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Deficiencia visual

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Academic year: 2021

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Profa. Monica Villaça Disciplina: Terapia Ocupacional na Saúde da Criança Curso de Graduação em Terapia Ocupacional Universidade Federal do Rio de Janeiro

Desenvolvimento da visão

—No adulto, o padrão de acuidade visual é a visão 20/20

(enxergar e identificar coisas que estejam a 2o pés= 6m)

—Se a visão é 20/100, quer dizer que vc precisa estar a 20 pés de para enxergar o que uma pessoa normal enxerga a 100 pés (30m)

—No nascimento, a visão do bebês varia entre 20/200 a 20/400, e a maioria dos bebês alcança o nível de visão 20/20 aos 2 anos. Os bebês também podem enxergar as cores desde o nascimento/1 mês. (Bee & Boyd, 2011)

—Logo ao nascer o bebê consegue focalizar os dois olhos no mesmo ponto, com 20-25 cm sendo a menor distancia focal; discrimina o rosto da mãe quase imediatamentee, dentro de poucas semanas, acompanha objetos com os olhos (embora não mto eficientemente)

—Percepção de profundidade: não se sabe ainda qdo está bem desenvolvida, estudo apontam que talvez entre 5-7m. Mas continuam se desenvolvendo até os 10 anos.

Funções visuais

—Acuidade visual: capacidade de enxergar objetos de perto e de longe com nitidez e detalhes

—Sensibilidade aos contrastes: detectar diferencias de brilho (luminâncias) entre duas superficies adjacentes

—Campo visual: espaço no qual os objetos sao vistos simultaneamente. Normal: 180o. Dividido em central e periféricos e em 4 quadrantes.

—Visão de cores: capacidade de ver e perceber diferentes sombreamentos (nuances).

—Adaptação visual: capacidade de se adaptar a diferentes condições de iluminação

Funções Visuais

—Visão binocular: resultado da coordenação de imagens dos dois olhos, percebidas simultaneamente, resultando em noção de profundidade.

—Visão tridimensional ou estereoscópia; percepção da posição dos objetos no espaço, calculo da distância entre eles e noção de profundidade.

—Funções oculomotoras são responsáveis por controlar a posição e os movimentos dos olhos e do olhar

Erros Refracionais

—São as ametropias, que se dividem em: hipermetropia, miopia e astigmatismo.

— Hipermetropia: dificuldade em enxergar objetos de perto

—Miopia: dificuldade de enxergar objetos de longe —Astigmatismo: ocasiona distorção da imagem

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Deficiência Visual - definição

Deficiência visual: cegueira, na qual a acuidade

visual é igual ou menor que 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; a baixa visão, que significa acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; os casos nos quais a somatória da medida do campo visual em ambos os olhos for igual ou menor que 60o; ou a ocorrência simultânea de

quaisquer das condições anteriores. (De acordo com

o Decreto Federal no. 5.296 de 2004)

SEGUNDO O CID-10

H53-H54 Transtornos visuais e cegueira

H53 Distúrbios visuais

H53.0 Ambliopia por anopsia

— Ambliopia (de):

— · anisometrópica

— · desuso

— · estrábica

H53.1 Distúrbios visuais subjetivos

— Astenopia

— Cegueira diurna

— Escotoma cintilante

— Fotofobia

— Halos (auréolas) visuais

— Hemeralopia

— Metamorfopsia

— Perda súbita de visão

Exclui:

— alucinações visuais (R44.1)

H53.2 Diplopia

— Visão dupla

H53.3 Outros transtornos da visão binocular

—Correspondência retiniana anormal

—Fusão com visão estereoscópica defeituosa

—Percepção visual simultânea sem fusão

—Supressão da visão binocular

H53.4 Defeitos do campo visual

—Anopsia de quadrante

—Aumento da mancha cega

—Contração generalizada do campo visual

—Escotoma (de):

—· anular (em anel)

—· arqueado

—· Bjerrum

—· central

—Hemianopsia (heterônima) (homônima)

SEGUNDO O SEGUNDO O CID-10

H53-H54 Transtornos visuais e cegueira

H53.5 Deficiências da visão cromática

— Acromatopsia

— Cegueira para as cores

— Deficiência adquirida da visão cromática

— Deuteranomalia — Deuteranopia — Protanomalia — Protanopia — Tritanomalia — Tritanopia — Exclui: — cegueira diurna (H53.1) — H53.6 Cegueira noturnaExclui:

— devida a deficiência de vitamina A (E50.5)

H53.8 Outros distúrbios visuais

H53.9 Distúrbio visual não especificado

H54 Cegueira e visão subnormal

Nota:

— Para a definição de classes de comprometimento visual, usar tabela a seguir.

Exclui:

— amaurose fugaz (G45.3)H54.0 Cegueira, ambos os

olhos

— Classes de comprometimento visual 3, 4 e 5 em ambos os olhos

H54.1 Cegueira em um olho e visão subnormal em outro

— Classes de comprometimento visual 3, 4 e 5 em um olho, com categorias 1 ou 2 no outro olho

H54.2 Visão subnormal de ambos os olhos

— Classes de comprometimento visual 1 ou 2 em ambos os olhos

SEGUNDO O SEGUNDO O CID-10

H53-H54 Transtornos visuais e cegueira

H54.3 Perda não qualificada da visão em ambos os olhos

— Classes de comprometimento visual 9 em ambos os olhos

H54.4 Cegueira em um olho

— Classes de comprometimento visual 3, 4 ou 5 em um olho [visão normal no outro olho]

H54.5 Visão subnormal em um olho

— Classes de comprometimento da visão 1 ou 2 em um olho [visão normal do outro olho]

H54.6 Perda não qualificada da visão em um olho

— Classe de comprometimento visual 9 em um olho [visão normal no outro olho]

H54.7 Perda não especificada da visão

— Classe de comprometimento visual 9 SOE

Alguns dados:

—Segundo a OMS, no mundo hoje existem: —140 milhões de pessoas com baixa visão —45 milhões de pessoas cegas

—80% desses casos poderiam ter sido evitados com prevenção ou tratamento precoce

Causas da Deficiência Visual

• Congenitas: amaurose congénita de Leber,

malformações oculares, glaucoma congénito, catarata congenita.

• Adquiridas: traumas oculares, catarata, degeneração senil de mácula, glaucoma, alterações relacionadas à hipertensão arterial ou diabetes.

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Teste do olhinho ou Teste do

reflexo vermelho

Teste do olhinho ou Teste do

reflexo vermelho

—Deve ser realizado rotineiramente em bebês na primeira semana de vida, preferencialmente antes da alta da maternidade

—Pode detectar e prevenir diversas patologias oculares

—É fácil, não dói, não precisa de colírio e é rápido (de dois a três minutos) —Uma fonte de luz sai de um aparelho

chamado oftalmoscópio, onde é observado o reflexo que vem das pupilas. Quando a retina é atingida por essa luz, os olhos saudáveis refletem tons de vermelho, laranja ou amarelo.

Teste do olhinho ou Teste do

reflexo vermelho

—Já quando há alguma alteração, não é possível observar o reflexo ou sua qualidade é ruim, esbranquiçada. A comparação dos reflexos dos dois olhos também fornece informações importantes, como diferenças de grau entre olhos ou o estrabismo.

—O teste do olhinho previne e diagnostica doenças como a retinopatia da prematuridade, catarata congênita, glaucoma, retinoblastoma, infecções, traumas de parto e a cegueira.

Principais Alterações Visuais na

Infância

—ESTRABISMO: ausência de paralelismo e sincronia dos mm oculares. Pode ser em um ou ambos os olhos. Podem ser convergentes (voltados para o nariz) ou divergentes (voltados para fora).

—AMBLIOPIA: regressão ou parada do desenvolvimento visual em um ou ambos os olhos, levando a dominuição da acuidade visual sem motvo aparente.

—RETINOPLATIA DA PREMATURIDADE: se descoberta precocemente pode ser tratada, amenizando-se as sequelas, porém se não tratada pode levar à cegueira. Maior risco em bebes prematuros pois os vasos retianos terminam de ser formar na 40a. Semana de gestação

Principais Alterações Visuais na

Infância

—CATARATA PEDIÁTRICA: tratável. Responsável por 10 a 20% dos casos de cegueira em crianças. Cirurgia recomendada antes dos três meses. Perda de transparência do cristalino, originando perturbações na diminuição da acuidade visual. A visão periférica também está normalmente afetada, daí existir uma grande dependência na funcionalidade e na autonomia.

—ATROFIA ÓPTICA: perda total ou parcial da visão decorrente de lesões ou doenças no n. óptico. Se for total, não há percepção luminosa.

Principais Alterações Visuais na

Infância

—CORIORRETINITE: inflamação da coróide que afeta também a retina. É causado por protozoário adquirido pelo contato com animais. Geralmente transmitido verticalmente pela placenta.

—SINDROME DE LEBER: degeneração retiniana. Manifesta-se por uma neutite óptica hereditária mais frequente na segunda infancia, lesando de forma brusca os olhos. —GLAUCOMA CONGÊNTICO; alteração de circulacao de

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PRINCIPAIS ALTERAÇÕES VISUAIS

NA INFÂNCIA

—RETINOBLASTIA: tipo de tumor que acomete a retina, aparece nas primeiras semanas ou até os dois anos. Tratamento: enucleação de urgência, redio ou quimioterapia.

—ALTA MIOPIA: Baseia-se num defeito de refracção elevado (> a 6 dioptrias), que frequentemente é hereditário, associado a outros aspectos degenerativos. O risco do deslocamento da retina é elevado, nesse caso, devem ser tomadas precauções necessárias.

Orientação e Mobilidade (OM)

—ORIENTAÇÃO: capacidade do individuo possui de

perceber o ambiente e localizar-se

—Para o DV, é preciso aprender a utilizar os outros sentido para ajudar na orientação (audição, tato, cinestesia, olfato e no caso de baixa visão, a visão remanescente)

—MOBILIDADE: capacidade de movimentar-se. O DV precisa aprender a controlar os movimentos corporais de maneira eficaz e organizada.

Recursos para OM

—Utilização de outra pessoa: guia

—Aproveitar o próprio corpo: utiliza segmentos corporais com forma de se proteger.

—Uso de bengala: vivências pré-bengala, conhecimento, manipulação e colocação, andar com guia, técnicas de varredura, de diagnonal, de rastreamento com diagonal, detecção e exploração de objetos, localização de portas, de subir e descer escadas, de toque, deslize e rastreamento com tecnica de toque e deslize.

—Uso de animal – cão-guia

—Utilização de tecnologia: sensores acoplados ao individuo ao a bengala que vibram com a aproximação de obstáculos. —Quando mais cedo se inicia esse processo de adaptação na

infância, melhor será o desempenho da criança nessas áreas

Intervenção da Terapia

Ocupacional

“O papel do terapeuta ocupacional é intervir para a ajudar a pessoa a equilibrar suas ações e sentimentos em relação às habilidades individuais, aos desafios do meio e às dificuldades da tarefa e reestabeler competência. O terapeuta pode adaptar as demandas do desempenho de tarefas, tornar o ambiente mais adequado e ensinar um novo repertório de habilidades ou ajudar o individuo a eradquirir habilidades perdidas.” (RIBEIRO, 2007)

—Avaliação terapêutica ocupacional: identificacao das tarefas que estão sendo comprometidas; avaliação da perda visual e dados sobre a deficiencia/patologia.

—Trabalhar com: orientações para AVDs, AVPs, OM; intevenções com pais; estimulação para o brincar; trabalhar o desenvolvimento com outros sentidos

Intervenções

(Schreiber, 2010)

—Criança de 0 a 2 anos

Cegueira: estimular uso de outros sentidos: explorar brinquedos com o tato, encorajar movimentos, busca de objetos com brinquedos sonoros; fazer movimentos junto com a mão da criança (tchau), falar e nomear as atividades que vão ser realizadas

Baixa Visão: depende do grau de funcionalidade. Usar brinquedos com padrões de alto contraste e brilho, dominuir a distância entre a criança e o objeto.

Intervenções

—Criança de 2 a 4 anos

Nessa idade a criança precisa vivenciar as ações (ex. Ver a mãe cozinhando). Possibilitar que ela tenha essa experiencia dentro de seu campo visual ou através do tato

Usar miniaturas para a criança cega fazer uma imagem mental de um objeto grande

Nas atividades de pintura, colagem e massinha estar atento aos contrastes (no caso de baixa visão)

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Intervenções

—Criança de 5 a 8 anos

Processo de alfabetização: criança cega deve aprender braille (salas especiais, paralelamente à escola regular) Matemática: usar materiais concretos para aquisição de

noção de seriação, classificação, conservação de quantidade, relações espaciais, percepção de formas, tamanhos

Utilizar Programas de computador específicos

Manejo

—Referir-se diretamente à pessoa com DV e não ao acompanhante

—Orientá-lo quanto ao ambiente: a sua direita, a sua esquerda, atras… tantos metros.. (ali, aqui – não funciona) —Ao entrar ou sair de ambiente onde há uma pessoa cega,

falar anunciado sua chegada/saíde

—Marcar em relevos e etiquetas em braille gavetas e materiais de uso pessoal (xampu, roupas, sapatos)

—Comunicar mudanças nos ambientes (mudanças nos móveis por exemplo)

—Ao guiar, deixar que a pessoa segure em seu braço. Em lugares estreitos, fica à sua frente e deixar que ela segure em seu ombro

—Manter portas totalmente abertas ou fechadas

Recursos ópticos e não ópticos

—Lupas, lentes de aumento, suporte de livros, teclados

ampliados e em braille, relevos, softwares de CAA

Programas de Informática

Braille Falado

Braille Lite 18

Drive de Disco (Disketeira) Impressora Braille Programa Dosvox 3.0 Programa Duxbury Programa Jaws Programa Pcdisk Programa TGD Programa GRAPHIT Programa OPENBook 5.0 Teclado Falado

Braille

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Alfabeto em Braille

—http://www.braillevirtual.fe.usp.br/pt/Portugues/braille .html

Brinquedos adaptados

Brinquedos adaptados

Alguns dispositivos:

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Alguns sites e serviços:

—Audioteca Sal e Luz – Rio de Janeiro: Rua Primeiro de Março, 125- 7º Andar. Centro - RJ. CEP 20010-000 Fone: (21) 2233-8007

http://audioteca.org.br/noticias.htm

—Site bengala Branca –www.bengalabranca.com.br —Site Civiam–www.civiam.com.br

REFERÊNCIAS:

—RIBEIRO, LB. Disfunção Visual. In: CALVANCANTI & GALVÃO. Terapia Ocupacional: Fundamentação e Prática, cap. 42, p. 399-413. Rio de Janeiro: Guanabara Kooga,n 2007

—SCHREIBER, AH. A inclusão do aluno deficiente visual na escola regular. In: Revista Sinpro-Rio. Rio de Janeiro, 20

— Catarata e glaucoma congenito :

Referências

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