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14. Correntes Alternadas (baseado no Halliday, 4 a edição)

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(1)

14. Correntes Alternadas

(baseado no Halliday, 4aedição) Por que estudar Correntes Alternadas?

R.: a maioria das casas, comércio, etc., são providas de fiação elétrica que conduz corrente alternada (CA ou AC em inglês):

3) no caso do cobre esta distância não é maior do que 10 átomos da rede cristalina. 1) corrente que varia senoidalmente com o tempo trocando de sentido muitas vezes (ou ciclos) por segundo (no caso do Brasil 120/s).

2) vimos que a velocidade escalar de deriva dos elétrons de condução é cerca de 4×10-5 m/s, já o tempo para inverter a corrente e de 1/120 s, o que dá

ou (na metade de um ciclo)

m s s m t v x 5 3,3 10 7 120 1 / 10 4× − = × − = = x = 3×10−7m

Como, então, o elétron poderia vir a alcançar qualquer parte do fio?

R.: os elétrons de condução não têm que “alcançar qualquer parte do fio”

1) quando dizemos que a corrente é igual a 1 A, significa que os portadores de carga atravessam qualquer plano ortogonal ao fio a uma taxa de 1 C por segundo. 2) a velocidade escalar com que os portadores de carga atravessam esse plano não entra diretamente no cálculo → 1 A pode corresponder a muitos portadores de carga movendo lentamente ou a poucos movendo rapidamente.

(2)

3) o sinal, que obriga os elétrons a inverterem seus sentidos de movimento (fem alternada fornecida pelo gerador) propaga-se no fio a uma velocidade próxima à da luz (ou seja, na velocidade da luz para o material – fio)

4) todos os elétrons recebem o sinal da fem que os obriga a mudar de sentido, praticamente ao mesmo tempo.

5) para muitos dispositivos (lâmpadas, torradeiras, etc.) não importa o sentido do movimento dos elétrons e sim que estejam em movimento e transferindo energia ao dispositivo.

“a medida que a corrente se alterna, o campo magnético que circunda o condutor também se alterna.”

Este fato torna possível a utilização da Lei da Indução de Faraday → Ex.: transformadores, etc.

A corrente alternada é mais adequada para o uso em máquinas rotativas (geradores e motores) do que a corrente contínua (CC ou DC em inglês)

Ex.: girando uma bobina num campo magnético externo, a fem induzida na bobina é alternada.

6) as fems alternadas e as correntes alternadas geradas por elas são fundamentais, não só para a geração e distribuição de energia, mas para o rádio, televisão, comunicação por satélite, computadores, etc.

(3)

Plano de Estudo para Este Capítulo

Vimos aplicada no circuito

ε

=

ε

m sen

ω

t

C L R

~

i i i ε

Nota: exatamente como nos circuitos de corrente contínua, a corrente alternada, i, num dado instante, tem o mesmo valor em todas as partes do circuito (de malha única). E a freqüência angular ω da corrente e do gerador são necessariamente as mesmas.

fazendo surgir .

i

=

I

sen

(

ω

t

φ

)

As características básicas da fem alternada: εm → amplitude da fem

ω → freqüência angular da fem

Nota

Notaçção: as letras minúsculas (ão: i, v, etc.) representam valores instantâneos de grandezas variáveis no tempo e as letras maiúsculas (I, V, etc.) representam as amplitudes correspondentes.

(4)

As características básicas da corrente alternada: I → amplitude da corrente

φ → constante de fase

Dados

Dados DeterminarDeterminar

Objetivo

Para o gerador εm e ω

Para o circuito R, L e C

I e φ

Obs.: em vez de determinarmos I e φ resolvendo a equação diferencial, usaremos um método geométrico: o método dos fasores

Três Circuitos Simples

Tratando com circuitos simples onde cada um contém um gerador de corrente alternada e somente um dos elementos R ou C ou L.

As características básicas do circuito: R → Resistência

C → Capacitância L → Indutância

(5)

um único elemento resistivo → R

um gerador de corrente com a fem alternada vR → amplitude da d. d. p. através do resistor R R

~

i i i ε (Circuito 1) vR

De acordo com a Lei das Malhas (Regra das Malhas de Kirchhoff) ε - vR = 0

então vR = ε = εm sen ωt

como VR = εm(chamada usualmente de “voltagem”)

t sen V vR = R ω Um Circuito Resistivo (R) Usando o circuito da p. 003.

Usando a definição de resistência

t sen I t sen V v iR = R = R

ω

= R

ω

(6)

Nota: embora esta relação tenha sido obtida para o (circuito 1), ela se aplica a qualquer resistor em qualquer circuito de corrente alternada, não importa se o resistor está presente fisicamente ou se é um efeito global resistivo, ou o quão complexo seja este circuito.

Então temos vR e iR (circuito com carga puramente resistiva) em fase (constante de fase φ = 00).

Vemos também que as amplitudes VR e IR estão relacionadas

(para resistor → circuito resistivo)

R R

R

I

V

=

iR vR ωt iR vR 0 π 2π instantes representados no diagrama de fasores

vR e iR estão em fase para todo tempo t.

M

Méétodo dos Fasores: método geométrico para análise de circuitos.todo dos Fasores: Fasor:

Fasor: são vetores girantes, que se movimentam com a freqüência angular ω no sentido anti-horário.

1) O comprimento do fasor é proporcional à amplitude da grandeza alternada envolvida (VR ou IR).

2) A projeção de um fasor sobre o eixo vertical é proporcional ao valor instantâneo da grandeza alternada ( e ).

(7)

da representação fasorial, temos: vR = VR sen ωt iR = IR sen ωt IR VR ωt iR vR

rotação dos fasores na taxa ω

Os fasores (na representação fasorial) VR e IR coincidem → em fase

Um Circuito Capacitivo (C) Usando o circuito da p. 003.

~

i i ε (Circuito 2) vC C i

um único elemento capacitivo → C

um gerador de corrente com a fem alternada vC → amplitude da d. d. p. através do resistor C

De acordo com a Lei das Malhas (Regra das Malhas de Kirchhoff) ε - vC = 0

(8)

então vC = ε = εm sen ωt como VC = εm t sen V vC = C ω Da definição de capacitância qC = C vC então qC = C VC sen ωt

como não estamos interessados na carga e sim na corrente elétrica t V C dt q d iC = CC cosω Se definimos (reatância capacitiva) C X def C ω 1 . = Unidade (XC): a) [XC] = 1 / [ω] [C]

Capacitância: podemos usar τC = R C e [C] = [τC] / [R] → s/Ω Freq. Angular: [ω] → 1/s

(9)

Quando comparamos com: i = I sen(ωt - φ), temos φ = − 900.

(capacitor → circuito capacitivo)

C C

C I X

V =

Nota: embora tenhamos obtido para o circuito capacitivo, ela se aplica a qualquer capacitor, estando este presente ou não, em qualquer circuito de corrente alternada. iC vC ωt iC vC 0 π 2π instantes representados no diagrama de fasores

vC e iC estão defasados de 900 (um quarto de ciclo)

para todo tempo t.

iC está avançado com relação a vC (os máximos de iC ocorrem antes de vC)

Fazendo cos ωt = sen (ωt + 900), e voltando em i

C ) 90 ( ) 90 ( + 0 = + 0 = sen t I sen t X V i C C C C ω ω

(10)

Nesta representação geométrica vemos que IC está sempre adiantado de VC por um ângulo de 900

vC = VC sen ωt iC = IC sen(ωt + 900) vC IC VC ωt iC

rotação dos fasores na taxa ω Um Circuito Indutivo (L) Usando o circuito da p. 003. L

~

i i i ε v L

circuito contendo um elemento indutivo → L um gerador de corrente com a fem alternada vL → amplitude da d. d. p. através do resistor L

De acordo com a Lei das Malhas (Regra das Malhas de Kirchhoff) ε - vL = 0

(11)

então vL = ε = εm sen ωt como VL = εm t sen V vL = L ω Da definição de indutância então e finalmente t L V iL L ω ω cos − = dt i d L vL = L

= = sen t dt L V di iL L L ω t sen L V dt i d L = L ω Se definimos (reatância indutiva) L X def L ω . =

Fazendo − cos ωt = sen (ωt − 900), e voltando em i

L ) 90 ( ) 90 ( − 0 = − 0 = sen t I sen t X V i L L L L ω ω

(12)

Quando comparamos com: i = I sen(ωt - φ), temos φ = +900.

(indutor → circuito indutivo)

L L

L I X

V =

A reatância indutiva:

1) depende da freqüência angular de operação;

2) a unidade S. I. de XL é o ohm (Ω) → a mesma que XC e R; 3) a constante de fase para este caso é φ = +900.

Nota: embora tenhamos obtido as equações para o circuito indutivo, ela se aplica a um indutor em qualquer circuito de corrente alternada, estando o indutor presente ou não, não importando quão complexo seja.

iL vL ωt vL iL 0 π 2π instantes representados no diagrama de fasores

seja por comparação das equações ou no gráfico, vemos que vL e iL estão defasados de 900 (um quarto

de ciclo) para todo tempo t.

iL está atrasada com relação a vL (os máximos de vL ocorrem antes de iL)

(13)

vL

IL

VL ωt

iL

rotação dos fasores na

taxa ω O diagrama fasorial também deve conter a informação do atraso de IL está em relação a VL por um ângulo de 900

vL = VL sen ωt iL = IL sen(ωt − 900) Elemento Elemento de circuito de circuito S

Síímbolombolo ImpedânciaImpedância Fase da CorrenteFase da Corrente Ângulo de Ângulo de fase fase φφ iR em fase com vR iC avançada para vC iL atrasada para vL 00 −900 +900 R XC XL Rela

Relaçção das ão das amplitudes amplitudes Resistor Capacitor Indutor R C L VR = I R VC = I XC VL = I XL O Circuito em Série RLC

Podemos agora resolver o problema inicial do circuito RLC (p. 003)

1) a fem alternada aplicada é

(fem aplicada) (1) t sen m ω ε ε =

Tabela de Fases e Amplitudes

(14)

e a corrente alternada resultante é (corrente alternada) (2) ) (ω −φ = I sen t i

2) para determinarmos I e φ (problema inicial), fazemos a) Lei das Malhas

(vale para todo tempo t) (3)

L C R v v v + + = ε b) diagrama de fasores I ωt − φ i

Corrente alternada, num instante arbitrário t. O valor máximo I e a fase (ωt − φ).

Valor instantâneo de i.

Todos mostrados no mesmo diagrama de fasor.

Nota: apesar de as d. d. p. estarem variando no tempo com fases diferentes, a corrente é comum a todos os elementos

(15)

I VR VC vR vC VL vL

De acordo com a Tabela de Fases e Amplitudes:

− desenhamos os três fasores representando as três d. d. p. através dos três elementos do circuito RLC no instante considerado.

Nota: a soma algébrica das projeções dos fasores VR, VC e VL sobre o eixo vertical é exatamente igual ao lado direito da equação (3). Esta soma de projeções deve ser igual ao lado esquerdo desta equação → projeção do fasor εm (ou seja, ε) sobre a vertical.

c) nas operações vetoriais, a soma algébrica das projeções, é igual à projeção, sobre este eixo, da soma vetorial destes vetores

I VR VLVC εm ωt − φ ωt φ

φ → diferença de fase entre a fem e a corrente elétrica. ωt → ângulo (sentido anti-horário) com que a corrente varia. como os fasores VL e VC fazem 900 com o fasor corrente, o

(16)

Determinando I Do gráfico de fasores 2 2 2 ) ( L C R m =V + VV ε Usando as amplitudes e 2 2 2 ) ( ) ( L C m = I R + I XI X

ε

2 2 ) ( L C m X X R I − + = ε Impedância

Impedância → o denominador desta equação (Z), para uma dada freqüência ω.

2 2 ) (XL XC R Z = + − e portanto

Z

I

=

ε

m

Usando os valores de reatância e X L .

C

XC L ω

ω =

(17)

2 2 ) 1 ( L C R I m ω ω ε − + = (Amplitude da corrente) L C ω ω = 1

O valor máximo de I ocorre para

(ressonância) → já vista no Capítulo anterior C L 1 =

ω

O valor de I na ressonância é igual a (o máximo da ressonância aumenta

quando R diminui).

R

I

=

ε

m

A Constante de Fase φ

Agora, nos falta encontrar φ → do gráfico de fasores (p. 015) temos

(constante de fase) R I X I X I V V V L C R C L − = − =

φ

tan R X XLC = φ tan

(18)

R C L

ω

ω

φ

1 tan = − ou, como e

(depende de ω mas não de εm)

L X C XC L

ω

ω

= = 1

Nota: 1) desenhamos o diagrama fasorial supondo XL > XC (circuito mais indutivo do que capacitivo);

2) na equação para impedância vemos que isto é totalmente equivalente a XL < XC, pois (XL − XC)2, não alterando o cálculo da amplitude;

3) isto já não é verdade para o cálculo de fase, pois (XL − XC)1.

Dois Casos Limites

10) R = X

L = 0 Ω, nos dá e (o circuito é puramente capacitivo

e φ = 900).

−∞

=

=

ε

tan

φ

C m

X

I

20) R = X

C = 0Ω, nos dá e (o circuito é puramente indutivo

e φ = 900).

=

φ

=

+∞

ε

tan

L m

X

I

Nota: 1) assim que ligamos o circuito, surge uma corrente transiente, cuja duração depende das constantes de tempo (capacitiva e indutiva)

e L

C

R =

=

τ

(19)

depois deste tempo a corrente entra no estado estacionário dada por )

(ω −φ = I sen t i

2) a corrente transiente pode danificar qualquer equipamento se não a considerarmos na elaboração do projeto de um circuito.

Potência em Circuito de Corrente Alternada

No circuito RLC, a energia fornecida pelo gerador de corrente alternada, fica armazenada no campo elétrico do capacitor, no campo magnético do indutor e parte é dissipada no resistor (energia térmica → Efeito Joule)

No estado estacionário, a energia média armazenada no capacitor e no indutor permanece constante.

G R

L C

(20)

1) Taxa, instantânea, em que a energia é transformada no resistor

como nosso interesse está na taxa média que a energia é transferida para o resistor → valor médio sobre um período

)

(

)]

(

[

2 2 2 2

=

ω

φ

=

ω

φ

=

R

i

R

I

sen

t

R

I

sen

t

P

+1 0 −1 θ π 2π 3π 0 sen θ +1 1/2 0 0 π 2π 3π θ sen2θ (sen θ)2→ 1/2

usando a média sobre um período

R

I

R

I

P

méd 2 2 .

2

2

1

⎟⎟

⎜⎜

=

=

Valor M

Valor Méédio Quadrdio Quadráático: o termo é denominado de valor médio quadrático da tico:

corrente i.

2

I

R

I

(21)

O termo rms é apropriado pois:

10) pegamos o quadrado da corrente instantânea

)

(

2 2

ω

φ

t

sen

I

20) calculamos o seu valor médio

2 2 I

30) extraímos a sua raiz quadrada

2 I Irms =

Nota: 1) como a é semelhante a para o caso de corrente contínua, temos que a taxa de dissipação média (usando os valores médios quadráticos para as grandezas alternadas) para circuitos de corrente alternada é a mesma que para circuitos de corrente contínua.

2 2

. R I P R i

Pméd = rms =

2) os instrumentos para correntes alternadas (voltímetros, amperímetros, etc.) são usualmente calibrados para lerem Irms, Vrms e εrms.

Ex.: se usamos um voltímetro para medir a tensão (d. d. p.) numa tomada doméstica e ele indicar 120V este será o valor médio quadrático. O valor máximo da d. d. p. é 2 ⋅120V ≅170V.

(22)

3) a razão para o uso de valores médios quadráticos em circuitos de corrente alternada é que nos permite aplicar as relações familiares de potência para circuitos de C. C.

, e . 2 2 2 m rms rms rms V V I I = = ε = ε

Como e a constante de proporcionalidade é

2 1 Z I = εm 2 2 ) ( L C rms rms rms X X R Z I − + = =

ε

ε

Da mesma forma, podemos modificar a potência, para ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ = = = Z R I R I Z R I Pméd rms2

ε

rms rms

ε

rms rms como

Z

R

Z

I

R

I

V

m R

=

=

=

ε

φ

cos

φ

ε

rms rms cos méd I P = (Potência Média) Fator de Potência:

Fator de Potência: é chamado de fator de potência. Como cosφ = cos(−φ), o fator de potência independe da fase ser positiva ou negativa.Z

R

=

φ

cos

(23)

Para que a taxa de energia, num circuito RLC, seja máxima, devemos manter o fator de potência (cos φ) próximo de um (cosφ ≅ 1) → isto equivale a manter φ ≅ 00

(constante de fase ≅ 00).

Ex.: se o circuito é altamente indutivo, podemos torná-lo menos indutivo adicionando uma capacitância no circuito → reduzindo a constante de fase e aumentando o fator de potência (empresas distribuidoras de energia elétrica colocam capacitores por toda a linha de transmissão).

Elemento Elemento de circuito de circuito Impedância Impedância Z Z Constante de Constante de fase fase φφ Fator de Potência Fator de Potência cos cosφφ Potência M

Potência Méédia dia PPmmééd.d.

1 Zero Zero εrmsIrms Zero Zero Zero −900 +900 R C L R XC XL Potência M

Potência Méédia Transmitida por um Gerador em Três Casos Especiaisdia Transmitida por um Gerador em Três Casos Especiais

O Transformador

(24)

Para circuitos de corrente alternada → a taxa média de dissipação da energia numa carga resistiva ( ).Pméd =

ε

rms Irms cos

φ

Nota: abandonaremos o subscrito rms que identifica o valor médio quadrático de uma grandeza. Na prática, nós admitimos que as correntes e voltagens, variáveis no tempo, sejam descritas pelos seus valores médios quadráticos → que são os valores lidos pelos instrumentos

V

I

P

méd.

=

Obs.: 1) para uma dada exigência de potência → temos uma faixa de escolha (corrente relativamente elevada, I, e uma d. d. p. relativamente baixa, V, ou vice-versa) desde que o produto seja I V.

2) para sistemas de distribuição de energia elétrica → é desejável por questões de segurança e de eficiência, lidarmos com voltagens relativamente baixas tanto na extremidade geradora (usina de energia elétrica) como na extremidade receptora (casa ou fábrica)

Ex.: ninguém projetaria um trenzinho de criança ou uma torradeira para operar a 10 kV.

Entretanto, na transmissão de energia elétrica desde a geradora até o consumidor, deseja-se ter a corrente mais baixa possível (maior d. d. p. possível), para reduzir ao mínimo as perdas → I2 R (chama-se de perdas ôhmicas).

(25)

Ex.: uma linha de 735 kV é usada para transmitir a energia elétrica de uma usina até uma cidade a 1000 km de distância. Suponhamos que a corrente seja de 500 A e o fator de potência próximo a unidade (1)

1) Pméd = ε I = (7,35 × 105 V)(500 A) = 367,5 MW

MW

P

méd

368

a linha tem resistência por quilômetro ≅ 0,220 Ω/m, com resistência total de 220 Ω → Pméd = I2 R = (500 A)2 (220 Ω)

que corresponde a 15% (14,9660%) da taxa fornecida.

MW

P

méd

=

55

,

0

2) O que aconteceria se dobrássemos a corrente e reduzíssemos a voltagem à metade?

a potência média produzida não mudaria Pméd I kV (2 500A) 368 MW 2 735 = ⋅ = =ε

MW

P

méd

=

220

a potência média dissipada ficaria Pméd = I2 R = (1000 A)2 (220 Ω)

(26)

Regra Geral para Transmissão de Energia:

Regra Geral para Transmissão de Energia: transmitir na mais alta voltagem possível e na corrente mais baixa possível.

O Transformador Ideal

A regra acima, conduz a uma incompatibilidade → a exigência da transmissão eficiente em alta voltagem e a necessidade de produção e consumo em baixa voltagem (por motivos de segurança).

Então, precisamos de um dispositivo → aumentar a d. d. p. para transmissão e diminuir a d. d. p. para o uso, mantendo o produto corrente × voltagem constante. Tal dispositivo é chamado de Transformador.

~

ε Np Vp R Ns Vs S ΦB Primário Secundário Transformador ideal

Opera de acordo com a Lei da Indução de Faraday.

Não possui um correspondente, simples, de corrente contínua.

(27)

Transformador Ideal:

Transformador Ideal: consiste de duas bobinas, com número diferente de espiras, enroladas em torno de um núcleo de ferro (as bobinas estão isoladas do núcleo). Onde a resistência dos enrolamentos primário e secundário, bem como as perdas por histerese no núcleo de ferro, sejam desprezíveis.

O enrolamento primário (Np espiras) está ligado a um gerador de corrente alternada onde

t

sen

m

ω

ε

ε

=

O enrolamento secundário (Ns espiras) está ligado a uma carga resistiva R → é um circuito aberto para a chave S desligada.

Chave S Desligada

Vamos supor: transformador ideal.

Ex.: transformadores de alta capacidade (bem projetados) podem ter perdas de energia de apenas 1%.

Para as condições dadas → o enrolamento primário é uma indutância pura e o circuito é um circuito indutivo puro:

1) a corrente primária (muito pequena) → chamada de Corrente de Magnetização, Imag., está atrasada em 900 em relação à d. d. p. primária (V

p); o fator de potência

(= cos φ) é nulo e portanto, nenhuma potência é transferida do gerador para o transformador.

(28)

2) De acordo com a Lei da Indução de Faraday → a fem induzida por espira (εesp) é a mesma nos enrolamento primário e secundário

A voltagem em cada circuito é igual à fem induzida no circuito. 3) Supondo que os símbolos representem valores médios quadráticos

(Transformação de Voltagem) s s p p B espira N V N V dt d = = Φ =

ε

p s p s N N V V =

4) Para Ns > Np → transformador elevador (Vs > Vp) Para Ns < Np → transformador abaixador (Vs < Vp)

Nota: como o circuito secundário está aberto (S aberta) → nenhuma potência será transmitida através do transformador.

Chave S Fechada

Enrolamento secundário ligado à carga resistiva R.

Obs.: num caso mais geral a carga (R) também conteria elementos indutivos e capacitivos → vamos nos restringir somente a elementos resistivos (R).

(29)

Quando fechamos S:

1) uma corrente alternada Is aparece no circuito secundário, com uma taxa de dissipação de ( ) na carga resistiva (R).

R V R Is s 2 2

2) Esta corrente induz seu próprio fluxo magnético alternado no núcleo de ferro (de acordo com a Lei da Indução de Faraday) → este fluxo induz uma fem em oposição no enrolamento primário.

3) A voltagem Vp do primário não pode mudar em resposta a essa fem em oposição (temos que ter sempre a fem suprida pelo gerador) → o fechamento da chave S não pode mudar este fato.

4) Para manter Vp (o gerador produz, agora, uma corrente Ip no circuito primário, de intensidade e constante de fase exatamente iguais e necessárias para cancelar a fem em oposição, gerada no enrolamento primário devido a Is).

Obs.: em vez de continuarmos com a análise (complicada) acima, é mais conveniente verificarmos o que ocorre globalmente (mediante o princípio da conservação da energia).

Para um transformador ideal →com cos φ ≅ 1 e fazendo ε = Vp em:

10) (taxa que o transformador transfere energia à bobina primária).méd p p p

I

V

I

(30)

20) (taxa em que a energia é transferida da bobina primária para a secundária). s s méd V I P =

Usando o princípio da conservação da energia , e com

(Transformação da Corrente) p s p s s s p p

N

N

V

V

V

I

V

I

=

=

s p p s N N I I = 30) Como e , então p s p s s s N N V V R V I = =

R

N

N

V

I

s p p s 2

)

(

=

comparando com R (Transformação da Resistência)

N N R s p eq 2 ⎟⎟ ⎠ ⎞ ⎜⎜ ⎝ ⎛ = eq p p R V I =

Nota: a transformação da resistência nos diz que, do ponto de vista do circuito primário, a resistência equivalente da carga não é simplesmente R.

Casamento de Impedâncias

A equação acima (Transformação da Resistência) → sugere outra função para o transformador.

(31)

Sabemos que:

Da conservação da energia ou

“para haver transferência máxima de energia de um dispositivo de fem para uma carga resistiva, a resistência do dispositivo e a resistência da carga devem ser iguais.” R resistor bateria eq R resistor bateria

W

R

i

R

i

W

=

(

2

)

=

(

2

)

A mesma regra é válida para circuitos de corrente alternada exceto que a impedância (em vez da resistência) do gerador deve ser igual à carga.

Ex.: 1) quando ligamos um alto-falante a um amplificador, esta condição fica longe de ser obtida → amplificador com alta impedância e o alto-falante com baixa impedância.

2) Podemos tornar iguais as impedâncias dos dois dispositivos (citados acima), acoplando-os por meio de um transformador com uma adequada razão Np/Ns.

Referências

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