Ouro Preto - MG
13 de maio de 2014
Considerações sobre a CFEM no
Projeto do Novo Código de Mineração e a
competitividade das empresas de
exploração mineral brasileiras
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1
2
Competitividade das empresas de exploração
mineral brasileiras – Aspectos tributários
Agenda
Considerações sobre a CFEM no Projeto do Novo
Código de Mineração
Considerações
sobre a CFEM
no Projeto do
Novo Código de
Mineração
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Considerações sobre a CFEM no Projeto do Novo Código de Mineração
1988
Autoriza a
participação da
União, Estados e
Municípios nos
resultados da
exploração de
recursos minerais.
1989/1990
Instituiu a CFEM.
Base de cálculo:
faturamento líquido
(receita menos
impostos). Fixou
alíquotas específicas
por minerais.
Alíquota máxima de
3%.
2011
Previa a criação de
Participação
Especial
Aplicada aos
grandes volumes de
produção ou grande
rentabilidade.
Alíquota mínima
20%.
2011
Prevê alíquota
máxima: 4%.
Não definiu alíquotas
específicas por
minerais.
Manteve alíquota
máxima de 4%.
Fixou alíquotas
especiais por
minerais.
Não prevê
Participação
Especial.
(*) Apensado ao Projeto de Lei n.º 37/2011.
2013
Evolução histórica da legislação
Constituição
Federal
Lei nº 7.990
Lei nº 8.001
Projeto de
Lei nº 463*
Projeto de
Lei nº 5.807*
Projeto de Lei
nº 37/11
(Substitutivo)
1988
1989/1990
2011
2013
2013
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Críticas apontadas à legislação atual da CFEM
■
Legislação ultrapassada: seria necessário a modernização da legislação para
acompanhar as evoluções do setor de mineração.
■
Pontos controversos: a simplificação da metodologia de cálculo da CFEM
poderia solucionar as questões controversas hoje existentes.
■
Baixo retorno a Sociedade: a arrecadação total com os royalties do minério
seriam proporcionalmente baixos considerando os impactos da atividade de
mineração na comunidade.
■
Equiparação com os Royalties do Petróleo: seria recomendado a
aproximação das políticas do setor de mineração com aquelas praticadas na
exploração de petróleo.
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CFEM - Mudanças relevantes propostas
Cenário Atual
PL n.º 5.807/13
PL n.º 37/11
Base de Cálculo:
Faturamento, líquido
tributos e despesas com
frete e seguro.
Alíquota: limite de 3%.
Distribuição dos recursos:
65% para Municípios; 23%
para Estados e DF e 12%
para União.
Base de Cálculo – Receita
bruta deduzida dos tributos
pagos.
Alíquota: limite de 4%.
Define critério para fixar a
alíquota para cada mineral.
Distribuição dos recursos:
60% para Municípios
produtores; 10% para
Municípios limítrofes; 20%
para Estados e DF e 10%
para União.
Base de Cálculo: Receita
bruta deduzida dos tributos
pagos.
Alíquota: limite de 4%,
variação conforme
agregação de valor.
Distribuição dos recursos:
Não houve alterações.
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CFEM – Outros pontos abordados no texto substitutivo
■
Não foi incluída a proposição da criação da Participação Especial para
grandes volumes de produção ou grande rentabilidade (Projeto de Lei
nº 463).
Participação
especial
■
A CFEM será calculada com base no custo apurado até o momento
imediatamente anterior à transformação industrial. Na impossibilidade
ou dificuldade de apuração da base de cálculo, a ANM poderá
estabelecer valor mínimo de referência a ser utilizado como base de
cálculo da CFEM, observados os critérios definidos em regulamento.
Consumo do bem
mineral
■
Nas exportações de minerais a partes ligadas, o texto substitutivo ao
PL 37/2011, determina que deverá ser utilizado como base de cálculo
para incidência da CFEM, o preço parâmetro apurado segundos os
métodos de preço de transferência no Brasil.
Exportações no
grupo
■
A CFEM incidente sobre bens minerais submetidos a operações de
industrialização no País será reduzida em cinquenta por cento.
Redução ma
industrialização
Considerações sobre a CFEM no Projeto do Novo Código de Mineração
■
Aplicação de normas tributárias relativas a prescrição (5 anos),
anterioridade, cobrança e suspensão do crédito tributário.
Legislação
tributária
Competitividade
das empresas de
exploração
mineral
brasileiras –
Aspectos
tributários
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■
Perspectiva de redução do volume total de investimentos no mundo e no Brasil.
■
Redução dos preços das commodities minerais / aumento dos custos de produção.
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
Mineração e
petrolífera
Coque,
derivados
de petróleo
Siderurgia
Energia Automotiva
Redução do investimento estrangeiro direto
mundial - 2012 x 2011
Fonte: United Nations World Investment Report 2013
0
10
20
30
40
50
60
70
80
Período
2014 - 2018
Período
2013 - 2017
Período
2012 - 2016
Período
2011 - 2015
Período
2010 - 2014
Bilhõ es USDEstimativa - Investimento no setor mineral no
Brasil – Perspectiva em cinco anos
Fonte: IBRAM.
Maior relevância dos impactos tributários sobre os projetos de mineração
na definição da alocação dos investimentos
Competitividade das empresas de exploração mineral brasileiras –
Aspectos tributários
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Tendências na legislação tributária para o setor mineral
Austrália
Canadá
Peru
A partir de 2012 foi
instituída a MRRT –
que representa
imposto específico a
ser pago pelas
grandes mineradoras.
As alíquotas são
variáveis aplicadas
sobre o lucro
operacional ajustado.
Em 2011 foram
instituídas novas leis
com objetivo de
aumentar arrecadação
sobre a mineração. A
alíquota máxima dos
royalties foi elevada,
além de ser criado
novo tributo cuja
alíquota varia de 2 à
8,4% sobre os lucros
líquidos trimestrais.
Em 2013, a província
de Quebec majorou a
alíquota des royalties
sobre a mineração.
Além disso há a
previsão de imposto
direcionado às
mineradoras, que
tributa o lucro em
alíquotas de 16% à
28%.
Gana
Em 2013 foi instituído
novo tributo (5% sobre
o lucro) que afeta
determinados setores,
incluindo a mineração.
Este tributo deverá ser
extinto em 2014,
contudo, o governo de
Gana estuda a
reestruturação do
sistema tributário.
■
Período pós crise de 2008: pressão para aumento da arrecadação de tributos.
■
Tendência de criação de novos tributos e/ou majoração dos tributos incidentes sobre o setor
de mineração.
Competitividade das empresas de exploração mineral brasileiras –
Aspectos tributários
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■
Alíquotas previstas na legislação atual brasileira tendem a ser inferiores quando comparadas com as
praticadas em outros países.
■
Contudo, a base de cálculo definida (receita líquida ajustada x lucro antes dos impostos ajustado),
contudo, tem grande impacto em análise na arrecadação total.
■
TRFM deve ser considerada em análise comparativa dos tributos incidentes sobre a produção mineral.
Tributação sobre a produção mineral - Visão comparada
BRASIL
AUSTRÁLIA
CANADÁ (Quebec)
CHILE
Base de cálculo
Receita líquida
ajustada (1)
Volume de mineral
extraído (2)
Volume de mineral
extraído (1) e
Lucro operacional
ajustado (2)
Lucro antes dos
Impostos ajustado
ou valor mínimo
calculado com
base na receita
Lucro antes dos
Impostos ajustado
Alíquotas (exemplos)
Cobre
2% (1)
Ad valorem (2)
2,7% - 3,5% (1)
N/A (2)
16%
0% - 14%
Ouro
1% (1)
Ad valorem (2)
0% - 2,5% (1)
N/A (2)
16%
0% - 14%
Minério de ferro
2% (1)
Ad valorem (2)
6,5% - 7,5% (1)
22,5% (2)
16%
0% - 14%
Carvão
2% (1)
Ad valorem (2)
7% - 10% (1)
22,5% (2)
16%
0% - 14%
Competitividade das empresas de exploração mineral brasileiras –
Aspectos tributários
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■
Venda ou da transferência entre estabelecimentos pertencentes ao
mesmo titular do mineral ou minério extraído.
Fato gerador
■
TRFM é taxa instituída pelos estados de Minas Gerais, Pará, Amapá
e Mato Grosso do Sul.
Conceito
Periodicidade /
Valor
■
Mensal (último dia útil do mês seguinte à emissão do documento fiscal).
■
Valor fixo (Ufemg, UPF/AP, etc) por tonelada de mineral extraído.
■
Atividade de pesquisa, lavra, exploração ou aproveitamento, realizada
no Estado, dos recursos minerários previsto em lei.
Poder de polícia
TRFM – Principais aspectos
Discussão
judicial
■
ADIs no STF. Argumentos: a) arrecadação superior ao custo de
fiscalização a ela atrelado, b) base de cálculo e Fato Gerador : taxa vs.
imposto, e c) fiscalização sob análise não configura Poder de Polícia.
Competitividade das empresas de exploração mineral brasileiras –
Aspectos tributários
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■
No Brasil, aplica-se às mineradoras o mesmo modelo tributário vigente para as demais empresas.
■
Em outros países, tratamentos fiscais diferenciados em função das particularidades da atividade de
mineração, podem implicar em maior atração de investimentos:
Custos de exploração podem estar sujeitos a regimes difereciados para dedução no cálculo do
Imposto de Renda - Canadá - Flow through shares / Foreign Resource Expenses)
Incentivos fiscais relacionados à P&D podem ser aplicáveis ainda na fase pré-operacional ou
enquanto a empresa apurar prejuízos fiscais - Austrália
Outros tributos - Visão comparada
BRASIL
AUSTRÁLIA
CANADÁ
CHILE
Imposto de Renda
34%
30%
Federal - 15%
Provincial - 10% - 16%
18,50%
Outros tributos
aplicáveis a mineração
ICMS –
17% - 19%
PIS/COFINS –
3,65% - 9,25%
N/A
N/A
N/A
Tributação nas
exportações
N/A
N/A
N/A
N/A
Competitividade das empresas de exploração mineral brasileiras –
Aspectos tributários
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Comentários adicionais
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Simplificação das regras de tributação
■
Insegurança jurídica: a ausência de regras claras para o cálculo de tributos, como e
demora no julgamento de questões tributárias relevantes.
Medidas adotadas em outros países:
■
Stability Agreements:
Chile: por meio de Stability Agreements, projetos orçados em mais de US$ 5 milhões não são
afetados por modificações introduzidas na legislação tributária durante os seus primeiros 20 anos.
Peru: investidores podem celebrar Stability Agreements com o governo para períodos de 10 a 15
anos. Tributos criados após a celebração dos acordos não serão aplicáveis ao respectivo projeto.
Outros países: Argentina, Gana, República Democrática do Congo, Austrália, Indonésia (2009).
Competitividade das empresas de exploração mineral brasileiras –
Aspectos tributários
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