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Estudo comparativo entre técnicas de analgesia no pós-operatório de histerectomias abdominais

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA DANIELLE SOUZA ROUSSENQ

ESTUDO COMPARATIVO ENTRE TÉCNICAS DE ANALGESIA NO PÓS-OPERATÓRIO DE HISTERECTOMIAS ABDOMINAIS

Tubarão 2017

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DANIELLE SOUZA ROUSSENQ

ESTUDO COMPARATIVO ENTRE TÉCNICAS DE ANALGESIA NO PÓS-OPERATÓRIO DE HISTERECTOMIAS ABDOMINAIS

Projeto do Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Medicina como requisito parcial ao grau de Médico.

Universidade do Sul de Santa Catarina. Orientador: Ney Bianchini

Tubarão 2017

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SUMÁRIO FOLHA DE ROSTO ... 1 INTRODUÇÃO ... 2 MÉTODOS ... 4 RESULTADOS ... 6 DISCUSSÃO ... 10 RESUMO ... 13 REFERÊNCIAS ... 14

ANEXO A – FICHA DE CONTROLE DE DOR ... 16

ANEXO B - NORMAS PARA PUBLICAÇÃO ... 17

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FOLHA DE ROSTO

ESTUDO COMPARATIVO ENTRE TÉCNICAS DE ANALGESIA NO PÓS-OPERATÓRIO DE HISTERECTOMIAS ABDOMINAIS

COMPARATIVE STUDY BETWEEN ANALGESIA TECHNIQUES IN THE POSTOPERATIVE OF ABDOMINAL HISTERECTOMIES

Danielle Souza Roussenq¹, Ney Bianchini2.

1. Acadêmica do Curso de Graduação em Medicina da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul).

2. Professor do Curso de Graduação em Medicina da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul) e especialista em anestesiologia e terapia da dor.

CORRESPONDÊNCIA: Prof. Ney Bianchini.

Avenida José Acácio Moreira, 787 Tubarão – Santa Catarina – Brasil CEP: 88704-900

E-mail: neybianchini@hotmail.com Fone: (+55 048) 9976-3179

INSTITUIÇÃO:

Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL). Av. José Acácio Moreira, 787. Bairro Dehon – CEP: 88704-900 – Tubarão/SC. Telefone (48) 3279-1000

FONTE DE FINANCIAMENTO E CONFLITO DE INTERESSES: Sem financiamento. Os autores declaram não haver conflitos de interesse.

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INTRODUÇÃO

Dor é um fenômeno complexo que inclui componentes físicos, emocionais e psicológicos, a qual não se correlaciona necessariamente com o grau de dano tecidual que está presente.1 A dor em histerectomias abdominais abertas, acaso não tratada, pode ser considerada

de moderada a severa nas primeiras 24 horas, o que leva, geralmente, ao alto consumo de analgésicos no seu pós-operatório. Embora o risco de maiores complicações seja baixo, o mau controle da dor no pós-operatório de histerectomias abdominais éassociado ao aumento da morbidade e pode estar relacionado ao desenvolvimento de dores crônicas.2

O controle adequado da dor pós-operatória melhora as funções respiratórias, reduz o risco de problemas cardíacos, promove a estabilidade hemodinâmica, inibe as reações hormonais e metabólicas, influenciando diretamente nos resultados cirúrgicos.3 Ademais, o manejo efetivo da dor pós-operatória em histerectomias abdominais abertas é essencial para minimizar o sofrimento, levar à mobilização precoce, diminuir o tempo de internação hospitalar, reduzir custos hospitalares e, consequentemente, aumentar a satisfação da paciente.4

Vários métodos são usados para o manejo da dor no pós-operatório, portanto, não existe um acordo universal sobre o seu melhor gerenciamento e as evidências, às vezes, são contraditórias.2 Dispositivos como analgesia controlada pelo paciente (PCA, do inglês patient controlled analgesia) são amplamente utilizados na prática clínica e estão entre as técnicas recomendadas para o controle da dor no período pós-operatório.Os princípios trazidos pelo método da PCA trouxeram um novo conceito de alívio da dor, possibilitando aos pacientes a individualização da analgesia pós-operatória, o que é considerado um passo importante para um pós-operatório otimizado no tocante ao tratamento de dor.5

Não obstante, a analgesia via peridural também é considerada um ótimo recurso para diminuir o consumo de opiáceos e ao mesmo tempo fornecer alívio da dor após cirurgias abdominais, o que pode minimizar os efeitos colaterais indesejados.6,7

Tais técnicas de analgesia modernas permitem que a dose mínima de medicação necessária seja ajustada de acordo com a individualidade e a situação clínica do paciente, evitando efeitos adversos indesejáveis, diminuições da concentração sanguínea dos fármacos utilizados, além de solucionar de forma eficaz a lacuna normalmente existente entre a solicitação, o preparo e a administração do analgésico ao paciente pela enfermagem.8

Nesse sentido, a Sociedade Americana de Anestesiologia (ASA), em seu último guideline publicado sobre dor perioperatória, reforçou a necessidade de que anestesiologistas

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devam selecionar opções terapêuticas que incluam opioide epidural ou opioide sistêmico por PCA, em preferência ao uso de opioide pela via intramuscular no regime “se necessário”, com o objetivo de manejar adequadamente a dor do paciente.9

O monitoramento da dor como o quinto sinal vital faz com que a resposta dolorosa seja reconhecida não só como um sintoma, mas como um sinal de alarme que demanda um padrão de cuidado diferenciado, o que, por sua vez, funciona como um indicador de excelência na qualidade da assistência pós-operatória e evidencia a relevância do controle da dor na prática médica cotidiana.10

Considerando o acima exposto, o presente estudo justifica-se na importância de realizar análise comparativa entre as técnicas de analgesia utilizadas no pós-operatório de pacientes que realizaram cirurgia de histerectomia abdominal entre janeiro de 2014 e maio de 2017, para que com isso seja possível implementar estratégias que busquem otimizar a analgesia pós-operatória em casos futuros semelhantes.

Este artigo teve como objetivo analisar a analgesia no pós-operatório de histerectomias abdominais, comparando as técnicas do tipo PCA endovenoso, PCA peridural e cateter peridural (com aplicação de morfina de horário), de acordo com os níveis de dor aferidos por Escala Visual Analógica (EVA) no primeiro operatório (1º PO) e segundo pós-operatório (2º PO), além de identificar a prevalência de ocorrência dos efeitos adversos de náusea e/ou vômito, prurido e depressão respiratória no referido período.

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MÉTODOS

Foi realizado um estudo observacional com delineamento transversal, em que se comparou três técnicas de analgesia distintas, realizadas no pós-operatório de histerectomias abdominais, no Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC) e Hospital Socimed, no período compreendido entre janeiro de 2014 e maio de 2017.

Foram incluídas no estudo todas as pacientes que realizaram histerectomia abdominal no HNSC e Hospital Socimed, no período supracitado, e que tenham sido submetidas à analgesia pós-operatória do tipo PCA endovenoso, PCA peridural ou cateter peridural, bem como tenham recebido anti-inflamatório, analgésico e antiemético como prescrição complementar padrão no pós-operatório.

Restaram excluídas as pacientes que não se enquadraram nos critérios de inclusão previstos ou aquelas que a ficha de controle de dor ou o prontuário não forneceram os dados necessários para a realização da pesquisa.

Desse modo, foram analisados pelos pesquisadores os registros feitos pela equipe do Serviço de Anestesiologia do HNSC e Hospital Socimed, composta por médicos e residentes, em fichas de controle de dor (anexo A), em pacientes submetidas à analgesia pós-operatória sob o método de PCA endovenoso, PCA peridural ou cateter peridural.

As variáveis avaliadas compreenderam a idade da paciente, o tipo de analgesia administrada, a classificação de estratificação de risco segundo critérios da ASA, o nível de dor aferido por EVA no 1º e 2º PO, bem como a ocorrência de náusea e/ou vômito, prurido e depressão respiratória no 1º e 2º PO. Ainda, foram revisados os prontuários das pacientes no HNSC e Hospital Socimed, a fim de obter informações específicas acerca do tipo de cirurgia realizada e da prescrição complementar padrão no pós-operatório, além de dados eventualmente faltantes nas fichas de controle de dor. O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) foi dispensando, tendo em vista que o estudo é observacional e retrospectivo.

O estudo comparou as três técnicas de analgesia utilizadas no pós-operatório de histerectomias abdominais no HNSC e Hospital Socimed. A primeira, com bomba de PCA endovenoso com fentanil em forma de infusão contínua, em uma solução de 8mcg/mL, sendo o fluxo de 4mL/h para todas as pacientes. A paciente pode, quando achar necessário, liberar bolus adicionais de 2mL a cada 15 minutos, sendo que há o bloqueio da administração da medicação após 4 horas caso o volume total recebido for de 40 mL ou mais. A segunda, com PCA peridural com infusão contínua de ropivacaína 0,2% associada à fentanil 2mcg/mL, sendo

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o fluxo de 5mL/h para todas as pacientes, sendo que a paciente pode, se achar necessário, liberar bolus adicionais de 3mL a cada 15 minutos, ocorrendo o bloqueio da administração da medicação após 4 horas caso o volume total recebido for de 50 mL ou mais. A terceira e última opção estudada é a analgesia via cateter peridural, com aplicação de 1mg ou 2mg de morfina, administrada pelo médico em bolus na paciente a cada 24 horas de pós-operatório, podendo sua administração ser repicada, pelo médico, se necessário.

Quanto a prescrição complementar padrão no pós-operatório, considerou-se como habitualmente prescritos os seguintes medicamentos: cetoprofeno; ondansetrona, dimenidrato ou metoclopramida; e dipirona, em regime “se necessário”.

Os dados foram organizados em um banco de dados no software Microsoft Excel 2015 e analisados por meio do software SPSS 20.0 (IBM, Armonk, New York, USA). As variáveis quantitativas foram descritas por medidas de tendência central e dispersão dos dados (média e desvio padrão) e as variáveis qualitativas foram descritas por meio de frequência (%) e intervalo de confiança (IC) de 95%. Os testes de associação utilizados foram o qui-quadrado ou exato de Fisher para as variáveis qualitativas. O nível de significância estatística adotado foi de 5% (valor de p < 0,05).

Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Sul de Santa Catarina, número do parecer 2.190.483, em 27 de julho de 2017.

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RESULTADOS

Foram incluídas no estudo 110 pacientes, sendo excluídas 65 pacientes. Das pacientes excluídas, 55 foram excluídas devido a terem sido submetidas a histerectomia por via laparoscópica ou vaginal, 5 foram excluídas por dados insuficientes registrados na ficha de controle de dor ou prontuário e 5 pacientes devido a não terem recebido a prescrição analgésica padrão no pós-operatório.

Das 110 pacientes incluídas no estudo, a média de idade foi de 48,15 anos (máximo 83 anos e mínimo 31 anos). A tabela I mostra os dados clínicos das pacientes analisadas no presente estudo e os tipos de analgesia utilizados.

Tabela I – Dados clínicos das pacientes e tipos de analgesia utilizados. Variável

ASA % (n)

I (paciente hígida) 40 (44)

II (paciente com doença sistêmica leve) 51,8 (57) III (paciente com doença sistêmica grave) 8,2 (9)

Tipo de analgesia % (n)

PCA endovenoso 20,9 (23)

PCA peridural 34,5 (38)

Cateter peridural 44,5 (49)

Acerca dos efeitos colaterais apresentados no 1º PO, das 110 pacientes analisadas neste estudo, 109 tiveram registros realizados na ficha de controle de dor, verificando-se a ausência de apenas 1 registro. Destes, 86 pacientes manifestaram ausência de náuseas e/ou vômitos, 98 negaram a manifestação de prurido e 108 não sofreram depressão respiratória no 1º PO. O efeito colateral de maior incidência no 1º PO foi náuseas e/ou vômitos.

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analisadas, apenas 51 pacientes tiveram registradas nas fichas de controle dor a ocorrência ou não de náuseas e/ou vômitos, da mesma forma que somente 50 pacientes obtiveram registros acerca de prurido e depressão respiratória no 2º PO, sendo as pacientes com registros faltantes classificadas como ausentes no momento da análise realizada no presente estudo. A tabela II resume os efeitos colaterais apresentados no 1º e 2º PO.

Tabela II – Efeitos colaterais apresentados no 1º e 2º PO. Variável

Presença de efeito colateral 1º PO % (n) 2º PO % (n) Náuseas/vômitos 20,9 (23) 10,9 (2)

Prurido 10 (11) 2,7 (3)

Depressão respiratória 0,9 (1) -

Quando analisados cada tipo de analgesia em relação aos efeitos adversos apresentados no 1º PO, 34% das pacientes que se submeteram à analgesia por PCA endovenoso manifestaram náuseas e/ou vômitos, enquanto que somente 13% das que fizeram uso do PCA peridural referiram o mesmo sintoma. No entanto, 52% das pacientes que foram submetidas à analgesia pós-operatória pelo método de cateter peridural apresentaram náuseas e/ou vômitos, apresentando valor com diferença estatisticamente significativa (p = 0,025), em relação àquelas pacientes em uso de PCA endovenoso ou peridural.

No tocante ao prurido e depressão respiratória no 1º PO, não houve diferença significativa (p > 0,05) quando analisados de acordo com os tipos de analgesia estudados, tendo em vista que somente 11 pacientes referiram prurido como efeito adverso no 1º PO (5 em uso de PCA peridural e 6 em uso de cateter peridural), enquanto que somente 1 caso de depressão respiratória foi registrado em uso de cateter peridural no 1º PO.

O gráfico I apresenta os efeitos adversos no 1º PO de acordo com os tipos de analgesia estudados.

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Gráfico I – Efeitos adversos no 1º PO de acordo com os tipos de analgesia estudados em números absolutos.

* p = 0,025

Não houve diferença significativa (p > 0,05) no 2º PO, em relação aos efeitos adversos estudados. O gráfico II demonstra os efeitos adversos no 2º PO de acordo com os tipos de analgesia estudados.

Gráfico II - Efeitos adversos no 2º PO de acordo com os tipos de analgesia estudados em números absolutos. 0 2 4 6 8 10 12 14

Náusea/Vômito Prurido Depressão Respiratória

Efeitos adversos 1º PO - em números absolutos

PCA Endovenoso PCA Peridural Cateter Peridural

* 0 1 2 3 4 5 6 7

Náuseas/vômitos Prurido Depressão respiratória

Efeitos adversos 2º PO - em números absolutos

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Quanto a dor aferida por EVA, no 1º PO, a média de dor relatada pelas pacientes foi de 2,67. Já no segundo pós-operatório a média caiu para 1,31. Não houve diferença significativa em relação ao nível de dor quando considerado os tipos de analgesia utilizados (p > 0,05). No 2º PO, esclarece-se que das 110 pacientes estudadas, somente 51 pacientes tiveram registrados seus níveis de dor por EVA, sendo as demais registradas como ausentes no presente estudo. Dos 51 registros acerca do nível de dor aferido no 2º PO, 30 pacientes apresentaram ausência de dor no 2º PO (EVA = 0).

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DISCUSSÃO

Observou-se, neste estudo, que a média de idade das mulheres submetidas a histerectomia foi de 48,15 anos, o que está dentro da faixa etária encontrada em estudos semelhantes.11,12 Quanto a classificação de estratificação de risco pré-operatório analisada,

51,8% das pacientes foram classificadas como ASA II. A análise de estratificação de risco pré-operatório (ASA) revelou que pacientes com alto risco pré-pré-operatório melhoraram a sobrevivência e tiveram menor incidência de complicações no pós-operatório após um manejo da dor eficaz, indicando que uma analgesia efetiva é um dos fatores importantes que afetam o prognóstico de pacientes submetidas à cirurgia.13

Ainda, restou evidenciado no presente estudou que as pacientes apresentaram náuseas e/ou vômitos como principal efeito colateral no pós-operatório, principalmente nas primeiras 24 horas (20,9%). Vários estudos demonstraram ser o consumo de opioide um fator importante na ocorrência de náuseas e vômitos durante o pós-operatório.8,14-16 Contudo, há estudo que não apoia esta conclusão, pois considera náuseas e vômitos um problema multifatorial, defendendo que o impacto relativo de um único fator só pode ser quantificado após análise associada a outros fatores relevantes.17 Além disso, gênero feminino e cirurgia ginecológica estão entre fatores de risco para ocorrência de náuseas e vômitos no pós-operatório, o que também explica a prevalência de náuseas e/ou vômitos nas pacientes submetidas à histerectomia abdominal neste estudo.18

Além disso, constatou-se neste estudo que 52% das pacientes que foram submetidas à analgesia pós-operatória pelo método de cateter peridural apresentaram náuseas e/ou vômitos no 1º PO, apresentando valor com diferença estatisticamente significativa (p = 0,025), em relação àquelas pacientes em uso de PCA endovenoso ou peridural. Evidências sugerem que a administração peridural de opioide é comumente associada a náuseas e vômitos, além de outros efeitos adversos.5,19 Antieméticos profiláticos devem ser considerados como estratégia para a

prevenção de náuseas e vômitos relacionados com analgesia epidural com opioides, especialmente em pacientes do sexo feminino.20

Prurido foi referido por 10% das pacientes no 1º PO e por apenas 2,7% no 2º PO. Depressão respiratória foi verificada em apenas uma paciente no 1º PO. Em uma meta-análise restou evidenciado que a incidência de prurido em pacientes submetidos a cirurgia abdominal aumentou com o uso de PCA, apresentando diferença estatisticamente significante em relação ao grupo controle analisado que não havia feito uso de PCA.Contudo, em relação a depressão

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respiratória, o mesmo estudo relatou não haver diferença entre os grupos.21 Por outro lado, em um estudo observacional de pacientes que usaram PCA, depressão respiratória foi o desfecho primário encontrado, relatando ocorrências de 12% e 41% para dessaturação (SpO2 < de 90%) e bradipneia (frequência respiratória < 10 rpm por três minutos ou mais), respectivamente.22 No presente trabalho, não houve diferença estatisticamente significativa ao avaliar-se a prevalência de prurido e depressão respiratória nas pacientes que fizeram uso de PCA endovenoso, PCA peridural ou cateter peridural.

A média de dor relatada em nosso estudo de acordo com EVA foi de 2,67 no 1º PO, considerada dor leve. Já no 2º PO a média caiu para 1,31, sendo que das 51 pacientes com registros de dor no 2º PO, 30 relataram ausência total de dor no 2º PO (EVA = 0), o que demonstra a efetividade do controle de dor no pós-operatório avaliado no presente trabalho, independente da técnica analgésica aplicada. Não houve significância estatística entre os valores do nível de dor aferidos por EVA entre os grupos analisados. Esta descoberta pode apoiar o uso do controle de dor multimodal, em que diferentes tipos de medicações para dor com diferentes mecanismos de ação são usados, para que a combinação destes agentes aumentem a eficácia do controle da dor enquanto reduzem os efeitos colaterais.15,23 Nesse sentido, estudo demonstrou que associar o uso de anti-inflamatórios não esteroidais (AINE) na analgesia pós-operatória provou ser eficaz no controle da dor enquanto reduz a necessidade de opioides, reduzindo náuseas e vômitos, aumentando a satisfação da paciente.18

O importante papel econômico não pode ser ignorado ao comparar os grupos, conforme estudo randomizado sobre histerectomias que ressaltou que o custo de cada método deve ser avaliado isoladamente, a fim de que a escolha da analgesia a ser empregada no pós-operatório de histerectomias possa representar uma economia substancial tanto para o hospital quanto para a paciente, avaliando o serviço de modo a otimizar o atendimento à paciente sem reduzir a segurança, qualidade da analgesia e cuidados no pós-operatório.24 Estudos revelaram que, embora o tempo de internação hospitalar no pós-operatório em grupos que fizeram uso de PCA e os que utilizaram analgesia por cateter peridural aparente ser similar, os dispositivos de PCA e os materiais utilizados para implementar tal método de analgesia têm custos elevados, quesitos estes que também devem ser levados em conta no momento da escolha do método pelo médico responsável, em conformidade com as possibilidades da paciente.5,25

Conclui-se, portanto, que as três técnicas de analgesia analisadas no presente estudo garantiram um baixo nível de dor pós-operatória, classificada como dor leve na EVA, sem diferença estatística entre os grupos, o que demonstra um controle de dor eficaz no

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pós-operatório de histerectomias abdominais nos três métodos de analgesia estudados. Além disso, restou evidenciado que 52% das pacientes que foram submetidas à analgesia pós-operatória via cateter peridural apresentaram mais náuseas e/ou vômitos nas primeiras 24 horas de pós-operatório, apresentando valor com diferença estatisticamente significativa (p = 0,025), o que deve ser levado em consideração na escolha do método de analgesia a ser implementado no pós-operatório de casos futuros semelhantes.

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RESUMO

Justificativa e Objetivos: A dor em histerectomias abdominais abertas, acaso não tratada, pode ser considerada de moderada a severa nas primeiras 24 horas de pós-operatório.Vários métodos são usados para o manejo da dor no pós-operatório, portanto, não existe um acordo universal sobre o seu melhor gerenciamento. Este artigo teve como objetivo realizar estudo comparativo entre as técnicas de analgesia no pós-operatório de pacientes submetidas à histerectomia aberta, no Hospital Nossa Senhora da Conceição e Hospital Socimed, no período compreendido entre janeiro de 2014 e maio de 2017.

Método: Este é um estudo observacional com delineamento transversal, que analisou as técnicas de analgesia no pós-operatório de 110 pacientes submetidas à histerectomia aberta. Foram analisados dados coletados pelos pesquisadores a partir de registros feitos pela equipe do Serviço de Anestesiologia do HNSC e Hospital Socimed, composta por médicos e residentes, em fichas de controle de dor (anexo A), em pacientes submetidas à analgesia pós-operatória sob o método de PCA endovenoso, PCA peridural ou cateter peridural, no período compreendido entre janeiro de 2014 e maio de 2017, no Hospital Nossa Senhora da Conceição e Hospital Socimed.

Resultados: O efeito colateral de maior incidência no primeiro pós-operatório foi náuseas e/ou vômitos, referido por 20,9% pacientes. Prurido foi referido por 10%, enquanto que depressão respiratória foi referida em apenas 0,9%. A incidência de efeitos colaterais se reduziu no segundo pós-operatório, sendo que náuseas e/ou vômitos foi referido por 10,9% das pacientes, e prurido por apenas 2,7%. Não houve caso de depressão respiratória no segundo pós-operatório. A média de dor relatada em nosso estudo de acordo com EVA foi de 2,67 no 1º PO, considerada dor leve. Já no 2º PO a média caiu para 1,31. Pacientes que foram submetidas à analgesia pós-operatória pelo método de cateter peridural apresentaram mais náuseas e/ou vômitos, apresentando valor com diferença estatisticamente significativa (p = 0,025) em relação àquelas pacientes em uso de PCA endovenoso ou peridural.

Conclusões: As três técnicas de analgesia analisadas no presente estudo garantiram um baixo nível de dor pós-operatória, classificada como dor leve na EVA, sem diferença estatística entre os grupos, o que demonstra um controle de dor eficaz no pós-operatório de histerectomias abdominais. Além disso, restou evidenciado que 52% das pacientes que foram submetidas à analgesia pós-operatória via cateter peridural apresentaram mais náuseas e/ou vômitos no 1º pós-operatório, apresentando valor com diferença estatisticamente significativa (p = 0,025).

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ANEXO B - NORMAS PARA PUBLICAÇÃO NA REVISTA BRASILEIRA DE ANESTESIOLOGIA

Os artigos para publicação deverão ser encaminhados com exclusividade para a Revista Brasileira de Anestesiologia pelo site https://www. evise.com/evise/jrnl/bjan. Não serão aceitos artigos já publicados em outros periódicos. São aceitos apenas artigos submetidos em inglês ou português; e os artigos aceitos serão publicados apenas na versão em inglês e na versão em português.

A Revista Brasileira de Anestesiologia classifica os artigos nas seguintes categorias: a) Artigos Científicos (Research Papers): Novas informações de pesquisa clínica ou experimental. 


b) Revisões (Review Articles): Artigos de síntese, de assuntos bem estabelecidos, com análise crítica das referências bibliográficas
consultadas e conclusões, revisões sistemáticas.

c) Informações Clínicas (Clinical Commentaries): Relatos de casos clínicos, apresentação de novas técnicas, métodos e 
equipamentos. 


d) Artigos Especiais (Feature Articles): Revisões de assuntos de interesse da especialidade.

e) Cartas ao Editor (Letters to the Editor): Críticas à matéria publicada, de maneira construtiva, objetiva e educativa. As discussões 
de assuntos específicos da Anestesiologia serão publicadas a critério do Editor. 


f) Editoriais (Editorials). 


Processo Editorial: Os manuscritos serão considerados para publicação apenas se completarem todos os requisitos da revista. O Editor-chefe informará aos autores se os manuscritos não preencheram todos os requisitos. Mediante a notificação, o autor correspondente fica responsável pela apreciação final da matéria e os demais autores devem estar de acordo com a mesma. As correções necessárias deverão ser apresentadas no prazo de 30 dias. Se houver atraso na devolução da prova, o Editor-chefe reserva-se o direito de publicar independente da correção final ou de excluir do processo editorial.
Os manuscritos submetidos à Revista Brasileira de Anestesiologia são inicialmente avaliados pelos editores para verificar a conformidade do conteúdo com a linha editorial da revista. Após esta avaliação, todos os manuscritos são submetidos à apreciação de dois ou mais membros do Conselho Editorial ou outros Consultores Especializados no assunto. O

(21)

anonimato dos revisores e dos autores é preservado ao longo de todo o processo.
Os comentários dos revisores serão enviados aos autores para orientar as mudanças a serem implementadas no texto. Depois de implementar as mudanças sugeridas pelos revisores, o manuscrito revisado deve ser reenviado juntamente com as indicações específicas de todas as alterações feitas no texto ou as razões pelas quais as alterações sugeridas não foram feitas. Os manuscritos quando aceitos estarão sujeitos a pequenas correções ou modificações que não alterem o estilo do autor. Eventuais modificações na forma, no estilo ou na interpretação só ocorrerão após consulta prévia aos autores. Quando recusados os artigos serão devolvidos com a justificativa do Editor-Chefe. A publicação final será baseada na aprovação final dos editores.


OBS: O autor e os coautores devem enviar, no momento da submissão, o Termo de Cessão de Direitos Autorais à Sociedade Brasileira de Anestesiologia e à Elsevier Editora Ltda. Devem ser anexados à submissão os Termos, em formato PDF, para cada um dos autores do artigo. O modelo a ser usado está disponível para download em: http://ees.elsevier.com/bjan/, no quadro lateral Author Information.

Formas de Apresentação dos Trabalhos: Os manuscritos devem estar de acordo com as especificações apresentadas no quadro a seguir.

Título: O título do artigo deve ser curto, claro e conciso para facilitar sua classificação. Quando necessário, pode ser usado um subtítulo.

Autor(es): O(s) nome(s) completo(s) do(s) autor(es) e seus títulos e filiações à Sociedade ou Instituições. As afiliações devem ser apresentadas em ordem hierárquica decrescente (p.ex. Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina, Departamento de Pediatria) e na língua original da instituição ou na versão em inglês quando a escrita não é latina (p.ex. Johns Hopkins University, Universidade de São Paulo, Université Paris-Sorbonne). Nomes de outros colaboradores podem ser citados no final, em agradecimentos. Indicar o local onde se realizou o estudo.

Resumo Estruturado: Para artigos científicos destacar: Justificativa e Objetivos, Método, Resultados e Conclusões. Para informações clínicas destacar: Justificativa e Objetivos, Relato do Caso e Conclusões. Para artigos de revisão destacar: Justificativa e Objetivos, Conteúdo e Conclusões.
Para todos os artigos, indicar os Unitermos para a classificação bibliográfica, segundo Greene NM – Key Words in Anesthesiology, 3rd Ed, New York, Elsevier ou mais recente. Ademais, os resumos devem ser compostos por, no máximo, 300 palavras.

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Texto: Iniciar o texto, sem indicar o(s) autor(es) nem local onde foi realizado. Os artigos científicos devem apresentar os seguintes capítulos: Introdução, Método, Resultados, Discussão, Resumo e Referências.


Referências: O artigo deve conter apenas as referências consultadas, numeradas conforme a entrada no texto. As outras citações de autores já enumerados deverão indicar exclusivamente o numeral de referência. Evitar a citação do nome do autor em destaque. Não se recomenda a citação de trabalho não publicado ou apresentado em Eventos Médicos. Referências com mais de cinco anos, de livros texto e resumo de congressos, devem limitar-se às que são fundamentais. Incluir referências acessíveis aos leitores.

Tipo de manuscrito Número de palavras Referências

Artigos Científicos 3000 25

Revisões 5000 50

Cartas ao Editor 500 2

Informações Clínicas 1500 5

Quando a citação for de artigo já aceito para publicação, incluir “em processo de publicação”, indicando a revista e o ano. Comunicações pessoais não são aceitas. Utilize o seguinte modelo:

Revistas: Nome(s) do(s) autor(es), inicial(is) do(s) pré-nome(s). Título do trabalho. Título da revista (abreviado de acordo com o Index Medicus), ano da publicação; volume: número da primeira e última páginas.
Pereira E, Vieira ZEG. Visita pré-anestésica, responsabilidade intransferível do anestesiologista. Rev Bras Anestesiol. 1977;27:337-53.

Livros: Nome(s) do(s) Editor(es), inicial(is) do(s) pré-nome(s). Título do livro (iniciais com letra maiúscula), volume e edição, cidade onde o livro foi editado, Editora, ano de publicação e número(s) da(s) página(s) da citação.

Rigatto M. Fisiopatologia da Circulação Pulmonar, 1a Ed, São Paulo, Fundo Editorial Procienx. 1973;53-5.


Capítulos: Nome(s) do(s) autor(es), inicial(is) do(s) pré-nome(s). Título do capítulo. em: nome(s) do(s) editor(es), inicial(is) do(s) pré-nome(s) – Título do livro (iniciais com letra maiúscula), volume e edição, cidade onde foi editado, Editora, ano da publicação e página(s) da citação.

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Diagnóstico e Terapêutica das Arritmias Cardíacas. São Paulo, Fundo Editorial Procienx. 1972;3-10.

Nota: Não se deve colocar pontuação nos nomes ou abreviaturas dos periódicos citados. Quando houver menos de três autores, cite-os todos e quando houver mais de três, cite somente os três primeiros, seguidos de “et al.”.


Ilustrações: Enumerar ilustrações de acordo com a ordem de entrada no texto. Enumerar figuras em algarismos arábicos. Enumerar quadros e tabelas em algarismos romanos. Indicar, no texto, o local preferencial de entrada de cada ilustração (Entra Figura x, por exemplo). Usar fotos em branco e preto. O mesmo resultado não deve ser expresso por mais de uma ilustração.


Uso de Recursos Digitais: Textos obrigatórios em formato DOC (Winword): Manuscript, Title Page (página com os dados completos do artigo e de seus autores), Cover Letter (carta de apresentação do artigo ao Editor), e Author Agreement (declaração de ineditismo e não submissão e/ou publicação duplicada); figuras em barras ou linhas XLS (padrão Excel); e fotos e figuras, com resolução mínima de 300 dpi, em formato JPG. Não inserir títulos e legendas nas ilustrações. Não inserir ilustrações no corpo do texto. Cada ilustração deve ter arquivo individual. O nome dos arquivos deve expressar o tipo e a numeração da ilustração (Figura 1, Tabela II, por exemplo).

Títulos e legendas das ilustrações, devidamente numerados, devem estar no arquivo de texto. Cópias ou reproduções de outras publicações serão permitidas apenas mediante a anexação de autorização expressa da Editora ou do Autor do artigo de origem.

Abreviaturas: As abreviaturas não são recomendáveis, exceto as reconhecidas pelo Sistema Internacional de Pesos e Medidas, ou aquelas consignadas e consagradas nas publicações médicas. Quando as abreviaturas forem em grande número e relevantes utilizar suas definições (Glossário), em nota à parte.
Abreviaturas de termos consagrados pela Medicina deverão seguir as normas internacionais tradicionalmente em uso, de acordo com as abreviaturas padrões aprovadas pelo documento de Montreal, publicado no British Medical Journal, 1979;1:532-535.


Nomes de Fármacos: Não é recomendável a utilização de nomes comerciais de fármacos (marca registrada), mas quando a utilização for imperativa, o nome do produto deverá vir após o nome genérico, entre parênteses, em minúscula, seguido do símbolo que caracteriza marca registrada, em sobrescrito (®).


(24)

a Revistas da área Biomédica (Comitê Internacional de Editores de Revistas Médicas – Fevereiro de 2006).

Conflito de Interesses

O conflito de interesses existe quando um autor (ou a instituição do autor), revisor, ou editor tem relações de financiamento ou pessoais que influenciem de forma negativa (viés) suas ações. Essas relações variam desde com potencial mínimo até de grande potencial de influência sobre o julgamento, e nem todas representam conflito de interesses verdadeiro. O potencial para conflito de interesses pode existir se um indivíduo acredita ou não que suas relações afetam ou podem influenciar negativamente a credibilidade da revista, dos autores, ou da própria ciência. Entretanto conflitos podem ocorrer por outras razões, como relações pessoais, competição acadêmica e intelectual. Com isso, torna-se obrigatório o Author Agreement assinado por todos os autores.

Consentimento Livre e Esclarecido

Os pacientes têm direito à privacidade que não deve ser infringida sem consentimento livre e esclarecido. A identificação de informação, incluindo iniciais dos nomes dos pacientes, número de registro do hospital, não deve ser publicada através de descrições no texto, fotografias ou qualquer outra modalidade, a menos que ela seja essencial para os propósitos científicos e o paciente (ou responsável) forneça consentimento por escrito para publicação. O consentimento livre e esclarecido para esta finalidade exige que o paciente veja o manuscrito que será publicado. Os autores devem identificar indivíduos que deram assistência na elaboração do texto e declarar a origem dos fundos para essa assistência.

Detalhes que facilitem a identificação devem ser omitidos se não forem essenciais. O anonimato completo é difícil de ser atingido, entretanto consentimento livre e esclarecido deve ser obtido se existir qualquer dúvida. Por exemplo, mascarar a região dos olhos em fotografia de pacientes é uma proteção inadequada para o anonimato. Se características de identificação forem alteradas para garantir o anonimato, os autores devem garantir que essas alterações não provocarão distorção do significado científico.

Quando o consentimento livre e esclarecido for obtido esta informação deve constar da publicação.

Ética

Quando estudos em humanos são publicados, os autores devem indicar se os procedimentos obedeceram aos padrões éticos do comitê de pesquisa em humanos (institucional ou nacional) e a Declaração de Helsinki de 1975, revista em 2000. Se

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existirem dúvidas quanto à condução de acordo com os padrões da Declaração de Helsinki, os autores devem explicar o racional para o procedimento e demonstrar que a comissão institucional responsável aprovou explicitamente os aspectos duvidosos do estudo. Quando a publicação for relativa à pesquisa com animais os autores devem indicar se foram obedecidas as normas de cuidados institucionais ou nacionais e o uso de animais de laboratório foi seguido.

Registro de Ensaio Clínico

Ensaios clínicos deverão ser registrados de acordo com orientação da OMS no endereço www.who.int/ictrp/en/. A OMS considera ensaios clínicos inclusive ensaios preliminares (fase I), qualquer estudo que recrute prospectivamente sujeitos de pesquisa para serem submetidos a intervenções relacionadas à saúde (fármacos, procedimentos cirúrgicos, aparelhos, terapias comportamentais, dietas, modificações nos cuidados de saúde) com finalidade de avaliar os efeitos sobre desfechos clínicos (qualquer variável biomédica ou relacionada com a saúde, inclusive medidas farmacocinéticas e efeitos adversos). A revista tem o direito de não publicar estudos clínicos que não estejam de acordo com estes e outros padrões éticos determinados por diretrizes internacionais.

(26)

ANEXO C - PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP

DADOS DO PROJETO DE PESQUISA


Título da Pesquisa: Análise do controle de dor no pós-operatório de histerectomias abertas

Pesquisador: Ney Bianchini Área Temática:


Versão: 1

CAAE: 72007417.8.0000.5369


Instituição Proponente: Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL Patrocinador Principal: Financiamento Próprio

DADOS DO PARECER Número do Parecer: 2.190.483 Apresentação do Projeto:

A pesquisa sob análise é relativa à Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Medicina. Versa sobre a análise da dor nas histerectomias realizadas entre o ano de 2014 e o mês de maio de 2017, num total de 175, no Hospital Nossa Senhora da Conceição e no Hospital Socimed, em que foram utilizadas analgesia pós-operatória pelo método de PCA-EV, PCA Peridural ou Cateter Peridural para controle de dor. Portanto, a pesquisa será realizada com todas as pacientes que se submeteram a uma das analgesias supracitadas, tendo como base as fichas de Controle de Dor daquelas que se submeteram à histerectomias abertas, a fim de comparar as técnicas de analgesia disponíveis para o controle de dor, de acordo com os níveis aferidos por Escala Visual Analógica (EVA) no primeiro pós-operatório (1º PO) e segundo pós-operatório (2º PO). Ainda, será analisada a prevalência de efeitos adversos nas diferentes técnicas de analgesia no pós-operatório de histerectomias abertas. Por fim, serão avaliadas a idade da paciente, a classificação de estratificação de risco segundo critérios da ASA, a ocorrência de náusea/vômito, prurido e depressão respiratória.

Objetivo da Pesquisa:

Objetivo Primário: O objetivo primário desta pesquisa é analisar o controle de dor no pós-operatório de pacientes submetidas à histerectomia aberta, no Hospital Nossa Senhora da Conceição e Hospital Socimed, no período compreendido entre janeiro de 2014 e maio de 2017.

(27)

Objetivos secundários: Comparar as técnicas de analgesia disponíveis para o controle de dor em pacientes submetidas à histerectomia aberta, de acordo com os níveis de dor aferidos por Escala Visual Analógica (EVA) no primeiro pós-operatório (1º PO) e segundo pós-operatório (2º PO).

Identificar a prevalência de efeitos adversos nas diferentes técnicas de analgesia no pós-operatório de histerectomias abertas.

Avaliação dos Riscos e Benefícios:

Riscos: Os riscos envolvidos na presente pesquisa são considerados mínimos, tendo em vista que se trata de estudo sem qualquer intervenção às pacientes, as quais terão o seu sigilo mantido.

Benefícios: Os benefícios do presente estudo consistem em analisar o controle de dor no pós-operatório de histerectomias abertas com o objetivo de implementar estratégias que busquem otimizar a analgesia pós-operatória em casos futuros semelhantes.

Os benefícios do estudo superam os possíveis riscos em que os participantes estão submetidos.

Comentários e Considerações sobre a Pesquisa:

Projeto em conformidade com a Resolução CNS no 466/12. Considerações sobre os Termos de apresentação obrigatória:

Termos de apresentação obrigatória em conformidade com a Resolução CNS nº 466/12. Conclusões ou Pendências e Lista de Inadequações:

Não constam pendências éticas.

Considerações Finais a critério do CEP:

Protocolo de pesquisa em consonância com a Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde.

Situação do Parecer: Aprovado

Necessita Apreciação da CONEP: Não

PALHOCA, 27 de julho de 2017.

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