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BOLETIM OFICIAL. I Série Número 142 ÍNDICE. Quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

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BOLETIM OFICIAL

Número 142

Í N D I C E

ASSEMBLEIA NACIONAL

Ordem do Dia

Ordem do dia da Sessão Plenária do dia 9 de dezembro de 2020 e seguintes. ...2258

Lei nº 109/IX/2020:

Aprova o Orçamento do Estado para o ano económico de 2021. ...2258

Resolução nº 180/IX/2020:

Cria uma Comissão Eventual de Redação. ...2327

Resolução nº 181/IX/2020:

Aprova o Orçamento Privativo da Assembleia Nacional para o ano económico de 2021. ...2327

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ASSEMBLEIA NACIONAL

––––––

Ordem do Dia

A Assembleia Nacional aprovou a Ordem do Dia abaixo

indicada para a Sessão Ordinária do dia 9 de dezembro

e seguintes:

I. Discussão e Votação da Proposta de Lei que aprova

o Orçamento do Estado para o ano económico

de 2021 – (Discussão na Especialidade).

II. Discussão e Votação do Projeto de Resolução que

aprova o Orçamento Privativo da Assembleia

Nacional para o ano de 2021 – (Discussão na

Especialidade).

III. Perguntas dos Deputados ao Governo.

IV. Aprovação de Propostas de Lei:

1. Proposta de Lei que procede à sexta alteração à Lei

n.º 70/VIII/2014, de 26 de agosto, que define o regime

jurídico especial das micro e pequenas empresas, à quinta

alteração à Lei 82/VIII/2015, de 8 janeiro, que aprova

o código de imposto sobre o rendimento das pessoas

coletivas, à quarta alteração à Lei n.º 78/VIII/2014 de

31 de dezembro, que aprova o código de imposto sobre o

rendimento das pessoas singulares, à segunda alteração

ao Decreto-legislativo n.º 3/2014, de 29 de outubro, que

aprova o regime jurídico das infrações tributárias não

aduaneiras; (Discussões na Generalidade e Especialidade)

2. Proposta de Lei que procede à 1ª alteração à Lei nº

60/IX/2019, de 14 de agosto, que extingue o Internacional

Support For Cabo Verde Stabilization Trust Fund. e, ainda,

à revogação do n.º 7 do artigo 7º da Lei n.º 65/IX/2019,

de 14 de agosto, que cria o Fundo Soberano de Garantia

do Investimento Privado; (Discussões na Generalidade

e Especialidade)

3. Proposta de Lei que procede à primeira alteração

à Lei nº 61/IX/2019, de 29 de julho, que cria o Fundo

Soberano de Emergência. (Discussões na Generalidade

e Especialidade)

Gabinete do Presidente da Assembleia Nacional, aos 9

de dezembro 2020. — O Presidente, Jorge Pedro Maurício

dos Santos.

––––––

Lei nº 109/IX/2020

de 31 de dezembro

Por mandato do Povo, a Assembleia Nacional decreta,

nos termos da alínea b) do artigo 175.º da Constituição,

o seguinte:

CAPÍTULO I

APROVAÇÃO DO ORÇAMENTO

Artigo 1.º

(Aprovação)

1. É aprovado o Orçamento do Estado para o ano

económico de 2021.

2. Integram o Orçamento do Estado, aprovado pela

presente lei, o articulado da lei, os mapas orçamentais

e os anexos informativos previstos, respetivamente, nos

artigos 34.º, 35.º e 36.º da Lei n.º 55/IX/2019, de 1 de julho.

CAPÍTULO II

DISCIPLINA ORÇAMENTAL

Artigo 2.º

(Execução orçamental)

1. O Governo toma as medidas necessárias à rigorosa

contenção das despesas públicas e ao controlo da sua

eficiência, de forma a alcançar os objetivos de redução

do défice orçamental e de uma melhor aplicação dos

recursos públicos.

2. O Governo procede ao monitoramento mensal da

execução do Orçamento do Estado, visando a tomada de

medidas necessárias para o cumprimento da meta do

défice orçamental e das normas programáticas constantes

da presente lei.

3. O Governo define, através do Decreto-lei de execução

orçamental, normas e procedimentos com vista à gestão

rigorosa das receitas e despesas públicas.

4. O Governo assegura o reforço da ação inspetiva e

fiscalizadora dos organismos e serviços com competências

na área, de forma sistemática e programada, para garantir

o rigor na execução orçamental, evitar a má utilização

dos recursos públicos e velar pelo cumprimento rigoroso

das leis.

5. O Governo toma medidas para a efetiva racionalização

dos fundos autónomos, através do reforço da transparência

na execução orçamental, bem como na bancarização de

todas as suas operações, de forma a garantir a integridade

da gestão orçamental e financeira do Estado.

6. A adesão de Cabo Verde a organismos internacionais,

que implique o pagamento de quotas, é apreciada e decidida

mediante Resolução do Conselho de Ministros, com base

numa avaliação da sua pertinência e dos respetivos

impactos orçamentais e financeiros.

Artigo 3.º

(Utilização das dotações orçamentais)

1. O Governo, sob proposta do membro do Governo

responsável pela área das Finanças, face à evolução da

execução orçamental que se vier a verificar, bem como ao

contexto internacional, decide sobre:

a) Os montantes a serem cativados;

b) A descativação de eventuais verbas, assim como

os respetivos graus e incidências ao nível dos

departamentos governamentais.

2. No caso de cativações de verbas inscritas como

despesas obrigatórias, deve o Governo adotar as medidas

necessárias para garantir a realização das atividades que

resultarem das mesmas.

Artigo 4.º

(Suspensão de despesas)

Fica o Governo autorizado a suspender ou condicionar

as despesas orçamentais da Administração Central, dos

Institutos Públicos, dos Serviços e Fundos Autónomos

ou de Fundos Públicos, se a situação financeira do país

o justificar.

Artigo 5.º

(Contenção de despesas com deslocações)

1. As missões ao exterior devem ser objeto de programação

e limitam-se às estritamente essenciais à prossecução do

plano anual de atividades de cada departamento.

2. Mantém-se em vigor as instruções visando a

rentabilização da utilização das representações de Cabo

Verde no exterior, nos eventos internacionais em que o

país deve fazer-se representar.

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3. As deslocações ao estrangeiro de funcionários do

Estado, incluindo pessoal dirigente, do quadro especial

e titularidades dos órgãos de direção de Institutos

Públicos, dos Serviços e Fundos Autónomos, bem como

das entidades do setor público empresarial, fazem-se na

classe económica.

4. Sem prejuízo do disposto no número anterior, os casos

excecionais são objeto de regulamentação pelo Governo,

sob proposta do membro do Governo responsável pela

área das Finanças e da Administração Pública.

Artigo 6.º

(Assunção de encargos e dívidas)

1. Os serviços da Administração Direta e Indireta do

Estado, independentemente do grau da sua autonomia, só

podem assumir encargos para os quais estejam previamente

asseguradas as necessárias coberturas orçamentais, em

termos anuais.

2. A não transferência de receitas do Orçamento do

Estado cobradas de forma descentralizada, do produto

da cobrança de impostos retidos na fonte, bem como das

contribuições devidas à Previdência Social, constitui

infração disciplinar grave, sem prejuízo da responsabilidade

criminal.

Artigo 7.º

(Regime duodecimal)

1. Durante o ano de 2021, fica sujeita ao regime

duodecimal a execução das seguintes despesas:

a) Remunerações certas e permanentes;

b) Encargos com a segurança social;

c) Transferências correntes à Presidência da República

e à Assembleia Nacional, sem prejuízo do disposto

nas respetivas leis orgânicas;

d) Transferências correntes à Chefia do Governo, ao

Tribunal Constitucional, ao Supremo Tribunal de

Justiça, ao Tribunal de Contas, à Procuradoria-Geral

da República, às Comissões de Recenseamento

Eleitoral (CRE), ao Serviço de Informações da

República (SIR) e aos Conselhos Superiores da

Magistratura Judicial e do Ministério Público;

e) Transferências correntes às Embaixadas e postos

consulares;

f) Transferências correntes aos serviços da Administração

Pública;

g) Transferências privadas.

2. Sem prejuízo da aplicação do artigo 13.º do

Decreto-lei n.º 13/95, de 27 de fevereiro, as Embaixadas ficam

autorizadas a utilizarem as receitas do Estado cobradas

até ao limite da respetiva dotação orçamental.

CAPÍTULO III

RECURSOS HUMANOS

Artigo 8.º

(Política de gestão dos Recursos Humanos na Administração

Pública)

1. A autorização para o recrutamento e seleção do

pessoal e dirigentes intermédios na Administração

Pública direta e indireta, nos fundos e serviços autónomos

e nas autoridades administrativas independentes, são

da competência do membro do Governo responsável

pela área que pretende recrutar, de acordo com critérios

previamente definidos na lei de recrutamento de pessoal

e dirigentes intermédios em vigor.

2. A Direção Nacional da Administração Pública (DNAP)

é a entidade responsável pela coordenação e supervisão de

todos os procedimentos concursais para o recrutamento e

seleção de pessoal e dirigentes na Administração Pública

Central Direta e Indireta, incluindo os Serviços e Fundos

Autónomos e Institutos Públicos, respeitando o princípio

da autonomia administrativa e financeira, ficando neste

caso responsável pelo seu acompanhamento e homologação

do resultado final dos concursos, nos termos do diploma

que estabelece as regras e princípios de recrutamento

do pessoal e dirigentes intermédios e a tramitação dos

procedimentos concursais na administração pública.

3. Havendo necessidade de recrutamento para satisfazer

necessidades de pessoal, os órgãos e serviços da Administração

Pública Central Direta e Indireta devem recorrer

prioritariamente à sua reserva de recrutamento, gerida

pela DNAP, da qual integram candidatos aprovados em

concursos de recrutamento por eles lançados.

4. Nos concursos de ingresso para cargos inferiores aos

de Apoio Operacional nível III, os candidatos podem ser

dispensados da realização do método de seleção Prova

de Conhecimento, mediante autorização concedida pelo

membro do Governo responsável pela área da Administração

Pública.

5. Para dar respostas às necessidades de pessoal na

Administração Pública, em regra, deve-se, preferencialmente,

recorrer aos instrumentos de mobilidade de pessoal entre

os serviços e departamentos do Estado, e destes para os

municípios, de forma a rentabilizar o aproveitamento dos

recursos humanos já existentes.

6. A mobilidade inter carreiras efetua-se através da

reclassificação e reconversão, mediante concurso.

7. A mobilidade do pessoal integrado no regime Geral

para o regime Especial é efetuada mediante concurso.

8. Não é permitida a celebração de mais de dois contratos

de prestação de serviço de caráter contínuo com a mesma

pessoa singular ou coletiva, por ajuste direto, no âmbito

da Administração Pública Central, incluindo os Serviços

e Fundos Autónomos, Institutos Públicos, autoridades

administrativas independentes e as Entidades do Setor

Público Empresarial.

9. A remuneração certa mensal dos dirigentes superiores,

providos por contrato de gestão na Administração Pública

Central, Fundos ou Serviços Autónomos e Institutos

Públicos, não deve ultrapassar a remuneração do cargo

do Primeiro-Ministro.

10. O contrato de gestão a que se refere o número anterior

deve ser obrigatoriamente acompanhado da respetiva

carta de missão e ser remetido à Comissão Técnica na

Direção Nacional da Administração Pública, para efeito

de instrução e posterior homologação.

11. Os Órgãos de Soberania e as Administrações

Direta e Indireta do Estado, ficam obrigados a alimentar

e atualizar a Base de Dados dos Recursos Humanos da

Administração Pública (BDAP), nomeadamente, incorporar

todas as decisões que alteram a situação jurídica dos

recursos humanos, tais como, ingresso, acesso, evolução na

carreira, licenças sem vencimento, mobilidade, comissão

de serviço, exoneração, aposentação, formação e avaliação

de desempenho.

12. As Autarquias Locais ficam obrigadas a enviar

uma cópia de todas as decisões que alterem a situação

jurídica dos Recursos Humanos, nomeadamente, licenças

sem vencimento, transferência, comissão de serviço e

exoneração, à Direção Nacional da Administração Pública,

para efeitos de atualização da Base de Dados dos Recursos

Humanos da Administração Pública (BDAP), enquanto

não houver integração com esta, relativamente ao pessoal

que lhes está afeto.

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13. A Administração Pública Central Direta e Indireta

do Estado não deve efetuar pagamentos e não deve

assumir responsabilidades com a contratação de pessoal

pela rúbrica “outros serviços”.

14. Durante o ano de 2021, o regresso ao quadro de

origem, a mobilidade, a evolução profissional do pessoal

na carreira, as promoções e as compensações pela não

redução da carga horária realizam-se de acordo com a

disponibilidade orçamental e financeira, mediante as

propostas apresentadas pelos setores e validadas pela

DNAP.

Artigo 9.º

(Regularização dos Vínculos Precários na Administração

Pública Central e Autarquias locais)

1. Durante o ano de 2021, o Governo realiza o primeiro

programa de regularização de vínculos precários na

Administração Pública (PRVPAP).

2. A regularização dos vínculos precários é efetuada

mediante a aprovação em processo concursal.

3.Os procedimentos concursais abertos para a regularização

dos vínculos precários são regulados pelo diploma que

aprova o programa de regularização de vínculos precários

na Administração Pública.

4.O programa de regularização de vínculos precários é

gerido e coordenado pelo membro do Governo responsável

pela área da Administração Pública, através do serviço

Central de Gestão dos Recursos Humanos na Administração

Pública.

Artigo 10.º

(Pessoal contratado no âmbito dos projetos de investimento)

1. A nova metodologia orçamental que impõe um

orçamento programático e que elimina a dicotomia entre

os orçamentos de Funcionamento e de Investimento, não

implica a alteração do vínculo do pessoal afeto aos projetos

de investimento, mediante contratos de trabalho por tempo

determinado celebrados com a Administração Pública.

2. A mudança da forma de vínculo do pessoal referido

no número anterior é efetuada no âmbito do programa

de regularização de vínculos precários.

3. O pessoal vinculado ao Estado referido no número

1 continua a ser pago através da rúbrica do orçamento

referente às despesas com o pessoal.

4. O pessoal referenciado no número 1 e que for abrangido

pelo programa de regularização de vínculos precários

passa a integrar a Base de Dados dos Recursos Humanos

da Administração Pública.

Artigo 11.º

(Governação Digital da Administração Pública)

1. Em 2021, o Governo apresenta a estratégia de

Governação Digital de Cabo Verde e o plano de ação,

visando aprofundar o processo de transformação digital

da Administração Pública, como forma de apropriar das

oportunidades e vantagens que as novas tecnologias

proporcionam à prestação de serviços públicos aos cidadãos

e às empresas.

2. A estratégia e o plano referido no número anterior

integram os eixos estruturantes para a efetiva modernização

da Administração Pública e indicam os investimentos

necessários e estratégicos para garantir a interoperabilidade

de sistemas e a utilização coerente das arquiteturas de

sistemas, o acesso aos serviços digitais e a promoção de

criação de portais de dados abertos, em todas as áreas

de governação.

CAPÍTULO IV

AUTARQUIAS LOCAIS

Artigo 12.º

(Fundo de Financiamento dos Municípios)

O montante do Fundo de Financiamento dos Municípios

(FFM) é fixado em 3.864.924.572 (três mil milhões,

oitocentos e sessenta e quatro milhões, novecentos e vinte

e quatro mil e quinhentos e setenta e dois escudos) para

o ano de 2021, distribuído conforme o constante do Mapa

X, anexo à presente lei.

Artigo 13.º

(Diferenciação positiva)

1. É transferido o montante de 100.000.000$00 (cem

milhões de escudos) para os municípios com uma população

inferior a 15.000 (quinze mil) habitantes.

2. O montante referido no número 1, é distribuído em

partes iguais, no valor de 8.333.000$00 (oito milhões,

trezentos e trinta e três mil escudos) para os seguintes

municípios:

a) Paul;

b) Tarrafal de São Nicolau;

c) Ribeira Brava de São Nicolau;

d) Maio;

e) São Miguel;

f) São Salvador do Mundo;

g) São Lourenço dos Órgãos;

h) Santa Catarina do Fogo;

i) Brava;

j) Mosteiros;

k) Ribeira Grande de Santiago;

l) São Domingos.

3. Os montantes devem ser afetados para os projetos

de investimento com impacto ao nível do emprego e do

rendimento.

CAPÍTULO V

CONSIGNAÇÃO DE RECEITAS

Artigo 14.º

(Consignação de receitas)

1. As receitas consignadas, criadas nos termos da lei,

constam dos mapas informativos, anexos à presente lei.

2. Os critérios de distribuição das receitas consignadas

dos Fundos de Sustentabilidade Social para o Turismo,

Manutenção Rodoviária e Ambiente aos municípios são

objeto de regulamentação em diploma próprio.

3. Os saldos anuais de cada fecho do ano fiscal são

transferidos para efeito de alavancagem de fundos, no

âmbito da titularização de créditos.

Artigo 15.º

(Receita do Fundo Nacional de Emergência)

São consignadas ao Fundo Nacional de Emergência, criado

nos termos da lei, 0,5% das receitas tributárias cobradas,

no penúltimo ano anterior àquele a que o orçamento

se refere, excluindo os impostos, taxas e contribuições

consignadas por lei, bem como imposto municipal.

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CAPÍTULO VI

PARTIDOS POLÍTICOS

Artigo 16.º

(Subsídio a partidos políticos)

É fixado em 70.000.000$00 (setenta milhões de escudos)

o montante em subsídio devido aos partidos políticos,

conforme legislação aplicável.

CAPÍTULO VII

SISTEMA FISCAL

Artigo 17.º

(Cobrança)

1. Fica o Governo autorizado a cobrar as contribuições e

os impostos constantes dos códigos, regulamentos e demais

legislações tributárias, com as subsequentes modificações

em diplomas complementares em vigor, de acordo com

as alterações previstas na presente lei.

2. O Documento Único de Cobrança (DUC), instituído

pelo Decreto-lei nº 10/2012, de 2 de abril, que aprova

o Regime Jurídico da Tesouraria do Estado, é o único

documento a ser aceite pela Direção de Contribuições e

Impostos (DCI), como prova de pagamento de receitas

estatais, para o efeito do cálculo dos impostos, das taxas

e contribuições a serem pagas ou reavidas por parte do

contribuinte.

Artigo 18.º

(Taxa do IVA no setor turístico)

1. A taxa do IVA nas prestações de serviços de alojamento

em estabelecimentos de tipo hoteleiro e similar e de

restauração é de 10%.

2. A taxa referida no número 1 é, igualmente, aplicável

às operações enquadradas no regime especial da Lei

n.º 38/VI/2004, de 2 de fevereiro, quando a entidade

organizadora for uma micro, pequena ou média empresa

residentes e todos os serviços combinados sejam prestados

e realizados no território nacional, durante o ano de 2021.

3. A taxa referida no número 1 é aplicável aos fatos

ocorridos após a entrada em vigor da presente lei, sem

prejuízo da aplicação do artigo 8º do código do imposto

sobre o valor acrescentado.

Artigo 19.º

(Incentivos aos

Start-up Jovem)

1. As empresas que exerçam, diretamente e a título

principal, uma atividade económica elegível nos termos

do artigo 9.º, no âmbito das facilidades do Programa

Start-up Jovem, aprovado pela Resolução n.º 34/2017, de

25 de abril, gozam dos seguintes incentivos:

a) Aplicação da taxa de 5% de IRPC nos primeiros

cinco anos de atividade, a contar da data de

entrada em vigor da presente lei, exceto as que

prossigam atividade de tecnologias da informação

e comunicação e desenvolvimentos (TIC e I&D),

cuja taxa é de 2,5%, independentemente da

localização da sede ou direção efetiva;

b) Isenção de direitos aduaneiros, ICE e do IVA,

na importação de um veículo de transporte de

mercadorias, com até três lugares na cabine,

incluindo o do condutor, e idade não superior a

5 (cinco) anos, destinado exclusivamente para

a sua atividade;

c) Isenção de direitos na importação de matérias-primas

e subsidiárias, materiais e produtos acabados

e semiacabados destinados à incorporação

em produtos fabricados no âmbito de projetos

industriais, desde que estejam certificadas e

inscritas no Cadastro Industrial, durante a

fase de instalação, ampliação ou remodelação;

d) Beneficiação de incentivos financeiros, de apoios

na criação de competências e outros apoios

institucionais previstos na Lei n.º 70/VIII/2014,

de 26 de agosto;

e) Isenção de imposto de selo nos contratos de

financiamento para o desenvolvimento das

suas atividades;

f) Redução de 50% dos emolumentos devidos por atos

notariais e de registo resultante da compra

e venda de imóveis para as suas instalações.

2. São condições para usufruir dos benefícios fiscais

previstos no número anterior:

a) Criação de pelo menos 1 posto de trabalho;

b) A empresa não resultar de cisão e/ou fusão efetuada

nos dois anos anteriores à usufruição dos benefícios;

c) Não ser tributado por métodos indiretos de avaliação;

d) Não ser devedor do Estado, ou da Segurança Social,

a título individual ou coletivo, de quaisquer

impostos, taxas, quotizações ou contribuições

obrigatórias ou comprovar que o seu pagamento

se encontra formalmente assegurado.

3. As empresas referidas no número 1, cuja direção

efetiva esteja situada fora das localidades dos concelhos

de Praia, São Vicente, Sal e Boa Vista beneficiam, ainda,

de uma dedução de 50% à coleta do IRPC.

4. As empresas referidas no número 1 beneficiam, ainda,

dos incentivos previstos nos termos dos artigos 13.º, 15.º e

34.º do Código de Benefícios Fiscais, bem como o previsto

no artigo 22.º da presente lei.

5. As empresas que estejam a beneficiar do programa

Start-up Jovem, previsto na Resolução n.º 34/2017, de

25 de abril, enquadradas no regime simplificado para

micro e pequenas empresas, podem optar pela mudança

de regime, mesmo que ainda não tenham permanecido

cinco anos, mediante entrega da declaração de alteração,

no prazo legal, produzindo efeitos a partir de 1 de janeiro

do ano da sua apresentação, se a declaração de alteração

for apresentada até 31 de janeiro de 2021 ou se a empresa

iniciar a sua atividade no decurso do ano, caso em que a

opção feita naquela declaração tem efeitos desde o inicio

da atividade.

6. Exercido o direito de opção, a empresa é obrigada

a permanecer no regime de contabilidade organizada

durante um período mínimo de cinco anos.

7. A mudança de regime não implica a perda do direito

aos incentivos previstos na alínea d) do número 1.

8. Os benefícios fiscais previstos no número 1 não são

cumuláveis com os benefícios fiscais previstos no artigo

12.º do Código de Benefícios Fiscais, ficando, contudo,

com o direito à utilização do crédito fiscal no período

remanescente.

9. As empresas beneficiárias dos incentivos previstos no

presente artigo estão sujeitas ao pagamento da tributação

autónoma nos termos do CIRPC.

10. O benefício fiscal previsto no número 3 não se aplica

às TIC e I&D.

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Artigo 20.º

(Incentivos ao financiamento das empresas)

1. As sociedades residentes ou não residentes com

estabelecimento estável em Cabo Verde que realizem

entradas de capital em dinheiro a favor de empresas

elegíveis no âmbito das facilidades do Programa

Start-up Jovem, aprovado pela Resolução n.º 34/2017, de 25 de

abril, ou em empresas sediadas em território municipal

com a média do PIB per capita, nos últimos três anos,

inferior à média nacional, bem como em micro e pequenas

empresas, podem deduzir parte dessas entradas até o

limite de 2% da coleta apurada no ano anterior, desde que:

a) Não tenham salário em atraso;

b) Tenham a sua situação fiscal e contributiva

regularizada;

c) Não sejam tributadas pelo método indireto;

d) Autorizem o acesso a todas as suas contas bancárias.

2. O limite previsto no número anterior mantém-se,

mesmo que a sociedade realize entradas de capital em

mais do que uma empresa elegível nos termos do número

anterior.

3. O incentivo previsto no número anterior não é

cumulativo com o previsto no artigo relativo à remuneração

convencional do capital social previsto no código de

benefícios fiscais, quando esta for aplicável.

4. A dedução estabelecida no número 1 é efetuada

através da declaração anual de rendimento, devendo,

ainda, toda a operação ser evidenciada na declaração

anual de informação contabilística e fiscal.

Artigo 21.º

(Majoração de gastos com certificação ou acreditação)

1. Para efeitos da determinação do rendimento tributável

em sede de IRPC, são consideradas gastos do exercício,

em 130% do respetivo valor, as despesas realizadas com

a obtenção ou extensão da acreditação ou certificação

de sistemas de gestão da qualidade, produtos, processos

e serviços feitos no país ou no estrangeiro, devendo a

certificação ou acreditação ser previamente reconhecida

pela autoridade competente (IGQPI).

2.As micro e pequenas empresas certificadas no REMPE

podem beneficiar de uma comparticipação, no âmbito

do programa de assistência técnica às micro e pequenas

empresas, do valor das despesas de organização do processo

de certificação de sistema de gestão de qualidade, produtos,

processos e serviços feitos no país ou no estrangeiro,

devendo a certificação ou acreditação ser reconhecida

pela autoridade competente (IGQPI).

Artigo 22.º

(Incentivos com aquisição de equipamentos e software

de contabilidade e faturação)

1.Para efeitos da determinação do rendimento tributável

em sede de IRPC, são considerados gastos do exercício,

em 130% do respetivo valor, as despesas realizadas com

a aquisição de equipamentos e software de contabilidade

e faturação no processo de adesão à faturação eletrónica e

instalação de SAFT-CV.

2. A majoração dos gastos prevista no número anterior

é igualmente aplicável com a realização de despesas com

a migração de software, formação e parametrização dos

sistemas e certificado digital relacionados com a adesão

à faturação eletrónica e instalação de SAFT-CV.

Artigo 23.º

(Incentivos às entidades empregadoras que contratem jovens)

1. As pessoas coletivas e singulares, enquadradas no

regime de contabilidade organizada, que contratem jovens

com idade não superior a 37 anos para o primeiro emprego,

beneficiam de isenção relativamente às prestações devidas

pela entidade patronal para os regimes obrigatórios de

segurança social.

2. O incentivo previsto no número anterior aplica-se

apenas aos contratos com duração igual ou superior a

um ano, que se refiram a trabalhadores inscritos na

segurança social e que não tenham implicado redução ou

eliminação de postos de trabalho, pressupondo, ainda, que

a entidade patronal tenha pago as prestações devidas pelo

trabalhador à entidade gestora dos regimes obrigatórios

de segurança social.

3. Anualmente, far-se-á uma avaliação do cumprimento

das obrigações derivadas deste incentivo.

4. O Estado reembolsa a entidade gestora dos regimes

obrigatórios de segurança social pela perda de receita

não arrecadada decorrente do incentivo a que se refere

o presente artigo.

Artigo 24.º

(Fomento à contratação)

1. Os sujeitos passivos enquadrados no regime de

contabilidade organizada podem deduzir à coleta, o montante

de 20.000$00 (vinte mil escudos) por contratação, por

um período mínimo de 12 meses, de cada desempregado

inscrito nos Centros de Emprego e Formação Profissional

(CEFP) do IEFP.

2. Os projetos apresentados a Pró-empresa pelos

sujeitos passivos enquadrados no REMPE ou no regime

de contabilidade organizada, que criem 5 ou mais postos

de trabalhos, podem ter uma comparticipação do Estado,

através do IEFP, durante um período de 12 meses, no

pagamento de 50% do salário, até ao limite de 25.000$00

(vinte e cinco mil escudos), para pelo menos 2 trabalhadores,

conforme disponibilidade orçamental.

3. O disposto nos números 1 e 2 só são aplicáveis quando

não exista eliminação líquida de postos de trabalho.

4. Caso não seja cumprido o período contratual previsto

no número 1, a entidade patronal perde o benefício

estabelecido no referido número, ficando obrigada a

restituir o montante indevidamente deduzido.

5. A dedução referida no número 1, respeitante a

entidades a que seja aplicável o regime de transparência

fiscal, estabelecido no artigo 9.º, é imputada aos respetivos

sócios ou membros nos termos estabelecidos no número 2

desse artigo e deduzida ao montante apurado com base

na matéria coletável que tenha tido em consideração a

imputação prevista no mesmo artigo.

6. O incentivo previsto no presente artigo é cumulativo

com o estabelecido no artigo 34.º do código de benefício

fiscais.

Artigo 25.º

(Incentivo direto aos estágios profissionais)

1. Os sujeitos passivos de IRPC e pessoas singulares

com contabilidade organizada podem deduzir à coleta,

por cada estagiário contratado por um período mínimo de

seis meses, o montante de 20.000$00 (vinte mil escudos).

2. O benefício previsto no número 1 não é cumulativo

com o previsto na alínea b) do artigo 35.º do Código de

Benefícios Fiscais.

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(7)

Artigo 26.º

(Comparticipação no pagamento de subsídio aos estágios

profissionais)

1.Para efeitos de aplicação do número 1 do artigo 15.º

da Lei nº 15/IX/2017, de 12 de setembro, o Governo,

durante um período de até oito meses, comparticipa no

valor de 15.000$00 (quinze mil escudos) e 11.000$00

(onze mil escudos), no pagamento do subsídio mensal

para estagiários com licenciatura ou curso médio e para

estagiários com certificado de formação profissional,

respetivamente, contratados após a entrada em vigor

do presente diploma.

2.O incentivo previsto no número anterior pode ser

alargado por um período de mais quatro meses, se a

entidade patronal celebrar com o estagiário um contrato

de trabalho com a duração mínima de um ano.

3.O disposto no número 1 é, igualmente, aplicável aos

contratos de estágios, que à data da entrada em vigor

do presente diploma estiverem em curso, sem prejuízo

dos limites temporais estabelecidos nos números 1 e 2.

Artigo 27.º

(Estágio profissional empresarial)

Para efeitos de aplicação do previsto nas alíneas b) e c),

respetivamente, do artigo 4º da Lei nº 15/IX/2017, de 12 de

setembro, ficam estabelecidos como requisitos necessários

para o ingresso no estágio profissional empresarial:

a) A idade compreendida entre os 18 e 37 anos;

b) Ser detentor de curso superior que confira o grau

de bacharelato, ou, excecionalmente, frequentar

o último semestre do último ano de licenciatura

ou com certificação com acreditação de formação

profissional emitida pela entidade competente.

Artigo 28.º

(Isenção de emolumentos em certidões)

As emissões de certidões ou de qualquer outro documento

necessário para o cumprimento de obrigações fiscais são gratuitas.

Artigo 29.º

(Isenção na importação efetuada por autarquias locais)

Ficam isentas de direitos aduaneiros, imposto sobre o

valor acrescentado e imposto sobre consumos especiais

as importações efetuadas por autarquias locais de:

a) Veículos e equipamentos de saneamento básico

urbano;

b) Veículos equipados para o serviço de proteção civil

e de bombeiros;

c) Bens móveis e acessórios destinados a serem parte

integrante de equipamento urbano, incluindo

os destinados à prática desportiva;

d) Materiais de apetrechamento de recintos e estádios

desportivos, incluindo relvas sintéticas, bem

como outros bens e equipamentos destinados

a atividades culturais, lúdicas e recreativas;

e) Painéis fotovoltaicos e respetivos inversores para

produção de eletricidade com base na energia solar;

f) Baterias para uso exclusivo no armazenamento

da energia solar produzida de acordo com a

alínea e);

g) Outros materiais e equipamentos elétricos e

eletrónicos, bem como seus acessórios e peças

separadas, incorporáveis diretamente na instalação

para produção de eletricidade com base na energia solar;

h) Equipamentos para incineração de resíduos urbanos

com vista à produção de energia elétrica.

Artigo 30.º

(Isenção de direitos na importação de táxis)

1. É isenta de direitos aduaneiros, a importação de

veículos ligeiros de passageiros, em estado novo, destinados

exclusivamente para a exploração do serviço de táxis.

2. Os titulares de licença para exploração do serviço

de táxis gozam de isenção de direitos na importação dos

seguintes equipamentos a serem utilizados nos respetivos

setores de serviços:

a) Taxímetros com capacidade para operarem com

várias tarifas;

b) Equipamento para centrais fixas e radiotáxis das

zonas de segurança;

c) Radiotelefones a instalar na frota ou em instalações

fixas da empresa.

Artigo 31.º

(Incentivos à importação de veículos de transporte coletivo

de passageiros e veículos ligeiros de passageiros destinados

ao transporte executivo)

1. É isenta de direitos aduaneiros, do imposto sobre

consumos especiais e do imposto sobre o valor acrescentado,

a importação de veículos pesados de transporte coletivo

de passageiros, comportando mais de 30 (trinta) assentos

incluindo o do condutor, quando importados por empresas

do setor devidamente licenciadas.

2. É isenta de direitos aduaneiros e do imposto sobre

o valor acrescentado, a importação de veículos ligeiros

de passageiros destinados ao transporte executivo, nos

termos do Regime Jurídico Geral de Transportes em

Veículos Motorizados (RJGTVM), efetuado pelas entidades

detentoras de licença e devidamente autorizadas pela

Direção Geral dos Transportes Rodoviários (DGTR).

3. É isenta de direitos aduaneiros, imposto sobre

consumos especiais e do imposto sobre o valor acrescentado,

a importação de veículos pesados de transporte coletivo

de passageiros, comportando mais de 12 (doze) assentos

incluindo o do condutor, quando importados por transportador

público, detentor de alvará, que em cumprimento do

RJGTVM esteja a proceder a substituição de viaturas

que se encontrem licenciadas.

4. É isenta de direitos aduaneiros, imposto sobre consumos

especiais e do imposto sobre o valor acrescentado, a

importação de veículos pesados de passageiros, destinados

ao transporte escolar, devidamente equipados, comportando

23 (vinte e três) ou mais assentos incluindo o do condutor,

efetuados por estabelecimento de ensino devidamente

autorizado pelo ministério competente, autarquias locais

e por transportador público, devidamente licenciados e

autorizados pelas entidades competentes.

5. A alienação ou venda no mercado interno dos bens

importados com benefício previsto nos números anteriores,

dentro de cinco anos a contar da sua importação, está

sujeita a autorização prévia da DNRE, ficando passível

de pagamento dos direitos, do imposto sobre o valor

acrescentado e do imposto sobre consumos especiais

calculados com base no valor aduaneiro reconhecido na

data de alienação.

6. Os incentivos previstos nos números 1 e 4 não se

aplicam aos veículos com idade superior a seis anos.

7. Os incentivos previstos no número 3 não se aplicam

aos veículos com idade superior a quatro anos.

8. Os incentivos previstos no número 2 não se aplicam

a veículos com idade superior a dois anos de fabrico.

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(8)

Artigo 32.º

(Incentivos à importação de veículos pesados de transporte

para turistas)

1. É isenta de direitos aduaneiros, imposto sobre consumos

especiais e do imposto sobre o valor acrescentado, a

importação de veículos pesados de passageiros devidamente

equipados, comportando mais de 30 assentos incluindo o

do condutor, destinados ao transporte exclusivo de turistas

e bagagens, quando importados por transportadores

públicos devidamente licenciados pela Direção Geral dos

Transportes Rodoviários.

2. Para efeitos da aplicação do número anterior,

entende-se por devidamente equipados, os veículos que dispõem,

designadamente, de:

a) Cintos de segurança em todos os assentos;

b) Ar-condicionado;

c) Microfones e colunas de som; e

d) Alarme auditivo, sempre que o autocarro efetua

marcha á trás.

3. O incentivo previsto no número 1 não se aplica aos

veículos com idade superior a seis anos.

Artigo 33.º

(Incentivos à mobilidade elétrica)

1. Fica isenta do imposto sobre o valor acrescentado

(IVA), do imposto sobre consumos especiais e direito de

importação, a importação de veículos elétricos, incluindo

os de 2 rodas.

2. Fica, igualmente, isenta de direitos aduaneiros e de

imposto sobre o valor acrescentado (IVA) a importação

de recarga de baterias para veículos elétricos, em estado

novo, incluindo os seus conectores, proteções, cabos de

ligação e contadores, destinados exclusivamente para o

seu carregamento.

3. A atribuição da isenção prevista nos números

anteriores é da competência da Direção Nacional de

Receitas do Estado.

4. Ficam, também, isentos de taxa de parqueamento os

veículos elétricos mencionados no número 1, cuja emissão

do documento comprovativo é da entidade competente.

Artigo 34.º

(Importação de equipamentos para certificação

de qualidade)

Ficam isentas de direitos aduaneiros e imposto sobre o

valor acrescentado as importações de bens, equipamentos e

materiais destinados aos laboratórios do Sistema Nacional

da Qualidade, efetuadas pelo Instituto de Gestão de

Qualidade e da Propriedade Intelectual (IGQPI).

Artigo 35.º

(Incentivo à construção de espaços para práticas

do desporto)

1.Fica isenta de direitos aduaneiros e do imposto

sobre o valor acrescentado a importação de materiais

e equipamentos destinados à manutenção, construção

ou restruturação de espaços para prática desportiva

efetuados pelo organismo central responsável pelo desporto,

federações, associações desportivas legalmente constituídas

e reconhecidas como entidades de utilidade pública, bem

como os clubes desportivos legalmente constituídos.

2.A isenção referida no número anterior fica condicionada

ao parecer favorável do Instituto de Juventude e Desporto

e projeto de arquitetura aprovado pelas entidades

competentes.

Artigo 36.º

(Medidas fiscais e administrativas para implementação

do projeto de cabos submarinos internacionais de fibra ótica)

1.Fica isenta de direitos aduaneiros, do imposto sobre

o valor acrescentado e da taxa comunitária, a importação

de cabos submarinos de fibra ótica constituídos de

fibras embainhadas individualmente, bem como outros

materiais, utensílios e equipamentos destinados,

exclusivamente, à implementação dos projetos EllaLink

e de ligação de cabos submarinos internacionais.

2. Fica, igualmente, isento do pagamento de qualquer taxa,

emolumento ou qualquer outra contraprestação administrativa

devida à entidade pública na implementação dos projetos

referidos no número 1.

3.Todos os serviços adquiridos Concessionária Geral do

estabelecimento, gestão e exploração das infraestruturas que

constituem a rede básica das telecomunicações, no âmbito

da execução dos projetos de ligação dos cabos submarinos

internacionais, ficam enquadrados no artigo 2º alínea f)

do código do IVA, exceto os serviços administrativos e de

consultoria prestados pelos sujeitos passivos residentes.

4.Ficam isentos de retenção na fonte do imposto sobre o

rendimento os pagamentos efetuados aos não residentes

sem estabelecimento estável no território nacional que

prestem serviços no âmbito da execução dos projetos

mencionados no número 1.

Artigo 37.º

(Isenção do pagamento de taxas devidas por licenças de

pesca pelas embarcações de pesca artesanal até 5 toneladas)

1. Ficam isentas do pagamento de taxas na obtenção

de licenças de pesca:

a) Para pequenas espécies pelágicas com cercos e

semelhantes, por cada rede, embarcações até

cinco toneladas inclusive;

b) Por artes de sacada, por arte completa e por ano

civil, embarcações até cinco toneladas inclusive;

c) Para pescar à linha e com aparelhos não especificados,

e por ano civil, embarcações até cinco toneladas

inclusive.

2. Esta isenção aplica-se desde que as referidas

embarcações estejam registadas no Sistema Nacional

de Registo de Embarcações e o titular não disponha de

mais do que uma embarcação.

Artigo 38.º

(Incentivos aduaneiros no âmbito do projeto

de implementação

da televisão digital terrestre)

1.É concedida à entidade responsável pela implementação

do projeto da rede de televisão digital terrestre, isenção

de direitos aduaneiros na importação, dos seguintes bens:

a) Equipamentos necessários para a implementação da

rede, nomeadamente para o centro de agregação

de conteúdos, rede de transporte, transmissão

e difusão;

b) Material e equipamento informático, de telecomunicações

e de internet, seus acessórios e peças separadas,

exclusivamente destinados às instalações da

empresa gestora de rede, incluindo transmissores,

torres, antenas e viaturas especiais, para a

exploração técnica dos serviços;

c) Equipamentos administrativos destinados às

instalações da empresa gestora da rede, na

fase de instalação dos serviços.

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2. Gozam de isenção de direitos de importação os

equipamentos recetores, nomeadamente set-top box que

obedeçam aos parâmetros técnicos definidos por despacho

conjunto dos ministros responsáveis pela tutela setorial

e finanças.

3. Gozam de redução de 50% da taxa de direitos de

importação, no âmbito do projeto de implementação da rede

de televisão digital terrestre, os televisores importados que

obedeçam os parâmetros técnicos definidos por Resolução

do Conselho de Ministros, visando a massificação do

acesso à televisão digital.

4. A importação dos televisores analógicos de radiofusão

televisiva fica sujeita ao pagamento da taxa de 10% do

Imposto sobre o Consumo Especial.

Artigo 39.º

(Incentivos ao ensino à distância)

1.Ficam isentos de direitos aduaneiros e do imposto

sobre o valor acrescentado a importação de máquinas

automáticas para processamento de dados e suas unidades

(computadores portáteis, desktop e Tablet), efetuados pelo

estabelecimento de ensino ou de formação profissional

localizado no território nacional e certificados pelas

entidades competentes ou estudantes matriculados nos

referidos estabelecimentos de ensino ou de formação

profissional.

2. Fica isento do imposto sobre o valor acrescentando,

nos termos do número 15 do artigo 9º do respetivo código,

as transmissões dos equipamentos mencionados no

número 1 destinados ao estabelecimento de ensino ou de

formação profissional localizados no território nacional e

certificados pelas entidades competentes ou estudantes

matriculados nos referidos estabelecimentos de ensino

ou de formação profissional.

3. Fica isento do imposto de selo a utilização, juros e

comissões na concessão de créditos destinados à importação

ou aquisição dos equipamentos mencionados no número

1, nos termos dos números 1 e 2.

4. A atribuição da isenção prevista no número 1 é da

competência da DNRE.

5. As transmissões isentas ao abrigo do número 2

devem ser comprovadas através da declaração emitida

pelo estabelecimento de ensino e guardada no arquivo

do transmitente, devendo fazer menção expressa desse

facto na fatura.

6. A falta do documento comprovativo referido no número

anterior determina a obrigação para o transmitente dos

bens de liquidar o imposto correspondente.

7. A falsa declaração é punida nos termos da lei.

8. O conteúdo normativo deste artigo é aplicável,

também, às importações efetuadas no regime simplificado

aduaneiro.

Artigo 40.º

(Bonificação de taxa de juros para microprodução

de energias renováveis)

1. São bonificados em 50% os juros dos créditos

contratualizados pelas famílias e micro e pequenas

empresas, legalmente constituídas, junto das instituições

financeiras para aquisição de equipamentos e serviços

de instalação, destinados à microprodução de energia

renovável, nos termos da lei.

2. Esta bonificação aplica-se aos consumidores finais

enquadrados na categoria de baixa tensão normal.

Artigo 41.º

(Incentivos à importação de alimentos, medicamentos

e materiais de irrigação)

1. No âmbito do programa para mitigação da seca,

a importação de pastos, alimentos e outros produtos

para vacinação e desparasitação de animais, bem como

de materiais para irrigação gota-a-gota, fica isenta de

pagamento de:

a) Direitos de importação;

b) Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA); e

c) Taxas, contribuições, emolumentos, custas, incluindo

taxa comunitária, cobradas pelas entidades

intervenientes no processo de licenciamento

e desembaraço alfandegário de mercadorias

(Direção Geral de Alfândega, ENAPOR, Direção

Geral do Comércio e Indústria, Direção Geral da

Agricultura, Silvicultura e Pecuária e Entidade

Reguladora Independente da Saúde).

2. A isenção prevista no número anterior aplica-se,

igualmente, na produção de alimentos para animais, com

as necessárias adaptações.

Artigo 42.º

(Incentivos à dessalinização de água para uso na agricultura)

1. Ficam isentas de direitos de importação e imposto sobre

o valor acrescentado (IVA) as importações de máquinas,

equipamentos e respetivos acessórios e peças separadas,

bem como, todo o tipo de material necessário ao processo

de dessalinização de água para uso na agricultura,

efetuadas pelas empresas devidamente licenciadas e

autorizadas pelo setor.

2. Ficam isentos de direitos de importação e imposto

sobre o valor acrescentado as importações de painéis

fotovoltaicos e respetivos inversores para produção de

eletricidade com base na energia solar, baterias para uso

exclusivo no armazenamento da energia solar produzida

a ser utilizado no processo de produção de água para

agricultura, efetuadas pelas empresas devidamente

licenciadas pelo setor, associação do setor agrícola

legalmente constituída e inscrita na plataforma de ONG,

bem como as cooperativas agrícolas e demais organização

de produtores.

3. A isenção prevista no número anterior fica condicionada

ao parecer favorável da entidade responsável pela gestão da

água para agricultura e da Direção Nacional do Ambiente.

Artigo 43.º

(Benefícios aos agricultores e criadores de gado no âmbito

da regularização de prédios rústicos)

1. Fica isento do pagamento de emolumentos e do imposto

de selo os atos notariais, incluindo as escrituras e os atos

notariais avulsos, necessários para a regularização de

registo dos prédios rústicos.

2. Ficam, igualmente, isentos do IUP as transmissões

dos prédios rústicos, bem como os ganhos resultantes da

alienação onerosa de direitos reais sobre os prédios rústicos

destinados às atividades comerciais ou industriais.

3. As isenções previstas nos números anteriores

aplicam-se apenas aos agricultores e criadores de gado,

devidamente certificados pela entidade competente.

Artigo 44.º

(Bonificação de taxa de Juros)

É inscrita uma dotação de 132.000.000$00 (cento e

trinta e dois milhões de escudos), para bonificação de

taxa de juros decorrentes de linhas de crédito para micro,

pequenas, médias e grandes empresas e internacionalização

das empresas Cabo-verdianas.

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Artigo 45.º

(Incentivos às pessoas com deficiência)

A partir do ano letivo 2021/2022, é gratuita a inscrição

e frequência em estabelecimentos públicos e privados

de ensino pré-escolar, básico, secundário, superior e de

formação profissional para pessoas com deficiência, nos

termos regulamentados pela Portaria n.º 27/2018, de 8

de agosto.

Artigo 46.º

(Tributo Especial Unificado)

1. As obrigações previstas no número 2 do artigo 26º do

regime especial das micro e pequenas empresas para o

ano de 2021 podem ser efetuadas, nos seguintes prazos:

a) 1º Trimestre: até ao último dia do mês de junho;

b) 2º Trimestre: até ao último dia do mês de setembro;

c) 3º Trimestre: até ao último dia do mês de dezembro;

d) 4º Trimestre: até ao último dia do mês de março

de 2022.

2. Sem prejuízo da aplicação do disposto na alínea a)

do número 1 do artigo 47º do código geral tributário, as

dívidas do tributo especial unificado relativa ao período

fiscal de 2020, mediante negociação, podem ser pagas em

até 60 (sessenta) prestações.

3. O pagamento das dívidas em prestações nos termos

do número 2 determina, na parte correspondente ao valor

de capital pago, a dispensa de juros compensatórios e de

juros de mora, desde que os pagamentos sejam efetuados

dentro dos prazos acordados.

4. Este regime não abrange as prestações devidas pelo

trabalhador à entidade gestora dos regimes obrigatórios

de segurança social.

5. A autorização de pagamentos em prestações e a

dispensa de juros podem ser anuladas se a DNRE, no

âmbito da sua atribuição detetar que o sujeito passivo

apresentou informações falsas ou insuficientes.

6.

As microempresas, certificadas no regime especial

para micro e pequenas empresas, mais impactadas

pela COVID 19, nomeadamente, transporte, hotelaria,

restauração, ficam isentos do pagamento do TEU durante

o ano de 2021, mediante requerimento e prova junto da

Repartição de Finanças da respetiva área fiscal da quebra

efetiva e significativa de atividade.

7.

Considera-se quebra efetiva e significativa para

efeitos do número anterior, uma redução igual ou superior

a 50% do volume de negócios comparativamente ao

período homólogo de 2019.

8. Através do Decreto-lei de Execução Orçamental, são

determinados os procedimentos e requisitos, bem como os

demais setores impactados pela COVID 19, no âmbito do

pedido de pagamento em prestações e o pedido de isenção

prevista no número 6.

Artigo 47.º

(Pagamento em prestações)

O regime de pagamento em prestações previsto no

artigo 7.º da Lei n.º 100/IX/2020, de 11 de agosto, que

aprova o Orçamento Retificativo para o ano económico

de 2020, manter-se-á em vigor durante 2021, com a

seguinte redação:

[...].

5. As dívidas não negociadas e em situação de incumprimento

a 31 de dezembro de 2021 ficam, automaticamente, sujeitas

às ações de cobrança coerciva, previstas nos termos da Lei.

[...].

8. A DNRE pode autorizar pagamentos em prestações

de dívidas mencionadas nos artigos 8º e 9º do Decreto-Lei

n.º 37/2020, de 31 de março, para além do limite temporal

estabelecido naqueles artigos, sempre que o sujeito passivo

demostrar que não dispõe de meios financeiros suficientes,

não podendo as prestações ultrapassar a data de 31 de

dezembro de 2021.

Artigo 48.º

(Taxa específica sobre o tabaco)

Sem prejuízo da aplicação do imposto sobre o consumo

especial nos termos da legislação em vigor é devida por

cada maço de cigarro uma taxa de 40$00 (quarenta

escudos) na importação e na produção nacional.

Artigo 49.º

(Taxa Estatística Aduaneira)

1- A Taxa Estatística Aduaneira (TEA) instituída pelo

artigo 31.º da Lei n.º 23/VIII/2012, de 31 de dezembro, que

aprova o Orçamento do Estado para o ano económico de

2013, mantém-se em vigor durante o ano de 2021, com

as alterações efetuadas pela Lei n.º 44/IX/2018, de 31 de

dezembro, que aprova o Orçamento do Estado para o ano

económico de 2019.

2- Está isenta da TEA a importação de bens oferecidos

à entidade de utilidade pública que visem exclusivamente

fins humanitários.

Artigo 50.º

(Dinamização da economia local)

1. O Governo, no uso das prerrogativas previstas no número

6 do artigo 30.º do Código da Contratação Pública, adequa

os valores para a escolha dos procedimentos de contratação

pública, para a implementação de programas específicos

que visam desenvolver a economia local e a promoção das

micro e pequenas empresas e empregos locais.

2. Para a adequação dos valores referidos no número

1, são aplicáveis os procedimentos de obras públicas e

aquisição de bens e serviços promovidos pelas entidades

adjudicantes, definidas no artigo 5.º do Código da Contratação

Pública, preferencialmente destinados aos empreiteiros

ou construtores domiciliados no concelho onde a obra é

executada e às empresas domiciliadas no concelho onde

o serviço é prestado e o produto é utilizado.

Artigo 51.º

(Financiamento da tarifa social de fornecimento de energia

elétrica e abastecimento de água)

É inscrito no orçamento de Estado o montante de

100.000.000$00 (cem milhões de escudos), destinado ao

financiamento da tarifa social de fornecimento de energia

elétrica e abastecimento de água, respetivamente.

Artigo 52.º

(Alteração ao Decreto-Lei n.º 37/2014, de 23 de julho)

É alterado o artigo 31º do Decreto-lei nº. 37/2014, de

23 de julho, na redação que lhe foi dada pelos

Decretos-leis n.º 52/2015, de 24 de setembro, n.º 44/2016, de 6 de

setembro, n.º 39/2017, de 6 de setembro e n.º 16/2019, de

11 de abril, que procede à quarta alteração do Decreto-lei

n.º 37/2014, de 23 de julho, que aprova o Regime Jurídico

Especial de Execução do Cadastro Predial nas ilhas do Sal,

Boa Vista, São Vicente e Maio com a seguinte redação:

“Artigo 31º

Prazo

1.As isenções de emolumentos por atos notariais

e de registos previstos nos artigos 29.º, 30.º e 30.º- A

aplicam-se a todos os prédios das Ilhas abrangidas pela

operação cadastral, e vigoram até que todos os prédios

cadastrados, no âmbito da operação de cadastro predial,

estejam registados nas respetivas Conservatórias de

Registo Predial.

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2.As isenções previstas no número 1, também, abrangem

aos atos de retificação de erros, omissões ou inexatidões

na caracterização definitiva dos prédios cadastrados”.

Artigo 53.º

(Alteração à Lei 88/VIII/2015, de 14 de abril)

O artigo 5º da Lei n.º 88/VIII/2015, de 14 de abril, que

aprova o Código da Contratação Pública, alterada pela

Lei n.º 44/IX/2018, de 31 de dezembro e pela Lei n.º 69/

IX/2019, de 31 de dezembro, passa a ter a seguinte redação:

“Artigo 5.º

Entidades adjudicantes

1. […]

2. São ainda entidades adjudicantes, no que se refere à

celebração de contratos de concessão de obras e de serviços

públicos, as respetivas concessionárias, sem prejuízo do

disposto no número seguinte.

3. Não são consideradas entidades adjudicantes as

concessionárias que gozem de direitos especiais ou

exclusivos atribuídos na sequência de um procedimento

de seleção concorrencial.

4. [anterior n.º 3]

5. Sem prejuízo do disposto no número 3, à formação dos

contratos pelas concessionárias aplicam-se os princípios

gerais da contratação pública, em especial, da concorrência,

da imparcialidade, da igualdade, da economia e eficiência,

da transparência, da legalidade, da proporcionalidade,

da proteção do ambiente e da boa-fé.

6. As concessionárias devem elaborar e enviar,

anualmente, um relatório com a listagem dos contratos

celebrados, descrevendo os procedimentos contratuais

utilizados, aos membros do Governo responsáveis pelas

áreas das finanças e da tutela.”

Artigo 54.º

(Autorização legislativa relativa à aprovação de sorteio para

documentos fiscalmente relevantes emitidos

e comunicados à DNRE)

1. Fica o Governo autorizado a aprovar um regime legal

que estabeleça e regulamente a elaboração de um sorteio

para a atribuição de um prémio às pessoas singulares,

cujo número de identificação fiscal se encontre associado

a uma fatura, fatura-recibo, talão de venda ou recibo de

renda comunicado à DNRE.

2. A autorização referida no número anterior tem o

seguinte sentido e extensão:

a) A atribuição dos prémios visa a prevenção da

fraude e evasão fiscais, valorizando a atuação

dos cidadãos na exigência de fatura, fatura-recibo,

talão de venda ou recibo de renda comprovativo

da realização de uma operação tributável para

efeitos de IVA ou IRPS, conforme aplicável,

localizada em território nacional;

b) O valor total dos prémios a atribuir, em cada ano,

deve ficar legalmente estabelecido;

c) O valor anual dos prémios deve ter suporte em

despesa inscrita no Orçamento do Estado;

d) A aquisição dos prémios é assegurada pela DNRE,

devendo esta seguir os trâmites previstos no

Código da Contratação Pública.

3.A presente autorização legislativa tem a duração de

180 (cento e oitenta dias), a contar da entrada em vigor

da presente lei.

Artigo 55.º

(Autorização legislativa para elaborar um regime

de suplementos remuneratórios do pessoal da DNRE)

1.Fica o Governo autorizado a aprovar um regime legal

sobre os suplementos remuneratórios auferidos pelo pessoal

da DNRE, designadamente sob a forma de participação

nos emolumentos, custas, taxas, coimas e multas.

2. A autorização prevista no número anterior tem o

seguinte sentido e extensão:

a) A fixação dos suplementos remuneratórios deve levar em

consideração o princípio de equidade e da legalidade,

avaliação com base no mérito e resultados;

b) Revogar todos os diplomas avulsos que disponham

sobre quaisquer remunerações acessórias

atribuídas ao pessoal da DNRE, a qualquer

título, designadamente sobre a periodicidade,

percentagens a receber, critérios de distribuição

e gestão, moldes de pagamento, entre outros.

3. A autorização legislativa tem a duração de 180 (cento

e oitenta) dias a contar da data da entrada em vigor do

presente diploma.

Artigo 56.º

(Regime especial)

1. Até à aprovação, pela Assembleia Nacional, do Regime

Especial de Aplicação do Imposto sobre o Valor Acrescentado

nas transmissões de bens e serviços sujeitos a preços fixados

por autoridade administrativa, mantém-se em vigor o regime

especial estipulado nos artigos 50.º e 61.º do Capítulo VII da

Lei de Aprovação do Orçamento do Estado de 2008, alterado

pela Lei do Orçamento do Estado de 2013.

2.Nas transmissões de água para rega e eletricidade

exclusivamente para fins agrícola aos agricultores/produtores

agropecuários, associações agrícolas, cooperativas agrícolas

e unidade de produção agrícolas familiar são concedidos

crédito do imposto sobre o valor acrescentado através da não

liquidação do imposto sempre que preencham os pressupostos

previstos no diploma próprio, conferindo, contudo, ao fornecedor

desses bens o direito à dedução do imposto suportado.

Artigo 57.º

(Medidas de controlo sanitário aplicáveis nas viagens

domésticas de passageiros)

1. São autorizadas as viagens domésticas, por via área e

marítima, aos passageiros que realizem testes rápidos de

despiste da Covid-19, com resultado negativo, no máximo

de 72 horas que antecedem à deslocação.

2. Os testes rápidos de despiste da Covid-19, a que se refere

o número anterior, devem ser realizados nas estruturas de

saúde do respetivo Concelho (delegacia ou centros de saúde),

ou nos laboratórios particulares, certificados pela Entidade

Reguladora Independente da Saúde, os quais devem emitir

o respetivo documento que ateste o resultado.

3. É cobrada uma taxa de 1.000$00 (mil escudos), por

passageiro, pela realização dos testes rápidos de despiste

da Covid-19, efetuados nas estruturas de saúde.

4. As receitas arrecadas nos termos do número anterior,

são consignadas à aquisição de novos testes.

CAPÍTULO VIII

OPERAÇÕES ATIVAS, REGULARIZAÇÕES

E GARANTIAS DO ESTADO

Artigo 58.º

(Operações ativas)

1. Fica o Governo autorizado, através do membro do

Governo responsável pela área das Finanças, a conceder

empréstimos de retrocessão resultantes da cooperação

financeira e a realizar outras operações de crédito ativas

bem como a renegociar as condições contratuais de

empréstimos anteriores.

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