PIBID: FORMAS METODOLÓGICAS DE CONTEXTUALIZAR O ENSINO DE QUÍMICA NO CODAP/UFS
Cleyton Bispo Paulino1 Daniela de Oliveira Gonsaga1
Jheyze Tauane Nunes de Aquino1
José Jamisson dos Santos1 José Gabriel dos Santos Farias1
Mariana Oliveira Fraga1 Marlene Viana dos santos1
Yasmim Moraes Silva1
Gilderman Silva Lázaro2
Acácia Maria dos Santos Melo3
RESUMO
É comum que os alunos do ensino médio tenham dificuldade em química, por diversos motivos. Algumas técnicas podem ser utilizadas a fim de minimizar essas dificuldades, tais como uso de aulas de monitorias, aulas experimentais e realização de oficinas. Os pibidianos intensificaram a utilização dessas atividades, para reforçar os conhecimentos obtidos em sala de aula onde foi detectado o surgimento de muitas dúvidas e questionamentos. Buscando dá celeridade ao processo ensino/aprendizagem através de repostas, em curto espaço de tempo os pibidianos propuseram o desenvolvimento de um instagram intitulado @ajudaaipibid, e um e-mail ajudaaipibid@hote-mail.com. Com essas ferramentas foi possível postar publicações interessantes, lançar curiosidades sobre o assunto abordado em sala de aula e enviar dúvidas oriundas das atividades realizadas, bem como facilitou a interação entre todos envolvidos no processo. Nesse contexto, detectamos maior interesse e melhor desempenho discente, pois as dúvidas eram sanadas quase que instantaneamente e isso facilitou de forma considerável o processo ensino aprendizagem.
Palavras-chave: Oficinas, comunicação, ferramentas, docência, química. _______________________________________________________
1Estudante de graduação do 4º período do curso Química Licenciatura da Universidade Federal de Sergipe. Integra o Projeto PIBI D E-mail: cleytonbispo02@hotmail.com
1Estudante de graduação do 10º período do curso Química Licenciatura da Universidade Federal de Sergipe. Integra o Projeto PIBID E-mail: dani_hx@hotmail.com
1Estudante de graduação do 8º período do curso Química Licenciatura da Universidade Federal de Sergipe. Integra o Projeto PIBI D E-mail: jheyzenunes@hotmail.com
1Estudante de graduação do 4º período do curso Química Licenciatura da Universidade Federal de Sergipe. Integra o Projeto PIBID E -mail: jamissondossantosss@gmail.com
1Estudante de graduação do 4º período do curso Química Licenciatura da Universidade Federal de Sergipe. Integra o Projeto PIBID E-mail: gabrix.x9@gmail.com
1Estudante de graduação do 4º período do curso Química Licenciatura da Universidade Federal de Sergipe. Integra o Projeto PIBI D E-mail: marii.fraaga@gmail.com
1Estudante de graduação do 7º período do curso Química Licenciatura da Universidade Federal de Sergipe. Integra o Projeto PIBI D E-mail: marlennyviana@hotmail.com
1Estudante de graduação do 6º período do curso Química Licenciatura da Universidade Federal de Sergipe. Integra o Projeto PIBI D E-mail: ymorais43@hotmail.com
2Licenciado em Química. Professor do CODAP/UFS. Supervisor do PIBID no Colégio de Aplicação vinculado ao Projeto PIBID. E -mail:gildermansl@yahoo.com.br
3Coordenadora do Projeto PIBID vinculado ao Programa PIBID e professora do curso de Química da Universidade Federal de Sergipe. E-mail:acaciasmelo@bol.com.br
INTRODUÇÃO
A CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), ao longo do tempo, vem incentivando jovens acadêmicos a se prepararem para melhor atuação na atividade profissional. Dentre as formas de incentivo podemos destacar o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), uma proposta de oportunizar acadêmicos dos cursos de licenciatura a vivenciarem de forma ativa metodologias teóricas e experimentais no ensino médio, o que possibilita o desenvolvimento tanto dos alunos (no ensino médio) quanto dos acadêmicos através da troca de conhecimento durante o processo. Nesse contexto, diversos trabalhos vêm consolidando a efetividade e importância do programa institucional através das ratificações do processo ensino aprendizagem observado em diferentes metodologias.
De acordo com Jennifer e Tânia (2016, p.157-166), o PIBID/Química tem influência sobre o desempenho escolar dos alunos na disciplina de química, conjuntamente com outros fatores, e que essa influência ocorre de forma positiva, melhorando seu desempenho.
Por sua vez, Pereira et al (2017), afirma que o PIBID atua para favorecer a conexão do licenciando com a Escola Básica e a universidade através da preparação e execução de atividades para o Ensino Médio e que neste processo são produzidos diferentes saberes, importantes para a formação dos futuros professores. Essa afirmativa é corroborada por Paniago et al (2018), uma vez que em trabalho recente eles sugerem que o PIBID tem contribuído de forma significativa para a formação inicial de professores, visto que possibilita, ao licenciado vivenciar, desde o início do curso, várias situações de socialização à docência.
Como pode ser observado, o PIBID promove união entre os estudantes da graduação e da educação básica. Além de promover essa integração, um dos objetivos é o incentivo da formação de professores, visto que a profissão é desvalorizada, outro objetivo do PIBID é a melhoria nas escolas públicas já que os índices que avaliam a educação estão se tornando cada vez mais baixo (BRASIL, 2020). Dessa forma, o PIBID, traz a proposta de melhoria, integração, valorização, incentivo e elevação de qualidade da formação dos alunos da licenciatura que participam do projeto e dos alunos do ensino médio que tenham dificuldades de aprendizado por diversos motivos. Sendo assim, aulas de monitorias, oficinas e estratégias experimentais contextualizada com o cotidiano do estudante foram utilizadas, nas turmas de 2º e 1º anos do ensino médio, na disciplina de química no Colégio de Aplicação (CODAP/UFS),
com o objetivo de minimizar essas dificuldades e garantir que os pibidianos adquiram conhecimentos práticos para que possa atuar na sua vida profissional de forma coesa. Nesse contexto, além de explorar aulas experimentais e oficinas ao logo da execução do projeto, o objetivo desse trabalho foi propor a utilização de redes sociais (instagram e email) no sentido de aproximar a relação pibidiano/alunos e dá celeridade ao processo ensino/aprendizam.
METODOLOGIA
Meios de comunicação foram propostos para facilitar a interação alunos/pibidianos a fim de salientar o uso das ferramentas tecnológicas a favor do ensino: um Instagram intitulado @ajudaaipibid, onde poderiam ser postadas publicações interessantes e curiosidades sobre o assunto abordado em sala de aula e um e-mail ajudaaipibid@hotmail.com para o envio de dúvidas, foram criados e divulgados nas turmas. Esses meios foram alimentos através do desenvolvimento de atividades de monitoria, realização de experimentos e oficina, onde duvidas e questionamentos eram gerados e postados do instagram e e-mail sugerido.
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DESENVOLVIMENTO
O programa foi desenvolvido no CODAP por 08(oito) discentes de licenciatura em química da UFS no período de 2018 a 2019. Reuniões foram realizadas para planejar as estratégias de abordagem dos assuntos e a serem aplicadas nas turmas do 1°A, 2º A e 2º B do CODAP. Inicialmente as aulas de química, pelos pibidianos, foram acompanhadas por meio de observações e atividades, as quais consistiram em elaboração de experimentos, resolução de exercícios, elaboração de lista de exercício e monitoria com os alunos. A primeira abordagem de maior impacto foi o desenvolvimento de um experimento sobre reações químicas. Este foi de suma importância, visto que aguçou, notoriamente, a curiosidade dos discentes bem como os deixaram mais à vontade em relação aos pibidianos.
Com objetivo de aprimorar e sanar dúvida sobre o conteúdo proposto e por se tratar de um assunto pouco abordado em outros anos, uma oficina sob o tema: Radioatividade: Até que ponto esse avanço científico é benéfico para o ser humano? foi realizada com alunos do 2º A e 2ºB oficina transcorreu da seguinte forma: Um questionário foi proposto para avaliação das concepções prévias dos alunos e em seguida aulas expositivas, pesquisas e debates foram realizados por um período de 06 (seis) aulas. Ao final da oficina, em consonância com o
questionário aplicado, foi possível avaliar que os alunos adquiriram maior entendimento sobre o tema em questão. No entanto, também foi possível detectar o aumento de dúvidas entre eles. A cada intensificação das atividades, para reforçar os conhecimentos obtidos em sala de aula, as dúvidas e questionamentos eram cada vez mais evidentes entre os alunos. Intensificar os encontros entre pibidianos e os alunos a fim de solucionar essas dúvidas, tornava-se cada vez mais difícil, uma vez que a disponibilidade de horários entre pibidianos e alunos era incompatível.
A realização das monitorias, exercícios, experimentos (figuras 1 e 2) e oficina (Figura 3) possibilitou ao pibidiano detectar a necessidade de uma forma mais efetiva e rápida para sanar dúvidas. Dessa forma se fez necessário buscar ferramentas que pudessem dá celeridade ao processo ensino/aprendizagem. Sendo assim, com desenvolvimento de um instagram intitulado @ajudaaipibid, e um e-mail ajudaaipibid@hotmail.com foi possível postar publicações interessantes, lançar curiosidades sobre o assunto abordado em sala de aula e enviar dúvidas oriundas das atividades realizadas, bem como facilitou a interação entre todos envolvidos no processo. Nesse contexto, detectamos maior interesse e melhor desempenho discente, pois as dúvidas eram sanadas quase que instantaneamente e isso facilitou de forma considerável o processo ensino aprendizagem.
Figura 2 - Produzindo uma lâmpada de larva.
Figura 3 - Momentos da oficina de radioatividade.
CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após a implantação das redes sociais, monitorias e aulas práticas contextualizadas, os Pibidianos obtiveram resultados positivos, e isto pôde ser notado através da melhora no rendimento em sala de aula de grande parte dos alunos, assim também, como através dos resultados posteriores as provas dos discentes. E ao longo do projeto, foi possível notar o crescimento dos graduandos participantes do PIBID, foi de grande importância para cada um esta vivência prática em sala de aula. Portanto, é de suma importância que projetos e iniciativas como esta sejam enfatizados para que a prática e o desenvolvimento das ideias fortaleçam e valorize cada vez mais os professores, demais profissionais e alunos, assim como elevar a qualidade do ensino e dos alunos formados na educação básica e superior. Auxiliando o despertar do interesse pela ciência, sociedade e a prática cidadã.
REFERÊNCIAS
DEMARI, Jennifer e SALGADO, Tania D. M., A Influência do PIBID/Química da
UFRGS sobre o Desempenho Escolar, Quím. nova esc. – São Paulo-SP, BR., Vol. 38, N° 2, p. 157-166, MAIO 2016
PEREIRA, Thaiara Magro et al, As marcas do PIBID-Química na formação inicial de
professores de Química, XI Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências – XI
ENPEC, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC – 3 a 6 de julho de 2017.
PANIAGO, Rosenilde Nogueira; SARMENTO, Tereza; ROCHA, Simone Albuquerque da. O
PIBID e a Inserção à Docência: Experiências, Possibilidades e Dilemas. Educ.
rev., Belo Horizonte , v. 4, e190935, 2018.
BRASIL, Ministério da Educação – Fundação CAPES. PIBID - Programa Institucional de
Bolsa de Iniciação à Docência. Disponível em: <http://www.capes.gov.br/educacaobasica/
