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Cultivo do Feijão Irrigado na Região Noroeste de Minas Gerais

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Academic year: 2021

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Embrapa Arroz e Feijão

Sistemas de Produção, No.5 ISSN 1679-8869 Versão eletrônica Dezembro/2005

Cultivo do Feijão Irrigado na Região Noroeste de Minas Gerais

Alcido Elenor Wander Osmira Fátima da Silva

Introdução e Importância Econômica Clima Solos Adubação Cultivares Produção de Sementes Plantio e Tratos Culturais Irrigação

Manejo de Plantas Daninhas Doenças e Métodos de Controle

Pragas e Métodos de Controle Normas Gerais para o Uso de Agrotóxicos Colheita Pós-Colheita Mercado e Comercialização Coeficientes Técnicos, Custos, Rendimentos e Rentabilidade Referências Glossário Autores Expediente

Coeficientes Técnicos, Custos, Rendimentos e Rentabildiade

Os coeficientes técnicos utilizados neste artigo baseiam-se em levantamentos realizados pela Embrapa Arroz e Feijão no município de Unaí, MG, no ano de 2004. Para tanto, foram obtidas informações sobre o uso de insumos e operações

agrícolas na produção de feijão de inverno, sob irrigação de pivô central, em

plantio direto, ou seja, feijão irrigado com alta tecnologia, para duas situações de manejo: modal, o predominante na região, e o indicado, o melhorado pela

pesquisa. Insumos Operações agrícolas Custos de produção Rendimentos Rentabilidade Insumos

Entre os principais insumos necessários para a produção de feijão irrigado, com alta tecnologia, estão a semente, os fertilizantes e corretivos de solo, e os

agroquímicos, herbicidas, inseticidas e fungicidas (Tabela 1).

Operações agrícolas

Na Tabela 2 são relacionadas as operações agrícolas necessárias para a produção de feijão irrigado.

(2)

Os custos de produção de 1 hectare de feijão irrigado, com alta tecnologia, nas situações de manejos modal e indicado, foram obtidos multiplicando-se os coeficientes técnicos - insumos e operações agrícolas - pelos respectivos valores unitários. Esclarece-se que esses valores referem-se aos gastos proporcionais à variação do volume da produção, em determinado período de tempo, o qual, no caso, corresponde ao ano de 2004, para as cultivares do grupo carioca, sendo os valores dos componentes do custo da produção expressos em moeda corrente brasileira.

Para a análise do custo de produção (Tabela 3) foram computados os custos variáveis com insumos, operações com máquinas e implementos - com base no valor da hora alugada - e serviços de mão-de-obra contratados, considerando-se os preços vigentes em abril de 2004. Foram também consideradas as despesas com as operações de pós-colheita, tais como secagem e limpeza dos grãos, e outros custos financeiros, como seguro de vida, taxa de administração, assistência técnica, de natureza cooperada, juros de custeio da lavoura, em consonância com o Banco do Brasil e a Contribuição Especial para a Seguridade Social Rural

(CESSR), o antigo Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural).

Tabela 1. Insumos necessários para a produção de 1 hectare de feijão irrigado, com alta

tecnologia, em duas situações de manejo, em Unaí, MG, na safra 2004.

Insumo Manejo predominante

(modal) Manejo melhorado (indicado) Calcário dolomítico 1,0 t 1,0 t Herbicida Glifosate 3,0 L 3,0 L Herbicida 2,4-D 1,0 L 1,0 L Semente 70 kg 70 kg

Fungicida Carboxin + Thiran 0,25 L 0,25 L

Inseticida Tiametoxan 0,1 kg 0,1 kg

Micronutrientes (cobre + molibdênio) 0,1 L 0,1 kg

Adubo NPK 05-37-00 300 kg -

(3)

Cloreto de potássio 100 kg -

Uréia 200 kg 200 kg

Herbicida Fomesafen (folha larga) 0,6 L 0,6 L Herbicida Bentazona (folha larga) 0,8 L 0,8 L Herbicida Fluazifop-P-butílico (folha

estreita)

0,5 L 0,5 L

Inseticida Metamidofós 0,6 L -

Inseticida Thiamethoxam + Cipermetrina 0,2 kg -

Inseticida Endosulfan 2,5 L -

Inseticida Abamectina 0,4 L 0,4 L

Inseticida Acefato - 0,5 kg

Fungicida Hidroxido de trifenil estanho 0,5 L -

Fungicida Tebuconazole 0,5 L -

Fungicida Azoxystrobin 0,1 kg 0,1 kg

Fungicida Fluazinam - 1,0 L

Óleo mineral Assist 1,0 L

-

Energia elétrica (irrigação) 960 Kwh 960 Kwh

Sacaria 45 unid. 50 unid

Fonte: SILVA et al. (2004).

Tabela 2. Operações agrícolas necessárias para a produção de 1 hectare de feijão irrigado,

com alta tecnologia, em duas situações de manejo, em Unaí, MG, na safra 2004.

Operação agrícola Manejo predominante (modal)

Manejo melhorado (indicado)

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Limpeza da área com roçadeira 1,0 hm - Aplicação de dessecante 0,15 hm 0,15 hm Tratamento de sementes 0,15 hm 0,15 hm Plantio direto com nove linhas 0,8 hm 0,8 hm

Transporte interno 0,1 hm 0,1 hm

Adubação de cobertura 0,2 hm 0,4 hm

Aplicação de herbicidas pós-emergentes 0,3 hm 0,3 hm Aplicação de inseticidas + fungicidas 0,4 hm 0,4 hm Mão-de-obra no manejo integrado de

pragas

- 0,02 dh

Arranquio manual 8,0 dh 8,0 dh

Trilha com recolhedora-trilhadora 1,2 hm 1,2 hm

hm = hora máquina; dh = dia homem.

Fonte: SILVA et al. (2004).

Tabela 3. Custo de produção de 1 hectare de feijão irrigado, com alta tecnologia, em

duas situações de manejos, em Unaí, MG, na safra 2004.

Manejo predominante (modal) Manejo melhorado (indicado) Componente Custo (R$/ha) Participação (%) Custo (R$/ha) Participação (%) Preparo da área 160,50 6,90 115,50 4,48 Semente/Tratamento 224,00 9,63 374,50 14,54 Plantio/Adubação 435,00 18,70 425,00 16,50 Tratos culturais 1.016,00 43,68 1.125,74 43,70

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Rendimentos

O rendimento médio, por hectare, estimado no custo de produção exposto na Tabela 3, varia de 2,7 t ha-1 (= 45 sc de 60 kg ha-1) a 3,0 t ha-1 (= 50 sc de 60 kg ha-1), considerando-se os insumos relacionados na Tabela 1 e as operações agrícolas listadas na Tabela 2.

Rentabilidade

Com o preço da saca de 60 kg de feijão fixado a R$ 60,00, em dezembro de 2004, a receita bruta obtida pelos produtores, por hectare, foi de R$ 2.700,00 (= 45 sc de 60 kg ha-1) e de R$ 3.000,00 (= 50 sc de 60 kg ha-1) nos manejos modal e indicado, respectivamente. Baseando-se no custo de produção de 1 saco de feijão de 60 kg a R$ 51,69, no manejo modal, e a R$ 51,52, no manejo indicado, a relação benefício/custo, para as duas situações de manejo, foi de 1,16, ou seja, um retorno de 16% sobre os recursos aplicados na cultura.

O ponto de equilíbrio ou nivelamento, por hectare, foi de 38,8 sc 60 kg e de 42,9 sc 60 kg nas situações de manejos modal e indicado, respectivamente, o que significa que essas produtividades cobrem o custo de produção do feijão irrigado em Unaí, MG, na safra 2004. Admitindo-se variações de R$ 50,00 a R$ 100,00 no preço de comercialização da saca de 60 kg de feijão, observa-se grande variação do ponto de equilíbrio (Tabela 4).

Colheita 294,35 12,65 297,10 11,53 Outros custos 134,21 5,77 169,37 6,57 Custos de comercialização 62,10 2,67 69,00 2,68 Custo total 2.326,16 100,00 2.576,21 100,00 Fonte: SILVA et al. (2004).

Tabela 4. Variação do ponto de equilíbrio em função do preço da saca de 60 kg de feijão

(6)

R$ 50,00 R$ 60,00 R$ 70,00 R$ 80,00 R$ 90,00 R$ 100,00 Custo operacional

total, por hectare (R$)

2.326,16 2.326,16 2.326,16 2.326,16 2.326,16 2.326,16

Ponto de equilíbrio, por hectare (saco de 60 kg)

46,52 38,77 33,23 29,08 25,85 23,26

Manejo indicado

Custo operacional total, por hectare (R$)

2.576,21 2.576,21 2.576,21 2.576,21 2.576,21 2.576,21

Ponto de equilíbrio, por hectare (saco de 60 kg)

51,52 42,94 36,80 32,20 28,62 25,76

Informações Relacionadas

Sistemas e custos de produção de feijoeiro comum (Phaseolus vulgaris L.) em diferentes épocas e regiões de cultivo. Todos os direitos reservados, conforme Lei nº 9.610.

Referências

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