.

Exemplo 4.2. Continuando oExemplo 4.1, 

h 2

eachado por iterac~ao:

 h  h a 7 ! ab 7 ! abbab b 7 ! bab 7 ! bababbab:

De nic~ao 4.3. Dizemos que um caminhogra co regride (ou e retrogrado)

sen~ao forlocalmenteinjetivo.

Usamos afalta de caminhos retrogrados para identi car

incompressi-bilidade,como noLema 4.4 abaixo.Precisaremos daseguintenotac~ao:seja

um caminhogra co orientado em . Segueque 

h n

( ) tambeme caminho

gra co, com orientac~ao herdada de . Seguindo [2], de nimos D 

h n

( )=e,

onde eea primeiraaresta de que  h n ( )cruza. Lema 4.4. Se   H 0

for compressvel em H

n  H 0 ent~ao, { ou existearesta e i de tal que  h n (e i ) regride,

{ ouexisteverticev de e arestaorientadae

j

taisque, paratodaaresta

orientada e saindo de v, D 

h n

(e)=e .

(4)

De qualquer forma,existe m e aresta e k tais que  h m (e k ) regride.

Observac~ao. Olemaebemaoestilo dateoriade Bestvina-Handel.Defato,

a conclus~ao nalsegue dela: se nenhum  h m (e k ) regrideent~ao  he um

train-track map ([2]) e, portanto, o fator de crescimento de M( ) e o fator de

crescimento do grupo fundamental de H, donde (E) = (

1

). Se  H

0

fossecompressvelent~aopoderiamosreduzir(E)(peloTeorema2.28),uma

contradic~aocomaProposic~ao3.9.OExemplo4.1ecasoparticulardisso(ver

Exemplo4.5abaixo).Aseguirdaremosumademonstrac~aomaisgeometrica

para asoutras conclus~oes do lema.

Demonstrac~ao. Como vem sendo padr~ao nessa sec~ao, consideramos h =

f 1 . Se  H 0 ecompressvelemH n  H 0

ent~ao,paraalgumdisco E

j 2E, E j h n (  H 0 ) e compressvel em H 0

. Seja D um disco compressor, contido

na 0-alca V. Tal D borda com um disco D 0

 E

j

uma bola B  V.

Consideremos umacomponente de B\h n

( ) (que n~aoevazio).Se n~ao

contiver um vertice de h n

( ) ent~ao esta contida no interior de alguma

aresta h n

(e

i

) e e facil ver que  h n (e i ) regride: @  D 0  E j donde h n (e i )

vemdeevaiparaa1-alcaassociadaaE

j ,provandoque  h n (e i )n~aoeinjetiva navizinhanca dopontode h n

( ) quee mapeado no vertice v associado a

0-alcaV.

Se a componente de B \ h n

( ) contiver algum vertice h n

(v),

prosseguimos de forma similar ao caso anterior e concluimos que todas as

arestash n (e i )saindodeh n (v)seguemnadirec~aodeE j ,dondeD  h n (e i )=e j .

Exemplo 4.5. Voltando aos Exemplos 3.10, 4.1, a equival^encia de

homo-topia 

haplicadaasarestasa,bde produzpalavrascompot^enciassomente

positivas portanto, iterando, as palavras  h n (a),  h n (b) apresentam somente

expoentes positivos,mostrando quen~ao regridem,con rmandoque  H

0

e incompressvel (ver Exemplo 3.10).

Defato,osExemplos3.10,4.1jatinhamfatordecrescimentominimal

logo  H

0

tinhaque ser incompressvel.

Exemplo 4.6. Voltamos aos Exemplos 3.10, 4.1 e consideramos o mesmo

automor smog: H!H onde H temamesmaestrutura dealcas dadapor

E =fA;Bg. Aqui, porem, vamos usar um outro representante daclasse de

g, de formaque g 1

( )seja como naFigura 4.1.

(5)

a b H0 H0 H1 g(A) g(B) A B g

Figura4.1: Umnovo representanteparag,produzindoumfator de crescimento

quen~aoe minimal.

Veri camos facilmenteque  hedada por: a7!b 1 bab b 7!bab:

Para essa escolha de g (na classe de isotopia) amatriz de incid^enciae

M(E)=M( ) T = 1 3 1 2 ! ;

cujofator de crescimentoe

(E)= 3+ p 13 2 :

Comon~aoeminimalhapossibilidadede H

0

sercompressvel.Defatoo

e,comoveremosmaisadiante(Exemplo4.12).Pelomomentonotamosqueo

caminho 

h(a)=b 1

babregride,como previstopeloLema4.4. Emverdade

asregress~oes querealmentenosinteressam paraacharumacompress~aos~ao:

 h 2 (a)=bb 1 a 1 b 1 cbbabcbb 1 babcbbabc  h 2 (b)=bbabcbb 1 babcbbabc;

como veremos noExemplo 4.12abaixo.

Antes de desenvolvermos mais oExemplo 4.6acima,voltamosafazer

considerac~oes gerais. Em [40], Oertel desenvolve seu procedimento para

reduzirofatorde crescimentoapartirdeum nulogono.Emnossaproposta,

que privilegia e suas imagens por f 1

, e mais natural considerarmos

monogonos. O motivo basico e que a dualisac~ao de monogono produz um

(6)

caminho regressor. A recproca n~ao e verdadeira: ha caminhos regressores

cujadualisac~aon~ao produz monogonos.

Exemplo 4.7. Continuando o Exemplo 4.6, relembramos que o caminho



h(a)=b 1

babregride.Voltamosaoquadrodualeconsideramosaconstruc~ao

da superfcie rami cada B a partir das imagens g(E)  H

1

interceptando

H

0

nas suas1-alcas.Devemos ent~aoveraFigura4.1representando H

1 com

osistemade discosg(E)enquantoH

0 

euma vizinhancadografo.N~aofosse

pelocaminho 

h(b),queseentrelacacomapartede 

h(a)queregride,teriamos

um monogono emH

1

. Oentrelacamento,porem, obstrui omonogono.

Vemos, ent~ao,que nem todocaminho regressore interessante.

De nic~ao 4.8. Dizemos que um caminho regressor  h n (e i ) e livre se n~ao

estiver entrelacado, i.e., se houver um meio-disco (D;

0 ; 1 ) tal que D\ h n ( ) = 0 , D\E = 1

. Dizemos que um tal disco e um monogono para

h n

(e

i

). Se n~ao houver monogonos para h n

(e

i

) dizemos que o caminho esta

obstruido.

Observac~ao. A necessidade dessa de nic~ao captura a diferenca entre

auto-mor smos de grupos livres ([2]) ou automor smos de superfcies ([3]) e os

automor smosde cuboscom alcas. Nemem [2], onde se lidam com classes

de homotopia, nem em [3], situac~ao semelhante a nossa mas em dimens~ao

2,oscaminhoregressoresobstruidos s~aorelevantes.Essa diferencae

funda-mental:em um certosentido esseeomotivopeloqualosautomor smosde

cubos com alcas s~ao mais ricos e difceis de se estudar. Certamente esse e

o motivo pelo qualessas tecnicas permitemsucesso bem mais limitadoem

nosso caso.



E claro que ha uma associac~ao bijetoraentre monogonos para B (ver

Sec~ao2.7.2)ecaminhos regressoreslivres(oquejusti canossa de nic~aode

monogonoacima). Em[40]se demonstraquea exist^encia de um monogono

(logo de um caminho livre) implica a exist^encia de um nulogono (logo a

laminac~ao n~ao goza da propriedade de incompressibilidade). Mostraremos

abaixoquearecprocaeverdadeirasesupomosque  H 0 eincompressvel emH 1  H 0

,deformaqueateoriade[40]podeserdesenvolvidaconsiderando

caminhos regressores livres e monogonos em vez de nulogonos. Devemos

notar,porem,quetalexig^enciaenaturalmentesatisfeita:sempreprecisamos

\calcular"aomenos umiteradode h, deformaque \(H

1 

H

0

)deveser,

sempre,bem entendido. Deagora emdiantesuporemosessa hipotese nessa

sec~ao.

(7)

Lema 4.9. Suponha que  

H

0

seja incompressvelem H

1 . Se   H 0 for

compressvel ent~ao algum 

h n

(e

i

) sera caminho regressor livre.

Demonstrac~ao. Como no Lema 4.4 temos uma bola B bordada pelo disco

compressor D e um disco D 0  E j 2 E tal que B\h n ( ) contem um arco

quen~ao contem nenhum vertice de (ver Figura4.2). Esse arco e usado

para se achar a regress~ao: provamos no Lema 4.4 que  h n (e l ) implica que  h n (e l

)regride. Vamos mostrarque 

h n

(e

l

)ecaminhoregressor livre.

H n D D 0 B

Figura 4.2: A exist^encia de um disco compressor implica que ha um caminho

regressorlivre.

Consideremos M = B H

n

, relembrando que H

n

deve ser visto

como uma vizinhanca de h n ( ). Seja A  (@H n \B) a componente que borda a vizinhanca de . 

E claro que A e um anel. Aceitemos

temporaria-menteo seguinte fato:

A rmac~ao 4.10. Asuperfcie Ae@-compressvelemB porummeio-disco

(; 0 ; ) tal que \H n = 0 A.

Da a rmac~ao tomamos o meio-disco (; 0 ; ) @-compressor para A, com 0  A e  @B H n . Mas @B = D[D 0 e, como D 0 e um disco,

podemos alterar  por uma isotopia de tal forma que \D 0 = ;, donde D  H n

(verFigura4.3).Agora ca simplesacharum monogonopara

usando : e isotopico a 0 . 0 A  D 0

Figura 4.3: Omeio-discocompressor (; 0

; ).

A A rmac~ao 4.10 seguira facilmente do seguinte lema tecnico mais

(8)

Lema 4.11. Suponha que  

H

0

seja incompressvel emH

1  H 0 . Se C e uma componente de \ H n

 ent~ao, para todo arco essencial @H

0 \C,

existe meio-disco (; ; ) tal que C  H 0 e \(@H 0 \C)= .

Demonstrac~ao. Mostraremos, inicialmente, o lema no caso n = 1, i.e.,

quando C e uma componente de

\

H

1

. Nossa meta sera consuir uma

estrutura de produto S 0 I em C  H 0

de talforma que:

{ @H 0 \CS 0 f0g, { todacomponente de (S 0 f0g) @H 0 intercepta @(S 0 f0g).

Assim, dado um arco essencial  (@H

0

)\C,ele pode ser estendido

para um arco 0 propriamente mergulhado em S 0  f0g de forma que 0 \(@H 0 )\C = . 

E claro,ent~ao,que= 0

I satisfaz aspropriedades

desejadas.

ComecamosestudandoocasodeCestarcontidaemuma1-alcadeH

1 .

Nessa situac~ao, a estrutura de produto da alca restringe a uma estrutura

de produto em (C  H 0 ) ' S 0 I onde S 0

f0g e uma folha de bordo

de \(H

1 

H

0

). Nessa estrutura de produto (@H

0

)\C consiste de uma

uni~aode aneisverticais,componentesde (@S

0 )I.  Eclaroque(@H 0 )\C e

isotopico,porumaisotopiaambiente,aumasuperfcieemS

0

f0g.Usamos

talisotopiapara alterara estrutura de produto emC 

H

0 .



E facilverque

@H

0

\CS

0

f0g satisfaz as propriedadesdesejadas.

Ooutrocaso,maistrabalhoso,ocorrequandoCeuma0-alcadeH

1 .A

ideiasera, grosseiramente, ade comecar com a estrutura produto can^onica

emumavizinhancade (@H

1

)\C eusa-laparaconstruir estruturasproduto

emC 

H

t

quandotdecresce,atechegarat=0.Aquiseraimportantequeas

folhasde\(C 

H

0

)estejamemposic~aodeMorse(semcentros)emrelac~ao

aestruturadeprodutocan^onicaemH

1 

H

0

.Enquantotn~aocruzarumvalor

singular,podemosdescer aestrutura de produto sem problemas.Quando t

cruzar um valor singular signi cara que @H

t

cruzou uma sela de , sendo

necessarias algumas operac~oes para construir uma estrutura de produto

em C 

H

t

. O argumento sera, essencialmente, um argumento indutivo.

Alertamos o leitor para o seguinte inconveniente tecnico: \H

1

tem uma

in nidade de folhas mas que est~ao sujeitas a uma relac~ao de equival^encia

com nitas classes (uma para cada disco de f(E)). Se o argumento sera

conduzido utilizando , as ideias podem car mais simples se o leitor

identi caressas folhas,imaginandof(E) emvez de .

Introduzimosaseguintede nic~ao:sejaP uma variedade compactade

dimens~ao 3, com bordo, e seja S  @P. Suponhamos que P admita uma

0

(9)

1. S S 0 f0g e que 2. todacomponente de (S 0 f0g) S intercepta @(S 0 f0g).

Ent~ao dizemos que o par (P;S) admite uma estrutura de produto

conve-niente. Seja C t =C  H t

, 0t <1.Nossa metaseraachar, para uma 0-alca

C e cada valorregulart 2[0;1),uma estrutura de produto convenienteem

(C

t ;(@H

t

)\C).

Conforme esbocamos, consideraremos a estrutura de produto padr~ao

em H

1 

H

0

, o que determina uma func~ao altura h: (H

1 

H

0

) ! I por

projec~ao.Vamos considerarf(E)  H 0 em(H 1  H 0

),quepodeser colocado

em posic~ao de Morse de forma que os pontos crticos sejam todos selas e

em alturas distintas. Como \(H

1 

H

0

) esta de forma natural em uma

vizinhanca N(f(E)), um ponto de sela p

i

de f(E) em altura s

i

determina

uma famlia a um par^ametro de selas de . Vamos supor que famlias

distintas est~ao em intervalos de alturas disjuntos. Mais precisamente, da

famlia associada a p

i

, seja p

i

a mais baixa de todas as selas e p +

i

a mais

alta, donde a famlia esta em altura V

i = [v i ;v + i ] = [h(p i );h(p + i )], que

chamamos de o intervalo singular da famlia. Vamos supor que, se p

i , p

j

s~ao selas distintas de f(E), ent~ao V

i \V

j

= ;. Mencionamos que ha uma

quantidade nitade taisfamlias.

Fixada uma famlia de selas de ndice i, consideramos os seguintes

objetos (representados na Figura 4.4): sejam F a folheac~ao produto de

H

1 

H

0

porsuperfcies (com orientac~aotransversal induzidaporI) eU

i a

carta folheada contendo p +

i

. Podemos supor que p

i 2 U i . As coordenadas de Morse locais em p i

determinam o arco can^onico  (na folha L que

contem p

i

) curvando para baixo. Similarmente, temos um arco can^onico

 + (na folha L + contendo p + i

) curvando para cima. Consideramostambem

um arco

i

: I ! U

i

transversal a F (seguindo a orientac~ao transversal)

passando por todas as selas da famlia i, com (0) = p

i

e (1) = p +

i .

Usaremosessas construc~oes logoadiante.

Diremos que um valor regular t e livre se t 2= V

i

para todo intervalo

singularV

i

.Caso contrarioe dito cercado.

Se um valor regular livre t < 1 estiver su cientemente proximo de 1

ent~ao n~ao ha valores singulares em [t;1], portanto \(H

1 

H

0

) consiste

de aneis isotopicos a aneis verticais, donde C

t

admite uma estrutura de

produto. 

Ebemclaroque,nessecaso,(C

t ;(@H

t

)\C)admiteuma estrutura

de produto conveniente.

(10)

 +  p + i p i L + L U i

Figura4.4: Afamliade sela dendiceina carta folheadaU

i .

Passamos a demonstrac~ao do passo de induc~ao. Suponha que t e

valor regular e que (C

t ;(@H

t

) \ C) admita uma estrutura de produto

conveniente. Vamos mostrar que, se t 0

< t tambem for regular com [t 0

;t]

interceptando exatamente uma extremo v +

i , V

i

de um intervalo singular

V i , ent~ao (C t 0 ;(@H t 0

) \ C) tambem admite uma estrutura de produto

conveniente. Hadois casos a serem considerados:

1. t e valorregular livre.

Seja V

i

o intervalo singular abaixo de t que seja mais alto (i.e., se

v e um valor crtico e v > v + i ent~ao v > t). Se V i = ; n~ao existe

valorsingular em [0;t] e,portanto, (C

0 ;(@H

0

)\C) admite estrutura

de produto conveniente, completandoa demonstrac~aono caso n =1.

Suponha, ent~ao, que V

1

6= ; e seja t 0

2 V

i

um valor regular cercado.

Vamosmostrarque(C

t 0

;(@H

t 0

)\C)admiteumaestruturadeproduto

conveniente.

Inicialmente, consideramos toda a construc~ao feita na carta folheada

U

i

. Podemos supor que @ +

 @H

t

. Notamos, tambem, que se

0 < s < 1 ent~ao i (s) 2= C: de fato, i (s) pertence ao interior de uma 1-alca de H 1

, que n~ao intercepta C (estamos supondo que C e

uma 0-alca). Ha dois sub-casos a serem considerados:

(a) (1) 2= C

Nesse caso a famlia de selas n~ao alterara a topologia de

(C ;(@H)\C):podemossuporque(\h 1

[t 0

;t]) Ueverticalna

(11)

estrutura de produto,donde aestrutura de produto conveniente

em (C

t ;(@H

t

)\C) induz estrutura de produto conveniente em

(C t 0 ;(@H t 0 )\C) (b) (1)2C Nesse caso, C t 0 e homeomorfo a C t

mas o mesmo n~ao se aplica

a (@H t 0)\C e (@H t )\C. Na verdade (@H t 0)\C e homeomorfo

a seguinte superfcie S  (@H

t

) \ C: seja  o arco obtido

projetando  + verticalmente em @H t . De nimos S = (@H t )\ C t N(). 

Eclaroqueopar(C

t

;S)tambemadmiteestruturade

produto conveniente. Mas (C

t ;S)e homeomorfo a(C t 0 ;(@H t 0 )\

C), induzindo neste uma estrutura de produto conveniente.

Isso completa oestudo do casoem que tevalorregularlivre.

2. t e valorregular cercado.

Seja V i tal que t 2 V i . Existe t 0 < v i

valor regular livre com [t 0

;t]

contendo exatamente um valor extremo de algum intervalo singular

V

j

(exatamentev

i

).Consideramosnossaconstruc~aonacartafolheada

U

i

epodemossuporque@ @H

t 0

.Nessecaso,tambem,se0<s<1

ent~ao

i

(s) 2= C (o argumento e o mesmo do outro caso). Ha,

novamente, dois sub-casos aserem considerados:

(a) (0)2= C

Segue como em 1.(a).

(b) (0)2C Nesse caso C t e C t 0

n~ao s~ao homeomorfos: seja  o arco obtido

pelaprojec~aode  em@H

t 0

.Consideramosomeio-discovertical

(; ;).  E claro que (;@)  (C t 0 ;@C t 0 ). Consideramos M = C t 0 

N() e a superfcie S  @M de nida por S =

(@H

t 0)\C)



N().Segueque(M;S)eisotopicoa(C

t ;(@H

t )\C),

donde (M;S) admite estrutura de produto conveniente.

Maspodemosdar aN() umaestrutura de 1-alca(de dimens~ao

3), que restringe a uma estrutura de 1-alca(de dimens~ao2) em

N() @N(). Segue que (C t 0 ;(@H t 0 )\C) e obtido de (M;S)

pelaadic~ao dopar de 1-alcas (N();N()).

Agora damos a N() uma estrutura extra de produto N() '

N()I (ondeidenti camosN()f0g com N()@N()).

Podemos, talvez modi cando a estrutura de produto em M,

(12)

determinando estrutura de produto emC t 0 'S t 0 I (onde S t 0  e obtida de S t pela adic~ao de N()). 

E imediato pela construc~ao

que (@H t 0) \C S t 0 f0g: 

Efacil,tambem,veri carquetodacomponentedeS

t 0 f0g @H t 0 intercepta@(S t 0 f0g),donde(C t 0 ;(@H t 0 )\C)admite estrutura de produto conveniente.

Isso completa a analise de casos, que usamos para mostrar que

(C

0 ;(@H

0

)\C) admite estrutura de produto conveniente: podemos tomar

uma sequ^encia 1 > t

1 > t 2 >  > t k > 0 onde t i

alterna entre ser valor

regular livre e valor regular cercado. Se tomamos uma tal sequ^encia de

maiortamanhopossvelent~aoteraexatamenteum termoemcada intervalo

singulareemcadaintervalocomplementar.Oestudodoscasosacimamostra

como passar de t i para t i+1 , donde todo(C t i ;(@H t i )\C) admite estrutura

de produto conveniente, em particular quando i = k. Mas, conforme ja

argumentamosnocaso1,issoimplicaque(C

0 ;(@H

0

)\C)admiteestrutura

de produto conveniente.

Isso completa a demonstrac~aodo lema nocaso de n =1.

Provamos o caso geral por induc~ao. Suponhamos que o lema vale

para n. Sejam C uma componente de

\ H n+1  e um arco essencial em (@H 0

)\C. Por hipotese existe meio-disco (; ; ) talque:

(;@)  C  H 0 ;@(C  H 0 )  ; com @\@H 0 = .

Mas, a menos de isotopia, \ ((@H

n ) \ C) consiste de arcos i essenciais em (@H n )\C. Aplicando f n obtemos f n ( i ) uma colec~ao de arcos essenciais em (@H 0 )\f n (C). Mas f n (C) e uma componente de \ H 1

,ondejaprovamosolema.Portanto,paracadaf n ( i ),construimos orespectivomeio-disco i emf n

(C).Porcorteecolagempadr~ao,podemos

supor que os 

i

s~ao disjuntos dois-a-dois. Levamos os meio-discos para

H n+1  H n , tomando f n ( i

). Por construc~ao, o disco  0 = S i f n ( i ) e

ummeio-discocomaspropriedadesdesejadas,completandoademonstrac~ao

para n+1.

Observac~ao. Demonstramos o lema acima para completar a prova do

Lema 4.9. Ressaltamos, porem, que seu interesseemais geral: eledescreve

como @H intercepta uma 0-alca de H para m < n, mostrando que essa

(13)

intersec~aoe muito bem comportada. De fato, voltaremos a recorrer a essa

descric~aomais adiantenadissertac~ao(Sec~ao 4.2).

Demonstrac~ao da A rmac~ao 4.10. Seja 0

Aqualquerarcopropriamente

mergulhado eessenciale aplicamoso Lema 4.11

A motivac~ao dos ultimos resultados foi o estudo de caminhos

regres-sores livres. Mostramos, no Lema 4.9, que a laminac~ao  n~ao goza da

propriedade de incompressibilidade se e somente se existem caminhos

re-gressores livres. Concentraremos, ent~ao, nossa atenc~ao a procura de tais

caminhos.

Exemplo 4.12. No Exemplo 4.7 vimos que o caminho regressor 

h(a) =

b 1

bab n~ao e livre, de forma que, para acharmos um monogono, devemos

considerar iteradosmaiores de 

h. No Exemplo 4.6achamos aspalavras

 h  h a 7 ! b 1 ba b 7 ! bb 1 a 1 b 1 cbbabcbb 1 babcbbabc b 7 ! ba b 7 ! bbabcbb 1 babcbbabc;

onde destacamos assequ^encias de letras que ser~ao relevantes para seachar

ummonogono.NaFigura4.5podemosidenti carosarcosdeh(a),h(b)que

s~aolevadas a regress~aode h 2

(a), h 2

(b) (ver tambema Figura4.1).

H1

g(A) g(B)

Figura 4.5: A representac~ao, em H

1

,dos trechos de 1-alcas de H

0

que, em H

2 ,

determinar~ao umacompress~ao.

De fato,seconsideramososcaminhos h 2

(a),h 2

(b) emumavizinhanca

de h( ), e facil de se ver que as regress~oes destacadas s~ao livres (ver

Figura4.6).

Observac~ao. Aqui precisamos tomar cuidado com a forma como

identi -camosa0-alcadeH

0

com a0-alcade H

1

.Nossa escolhade representac~ao,

respeitandoa estrutura de produto de H (ver Exemplos 3.1, 3.10) garante

(14)

H 0 H 1 H2 g 2 (A) g 2 (B) Figura 4.6: Odiscog 2 (B)ecompressvelem H 2 H 0 .

Gostariamos de poder realizar o cancelamento sugerido pelas

regress~oes livres com uma isotopia (no quadro dual das guras, isso e

equivalentea realizar um desvio, vide Sec~ao 2.7). Porem, elas so aparecem

seconsideramosh 2

.Issoeum inconveniente: qualqueroperac~aoque

realize-mos deve ser equivariante. Nossa meta sera, ent~ao,modi car de formaa

obteruma regress~aolivreemum unicopasso, permitindoque umaisotopia

de h realize o cancelamento sugeridopelaregress~ao de forma equivariante,

reduzindo o fatorde crescimento.

Observac~ao. A exist^encia do caminho regressor livre implica a exist^encia

de uma disco compressor para . Esse quadro e exatamente o dual e

equivari^ancia traz o mesmo problema. As tecnicas desenvolvidas em [40]

visam modi car o sistema E de forma que uma compress~ao apareca em

H

1 H

0

, portantouma isotopiaequivariantepode ser realizada, reduzindo

o fatorde crescimento.Em verdade, astecnicas queusamos aqui s~ao duais



as tecnicas de [40]. Notamos que as semelhancas com as tecnicas de [2, 3]

s~aoclaras se seguimosnossa abordagem.

Continuamos subdividindoas arestas a, b2 , introduzindo um novo

verticeemcadaumaconformedescreveremos:sejavoverticede .Notamos

que 

h 1

(v) consiste de 6 pontos: o proprio vertice v, 3 pontos no interior

da aresta a e dois no interior da aresta b. Seguindo a orientac~ao de a,

consideramosoprimeirotalpontoeoacrescentamoscomovertice,dividindo

aarestaemduas outras,quedenominaremos porce a 0

,nessa ordem,como

mostraa Figura 4.7b).

Representaremos essa divis~ao por a = ca 0

. Pela escolha do vertice, c

e levada por  h em b 1 e a 0

7! bab. Similarmente, subdividimos a aresta b,

0



(15)

a)

b)

c)

a b a 0 a 0 c d d 0 b 0 b 0

Figura 4.7: O processo de dobra: a) o grafo original ; b) por subdivis~ao das

arestas obtem-se 0

;c)a dobra e realizadaidenti candoc 1 com d ,obtendo-se 00 . verque  h age como b 0

7! bae d 7!b. Temos, em resumo,um novo grafo 0 com arestas a 0 , b 0 ,c ed, com 

h agindo nelas daseguinte forma:

a 0 7! bab = b 0 dca 0 b 0 d b 0 7! ba = b 0 dca 0 c 7! b 1 = d 1 (b 0 ) 1 d 7! b = b 0 d: Como c 1 e d s~ao levadados por  h ao mesmo caminho b 0 d, podemos

identi caressas duas arestasporuma dobra,obtendo da identi cac~ao uma



unica aresta d 0

, comoindica a Figura4.7c).

Observac~ao. No quadro dual de [40] isso corresponde a realizar um

down-move.

Assimobtemosum novografo 00 comtr^esarestasa 0 ,b 0 ed 0 ,nasquais 

h age daseguinteforma:

a 0 7!b 0 d 0 (d 0 ) 1 a 0 b 0 d 0 b 0 7!b 0 d 0 (d 0 ) 1 a 0 d 0 7!b 0 d 0 :

Pelosargumentosjadadosanteriormente,asregress~oesdestacadass~aolivres

e podemos realizaro cancelamento:

a 0 7!b 0 a 0 b 0 d 0 b 0 7!b 0 a 0 d 0 7!b 0 d 0 :

Observac~ao. Noquadro duala subdivis~aocorresponde aum splite adobra

corresponde a se tomar a \band sum" dos discos A, B, obtendo um novo

0

(16)

como A 0 , B 0 e temos E 0 = fA 0 ;B 0 ;D 0

g, duais as respectivas arestas de 00

.

Assim,vemosna guraque,aposrealizadasessas operac~oes,g(E 0

) H

0 n~ao

e mais incompressvel emH

1 . a 0 b 0 d 0 H 0 H 0 H 1 g(A 0 ) g(B 0 ) g(D 0 ) D 0 A 0 B 0 g

Figura 4.8: O quadro dual: depois de realizado o down-move vemos que a

laminac~aoe compressvelemH

1 H

0 .

A Figura 4.9mostra asituac~ao nal, depois de realizadao desvio.

H0 H1 g(A 0 ) g(B 0 ) g(D 0 )

Figura4.9: Aposrealizadaa diversion.

Voltando a nossa abordagemnotamos que, como no Exemplo 4.5, as

palavrasproduzidaspor 

hapresentamsomentepot^enciaspositivasdea 0 ,b 0 e d 0

,portantonenhumiterado 

h n

produziracaminhosregressores,implicando

a incompressibilidadede . Observamos que a matrizde incid^encia de E e

dada por: M(E)=M( ) T = 0 B @ 1 2 1 1 1 0 0 1 1 1 C A ;

cujofator de crescimentoe

(E)= 3+

p

5

2

(17)

que, como ja vimos, e o fator de crescimento minimal de g: H ! H

(Exemplo 3.10).

4.2

A parada: o primeiro nulogono de uma laminac~ao compressvel n~ao

pode ser muito alto.

Nos exemplos analisados na Sec~ao 4.1, concluimos que as

respecti-vas laminac~oes gozavam da propriedade de incompressibilidade por

carac-tersticas especiais: seus fatores de crescimento eram mnimos, dados pelo

fatorde crescimentode 

1

pelainversa ou, analogamente, osrespectivos 

h n

n~aoproduziamcaminhosregressores.Isson~aoeregrageral(Exemplo3.16).

Como garantir que uma laminac~ao goza da propriedade de

incom-pressibilidade? Nessa sec~aomostramos que,se  

H

0

for compressvelem

H 

H

0

, ent~ao existe um n 2 N (dependendo somente do g^enero de H e

do numero de discos em E) tal que   H 0  e compressvel em H n  H 0 . A

procura pornulogonos se torna,ent~ao, um processo nito.

Para enunciar esse resultado, o principal dessa sec~ao, precisamos de

duas de nic~oes sobre superfcies emH.

De nic~ao 4.13. Seja F  H uma superfcies mergulhada. A altura

h(F)2[0;1] de F eo numerode @H

i

distintosque F intercepta.

Ade nic~aodecomplexidadedeumasuperfciedadaabaixoebastante

primitivamasboaosu cienteparasuperfciesplanares.Elaserausadapara

seachar um disco compressor (Lemas 4.27, 4.31 e4.32).

De nic~ao4.14. SejaF umasuperfciecompactaeplanar.A complexidade

C(F) de F ede nida como:

C(F)=(# componentes do bordo de F) 2(# componentes de F):

Agora jaestamosequipadospara enunciaroresultado principaldessa

sec~ao: Teorema 4.15. Se  H 0  e compressvel em H H 0 ent~ao ha um disco compressor D satisfazendo: h(D)C(T)+1;

onde a superfcie planar T e de nida como T =@H 

N(E).

(18)

A Proposic~ao4.15determina,portanto,uma condic~aode paradapara

a procura por nulogonos: se nenhum disco compressor for achado em H

n

para nC(T)+2ent~ao n~ao hanenhum taldisco em H.

A seguir daremos um esboco daprovado teorema.

A variedade ambientesera o completamentode  H , M = \  H ; quee,essencialmente, 

H unidocomoconjunto ^

das folhasdebordode

(videSec~ao2.2).Portanto,M ef-invariante, n~aoecompacta e@M = ^

.

A pergunta sobre a incompressibilidade de  H

0

se traduz diretamente

como a quest~ao da exist^encia de discos compressores para @M = ^

 em

M H

0 .

A ideia da prova e, grosseiramente, a seguinte: suponhamos que ha

discos compressores e escolhamos um, diga-se D. Se h(D)  C(T)+1, o

teoremaestaprovado.Sen~ao,usamosDpararealizarcirurgiasem@H

i \M:

1. comecamos com F 0 = S i0 @H i \M; 2. se F j

\D 6=; ent~ao, por uma isotopia de D, podemos supor que F j

corta D em meio-discos. Escolhemos  um tal meio-disco que seja

mais interno;

3. realizamos uma compress~ao ao bordo em F j

ao longo de  de forma

equivarianteobtendo F j+1

;

4. se necessario realizamos uma isotopia em D de forma que este

inter-cepte F j+1

essencialmente;

5. voltamos aopasso 2, substituindo F j por F j+1 . Enquanto F j

interceptar D (passo 2) continuamos realizando as

cirurgiasdiscritas nopasso 3, obtendo F j+1

de F j

(vejaFigura 4.10).

Cada cirurgiareduziraacomplexidadedas superfcies,que,emalgum

momento,chegaraa 1.Issoimplicaquealgumacomponenteconexadessas

superfcies e um disco (Lema 4.27). Como todas as operac~oes s~ao feitasde

formaequivariante,podemosescolheroprimeirotaldiscoquen~aointercepta

H

0

. Se formos cuidadosos, podemos provar que esse disco e essencial em

M H

0

, sendo, portanto, um disco compressor de @M. Vamos manter

estimativasdas alturas das superfcies ao longo doprocesso, de formaque,

quando acharmos esse disco compressor, teremos um limite superior para

sua altura.

(19)

F 0 F 1 F 2 @M @H 0 @H 1 @H 1 D

Figura4.10:Oprocedimentodascirurgias.Cadasetarepresentaumacompress~ao

aobordorealizadaao longodeummeio-discocortado de D.Ascompress~oess~ao

realizadas deforma equivariante

Essa descric~ao e bastante simpli cada, ha varios detalhes dos quais

precisaremos cuidar. Mantendo a estrategia geral em mente, adiantamos

que uma boaparte dotrabalho tera uma das duas seguintes func~oes:

1. descrever as propriedades boas de F 0

que s~ao preservadas pelas

cirurgias;

2. controlarasalturasdassuperfciesintermediariaseoqu~aopertoest~ao

de ter um disco como componente.

No esprito dotem 1acima, discutiremosbrevementecomo H

i

inter-cepta M. Comecamos introduzindo a seguinte de nic~ao.

De nic~ao 4.16. Um subconjunto A  M e limitado se existir k 2 Z tal

que A(H

k

\M). Caso contrarioelee dito ilimitado.



E imediato que H

i

\M e limitado. 

E facil ver, tambem, que H

i \M

temumain nidadede componentescompactas,quasetodasdaformaDI

(onde D e um disco, D f0;1g  @M e (@D) I  @H

i

), sendo as

excess~oes emnumero nito. Alemdisso, cada uma das componentes e uma

bolatopologica fechada.

Analogamente, @H

i

\M euma superfciepropriamentemergulhadae

limitada.Temuma in nidadede componentes,todas compactase,amenos

de uma quantidade nita, todas aneis. Podemos, portanto, generalizar a

de nic~aode complexidadede umasuperfcie(de nic~ao4.14,quepedequea

superfciesejacompacta)paraseaplicara@H

i

\M:complexidadeeaditiva

com uni~ao disjuntae aneis t^emcomplexidade zero.

Quando demos o esboco da estrategia, comecamos considerando

S

i0 @H

i

\M. Na verdade, se trabalhamos com F 0 = S i2Z @H i \M, que

emais simetrico,a notac~aoeargumentos cammais levese claros.  E claro quef(F 0 )=F 0

, motivandoa seguinte de nic~ao mais geral.

(20)

De nic~ao 4.17. Uma superfcie equivariante F em M e uma sequ^encia com dois ns F = (:::;F 1 ;F 0 ;F 1

;:::) de superfcies propriamente

mer-gulhadas, limitadase disjuntasdois a dois F

i M tais que: F i+1 =f(F i ): Cada F i

eum nvelde F e poderemos nos referir a F

i

comoo nvel i de F.

Dizemos que F e planar se F

i

o for. Podemos extender a noc~ao de

complexidadeparaseaplicarassuperfcies equivariantesplanaresde nindo

C(F) = C(F

i

) (notamos novamente que faz sentido considerar C(F

i

) desde

que, a menos uma quantidade nita, todas as componentes de F

i

sejam

aneis).

Abaixo estendemos ade nic~aode superfcie incompressvel para uma

superfcie equivariante F. Alertamos o leitor para um abuso de notac~ao:

quando nos referimos a F como um conjuntoqueremos dizer S

i F

i .

De nic~ao 4.18. Uma superfcie equivariante F = (:::;F

1 ;F 0 ;F 1 ;:::)

em M e incompressvel se, para todo disco mergulhado D  M com

D\F =@D, existir um disco D 0

F talque @D 0

=@D.

Observac~ao. Notamos que F pode ser incompressvel em M mesmo com

suas componentes F

i

sendo compressveis: um disco compressor D para F

i

pode deixarde determinarum disco compressorpara F se interceptar uma

in nidade de outros F

j

(de forma que n~ao exista uma curva fechada em

D\F que seja mais ouinterior:veja Figura4.11).

F

i1

F

i

D

Figura4.11: Umdiscocompressor D paraF

i

que n~aoe compressor paraF

Todas as superfcies equivariantes com as quais lidaremos ser~ao

planares e incompressveis. Seja ent~ao F uma tal superfcie equivariante.

Suponhamostambem que cada F

i

intercepte todas as componentes de M.

ComoF

i

elimitadaelaestacontidaemalgumH

k

. SejaS umacomponente

deF

i

contidaemumacomponenteB deH

k

\M.Essa componenteB euma

bola,portantoSasepara.Istoeverdadeparaqualquervalorde k

arbitrari-amente grande ent~ao, em verdade, S separa uma componente de M. Seja

(21)

C o fecho de uma componente de M F

i

(alertamos que esse fecho deve

ser tomado em M,n~ao emH).Algumas taiscomponentes C s~ao limitadas

e outras n~ao.A uni~ao das ilimitadas sera um subconjunto de M fechado e

ilimitado,chamadode exteriorde F

i

,denotado porOut(F

i

).Ofechodeseu

complementoM Out(F

i

)eum subconjuntolimitadochamadode interior

de F

i

,denotado porIn(F

i ).

Lema 4.19. Se M 0

for uma componente de M ent~ao Out(F

i ) \ M

0

e

fechado,conexo e ilimitado.

Isso da uma caracterizac~ao de Out(F

i )\M 0 : se o fecho C de uma componentede M 0 F i

for ilimitado ent~ao C =Out(F

i )\M

0

.

Demonstrac~ao. Oquen~aoeimediatodade nic~aoesomentequeOut(F

i )\ M 0 econexo. PorF i

ser limitadaelaestacontida emalgumH

n e,assim,M 0 H n  Out(F i

). Alem disso qualquer componente de Out(F

i ) deve interceptar M 0 H n (ja que Out(F i ) e ilimitado). Mas M 0 H n = (M H n )\M 0

e conexo,portanto Out(F

i )\M

0

tambem oe.

A conclus~ao nal segue imediatamente.

Grande parte da regularidade das superfcies equivariantes que ser~ao

consideradasedescrita pelade nic~aoabaixo.

De nic~ao 4.20. Seja F = (:::;F

i ;F

i+1

;:::) uma superfcie equivariante

planar.Suponhaque,amenosdeumaquantidade nita,ascomponentesde

cada F

i

s~ao aneis. Se, para i<k, asseguintes condic~oes foremsatisfeitas:

1. ascomponentes de In(F i ) s~aobolas, 2. encadeamento: In(F i )  In(F k

) (que e equivalente a Out(F

k )  Out(F i )), 3. In(F i

)intercepta todas as componentes de In(F

k ), 4. F i =In(F i )\Out(F i ),

ent~aodizemos queF e regular.

Relembrandooesbocodademonstrac~ao,usaremos umdisco

compres-sordalaminac~aopararealizarcompress~oes aobordo de formaequivariante

em uma superfcieequivariante. Issonos levaa seguintede nic~ao.

Remete-mos o leitora Sec~ao2.1 paraa de nic~aode meio-discoe meio-disco

bordo-compressor.

(22)

De nic~ao 4.21. Dadauma superfcieequivarianteF =(:::;F

i ;F

i+1 ;:::),

ummeio-discobordo-compressorequivarianteparaF emMeumasequ^encia

com dois ns  = (:::;

i ;

i+1

;:::) de meio-discos disjuntos dois a dois

satisfazendo: 1.  i \F = i F i e  i \@M = i , 2.  i+1 =f( i )e 3.  i 

e meio-disco @-compressor para F = S

i F

i .

Podemos nos referir a como o bordo superior de 

i

e a como o

seu bordo inferior.

Uma bordo-compress~ao equivariante de F ao longo de  e uma nova

superfcie equivariante F 0 = (:::;F 0 i ;F 0 i+1 ;:::), onde cada F 0 i  e obtido de F i

por uma @-compress~ao ao longo de 

i

(e claro que F 0

e, de fato, uma

superfcieequivariante).

Considere um meio-disco @-compressor 

i para F i .Dizemos que  i  e bom se: {  i In(F i ) ou {  i Out(F i ) e i n~aosepara Out(F i ).

Caso o contrario, se 

i  Out(F i ) e  i separar Out(F i ), dizemos que  i

e ruim. Um meio-disco @-compressor equivariante  e dito bom ou ruim

quando 

i

for, respectivamente, bomouruim.

b)

c)

a)

Figura4.12: a) e b) tpicos discosbons;c)tpicodiscoruim.

A distinc~aoentre meio-discosbons eruinsenaturalemnosso quadro.

Se for bom, a respectiva @-compress~ao preservaravarias propriedadesboas

dasuperfcieequivariante. O lema seguinte exempli caisso.

Lema 4.22. Sejam F, F 0

superfcies equivariantes, F 0

obtida de F por

uma bordo-compress~ao equivariante ao longo de um bom meio-disco

(23)

{ Se  i In(F i ) ent~ao: In(F 0 i )=In(F i )  N( i ); Out(F 0 i )=Out(F i )[N( i ): { Se  i Out(F i ) e  i n~ao separa Out(F i ) ent~ao: In(F 0 i )=In(F i )[N( i ); Out(F 0 i )=Out(F i )  N( i );

Se F for ainda regular e incompressvel ent~ao F 0

tambem e regular e

incompressvel.

Demonstrac~ao. Dividimosa prova emdois casos como noenunciado:

{ 

i

In(F

i ).

Provamos inicialmenteasequac~oes qued~aoIn(F 0 i ) eOut(F 0 i )apartir de F e  i .

Considere uma componente M 0 de M. Se  i * M 0 ent~ao F 0 i \M 0 = F i \M 0

easituac~aoeid^entica emF e F 0 :In(F 0 i )\M 0 =In(F i )\M 0 e Out(F 0 i )\M 0 = Out(F i )\ M 0 . Consequentemente so precisamos

considerar o caso em que 

i  M 0 . A Figura 4.13 o representa esquematicamente. Out(F i ) In(F i ) @M 0  i N( i ) @N(i)

Figura4.13: Ocaso emque 

i

In(F

i )

Notamosque (Out(F

i

)[N(

i

))\M 0

)eo fechode uma componente

de M 0

F 0

i

e, jaque contemoconjuntoilimitadoOut(F

i

),e,porsua

vez, ilimitadotambem. Concluimos,peloLema 4.19, que

Out(F 0 i )=Out(F i )[N( i ):

(24)

Da equac~ao acimae dade nic~ao de In(F 0 i ) conclui-se que In(F 0 i )=In(F i )  N( i ):

SeF forincompressvel,provamosqueF 0

tambemoeobservandoque

bordo-compress~oes preservam incompressibilidade. A demonstrac~ao

desse fato segue de forma id^entica a dofato analogo para a de nic~ao

usual de incompressibilidade: se D 0

for um candidato a disco

com-pressor para F 0

, podemos aplicar uma isotopia a D 0

de forma que o

disco n~ao intercepte a copia de 

i emF

i

.Podemos, agora,desfazer a

bordo-compress~ao e ter D 0

como candidato a disco compressor para

F.ComoF eincompressvel,existeumdiscoDF

i com@D=@D 0 e D\@ i =;.MasD F 0 i ,mostrando queD 0 n~aoediscocompressor.

Continuamos supondo que F e regular e veri cando cada uma das

condic~oes de regularidade para F 0

.

A primeira segue facilmente da equac~ao In(F 0 i ) = In(F i )  N( i ) demonstradaacima:  i

edisco propriamentemergulhado emIn(F

i ),

portantoN(

i

)separa a componente de In(F

i

) que acontem(que e

uma bola)em duas bolas.

Suponhamos de agora emadianteque i<k.

Para a segunda condic~ao, In(F

i )  In(F k ) e  k \F i = ; implicam que In(F 0 i )=In(F i )  N( k )In(F i )In(F k )  N( k )=In(F 0 k ); provando encadeamento.

Para a terceira condic~ao usamos, novamente, que In(F

k

) e uni~ao

disjunta de bolas e que 

k

separa a componente que intercepta

em duas componentes de In(F 0

k

). Seja B (o fecho de) uma dessas

componentes e S a componente de F 0

k

que esta contida em @B (i.e.

S =@B @M).SeF forumdiscoent~aoB temqueinterceptarIn(F

i )

(para algumi<k)porque 

k e um meio-disco bordo-compressor. Porem In(F 0 i )  In(F i

), donde B deve interceptar, portanto conter,

algumacomponente de In(F 0

i

). Isso pode ser generalizado facilmente

para qualquer l < k por uso da segunda condic~ao de regularidade

(encadeamento). Se S n~ao for um disco ent~ao existe um laco n~ao

trivial  S bordando um disco mergulhado D  B. Como F 0

 e

incompress 

ivel, esse disco deve interceptar algum F 0

. Em verdade,

(25)

deve interceptar qualquer F 0 l (para l <k):se F 0 l

fosse minimalcom a

propriedade D\F 0 l 6= ; ent~ao F 0 l

seria compressvel, mostrando que

n~ao existe tal nvel minimal. Novamente pela segunda condic~ao de

regularidade,segue que D intercepta todo F 0

l

(para l <k).

Finalmente, a quarta condic~ao de regularidade para F 0

segue

direta-mentedamesma condic~aopara F eda formade seobter F 0 i de F i : F 0 i =  F i  N( i )  [@N( i ); onde @N( i ) =f0;1g i naestrutura de produto de N( i ) (veja Figura4.13). {  i Out(F i ) e i n~aosepara Out(F i ).

Como no caso anteror, para se obter In(F 0 i ) e Out(F 0 i ) de F e  i ,

precisamos somente considerar a componente M 0 de M que contem  i . Out(F i ) In(F i ) @M 0 i N( i ) @N( i ) Figura 4.14:  i Out(F i )

OLema 4.19 nos dizque Out(F

i )\M

0

econexo, fechado e ilimitado.

Como N(

i

)e uma bolacompacta, segue que  Out(F i )  N( i )  \ M 0

econexo, fechado eilimitado.PeloLema 4.19, novamente:

Out(F 0 i )=Out(F i )  N( i ) eent~ao In(F 0 i )=In(F i )[N( i ):

Se F for incompressvel, a prova da incompressibilidade de F 0

 e a

mesmado caso anterior.

SupomosagoraqueF eregulareprovamosamesmapropriedadepara

F 0 . Como In(F i ) e N( i

) s~ao bolas se interceptando em um disco em

seus bordos,sua uni~aoIn(F

i )[N( i )=In(F 0 i

)tambemeumabola,

mostrando aprimeira condic~ao.

(26)

Para mostrarasegunda condic~aode regularidade,supomosque i<k

e notamos que In(F

k )  In(F 0 k ). Mas In(F i )  In(F k

) por hipotese

e,tambem,  i In(F k ), implicandoque In(F 0 i )=In(F i )[N( i )In(F k )In(F 0 k ); mostrando encadeamento.

Continuamos provando a terceira condic~ao: cada componente de

In(F 0

k

) contemuma componentede In(F

k

) que, por sua vez, contem

uma componente de qualquer In(F

i

) para i < k. Mas, porque 

i 

In(F

k

), podemos concluir que cada componente de In(F

k

) contem

uma componente de In(F 0

i

) e, consequentemente, cada componente

de In(F 0

k

)contemuma componente de In(F 0

i ).

A quarta condic~aosegue como nocaso anterior.

Lema 4.23. Suponhamos que F seja uma superfcie equivariante em M

e que D  M seja um disco propriamente mergulhado interceptando F

transversalmente em arcos. Seja  um bom meio-disco bordo-compressor

equivarianteparaF esejaF 0

acompress~aodeF aolongode.Suponhamos

ainda que essa @-compress~ao elimina a intercec~ao de D com algum nvel,

i.e., existe um nvel k tal que D\F

k 6=; mas D\F 0 k =;. { Se  i In(F i

) ent~ao k deve ser o nvel mais baixo que D intercepta

(i.e., se i<k ent~ao D\F

i =;);

{ Se

i

estacontidoemeseparaOut(F

i

) ent~ao K deve seronvelmais

alto que D intercepta (i.e., se i>k ent~ao D\F

i =;).

Emtodososcasos,Ddeve interceptar F 0

em,nomaximo,umnvela menos

que F.

Demonstrac~ao. Consideramosos dois casos como noenunciado:

{ Se 

i

In(F

i ):

Sejam ondice maximaltalque D\F

m 6=;mas D\F 0 m =;.Ent~ao ouDIn(F 0 m )ouD Out(F 0 m

).O quede fato acontece e oultimo,

porque D intercepta Out(F

m )  Out(F m )[ N( m ) = Out(F 0 m ) (a 

ultimaigualdade vindo doLema 4.22).

MasOut(F 0

m

)n~aointercepta F

i

quando i<m (porque nem Out(F

m ) nem N( m ) interceptam) portantoD\F i

=;. Segue ent~aoque m e

(27)

{ Se 

i

esta contido eme separa Out(F

i ):

Oargumento e analogo aocaso anterior: seja m ondice minimaltal

que D\F m 6= ; mas D\F 0 m =;. Ent~ao D  In(F 0 m ). Mas In(F 0 m ) n~aointercepta F i

quando i>m portanto m e o nvel mais alto de F

queD intercepta.

A conclus~ao nal e imediata.

Asde nic~oeselemasaseguirser~aousadasparaseobtercontrolesobre

as alturas das superfcies e para obter condic~oes su cientes para que elas

tenhamum discocomo componente.

De nic~ao 4.24. Ondice de intersec~ao de uma superfcie equivariante F

com um disco D (denotado por I(F;D)),eo numerode nveisdistintosde

F queinterceptamD.

De nic~ao 4.25. Se F e uma superfcie equivariante, d(F) (de down) e o

menor inteiro talque, para todok >d(F),

F

i \@H

(i k) =;:

Similarmente,sejau(F)(deup)omenorinteirotalque,paratodok <u(F),

F

i \@H

(i+k) =;:

Observamos que essas de nic~oes n~aodependem de i.

Lema 4.26. Se F for uma superfcie equivarianteent~ao, para qualquer i:

1. h(F i )=d(F)+u(F)+1; 2. @H (i 1 d(F)) In(F i ) e @H (i+1+u(F)) Out(F i ).

Demonstrac~ao. Segue diretamente dade nic~ao.

Lema 4.27. Seja S uma uni~ao disjunta de superfcies compactas planares

e suponhamos que somente uma quantidade nita dessas n~ao s~ao aneis

(fazendo, ent~ao, sentido considerar C(S)). Se C(S) < 0 ent~ao uma

com-ponente de S e um disco.

Demonstrac~ao. Pelo menos uma componente deve ter menos que duas

(portantouma) componentes de bordo.

(28)

Finalmente,completandoapreparac~aoparaoargumento,de nimoso

queentendemosporumdiscointerceptarumasuperfciedeformaessencial.

Sejam D um disco limitado e propriamente mergulhado em M e F uma

superfcie equivariante. Consideremos D \ F e seja C

0

o fecho de uma

componentede D F (n~aonecessariamentemais aointerior).Suponhamos

queC

0

eparalelaaumasubsuperfcieC

1 F i porumprodutoP =CI  M com Cf0g=C 0 eCf1g=C 1

. Se P estacontida nofecho de uma

componente de M F ent~ao podemos aplicar uma isotopia a D ao longo

de P e simpli carjD\Fj.

De nic~ao 4.28. Um disco propriamente mergulhado e limitado D

inter-ceptaumasuperfcieequivariantede formaessencial seD\F n~aopodeser

simpli cado pelaoperac~ao descritaacima.

Podemos agora voltar a estrategia geral da prova do Teorema 4.15 e

faz^e-laprecisa.

Seja D um disco compressor para @M em M 

H

0

. Inicialmente,

realizamos uma isotopia em D a m de que intercepte ([

i @H

i

) \M de

formaessencial. Em particulartalintersec~ao consistede arcos.Lembramos

que T = @H 

N(E) e que o Teorema 4.15 enuncia que ha um disco cuja

altura e menor que ou igual a C(T)+ 1. Se h(D)  C(T)+ 1 ent~ao a

demonstrac~aotermina,portanto supomos queh(D)C(T)+2.

SejaF 0 =(:::;F 0 1 ;F 0 0 ;F 0 1

;:::)asuperfcieequivariantede nida por

F 0 i =@H i \M; i2Z: Comecando em F 0

, usaremos D para realizar bordo-compress~oes em F j

,

obtendo F j+1

. Podemos precisar aplicar uma isotopia a D para que este

intercepteF j+1

deformaessencial,porissointroduziremosdiscosisotopicos

D j+1

.

Umargumentoindutivogarantiraalgumaspropriedadesaj,F j eD j , listadasabaixo. a) F j 

e uma superfcie equivariante planar;

b) F j



e regulare incompressvel;

c) d(F 0 )+u(F 0 )=0 ed(F j )+u(F j )(j 1) para j 1; d) C(F j )=C(F 0 ) j; e) I(F j ;D j )h(D) j;

(29)

f) D j

intercepta F j

de forma essencial.

Suponhamos, ent~ao, quej, F j

eD j

satisfacam todas aspropriedades

a) a f) e que I(F j ;D j )  1 (logo F j \D j 6= ;). Consideremos um arco F j \D j maisinternoemD j

.Elebordacom@D j

umdisco maisinterno

D 0  D j . Seja F j i 0 o nvel onde D 0 intercepta F j i.e., D 0 \F j =  F j i 0 . Tal D 0

e um meio-disco bordo-compressor pela propriedade f). Queremos

escolher um tal meio-disco que seja bom. Se nenhum meio-disco mais ao

interior for bom ent~ao aplicamos uma isotopia a D j

usando a seguinte

a rmac~ao.

A rmac~ao4.29. SeumdiscomaisinternoD 0 D j comrespeitoaF j \D j

forummeio-discobordo-compressorruim(signi candoqueseparaOut(F j i )) ent~aoD j 

e isotopicoa umdisco ^

Dquetem um disco maisao interior quee

bom. Alem disso ^

D pode ser escolhido interceptando F j

de forma essencial

e tal que I(F j ; ^ D)=I(F j ;D j ).

Se aceitarmos temporariamente a a rmac~ao (sua demonstrac~ao sera

dadaao nal dasec~ao) substituimos D j

por ^

D semperdadas propriedades

a)a f).Podemos ent~aosupor que odisco mais aointerior D 0



e bom, o que

faremos daqui emdiante.

Consideremos  i =f (i i 0 ) (D 0 ), i2Z.

Lema 4.30. A sequ^encia  = (:::;

i ; i+1 ;:::) e um bom meio-disco equivariante bordo-compressor F j .

Demonstrac~ao. Veri camosinicialmentequeos

i

s~aodisjuntosdoisadois.

Seja i < k e suponhamos que 

i  In(F j i ). Como  k \ F j i = ; ent~ao  k \In(F j i )=;,implicandoque k \ i =;.Ocasoemque i Out(F j i )

e completamenteanalogo.

Cada  i eclaramenteum meio-disco;  i+1 =f( i

)porde nic~ao;ea

propriedadef) garante quecada meio-disco e bordo-compressor.



E bom pelaescolha de D 0

.

Se realizamosuma bordo-compress~aoequivarianteemF j

ao longode

obtemosumanovasuperfcieequivarianteF j+1

.Mostraremosadiantepor

induc~aoqueF j+1

satisfaz todas aspropriedades a)af).Portantopodemos

continuar aplicandoo argumento enquantoF j

\D6=;,quando faz sentido

a de nic~ao de . Mas a meta e achar um disco compressor logo devemos

interromper oprocesso indutivose F

i

tiver algumdisco como componente.

Dizemosent~aoqueoprocessoparaseF j

\D=;ousealgumF j

i

tem disco

(30)

Lema 4.31. O processo indutivo para em algum passo l  C(T)+1 e F l

i

tem uma componente quee um disco.

Demonstrac~ao. Cada boa bordo-compress~ao reduz a complexidade de F j

:

seomeio-discoseparaIn(F j

i

)ent~aoacompress~aoaumentatantoonumero

de componentes quanto de componentes de bordo em 1, enquanto se n~ao

separaOut(F j

i

)aumentao numerode componentes de bordo sem mudar o

numerode componentes. Emtodocaso acomplexidadecai em1 apos cada

compress~ao, em algum momento chegando a 1, implicando que F j

i tem

um disco como componente (Lema 4.27). Logo o processo para, diga-seno

passol.Ent~aoF l 1

satisfaztodasaspropriedadesa)af)eF l 1

\D l 1

6=;.

Novamente segue doLema 4.27 que C(F l 1 i )0porque F l 1 i n~ao pode ter

nenhum disco como componente. Pela propriedaded):

l 1C(F 0

)=C(T);

mostrando quel C(T)+1.

Pelapropriedade e)e a desigualdadeacima

I(F l ;D l )h(D) lC(T)+2 l1; implicando que F l \D l

6=;. Portanto quando o processo parar no passo l

cada F l

i

tem uma componente queeum disco.

Lema 4.32. Suponha que j e F j

satisfacam as propriedades a) a f) acima

e que F j

i

tenha um disco como componente. Ent~ao ha umdisco compressor

para ^  H 0 em M H 0

cuja altura e menor que ou igual a j.

Demonstrac~ao. ConsideremosD

i F j i umacomponentedeF j i quesejaum

disco.EscolhemosiomenorinteirotalqueD

i \H 0 =;(maisprecisamente, i=d(F j

)+1). Lema 4.26 ea propriedade c)implicamque

h(D i )h(F j i )j:

Veri camosagora queD

i

eum disco compressor. Eleeparaleloa um disco

D 0  @M (porque @M = ^  e uni~ao de discos) e D i [D 0

borda uma bola

compacta B  In(F j

i ).



E su ciente provar que B \H

0 6= ;. Isto porque D i \H 0

=; portanto uma componente de H

0

\M que intercepte B deve

estarcontidanela.Segueent~aoqueD 0 \H 0 6=;(novamentepoisD i \H 0 =;) e ent~ao que @D 0 n~aoe contratilem @M H 0 .

Mostramos agora que B\H

0

6= ;. Considere uma componente C de

In(F j )contendo B. Se B C ent~aoD i *F j , contradizendo regularidade.

(31)

Portanto B e componente de In(F j

i

) e ent~ao, por regularidade de F j

, B

deve conter uma componente de In(F j

k

) para todo k<i. Mas ha um valor

para k talque In(F j k )H 0 (tome k  1 u(F j )) portanto B\H 0 6=;,

completandoa demonstrac~ao.

Demonstrac~ao do Teorema 4.15. Lema 4.31 acima garante que em algum

passo l  C(T)+1 os F l

i

t^em uma componente que e um disco. Mas o

Lema 4.32 mostra ent~ao que ha um disco compressor para ^

 H

0 cuja

altura e menor que ou igual a l  C(T)+1, completando a demonstrac~ao

seaceitamos o argumento de induc~aoe a A rmac~ao4.29.

Passamos agora a demonstrac~ao do argumento de induc~ao. Ainda

supomos aA rmac~ao 4.29.

Demonstrac~ao do argumento de induc~ao. Comecamos veri cando as

pro-priedades para F 0 e D 0 =D: a) eclaro;

b) segue facilmente de In(F 0 i )=H i \M; c) d(F 0 )=u(F 0 )=0; d) obvio; e) I(F 0 ;D 0 )=h(D); f) D 0

=Dfoi escolhido parasatisfazer essa propriedadelogono incio.

Precisamos agora de veri car o passo de induc~ao. Supomos que

j  C(T) (o que implica que D j \ F j 6= ;) e que F j satisfaz todas as propriedadea)af).A intersec~aoD j \F j

determina, o qualsupomosser

bom pela A rmac~ao 4.29. Usamos  para obter F j+1 (bordo-compress~ao equivariante). Se D j intercepta F j+1

de forma essencial ent~ao D j+1

=D j

,

caso contrarioaplicamosisotopia aD j

paraobter D j+1

interceptandoF j+1

de forma essencial. Ha dois casos a seremconsiderados:

{  i In(F j i ) e {  i Out(F j i ) e i n~ao separa Out(F j i ). Mostraremos queF j+1

satisfaz todas as propriedadeem cada caso.

{  i In(F j i ).

a) segue da de nic~ao de bordo-compress~ao equiv

(32)

b) Lema 4.22;

c) aqui u(F j+1

) = u(F j

). Suponha que k < i e que j = 0. Ent~ao

@H k = F 0 k e logo  i \@H k = ;. Portanto F 0 i \@H k = ; donde d(F 1 )=0.

Agora supomos que k = i 1. Em geral, para qualquer j, 

i \ F j (i 1) =;eent~ao i \ In(F j (i 1)

)=;.LogodoLema4.26.2vemos

que  i \@H (i 2 d(F j )) =; e portanto F j+1 i \@H (i 2 d(F j )) =;. Observamos que F j+1 i \@H (i d(F j )) 6= ; ent~ao d(F j+1 ) e igual ou ad(F j )oua d(F j )+1,denendendo se  i \@H (i 1 d(F j )) for

vazio ou n~ao De qualquer forma u(F j

)+d(F j

) aumenta em no

maximo1.

d) como a componente de In(F j i ) que contem  i e uma bola,  i a separa. Logo  i separa a componenteS de F j i queintercepta,

produzindo duas componentes S 0 , S 00 de F j+1 i . PortantoF j+1 i = (F j i S)[(S 0 [S 00 ) e ent~ao C(F j+1 i )=C(F j i ) C(S)+C(S 0 [S 00 ): Mas S 0 [S 00

tem uma componente e uma componente de bordo

a mais que S,donde C(S 0 [S 00 )=C(S) 1. Segueque C(F j+1 i )=C(F j i ) 1: e) lembramos que se D j n~ao interceptar F j+1 de forma essencial

ent~ao obtemosoutro D j+1

comessa propriedadeporisotopiade

D j . Como D j intercepta F j

de forma essencial ent~ao I(F j ;D j+1 )  I(F j ;D j

). Lema 4.23 diz que I(F j+1 ;D j+1 )  I(F j ;D j+1 ) 1, mostrando que I(F j+1 ;D j+1 )I(F j ;D j ) 1: f) segue da escolhade D j+1 . {  i Out(F j i ) e i n~ao separa Out(F j i );

Quase todos os argumentos nesse caso s~ao essencialmente os mesmo

usados no anterior (podemos precisar trocar direc~oes: acima por

abaixo, interior por exterior, etc). Em tais situac~oes evitaremos

de-talhes,quepodemser facilmentepreenchidos seguindo osargumentos

(33)

a) direto da de nic~ao. b) direto do Lema4.22; c) aqui d(F j+1 ) = d(F j

). O resto do argumento segue de forma

analoga ao caso anterior: se j = 0 ent~ao u(F 1 ) = 0. Para um j generico,  i \ Out  F j (i+1)  = ; e Lema 4.26.2 implica que  i \ @H (i+2+u(F j )) = ;. Mas  i \ @H (i+u(F j )) 6= ; logo u(F j+1 ) = u(F j ) ou u(F j+1 ) = u(F j ) + 1 dependendo de  i \@H (i+1+u(F j ))

ser vazio ou n~ao. Novamente u(F j )+d(F j ) aumentaemno maximo 1. d) Como  i n~ao separa Out(F j i

) ent~ao tambem n~ao separa a

com-ponente S  F j

i

que intercepta, produzindo uma componente

S 0 F j+1 i . Portanto F j+1 i =F j i S[S 0 e ent~ao C(F j+1 i )=C(F j i ) C(S)+C(S 0 ):

Mas tanto S quanto S 0

s~ao conexos e S 0

tem uma componente

de bordo a menosque S dondeC(S 0 )=C(S) 1 e novamente C(F j+1 i )=C(F j i ) 1:

e) mesmo argumentodo caso anterior;

f) escolha de D j+1

.

O objetivo nal e demonstrar a A rmac~ao 4.29. Antes provamos o

seguinte lema.

Lema 4.33. Se um meio-disco bordo-compressor (

i ; i ; i ) para F j i for

ruim ent~ao existe uma subsuperfcie S

i  F

j

i

que n~ao e um disco tal

que S i \ i = i

e tal que a superfcie S 0 i = S i [  i goza da seguinte

propriedade: para todo arco essencial  S 0

i

, existe meio-disco

bordo-compressor (; ; ) em M.

Demonstrac~ao. Comecamos escolhendo H

n tal que F j i [  i  H n \M. Lembramos que F j i e obtido de F 0 i = @H i

\M por compress~oes ao bordo.

Seja j = 0. Pelo Lema 4.11, para todo arco essencial  F j

i

\M existe

meio-disco (; ), onde   (Out(F j i ) \H n )\ M e  @(H n \M).

Esse propriedade e preservada por @-compress~oes boas: supondo que vale

para F j i , seja ( 0 ; 0 ; 0

) um meio-disco bom, que usamos para obter F j+1

i

(34)

(lembramosqueF j+1 i =  F j i  N( 0 )  [( 0 0 [ 0 1 ),onde 0 0 , 0 1 @N( 0 ) s~ao copias paralelas de  0 em N( 0 ) '  0 I). Seja  F j+1 i um arco

essencial. Poruma isotopia,podemos suporque n~aointercepta as copias

 0 0 , 0 1 F j+1 i de  0 ,donde F j i . Como e essencialemF j+1 i tambem o e em F j i

donde, por hipotese, existe meio-disco @-compressor (; ; )

em (Out(F j

i )\H

n

)\ M. Podemos supor que \ 0

= ; por cirurgias

de corte e colagem padr~ao: se \ 0

6= ; eliminamos inicialmente todas

as curvas fechadas da intersec~ao por isotopias. Se \ 0

contiver arcos,

tomamos ummaisaobordoem 0 ,separandoumdiscoD 0  0 .Notamos que, como \ 0 = ;, \( [ 0

) = ;. Mas   separa um disco

D 00  . Modi camos  trocando D 00 por D 0 , afastando D 0 levemente de

D e suavizando as quinas. Tal cirurgia reduz j\ 0

j donde, apos uma

sequ^encia nitadetaisoperac~oes,podemossuporque\ 0

=;.Notamos

que permanece inalterado.

Como\ 0

=;podemossuporque\N( 0

)=;,donde(; ; )

e um disco @-compressor para F j+1

i

em H

n

\M. Alem disso, e claro que

Out(F j+1

i ).

Provamos, portanto, que, para todo j e para todo arco essencial

 F j

i

\M, existe meio-disco (; ; ), onde (Out(F j i )\H n )\M e @(H n \M).

Voltamos a situac~ao descrita no enunciado e seja, como de costume,

M 0

a componente de M que contem 

i

. Pelo menos uma componente de

Out(F j i )  i  \M 0 eilimitada:Out(F j i )\M 0  eilimitadaeN( i )M 0  e

limitada.PoroutroladoumargumentocomoousadonoLema4.19garante

que n~ao ha mais doque uma componenteilimitada logo Out(F j i )  i  \ M 0

,quetemexatamenteduascomponentes,temumacomponenteilimitada

e umalimitada, ofechodesta denotado porM

i (veja Figura 4.15). M i S i i i F i  i Figura4.15: Omeio-disco i separando Out(F i ) 

E bem claro que @M

i  @Out(F j i )[ i . Ja que @Out(F j i ) @M e F j i vemos que @M i @M F j i [ i . MasF j i [ i Out(F j i ) Out(F j i+1 )

(35)

portantoM i Out(F j i ) Out(F j i+1 )(porque M i elimitado).Emparticular M i \F j k =; para k6=i, dondeM i \F j F j i . Seja agora S i = @M i @M.  E claro que S i ( F j i porque o bordo superior i de  i

separa uma componente de F j

i

. Tambem e claro que

@M i F j i [ i [@M eque i @M i

,implicandoqueofechode@M

i @M e S i [ i . Alem disso S i \ i  F j i \ i = i . Como S i \ i 6= ; ent~ao S i \ i = i

. Fica facil ver ent~ao que se S

i

fosse um disco ent~ao, como

 M i \F j =;,  i seria paralelo aS i porM i

,contrariando a hipotese de que

e meio-discobordo-compressor. Seja S 0 i =S i [ i

que,portanto, tambemn~aoeum disco.

@M S i S 0 i  i Figura 4.16: S 0 i =S i [ i Consideramos, agora, S 0 i H n \M 0 e seja S 0 i um arco essencial.

Seguindoumargumentocomoodadonoinciodaprova,podemossuporque

que  S

i  F

j

i

, donde existe meio-disco (; ; ) tal que: Out(F j i ), \ i = ;,  @M 0 [@H n . Segue que   M i e, como M i \H n = ;, \@H n = ;, donde  @M 0

, de forma que (; ; ) e meio-disco bordo

compressor para S 0

i

emM.

Demonstrac~ao da A rmac~ao 4.29. Seja F j i o nvel de F j que intercepta D 0 e de na i = D 0 \ F j i

. Aplicamos o Lema 4.33 para 

i = D 0 , i e i = @D 0

. Consideramos a superfcie S 0 i e  i  S 0 i (ver Figura 4.16). 

E claro que existe um arco  S 0 i ligando i  @S 0 i a alguma outra componentede@S 0 i talque \ i

consistedeumunico arco ligando

i

a

i

(ver Figura4.17). Ainda usando oLema 4.33, obtemos um meio-disco

(; ; )(Figura4.18).

Notamos,agora,queD j

\=.Podemos tomarumaisotopiade D j

aolongode levando oarco  umpouco alemde ,obtendo um disco

^ D. Considerando ^ D\F j

vemos quehaum discomaisaointeriorD 00

cujo

bordosuperiorconsistedauni~aodeumarcodobordosuperior

i de  i com um arco contido em S i

. Alem disso o bordo inferior e um arco 0

em @M

Referências

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