INSTITUTO DE MATEMÁTICA EESTATÍSTICA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇO EMMATEMÁTICA APLICADA
Solução da Equação de Transferên ia
Radiativa Sem Simetria Azimutal, em uma
pla a, utilizando dis retização angular dupla
por
Taline Foletto
Tese para a obtenção doTítulo de
Doutora em Matemáti a Apli ada
Profa. Cynthia Feijó Segatto
Orientadora
Foletto,Taline
Solução da Equação de Transferên ia Radiativa Sem
Simetria Azimutal, em uma pla a, utilizando dis retização
angular dupla /TalineFoletto.Porto Alegre: PPGMAp da
UFRGS, 2019.
72p.: il.
Universidade Federal do Rio Grandedo Sul, Programa
de Pós-Graduação em Matemáti a Apli ada, Porto Alegre,
2019.
Orientadora: Segatto, Cynthia Feijó
Radiativa Sem Simetria Azimutal, em uma
pla a, utilizando dis retização angular
dupla
por
Taline Foletto
Linha de Pesquisa: Teoria de Transporte de Partí ulas
Orientadora: Profa.Cynthia FeijóSegatto
Ban a examinadora:
Prof. Dr. BardoErnst Bodmann
PROMEC/UFRGS
Profa. Dra. Liliane BassoBari hello
PPGMAP/UFRGS
Prof. Dr. Ri ardoCarvalho de Barros
IPRJ/UERJ
Prof. Dr. Esequia Sauter
LISTA DE FIGURAS. . . vi
LISTA DE TABELAS . . . vii
RESUMO . . . ix
ABSTRACT . . . x
1 INTRODUÇO . . . 1
2 A EQUAÇO DE TRANSFERÊNCIA RADIATIVA NA ATMOSFERA . . . 4
2.1 Con eitos físi os . . . 4
2.2 Formulação Matemáti a da ETR . . . 8
3 EQUAÇO DE TRANSFERÊNCIA RADIATIVA SEM SIMETRIA AZIMUTAL: SOLUÇO LTS N . . . 12
4 UMA PROPOSIÇO PARARESOLUÇO DA EQUAÇODE TRANSFERÊNCIA RADIATIVA SEM SIMETRIA AZIMUTAL 16 4.1 Solução em Ordenadas Dis retas Dupla . . . 16
4.2 Método LTS N,M . . . 22 4.3 Método LTS N,M Não Espe tral . . . 23
5 RESULTADOS NUMÉRICOS . . . 28
5.1 Problema HAZE . . . 33
5.2 Problema CLOUD1 . . . 44
5.3 Estudo da implementação numéri a do esquema LTS N,M Não Espe tral e da onvergên ia da solução al ulada . . . 51
Figura2.1 Ângulospolar
θ
eazimutalϕ
quedenem adireçãodepropagaçãode uma partí ula, no sistema de oordenadas artesianas. Fonte:
adaptado de Yamasoee Corrêa(
2016
). . . 5Figura2.2 Esquema do in remento e atenuação de um feixe de radiação ao
longo de um aminho
ds
.dI
(1)
λ
: absorção,dI
(2)
λ
: emissão,dI
(3)
λ
: espalhamento por remoção edI
(4)
λ
: espalhamento por adição. Fonte: adaptado de Yamasoee Corrêa (2016
). . . 7Figura2.3 Elemento de volume
dV
= dAds
. Fonte: adaptado de Ozisik(
1973
). . . 9Figura5.1 Termo ResidualProblema HAZE . . . 62
Tabela5.1 Problemas testes: interpolação polinomial . . . 29
Tabela5.2 Interpolação polinomial,problema
L
= 8
. . . 30Tabela5.3 Interpolação polinomial,problema
L
= 82
. . . 31Tabela5.4 Parâmetros dos problemas emtransferên ia radiativa . . . 32
Tabela5.5 Solução
LT S
210,50
para a Intensidade de Radiação do problema HAZE nadireção deϕ
= 0
eϕ
=
π
2
. . . 34Tabela5.6 Solução
LT S
210,50
para a Intensidade de Radiação do problema HAZE nadireção deϕ
= π
. . . 35Tabela5.7 Diferenças per entuais para a solução
LT S
210,50
do problema HAZE nas direçõesϕ
= 0
,ϕ
=
π
2
eϕ
= π
. . . 36Tabela5.8 Solução
LT S
210,50
para a Intensidade de Radiação do problema HAZE nadireção deϕ
= 0.0344329802π
. . . 38Tabela5.9 Solução
LT S
210,50
para a Intensidade de Radiação do problema HAZE nadireção deϕ
= 0.0280597103π
. . . 39Tabela5.10 Solução
LT S
210,50
para a Intensidade de Radiação do problema HAZE nadireção deϕ
= 0.0190794984π
. . . 40Tabela5.11 Solução
LT S
210,50
para a Intensidade de Radiação do problema HAZE nadireção deϕ
= 0.0126311542π
. . . 41Tabela5.12 Solução
LT S
210,50
para a Intensidade de Radiação do problema HAZE nadireção deϕ
= 0.0105869178π
. . . 42Tabela5.13 Solução
LT S
210,50
para a Intensidade de Radiação do problema HAZE nadireção deϕ
= 0.0019902343π
. . . 43Tabela5.14 Solução
LT S
150,120
para a Intensidade de Radiação doproblema CLOUD1 nadireçãodeϕ
= 0
eϕ
=
π
2
. . . 45Tabela5.15 Solução
LT S
150,120
para a Intensidade de Radiação doproblema CLOUD1 nadireçãodeϕ
= π
. . . 46Tabela5.16 Diferenças relativas para a solução
LT S
150,120
do problema CLOUD1,ϕ
= 0
,ϕ
=
π
2
eϕ
= π
. . . 47Tabela5.17 Solução
LT S
400,180
para a Intensidade de Radiação doproblema CLOUD1 nadireçãodeϕ
= 0
eϕ
=
π
2
. . . 48Tabela5.18 Solução
LT S
400,180
para a Intensidade de Radiação doproblema CLOUD1 nadireçãodeϕ
= π
. . . 49Tabela5.19 Diferenças relativas para a solução
LT S
400,180
do problema CLOUD1,ϕ
= 0
,ϕ
=
π
2
eϕ
= π
. . . 50Tabela5.20 Tempos omputa ionais (em minutos) para exe ução de problemas LTS N,M espe trale não espe tral,
L
= 8
. . . 51Tabela5.21 Tempos omputa ionais (em horas) para exe ução de problemas LTS N,M espe trale não espe tral,
L
= 82
. . . 52Tabela5.22 Classi ação dos elementos da matriz LTS N,M dos problemas
LT S
210,50
eLT S
150,120
. . . 53Tabela5.23 Classi ação dos elementos dotermo fonte doproblema
LT S
210,50
54 Tabela5.24 Classi açãodoselementosdotermofontedoproblemaLT S
150,120
54 Tabela5.25 Intensidade de radiaçãopara o problemaLT S
210,50
eϕ
=
π
2
,µ
=
1
,τ
= 0.5
. . . 56Tabela5.26 Intensidade de radiação para o problema
LT S
210,50
eϕ
= 0
eµ
= −1
,τ
= 0.5
. . . 57Tabela5.27 Intensidade de radiação para o problema
LT S
150,120
eϕ
=
π
2
,µ
= 1
,τ
= 0.5
. . . 58Tabela5.28 Intensidade de radiação para o problema
LT S
150,120
eϕ
= 0
,µ
= −0.8
,τ
= 0.5
. . . 59Tabela5.29 Resíduos problema HAZE om
τ
≈ 0
. . . 61Tabela5.30 Resíduos problema HAZE om
τ
≈ 1
. . . 61Tabela5.31 Resíduos problema HAZE om
τ
∈ [0.2, 0.9]
. . . 61Tabela5.32 Resíduos problema CLOUD1 om
τ
≈ 0
. . . 62Tabela5.33 Resíduos problema CLOUD1 om
τ
≈ 1
. . . 62En ontram-se, na literatura, diversos estudos que apresentam solução
para o problema de transferên ia radiativa sem simetria azimutal em uma pla a.
Na grande maioria desses estudos, utiliza-se uma de omposição proposta por
Chandrasekhar [12℄ para resolução do problema proposto. Nessa de omposição,
para ada ângulo azimutal de interesse, o problema original é desa oplado em um
onjunto de problemas om simetria azimutal, os quais são resolvidos, então, por
métodos lássi os. Neste trabalho, per orremos um aminho diferente, no qual
onsideramos a dis retização das duas variáveis angulares do problema e, om
isto, obtemos um sistema de equações diferen iais ordinárias de primeira ordem
que é resolvido pelo método LTSN. Apli amos esta formulação na resolução de
problemas inseridos no ontexto de Transferên ia Radiativa na Atmosfera, mais
espe i amente em névoas e nuvens, os quais são ara terizados pelo alto grau de
anisotropia. Resolvemosessesproblemasmedianteautilizaçãodeideiassemelhantes
as utilizadas no esquema LTS
N
não espe tral [29℄. Para validar a formulação
proposta, apresentamos resultados de simulações numéri as, bem omo resultados
de um estudo a er a da qualidade da solução al ulada. Apresentamos, ainda,
There are several studies in the literature that present a solution to
the problemofradiativetransfer withoutazimuth symmetryin aplate. In the vast
majority of these studies,a de omposition proposed by Chandrasekhar [12℄ is used
to solve the proposed problem. In this de omposition, for ea h azimuthal angle
of interest, the original problem is de oupled into a set of problems with azimuth
symmetry, whi h are then solved by lassi al methods. In this work, we follow a
dierent path in whi h we onsider the dis retization of the two angular variables
of the problem and, thus, we obtain a system of rst order ordinary dierential
equationsthat issolved by the LTS
N
method. We appliedthis formulationtosolve
problems in the ontext of Radiative Transfer in the Atmosphere, spe i ally in
mistsand louds,whi hare hara terizedbyahigh degreeofanisotropy. Wesolved
these problems by using ideas whi h are similar to those used in the non-spe tral
LTS
N
s heme [29℄. In order to validate the proposed formulation, we presented
numeri al simulation results as well as results from a study about the quality of
the al ulated solution. We also presented omparisons of the solution found with
Em várias áreas das iên ias e engenharias, a equação de transporte
de partí ulas é utilizada omo um modelo matemáti o para des rever diversos
fenmenos físi os. De maneira geral, a equação de transporte modela esses
fenmenos mediante a des rição da distribuição espa ial, dire ional e energéti a
daspartí ulas quesepropagam emum determinadomeio,levando em onsideração
seus movimentose suas interações om os meiosmateriais[13℄. Dentre os exemplos
de apli ações desta equação, podemos itar sua utilização na modelagem de
propriedadesóti asdaatmosferaterrestre [39℄,[24℄; nades rição dadistribuiçãoda
populaçãode nêutrons nointeriordonú leo de umreatornu lear[13℄;emmedi ina
nu lear, no ál ulo e na análisede blindagens e na dosimetria das radiações[2℄; na
modelagem de sondas nu leares utilizadas para ara terizar a geologia do subsolo
nades oberta de poços subterrâneos [11℄, dentre outros.
Uma lasse importante de problemas modelados pela equação de
transporte de partí ulas neutras diz respeito àqueles que des revem o fenmeno
físi o da transferên ia de energia por radiação, ontexto no qual se dene a
Equação de Transferên ia Radiativa (ETR). Apli ações em ópti a [22℄, astrofísi a
[28℄,[17℄, iên ia atmosféri a [40℄,[23℄, sensoriamento remoto [34℄, tomograa [18℄
e radioterapia [2℄ são alguns exemplos de apli ações modeladas pela equação de
transferên iaradiativa.
Neste trabalho,serádada ênfaseaproblemasdetransferên iaradiativa
sem simetria azimutal na amadahomogênea da atmosfera, na faixa de energia do
espe tro daluzvisívelemnuvens enevoeiros, oqualestarásujeito aintensidadesde
radiaçãoin identes na fronteira. Problemas sem simetria azimutal ara terizam-se
en ontradas na literatura. Em
1960
, Case [5℄ props uma solução analíti apara esta equação, porém, restrita a problemas envolvendo geometria artesiana
unidimensional, espalhamento isotrópi o e independên ia de tempo. Por possuir
tratamento analíti o omplexo, vários estudos foram realizados por diferentes
pesquisadores no âmbito do desenvolvimento de formulações para resolução de
aproximações da equação de transporte de partí ulas. Dentre essas aproximações,
en ontram-se a F
N
,
proposta por Sierwert [35℄; a aproximação P
N
de Jeans [28℄
e a proposição de Chandrasekhar [10℄ para aproximação SN. A aproximação S
N
-também onhe ida omo Métododas OrdenadasDis retas -tem omo ideia entral
aaproximaçãodotermo integralda equaçãopor QuadraturaGaussiana eposterior
apli ação do método da olo ação no onjunto de direções dis retas, as mesmas
usadasna aproximação do termointegral por quadratura.
Noquesereferearesoluçãodeproblemasdetransferên iaradiativasem
simetria azimutal, a de omposição de Chandrasekhar [12℄ é um método bastante
utilizadoe onsistenaexpansãodasoluçãodoproblema sem simetriaemuma série
de Fourier na variável azimutal, transformando a resolução de um problema sem
simetriaazimutalnaresoluçãode um onjuntodeproblemas omsimetriaazimutal.
Dentre as formulações propostas para a resolução dos problemas resultantes da
de omposição de Chandrasekhar, en ontra-se a formulação LTSN, que resolve de
formaanalíti aaaproximaçãoS
N
dessesproblemas. Demodogeral,aideiaprin ipal
do método LTS
N
onsiste na apli ação da Transformada de Lapla e na variável
τ
no onjunto de equações S
N
,
inversão analíti a da matriz simbóli a e resolução do
sistemalinearresultante[1℄,[16℄,[32℄. Importantedesta araqui,quea onvergên ia
dométodoLTS
N
estádemonstradanostrabalhos desenvolvidos porPazos eVilhena
[26℄,[27℄,osquaisprovaramque,àmedidaque
N
res e,asoluçãoLTSN
seaproxima
N
problemas omaltasanisotropias,formuladosmedianteautilizaçãodade omposição
da intensidade de radiação proposta por Chandrasekhar [31℄,[33℄, [3℄, [4℄, [30℄;
na resolução de problemas de transferên ia radiativa om polarização [36℄, bem
omona resolução de problemas de transferên ia radiativa ondutivaemgeometria
ilíndri a [21℄. Entretanto, estudos desenvolvidos visando a resolução da equação
de transferên ia radiativa e onsiderando a dis retização de ambas as variáveis
angularesées assoe,paranosso onhe imento,restringe-seaotrabalhodesenvolvido
por Ladeia [19℄, [20℄, [21℄ para problemas de transferên ia radiativa ondutiva
em geometria ilíndri a e onsiderando baixo grau de anisotropia. Nesse sentido,
om o objetivo de aprimorar a formulação LTS
N
para o tratamento de problemas
de transferên ia radiativa unidimensionais e om altos graus de anisotropia,
propomos, nesta tese, um esquema que dis retiza o termo integral da equação em
ambas as variáveis angulares, utilizando a quadratura de Gauss-Legendre. Deste
pro edimento, resulta uma equação matri ial que será resolvida analiti amente
utilizandoaformulação LTS
N
.
Este trabalho está organizado em
5
apítulos. No apítulo2
,apresentamos alguns dos prin ipais on eitos físi os relativos a Transferên ia
Radiativa na Atmosfera, bem omo uma formulação matemáti a para a ETR. No
apítulo
3
,des revemosométodoLTSN
lássi outilizadonaresoluçãodeproblemas
de transferên ia radiativa sem simetria azimutal. Em seguida, no apítulo
4
,apresentamosanossaformulaçãopropostaparaaresoluçãoanalíti adaaproximação
em ordenadas dis retas dupla da ETR sem simetria azimutal em uma pla a. No
apítulo
5
apresentamos resultados obtidos via simulações numéri as, bem omoresultados de um estudo a er a da qualidade da solução al ulada. Apresentamos
também, neste apítulo, omparações das soluções obtidas om os resultados
disponíveisna literatura. Por m, no apítulo
6
, apresentamos as on lusões desteRADIATIVA NA ATMOSFERA
Neste apítulo, des revemos alguns on eitos rela ionados à
Transferên ia Radiativa naatmosfera e apresentamos uma formulação matemáti a
da ETR supondo geometria unidimensional e meio parti ipante, a qual é derivada
apartir dos pro essos de atenuação e in remento daradiação[10℄,[40℄.
2.1 Con eitos físi os
SegundoYamasoeeCorrêa[40℄,Radiaçãoéaemissãooupropagaçãode
energianaformade ondaeletromagnéti aou,equivalente, omouxode fótons. No
sistematerrestre, aprin ipal fonte de radiação é provenientedo Sol. Esta radiação
visível hamamosde luz e é de suma importân ia nos pro essos quími os, físi os e
biológi osqueo orremnanaturezaeestãorela ionadasadiversosfenmenos,dentre
osquais,amudança limáti adoplanetaeolançamentodesatélitesmeteorológi os.
Asnuvens obrem er a de
40%
doplanetaTerra e umprem um importantepapelnaregulação daradiação armazenadana atmosfera,visto quereetem, absorvem e
transmitemradiaçãosolar eterrestre.
No ontexto da transferên ia radiativa na atmosfera, a ETR des reve
as alterações do uxo da radiação solar ausados pelos pro essos de interação da
radiação om osgasesepartí ulaspresentes nomeio. Neste trabalho,apresentamos
uma derivação da ETR mediante a realização de um balanço de energia para um
volume elementar no aminho de propagação de um feixe de luz, o qual in ide e
é espalhado no meio [10℄, [25℄. Para tanto, apresentamos a seguir, denições de
grandezas físi as presentes na ETR, bem omo a des rição dos on eitos físi os
Consideremos, ini ialmente, um ângulo sólido
Ω
denido omo arazãoentre aárea
A
de uma superfí ieesféri a e oquadrado doraior
daesfera, ou seja,Ω =
A
r
2
.
(2.1)Para a esfera de raio
r
ilustrada na gura (2.1), entrada emO
e om um pontoarbitrário em sua superfí ie om oordenadas esféri as
θ
eϕ
, denimos sua áreainnitesimal omo:
dA
= rdθrsenθdϕ,
(2.2)Assim, oângulo sólido innitesimaldenido poressa área é:
dΩ =
dA
r
2
= senθdθdϕ.
(2.3)Figura2.1: Ângulos polar
θ
e azimutalϕ
que denem a direção de propagação deumapartí ula, nosistema de oordenadas artesianas. Fonte: adaptado
de Yamasoee Corrêa(
2016
).DenimosoFluxode Radiação[40℄ omooquo ienteentre aquantidadede energia
emitida,transferidaou re ebida emum intervalode tempo dado, istoé,
Radiân ia. A Irradiân ia é denida omo o quo iente entre o uxo de radiação
in idente
dφ
, em um determinado ponto de uma superfí ie, e a área da superfí ieatravessada, ou
E
=
dφ
dA
;
(2.5)já a Radiân ia mede a quantidade de radiação re ebida por um ponto, em uma
determinadadireção,
I
=
dE
cosθdΩ
.
(2.6)Conhe endoaradiân iain identeemtodasasdireçõesde propagaçãodentrode um
ângulosólido
dΩ
, denimos airradiân ia total in idente por:E
=
Z
2π
0
Z
π
0
I(θ, ϕ)cosθsenθdθdϕ.
(2.7)Uma importante ara terísti a físi a da atmosfera é que ela pode ser
onsiderada um meio parti ipante. Meios parti ipantes são aqueles em que podem
o orrer os fenmenos físi os de absorção, emissão e/ou espalhamento durante a
propagaçãodaradiação. Ofenmenofísi odaabsorção (
k
λ
)produz umde remento da intensidade de radiação, no qual pode o orrer transformação da radiaçãoem outras formas de energia ou então surgir radiação em outra frequên ia [37℄.
Este pro esso ausa alteração físi a do meio atravessado. No aso da atmosfera,
aumento da temperatura [40℄. O fenmeno físi o da emissão (
j
λ
) in rementa a intensidade de radiação numa determinada orientação. Por m, o fenmeno físi odito espalhamento (
σ
sλ
) ausa mudança da direção de propagação da radiação, a qual pode ser reetida ou transmitida [23℄. Cabe desta ar aqui, que o subs ritoλ
,utilizado nos parâmetros que des revem os fenmenos físi os a ima, indi a que os
mesmospodemo orremde maneirasdistintas para ada omprimentode onda. Os
pro essosdeespalhamentodaradiaçãoemnuvenssãopromovidosporelementosque
partí ulas resultantes da queima de ombustíveis fósseis e de pro essos industriais,
a poeira de erupção vul âni a, dentre outros. A atenuação (
β
λ
) da intensidade de radiaçãoé ausada pelos pro essos de absorção eespalhamento,ou seja,β
λ
= k
λ
+ σ
sλ
,
(2.8)enquanto queo in remento daradiaçãopode ser o asionado tanto pelopro esso de
emissãoderadiaçãoquantodeespalhamentoderadiaçãooriundasdeoutrasdireções.
A guraabaixo apresenta um esquema de um feixe in identede radiaçãosobre um
meio eos possíveis fenmenosfísi osque podem o orrer durante apropagação.
Figura2.2: Esquema do in remento e atenuação de um feixe de radiação ao longo
de um aminho
ds
.dI
(1)
λ
: absorção,dI
(2)
λ
: emissão,dI
(3)
λ
: espalhamento por remoção edI
(4)
λ
: espalhamento por adição. Fonte: adaptado de Yamasoe eCorrêa (2016
).De a ordo om Chandrasekhar [10℄, as propriedades de um meio
100
km). Logo, podemos onsiderar a atmosfera por meio estrati ado em planos paralelos, onde todas as propriedades são invariantes sob translação em ada umdos planos [40℄.
Considerando esta geometria, introduzimos, onvenientemente, uma variável que
rela ionao oe iente de atenuação domeio om aprofundidade
z
,denominada devariávelópti a e representada por (
τ
). Nesse sentido, a relaçãoentre a variação dooe ientede atenuação e aprofundidade é des ritapor:
dτ
= β(z)dz.
(2.9)A função
p(cosΘ)
, onhe ida omo função de fase, des reve o padrão angularde espalhamento da radiação e depende dos ângulos de in idên ia (
µ
′
, ϕ
′
) e
espalhamento (
µ, ϕ
) - ondeµ
= cosθ
- e do omprimento de ondaλ
da radiaçãoin idente [40℄. Aqui,
Θ
é o ângulo formado pela direção de movimento do fótonantes dainteraçãoe oângulo resultanteapós a interação.
Normalizada, afunção de fase pode ser es rita omo:
1
4π
Z
2π
0
Z
π
0
p(cosΘ)senθdθdϕ = 1.
(2.10)2.2 Formulação Matemáti a da ETR
A m de apresentarmos uma derivação da ETR, onsideremos uma
determinada quantidade de energia
dQ
, denida para um uxo passando em umintervalodetempo
dt
,porumelementodeáreadA
,nasdireções ompreendidasporum ângulo sólido
dΩ
, em um intervalo de omprimento de onda(λ, λ + dλ)
. Estaquantidadede energiapode ser expressa em termosda radiân ia
I
λ
[10℄ omo:onde
θ
é o ângulo entre a direção do uxo radiante e a direção normaln
ˆ
ao planode
dA
. Expressando (2.11) emtermos deI
λ
:I
λ
=
dQ
cosθdtdAdΩdλ
.
(2.12)Consideremos, ainda, um ilindro de omprimento
ds
e base om áreadA
poronde um feixe de radiaçãoatravessa,Figura2.3: Elemento de volume
dV
= dAds
. Fonte: adaptado de Ozisik(1973
).Como des rito na seção anterior, em meios parti ipantes a radiação pode sofrer
pro essos de absorção, emissão e espalhamentodurante sua propagação. Portanto,
daenergia
dQ
queatravessa o ilindro,háuma variaçãolíquidaao nal,parte deladevido àatenuação daradiaçãopelomeio, quepode ser expressa omo:
d(dQ)
atenuada
= −β
λ
I
λ
cosθdtdAdΩdλds,
(2.13)onde
β
λ
éo oe iente de atenuação.Nomesmo ilindro,de volume
dV
, além daenergia atenuada há tambéma energiaemitidapelomeio, que pode ser es rita omo:
d(dQ)
emitida
= j
λ
cosθdtdV dΩdλ,
paradireções onnadasaumelementodeângulosólido
dΩ
eondej
λ
éo oe iente deemissãodomeio. Avariaçãolíquidade energiaresultadobalançoentreaenergiaatenuada e emitidano meio,
d(dQ)
liq
= d(dQ)
atenuada
+ d(dQ)
emitida
.
(2.15)Substituindoaexpressão(2.11)em(2.15)e onsiderandoasequações(2.13)e(2.14),
temos:
dI
λ
= −β
λ
I
λ
ds
+ j
λ
ds,
(2.16) oudI
λ
β
λ
ds
= −I
λ
+
j
λ
β
λ
.
(2.17) Na expressão (2.17), a razãoj
λ
β
λ
dene a função fonte e depende da radiação em
ada ponto e em todas as direções dentro de um elemento de volume, podendo ser
interpretada omo:
F
λ
=
σ
sλ
β
λ
Z
4π
I
λ
(
−→
ξ
′
)
p( ˆ
ξ
′
, ˆ
ξ)
4π
dΩ
′
,
(2.18) ondeσ
sλ
β
λ
representa a fração da perda de energia atribuída ao espalhamento [10℄,
onhe ida omo albedo de espalhamento simples (
ω
);−→
ξ
′
= ˆ
ξ(θ
′
, ϕ
′
)
representa a
direçãode propagaçãodaenergiaemum ângulosólido
dΩ
′
e
p( ˆ
ξ
′
, ˆ
ξ)
afunçãode fase
de espalhamento.
Considerando
ω
e os ângulospolarθ
′
e azimutalϕ
′
, rees revemos (2.18) omo:F
(θ
′
, ϕ
′
) =
ω
4π
Z
2π
0
Z
π
0
p(θ, ϕ, θ
′
, ϕ
′
)I(θ
′
, ϕ
′
)senθ
′
dθ
′
dϕ
′
,
(2.19) ondedΩ
′
= senθ
′
dθ
′
dϕ
′
.Classi amente, expande-se a função
p(cos Θ)
em polinmios dep(cos Θ) = P(µ, µ
′
, ϕ, ϕ
′
) =
L
X
q=0
(2 − δ
0,q
)
L
X
ℓ=q
β
ℓ
q
P
ℓ
q
(µ)P
ℓ
q
(µ
′
) cos[q(ϕ − ϕ
′
)],
(2.20) ondeβ
ℓ
q
= β
ℓ
(ℓ − q)!
(ℓ + q)!
(2.21)são os oe ientes daexpansão, om
β
0
= 1
e|β
ℓ
| < 2l + 1
,l
= 0, 1, 2, ..., L
,L >
0
eP
ℓ
q
(µ) = (1 − µ
2
)
q
2
d
q
dµ
q
P
ℓ
(µ)
(2.22)são asfunções asso iadas de Legendre.
Por m, podemos es rever a equação (2.17) levando em onsideração
geometriaplano-paralelo ea expressão para afunção fonte, de formaque
cosθ
dI(z, θ, ϕ)
β
λ
(z)dz
= −I(z, θ, ϕ) + F (z, θ, ϕ),
(2.23)onde
dz
= cosθds
.Usando a denição de aminho óti o
τ
e a expressão para a função fonte (2.19),rees revemos (2.23) eobtemos a expressão:
µ
d
dτ
I(τ, µ, ϕ) + I(τ, µ, ϕ) =
ω
4π
Z
1
−1
Z
2π
0
p(µ, ϕ, µ
′
, ϕ
′
)I(τ, µ
′
, ϕ
′
)dµ
′
dϕ
′
.
(2.24)A expressão (2.24) dene, portanto, a Equação da Transferên ia Radiativa em
RADIATIVA SEM SIMETRIA AZIMUTAL:
SOLUÇO LTS
N
Neste apítulo,des revemos ométodoLTS
N
utilizadopara aresolução
deproblemasde transferên iaradiativasemsimetriaazimutal. Classi amente,estes
problemassão formuladosmedianteautilizaçãodade omposiçãodaintensidade de
radiação proposta por Chandrasekhar [10℄. Na de omposição de Chandrasekhar,
o vetor intensidade de radiação é expandido em uma série de Fourier na variável
azimutal,aqualétrun ada em
L
termos-ondeL
representaograude anisotropia-e,posteriormente, essaexpansãoésubstituídanaequaçãode transferên iaradiativa
semsimetriaazimutal. Deste pro edimento,obtém-sequeos oe ientes dasérie de
Fouriersão soluçõesde um onjuntode
2L + 1
problemas semelhantes aoproblemaom simetria azimutal. Dentre os diversos métodos propostos para aresolução dos
2L + 1
problemas resultantes da de omposição de Chandrasekhar, en ontra-se o métodoLTSN
[31℄,[4℄, [30℄, [33℄, [3℄.
A m de des revermos a solução LTS
N
lássi a utilizada para
a resolução de problemas de transferên ia radiativa sem simetria azimutal,
onsideramoso seguinte problema de albedo, lássi o daliteratura:
µ
∂
∂τ
I(τ, µ, ϕ) + I(τ, µ, ϕ) =
ω
4π
Z
1
−1
Z
2π
0
p(cos Θ)I(τ, µ
′
, ϕ
′
)dµ
′
dϕ
′
,
(3.1) om ondiçõesde ontorno:I(0, µ, ϕ) = πδ(µ − µ
0
)δ(ϕ − ϕ
0
) se µ > 0
(3.2) eI(τ
0
, µ, ϕ) = 0 se µ < 0,
(3.3)• τ ∈ [0, τ
0
]
;• µ = cos θ
ondeθ
é oângulo polar, portantoµ
∈ [−1, 1]
;• ϕ ∈ [0, 2π]
é oângulo azimutal;• ω ∈ [0, 1]
representa oalbedo de espalhamento;• p(cos Θ)
é a função de espalhamento, ondeΘ
é o ângulo formado pela direçãode movimentodofótonantes dainteraçãoeoânguloresultanteapós ainteração.
Consideramos, ainda, a seguinte expansão para a intensidade de
radiação, proposta porChandrasekhar [10℄:
I(τ, µ, ϕ) = I
∗
(τ, µ, ϕ) + πδ(µ − µ
0
)δ(ϕ − ϕ
0
)e
−τ
µ
.
(3.4)
Substituindo a igualdade (3.4) em (3.1)-(3.3) e, após algumas
manipulaçõesalgébri as, obtemos oproblema a ser satisfeito por
I
∗
(τ, µ, ϕ)
:µ
∂
∂τ
I
∗
(τ, µ, ϕ) + I
∗
(τ, µ, ϕ) =
ω
4π
Z
1
−1
Z
2π
0
p(cos Θ)I
∗
(τ, µ
′
, ϕ
′
)dµ
′
dϕ
′
+ S(τ, µ, ϕ)
(3.5)om ondiçõesde ontorno om in idên ia nulas evetor fonte
S(τ, µ, ϕ)
dado porS(τ, µ, ϕ) =
ω
4
L
X
q=0
(2 − δ
0,q
)
L
X
ℓ=q
β
ℓ
q
P
ℓ
q
(µ)P
ℓ
q
(µ
0
) cos[q(ϕ − ϕ
0
)]e
−τ
µ0
.
(3.6)Para resolvermos o problema des rito pelas equações (3.5)-(3.6)
via método LTS
N
Clássi o, primeiramente utilizamos a expansão proposta por
Chandrasekhar,expandindoovetorintensidadederadiaçãoemumasériedeFourier
navariávelazimutal,
I
∗
(τ, µ, ϕ) = I
∗0
c
(τ, µ) +
∞
X
i=1
I
∗i
usando a ortogonalidade das funções seno e osseno, obtém-se que os oe ientes
I
∗i
s
(τ, µ)
da série trun ada de Fourier (3.7) são as soluções dosL
problemas semelhantes aproblemas om simetriaazimutal,des ritos omo:µ
∂
∂τ
I
∗m
s
(τ, µ) + I
∗m
s
(τ, µ) =
ω
2
L
X
l=q
β
ℓ
q
P
ℓ
q
(µ)
Z
1
−1
P
ℓ
q
(µ
′
)I
∗m
s
(τ, µ
′
)dµ
′
,
(3.8)para
m
= 1, 2, .., L
e om ondições de ontorno nulas.Já os oe ientes
I
∗i
c
(τ, µ)
da série de Fourier (3.7) são as soluções dos seguintesL
+ 1
problemassemelhantes aproblemas omsimetriaazimutal,des ritosomo:
µ
∂
∂τ
I
∗m
c
(τ, µ) + I
∗m
c
(τ, µ) =
ω
2
L
X
l=q
β
ℓ
q
P
ℓ
q
(µ)
Z
1
−1
P
ℓ
q
(µ
′
)I
∗m
c
(τ, µ
′
)dµ
′
+ S
∗m
(τ, µ),
(3.9)om ondiçõesde ontorno nulas,
m
= 0, 1, 2, .., L
e vetor fontedado por:S
∗m
(τ, µ) =
ω
2
L
X
l=q
β
ℓ
q
P
ℓ
q
(µ)P
ℓ
q
(µ
0
)e
−τ
µ0
.
(3.10)Desta forma,asoluçãopara o problemade transferên ia radiativasem
simetriaazimutal (3.5) e om ondições de ontorno homogêneas érees rita omo:
I(τ, µ, ϕ) =
L
X
i=0
I
∗i
c
(τ, µ) cos[i(ϕ − ϕ
0
)] + πδ(µ − µ
0
)δ(ϕ − ϕ
0
)e
−τ
µ
,
(3.11) ondeas funçõesI
∗i
c
(τ, µ)
tem a mesmaformaqueas soluções om simetriaazimutal (3.9)-(3.10).A aproximação S
N
[9℄ destes problemas om simetria azimutal é
realizada mediante a aproximação do termo integral das equações (3.9) por
QuadraturaGaussiana de ordem
N
ea posteriorapli açãodométododa olo açãono onjunto de direções dis retas, as mesmas usadas na quadratura. Deste
pro edimento, resultao seguinte onjunto de equações diferen iais
d
dτ
I
m
n(τ ) +
1
µn
I
m
n(τ ) =
ω
2
L
X
ℓ=q
β
ℓ
q
P
ℓ
q
(µ
n
)[
N
X
k=1
P
ℓ
q
(µ
k
)I
m
k(τ )w
k
+ S
m
n
(τ )],
(3.12)Este onjunto de equações é resolvido, então, de maneira lássi a,
utilizando o método LTS
N
,
mediante:
i)
a apli ação da Transformada de Lapla ena variável espa ial das equações S
N
;
ii)
a inversão analíti a da matriz asso iadae
iii)
a resolução do sistema linear resultante. Deste pro edimento, obtém-se umasoluçãoanalíti aparaosproblemas sem simetriaazimutaldes ritos em(3.5)-(3.6).
Desta forma, a resolução de problemas sem simetria azimutal pelo método LTS
N
e utilizando a abordagem de Chandrasekhar exige a resolução de um onjunto de
2L + 1
problemas om estrutura semelhantes aos problemas omsimetria azimutal.Bus ando aprimorar o método LTS
N
no sentido da resolução de
problemas sem simetria azimutal e om elevadas anisotropias, propomos, a seguir,
uma abordagem de solução na qual onsideramos a dis retização de ambas as
variáveis angulares do termo integral da equação e ujo pro esso impli ará na
resolução, por um pro esso semelhante ao utilizado no método LTS
N
,
de apenas
EQUAÇO DE TRANSFERÊNCIA
RADIATIVA SEM SIMETRIA AZIMUTAL
Neste apítulo, apresentamos um esquema para resolução analíti a da
aproximação em ordenadas dis retas dupla da equação de transferên ia radiativa
semsimetriaazimutalemumapla ae omaltograudeanisotropia. Aaproximação
daequaçãode transferên iaradiativaseráobtidamedianteadis retizaçãodotermo
integral emambas as variáveisangulares, utilizandoa quadratura gaussiana dupla.
A equação matri ialresultante deste pro esso será, então, resolvida analiti amente
utilizandoaformulação LTS
N
.
4.1 Solução em Ordenadas Dis retas Dupla
Visando a onstrução de uma aproximação em ordenadas dis retas
duplapara oproblema de transferên ia radiativades ritopor(3.5)-(3.6), partimos
daaproximação dotermo integral
R
1
−1
p(cos Θ)I
∗
(τ, µ
′
, ϕ
′
)dµ
′
dϕ
′
, presente em(3.5),
medianteQuadratura de Gauss-Legendre de ordem
N
. Nesse sentido, es revemosZ
1
−1
p(cos Θ)I
∗
(τ, µ
′
, ϕ
′
)dµ
′
dϕ
′
≈
N
X
t=1
P(µ, µ
t
, ϕ, ϕ
′
)I
∗
t
(τ, ϕ
′
)ω
t
dϕ
′
,
(4.1)onde
µ
t
são as raízes da quadratura de Gauss-Legendre de ordemN
, ordenadas de formade res ente:−1 < µ
N
< . . . < µ
N
2
+1
<
0 < µ
N
2
< . . . < µ
1
<
1,
om
N
par, e osω
t
são os respe tivos pesos da quadratura de Gauss-Legendre de ordemN
, dados por:ω
t
=
Z
1
−1
N
Y
j=1,t6=j
(µ − µ
j
)
(µ
t
− µ
j
)
dµ
e
P(µ, µ
t
, ϕ, ϕ)
afunção de espalhamento,des rita por (2.20).Emseguida, apli amoso método da olo ação na variávelangular
µ
, onsiderandoafunção Deltade Dira
δ(µ − µ
n
)
omoa funçãoteste easraízes daquadratura de Gauss-Legendre de ordemN
omo ospontosde olo ação. Destaforma,obtemososistemade equações dis retizadasna variávelangular
µ
, des ritoa seguir:µ
n
d
dτ
I
∗
n(τ, ϕ) + I∗
n(τ, ϕ) =ω
4π
N
X
t=1
Z
2π
0
P(µ
n
, µ
t
, ϕ, ϕ
′
)I
∗
t
(τ, ϕ
′
)ω
t
dϕ
′
+ S
n
(τ, µ
n
, ϕ),
(4.2)om as ondições de ontorno dadas por:
I
∗
n(0, ϕ) = 0, se µn
>
0,
(4.3)I
∗
n(τ0
, ϕ) = 0, se µ
n
<
0.
(4.4)Pro edendo a dis retização dos termos angulares da equação de
transferên iaradiativasem simetriaazimutal,aproximamos,agora,otermointegral
R
2π
0
P(µ
n
, µ
t
, ϕ, ϕ
′
)I
∗
t
(τ, ϕ
′
)ω
t
dϕ
′
da equação (4.2) por Quadratura Gaussiana de ordemM
, ouseja:Z
2π
0
P(µ
n
, µ
t
, ϕ, ϕ
′
)I
∗
t
(τ, ϕ
′
)ω
t
dϕ
′
≈
M
X
k=1
P(µ
n
, µ
t
, ϕ, ϕ
k
)I
∗
tk
(τ )ω
t
ω
k
,
(4.5)onde
ϕ
k
são asraízes daquadratura de Gauss-Legendre de ordemM
, ordenadas de formade res entenointervalo0 < ϕ
k
<
2π
, omM
naturaleM
6= 0
. Osω
k
são os respe tivos pesos daquadratura de Gauss-Legendre de ordemM
.Dando ontinuidade à des rição do esquema proposto, apli amos o
método da olo ação na variável angular
ϕ
onsiderando a função Delta de Diraδ(ϕ − ϕ
m
)
omo a função teste e as raízes da quadratura de Gauss-Legendre deordem
M
omo os pontosde olo ação. Ao término deste pro edimentoobtemos oseguinte sistemade equações S
N,M
que representa uma aproximação da equação de
transferên iaradiativa(3.5) mediante adis retização de suas variáveis angulares:
d
I
∗
nm(τ ) +1
I
∗
nm(τ ) =ω
N
X
M
X
P(µ
n, µt, ϕm, ϕk)I
∗
tk(τ )wt
w
k
+ S
nm
(τ, µ
n
, ϕ
m
),
I
∗
nm(0) = 0 se µn
>
0
(4.7)e
I
∗
nm(τ0
) = 0 se µ
n
<
0,
(4.8)evetor fontedado por:
S
nm(τ ) =
ω
4µ
nL
X
q=0
(2 − δ
0,q
)
L
X
ℓ=q
β
ℓ
q
P
ℓ
q
(µ
n)P
q
ℓ
(µ
0
) cos q(ϕ
m− ϕ
0
)e
−τ
µ0
.
(4.9) SubstituindoP(µ
n, µ
t, ϕ
m, ϕ
k)
pelaexpressãodada naequação(2.20), rees revemos
(4.6) omosegue,
d
dτ
I
∗
nm(τ ) +
1
µ
nI
∗
nm(τ ) =
ω
4πµ
nN
X
t=1
M
X
k=1
c(n, t, m, k)I
∗
tk(τ )w
t
w
k
+
ω
4µ
nc(n, µ
0
, m, ϕ
0
)e
−τ
µ0
,
(4.10) omc(n, t, m, k) =
L
X
q=0
(2 − δ
0,q
)
L
X
ℓ=q
β
ℓ
q
P
ℓ
q
(µ
n
)P
ℓ
q
(µ
t
) cos q(ϕ
m
− ϕ
k
)
(4.11) ec(n, µ
0
, m, ϕ
0
) =
L
X
q=0
(2 − δ
0,q
)
L
X
ℓ=q
β
ℓ
q
P
ℓ
q
(µ
n)P
q
ℓ
(µ
0
) cos q(ϕ
m− ϕ
0
),
(4.12)onde
n, t
: 1, . . . , N
em, k
: 1, . . . , M
. (µ
0
,ϕ
0
) é a direção de in idên ia da radiaçãono ontorno,xadapreviamenteenão perten enteao onjuntodedireçõesdis retizadas.
Naforma matri ial,este sistemade equações S
N,M é es rito omo:
d
dτ
I
∗
(τ ) − AI
∗
(τ ) = F(τ).
(4.13)Ovetor
F(τ )
representa o vetor fonte de ordemN M
e é dadopor:F(τ ) =
ω
4µ
1
c(1, µ
0
,
1, ϕ
0
)e
−τ
µ0
ω
4µ
1
c(1, µ
0
,
2, ϕ
0
)e
−τ
µ0
. . .ω
4µ
1
c(1, µ
0
, M, ϕ
0
)e
−τ
µ0
ω
4µ
2
c(2, µ
0
,
1, ϕ
0
)e
−τ
µ0
ω
4µ
2
c(2, µ
0
,
2, ϕ
0
)e
−τ
µ0
. . .ω
4µ
2
c(2, µ
0
, M, ϕ
0
)e
−τ
µ0
ω
4µ
nc(N, µ
0
,
1, ϕ
0
)e
−τ
µ0
ω
4µ
nc(N, µ
0
,
2, ϕ
0
)e
−τ
µ0
. . .ω
4µ
nc(N, µ
0
, M, ϕ
0
)e
−τ
µ0
.
(4.14)A matriz
A
é uma matriz quadrada de ordemN M
formada porN
2
sub-matrizes quadradasA
IJ
de ordemM
,A =
A
11
A
12
. . . A
1J
A
21
A
22
. . . A
2J
. . . . . . . . .A
I1
A
I2
. . . A
IJ
,
(4.15)A
IJ
=
−
1
µ
I
0
. . .
0
0
−
µ
1
I
. . .
0
. . . . . . . . .0
· · ·
−
µ
1
I
+
ωw
I
4πµ
I
c(I, J, 1, 1) . . . c(I, J, 1, j)
. . .. . .
. . .c(I, J, i, 1) · · · c(I, J, i, j)
w
1
0
. . .
0
0
w
2
. . .
. . . . . .0
. . . . . .0
. . .
w
j
seI
= J
ωw
J
4πµ
I
c(I, J, 1, 1) . . . c(I, J, 1, j)
. . .. . .
. . .c(I, J, i, 1) · · · c(I, J, i, j)
w
1
0
. . .
0
0
w
2
. . .
. . . . . .0
. . . . . .0
. . .
w
j
seI
6= J
(4.16) ondeI, J
: 1, . . . , N
ei, j
: 1, . . . , M
. 20I
∗
(τ ) =
I
∗
1
(τ )
I
∗
2
(τ )
,
(4.17) ondeI
∗
1
(τ )
eI
∗
2
(τ )
são sub-vetores do vetor intensidade de radiaçãoI
∗
(τ )
, ada um de ordemN M
2
. O vetorI
∗
1
(τ )
ontém a intensidade de radiação nas direções positivasdeµ
:I
∗
1
(τ ) =
I
∗
1,1
(τ )
. . .I
∗
1,M
(τ )
. . .I
∗
N M
2
,1
(τ )
. . .I
∗
N M
2
,M
(τ )
(4.18) eo vetorI
∗
2
(τ )
a intensidade de radiaçãonas direçõesnegativas deµ
:I
∗
2
(τ ) =
I
∗
N M
2
+1,1
(τ )
. . .I
∗
N M
2
+1,M
(τ )
. . .I
∗
N M,1
(τ )
. . .I
∗
N M,M
(τ )
.
(4.19)Na seção seguinte, será demonstrado a utilizaçãoda formulação LTS
N
para aresolução analíti a do onjunto de equações S
N,M
N,M
A resolução do problema des rito por (4.10) e om ondições de
ontorno nulas será desenvolvida, aqui, de maneira análoga àquela proposta no
método LTS
N
para a resolução da aproximação S
N
da equação de transporte de
partí ulas. Esta proposta de resolução analíti a da aproximação S
N,M
da equação
de transferên ia radiativa sem simetria azimutal será denominada LTS
N,M
.
Nessesentido, primeiramente apli amos a Transformada de Lapla e na variável espa ial
dasequaçõesS
N,M
,
representadas matri ialmentepor(4.13). Obtemos,destaforma,
um sistemalinear de
N M
equaçõeseN M
in ógnitas, dependentes doparâmetros
edadas por:
(sJ − A)¯
I
∗
(s) = I
∗
(0) + ¯
F(s),
(4.20)em que
I
¯
∗
(s) = L[I
∗
(τ )]
e
F(s) = L[F(τ )]
¯
são as transformadas de Lapla e,s
éum parâmetro omplexo e
J
uma matriz identidade de ordemN M
. Em seguida,resolvemosa equação (4.20) para aintensidade de radiaçãotransformada, obtendo
I
∗
(τ ) = B(τ)I
∗
(0) + H(τ)
(4.21)om
B(τ ) = L
−1
[(sJ − A)
−1
]
(4.22)eo vetor
H(τ )
denido omo:H(τ ) = B(τ ) ∗ F(τ ) =
Z
τ
0
B(τ − ξ)F(ξ)dξ,
(4.23)onde osinal
∗
representa a onvoluçãomatri ial.A expressão (4.21), nos forne e, então, uma solução analíti a da
aproximação S
N,M
N,M
NométodoLTS
N
NãoEspe tral[29℄,amatrizasso iada
A
éde ompostaomo
A
= D + A
C
, ondeD
é a matriz que ontém os termos da diagonal deA
eA
C
é a matriz om os demais termos deA
. Esta mudança na forma de es reverA
impli a o desa oplamento das equações, visto que a matrizD
é diagonal, e por este motivo, o ál ulo de autovalores da matriz asso iada não é ne essário. Nestemétodo Não Espe tral, a solução das equações resultantes é obtida de maneira
re ursiva: primeiramente resolve-se um sistema om a fonte e as ondições de
ontorno do problema original e, em seguida, resolve-se os demais problemas om
fontedeterminadapeloprodutoentre asoluçãodoproblemaanterioreamatriz
A
C
, om ondições de ontorno homogêneas. O número de equaçõesa serem resolvidasnesse pro essoé es olhido de formaa obteruma pre isãopres rita.
Comoobjetivode onstruirmosométodonãoespe tralparaaresolução
doproblema S
N,M
,
asso iadoà(4.10), primeiramentede ompomosamatrizLTS
N,M
erees revemos oproblema daseguinte maneira:
d
dτ
I
∗
(τ ) − AI
∗
(τ ) = F(τ)
(4.24)d
dτ
I
∗
(τ ) − [(A − D) + D]I
∗
(τ ) = F(τ)
d
dτ
I
∗
(τ ) − DI
∗
(τ ) = (A − D)I
∗
(τ ) + F(τ)
d
dτ
I
∗
(τ ) − DI
∗
(τ ) = A
c
I
∗
(τ ) + F(τ),
omA
c
= (A − D)
e ondiçõesde ontorno:I
∗
(0) = 0
seµ >
0
(4.25) eI
∗
(τ
0
) = 0
seµ <
0.
(4.26)Nesta de omposição,
D
é umamatriz diagonal,dada por:D =
D
11
0
. . .
0
0
D
22
. . .
0
. . . . . . . . .0
0
. . . D
IJ
,
(4.27)para
I, J
: 1, . . . , N
e ondeD
IJ
são sub-matrizes quadradas de ordemM
, assim denidas:d
ij
=
−
1
µ
I
+
ωw
I
c(I,J,i,j)w
j
4πµ
I
sei
= j
0
sei
6= j
,
(4.28) omi, j
: 1, . . . , M
.Jáa matriz
A
c
édenida omo:A
c
=
A
∗
11
A
12
. . . A
1J
A
21
A
∗
22
. . . A
2J
. . . . . . . . .A
I
1
A
I2
. . . A
∗
IJ
,
(4.29)para
I, J
: 1, . . . , N
, ujos elementos são:a
∗
ij
=
ωw
I
c(I,J,i,j)w
j
4πµ
I
sei
6= j
0
sei
= j
,
(4.30) ea
ij
=
n
ωw
I
c(I,J,i,j)w
j
4πµ
I
∀i, j,
(4.31)onde
i, j
: 1, . . . , M
eF(τ )
ovetor fonte(4.19).Resolvemos (4.24) de forma re ursiva. Para isso, supomos a
de omposiçãoda intensidade de radiação omo:
I
∗
(τ ) =
∞
X
k=0
d
dτ
∞
X
k=0
I
∗k
(τ ) − D
∞
X
k=0
I
∗k
(τ ) = A
C
∞
X
k=0
I
∗k
(τ ) + F(τ).
(4.33)Essasequaçõessão, aqui,resolvidas omooseguintepro essore ursivo:
Para
k
= 0
,resolvemos o problema:d
dτ
I
∗0
(τ ) − DI
∗0
(τ ) = F(τ),
(4.34)om as ondições de ontorno dadas pelas equações (4.25) e (4.26). Nas demais
re ursões, ou seja,para
k
= 1, 2, ...
,resolvemos os problemas:d
dτ
I
∗k
(τ ) − DI
∗k
(τ ) = A
C
I
∗(k−1)
(τ ),
(4.35)om ondiçõesde ontorno nulas.
Pelo fato de que
D
foi onstruída diagonal, os sistemas (4.34) e (4.35) podem seres ritos omo
N M
equações desa opladas. Desta maneira, a resolução do sistema(4.34)se dámediante aresolução das seguintes equações:
d
dτ
I
∗0
i
(τ ) − d
ii
I
∗0
i
(τ ) = F
i
(τ )
i
= 1, 2, ..., NM
I
∗0
i
(0) = 0
i
= 1, 2, ...,
N M
2
I
∗0
i
(τ
0
) = 0
i
=
N M
2
+ 1, ..., NM,
(4.36)ujassoluçõessão onhe idas e expressas por:
I
∗0
i
(τ ) = e
d
ii
τ
I
∗0
i
(0) + e
d
ii
τ
∗ F
i
(τ )
I
∗0
i
(τ ) = e
d
ii
τ
I
∗0
i
(0) +
Z
τ
0
e
d
ii
(τ −η)
F
i
(η)dη
i
= 1, 2, ..., NM.
(4.37)Entretanto, omo des onhe emos os valores de
I
∗0
i
(0)
parai
=
N M
2
+ 1, ..., NM
, apli amos as ondições de ontorno (4.25 - 4.26) nas equações (4.36), omi
=
N M
2
+ 1, ..., NM
eτ
= τ
0
, obtendo, daí,I
∗0
i
(τ
0
) = e
d
ii
τ
0
I
∗0
i
(0) +
Z
τ
0
e
d
ii
(τ
0
−η)
F
i
(η)dη.
(4.38)Isolando
I
∗0
i
(0)
em(4.38),temos que:I
∗0
i
(0) = I
∗0
i
(τ
0
)e
−d
ii
τ
0
−
Z
τ
0
0
e
−d
ii
η
F
i
(η)dη
i
=
N M
2
, ..., N M.
(4.39) Substituindo (4.39) na equação (4.37), obtemos a expressão que forne e a soluçãopara asdireções
µ <
0
,I
∗0
i
(τ ) = e
d
ii
τ
(I
∗0
i
(τ
0
)e
−d
ii
τ
0
−
Z
τ
0
0
e
−d
ii
η
F
i
(η)dη) +
Z
τ
0
e
d
ii
(τ −η)
F
i
(η)dη
= e
d
ii
(τ −τ
0
)
I
∗0
i
(τ
0
) −
Z
τ
0
0
e
d
ii
(τ −η)
F
i
(η)dη +
Z
τ
0
e
d
ii
(τ −η)
F
i
(η)dη
= e
d
ii
(τ −τ
0
)
I
∗0
i
(τ
0
) −
Z
τ
0
τ
e
d
ii
(τ −η)
F
i
(η)dη
= e
d
ii
(τ −τ
0
)
I
∗0
i
(τ
0
) +
Z
τ
τ
0
e
d
ii
(τ −η)
F
i
(η)dη,
i
=
N M
2
+ 1, ..., NM.
(4.40) Desta maneira, a solução do problema re ursivo (4.34) a ompletamentedeterminada:
I
∗0
i
(τ ) = e
d
ii
τ
I
∗0
i
(0) +
R
τ
0
e
d
ii
(τ −η)
F
i
(η)dη,
i
= 1, ...,
N M
2
I
∗0
i
(τ ) = e
d
ii
(τ −τ
0
)
I
∗0
i
(τ
0
) +
R
τ
τ
0
e
d
ii
(τ −η)
F
i
(η)dη,
i
=
N M
2
+ 1, ..., NM.
(4.41)Devidoàs ondiçõesde ontorno doproblema, rees revemos (4.41) omo:
I
∗0
i
(τ ) =
R
τ
0
e
d
ii
(τ −η)
F
i
(η)dη,
i
= 1, ...,
N M
2
I
∗0
i
(τ ) =
R
τ
τ
0
e
d
ii
(τ −η)
F
i
(η)dη,
i
=
N M
2
+ 1, ..., NM.
Osdemais termos da re ursão para determinação dovetor intensidade de radiação
I
∗
(τ )
são assoluções das equações
d
dτ
I
∗k
i
(τ ) − d
ii
I
∗k
i
(τ ) = A
C
I
∗(k−1)
i
(τ )
i
= 1, ..., NM,
(4.42)om ondiçõesde ontorno nulas e
k
= 1, 2, ...
,as quaissão dadas por:I
∗k
i
(τ ) = e
d
ii
τ
I
∗k
i
(0) + e
d
ii
τ
∗ A
C
I
∗(k−1)
i
(τ )
I
∗k
i
(τ ) = e
d
ii
τ
I
∗k
i
(0) +
Z
τ
0
e
d
ii
(τ −η)
A
C
I
∗(k−1)
i
(η)dη
i
= 1, 2, ..., NM.
(4.43)Nestes problemas, onhe emos somente os
N M
2
primeiros valores do vetorI
∗k
i
(0)
. Desta forma, apli ando ideias análogas àquelas apresentadas na re ursão zero eonsiderandoagoraas ondiçõesde ontornonulas, expressamosassoluçõesde ada
problema re ursivo (4.42) omo:
I
∗k
i
(τ ) =
R
τ
0
e
d
ii
(τ −η)
A
C
I
∗(k−1)
i
(η)dη
i
= 1, 2, ...,
N M
2
I
∗k
i
(τ ) =
R
τ
τ
0
e
d
ii
(τ −η)
A
C
I
∗(k−1)
i
(η)dη
i
=
N M
2
+ 1, ..., NM.
(4.44)Desta maneira, ao término deste pro edimento, obtemos a solução
LTS
N,M
do problema (4.10) de forma Não Espe tral, o que representa a novidade
Conforme des rito na seção 4.2, a formulação LTS
N,M
nos forne e a
soluçãointensidadede radiação al uladano onjuntode direçõesdis retas
(µ
i
, ϕ
j
)
, omi
= 1, 2, ..., N
ej
= 1, 2, ..., M
. Desta maneira,para al ularmos a intensidadede radiação em uma direção distinta das direções dis retas, utilizamos a té ni a
de in lusão de nós tí ios, onhe ida omo
DN I
[8℄.DN I
é uma té ni ade interpolação angular que onsiste na in lusão de nós tí ios nos esquemas
de quadratura utilizados, os quais são asso iados a pesos de valor zero. Uma
ara terísti a relevante desta té ni a é o aumento da ordem da matriz asso iada.
Porexemplo, se in luirmos
R
eS
novas direções dis retas nas quadraturasN
eM
,respe tivamente, utilizadas na resolução dos problemas sem simetria azimutal via
LTS
N,M
,
anovamatriz LTS
N,M
asso iada passaráa ter ordem
(N + R)(M + S)
.Outroaspe to relevante a er a daimplementação numéri a dométodoLTS
N,M diz
respeito a função de fase
p(cos Θ)
, des ritapor (2.20). Devido ao overow ausadopelos fatores
P
m
ℓ
(µ)
de (2.20) para problemas om elevadas anisotropias, optamos porutilizarasfunçõesD
m
ℓ
,quesãoospolinmiosmodi adosdeLegendrepropostos por[6℄ edes ritas omo:D
m
ℓ+1
(µ) =
(2l + 1)µD
m
ℓ
(µ) − (l
2
− m
2
)
1
2
D
m
ℓ−1
(µ)
[(l + 1)
2
− m
2
]
1
2
,
(5.1)para
l
= m, m + 1, ...
, tendo omo valores ini iaisD
0
0
(µ) = 1
.Para al ularmosasintegraisde onvolução,utilizamosQuadratura Gaussiana om
100
pontos. No que se refere a interpolação da funçãoA
C
I
∗(k−1)
(τ )
, utilizamos a
fórmulade Newton. Diversos testesforamrealizados am de veri ar aquantidade
de pontos ne essários na interpolação da função de modo a se obter um resultado
satisfatórioparaaintensidadederadiação al ulada. Apresentamos,aseguir,alguns
resultados dessas simulações, onsiderando dois problemas ujos parâmetros estão