Uso do Slax Linux
Paulo Ferreira – paf a
dei.isep.ipp.pt
30 de Março de 2007
Características
O Slax é um distribuição Linux Live CD baseada no Slackware, fácil de usar e adaptar, que tanto pode usada no modo de texto como em modo gráfico.
No nosso caso além da definição do teclado português nos três modos de funcionamento do Slax (texto + Fluxbox + KDE) foi instalado o seguinte software:
• gcc, g++, headers e bibliotecas
• gdb, xxgdb, ddd, strace, indent, splint, e valgrind • Kdevelop, geany, e RHide
• Emacs e Jedit
• Java 1.5, DrJava e BlueJ • Perl, Ruby, Python e Tcl/Tk
• Erlang, Prolog (SWI Prolog) e Haskell (GHC) • rdesktop, x3270 e tn5250
Uso do Slax
Uso de um PC normal no modo nativo
Se estivermos a usar um PC normal só temos o colocar a arrancar a partir de CD, colocar o CD no drive e fazer reboot da máquina. Também podemos instalar o Slax numa pen (ver mais à frente) e arrancar o PC de uma pen USB.
Uso do VMware Player
Podemos usar o Vmware Player com o ficheiro ISO. Para isso existe uma máquina virtual no site da VMware que pode ser usada, chama-se LiveCD Player e pode ser encontrada fa-cilmente ordenando as máquinas virtuais por tamanho em http://www.vmware.com/vmtn/
Uso do Virtual PC
Se estivermos a usar o Virtual PC (software grátis) então devemos criar uma nova máquina virtual com as características sugeridas por omissão. Isto é quando fazemos New, aparece-nos o New Virtual Machine Wizard no qual devemos seleccionar a opção Use default settings to
create a virtual machine. De seguida damos um nome à nova máquina virtual, e vemos as
suas características que não temos normalmente necessidade de alterar.
Depois de fazer Start aparece-nos a mensagem No startup disk is specified. Por isso a má-quina virtual vai dar a mensagem Reboot and Select proper Boot device or Insert
Boot Media in selected Boot device.
De seguida vamos ao menu CD e escolhemos a opção Use Physical Drive X: onde X: é o drive onde está o nosso CD ou Capture ISO image. . . se em vez do CD tivermos a sua imagem ISO. De seguida fazemos o reset da máquina virtual no menu Action e a máquina virtual arranca normalmente.
Nota: para libertar o cursor do rato do Virtual PC devemos carregar na tecla Alt-Gr.
Arranque do Slax
Inicialmente aparece-nos um prompt boot: que nos permite escolher várias opções de arran-que, mas que não vão ser usadas. Quando nos aparecer a prompt de login devemos usar a combinação root/toor como login/password.
Em modo texto temos acesso a 6 terminais virtuais diferentes, através das teclas Alt-F1 a
Alt-F6, nas quais podemos estar a fazer coisa diferentes.
Para ver isso podemos fazer login em todos esses terminais, e em cada um deles editar um texto diferente, por exemplo com o editor jpico.
Como ajuda numa fase inicial temos o mc – Midnight Commander que é um gestor de ficheiros em modo texto que poderá ajudar numa fase inicial.
Modo gráfico
O Slax em modo gráfico funciona normalmente num modo com o máximo de compatibili-dade, que pode ser acelerado se executarmos o comando xconf antes de entrarmos no modo gráfico. Este comando configura automaticamente a placa gráfica, proporcionando um melhor desempenho.
Se tivermos algum problema em modo gráfico este pode ser terminado através da combina-ção de teclas Ctrl-Alt-Backspace.
Fluxbox
O fluxbox é um ambiente gráfico leve e com capacidades limitadas. Pode ser arrancado como o comando flux e tem as seguintes características:
• Acesso ao menu de sistema carregando no botão direito do rato, com este posicionado
• Um toolbar que pode ser posicionado em qualquer posição, ou retirado do écran.
Pode-mos configurá-lo dentro do menu do sistema.
• Quatro (ou mais) écrans virtuais, que se podem mudar do lado esquerdo do toolbar, ou
com o botão central do rato.
KDE
O KDE – Kool Desktop Environment é um ambiente gráfico mais sofisticado (e mais pesado), com um grande conjunto de aplicações, todas com o mesmo look and feel para ser mais ami-gável para o utilizador. Além disso o KDE tem um conjunto de atalhos de teclado tais como o
Alt-F4 e uma disposição dos menus que tornam fácil o seu uso para um utilizador habituado
ao Windows.
No Slax pode ser arrancado através do comando startx que arranca o KDE como interface gráfica.
Sair
O “sair” pode ter vários significados diferentes:
sair – faz-se com logout ou exit, e neste caso o slax continua a correr reboot – faz-se com reboot ou shutdown -r now
desligar – faz-se com poweroff ou shutdown -h now Uso avançado
Guardar alterações
Se estivermos a correr o Slax sem ser dentro do Virtual PC podemos usar uma pen USB para que as alterações ao sistema de ficheiros fiquem guardadas.
Dentro do KDE, as pens são montadas automaticamente, depois temos de fazer configsave
/mnt/sda1_removable/slaxconf.mo para que as alterações ao sistema de ficheiros fiquem
gravadas.
Em system:/media podemos retirar de forma segura a pen. Para isso clickamos em System no Desktop e depois em Storage Media.
Desta forma, na próxima vez que arrancarmos o sistema, só temos que montar a pen e fazer
configrestore /mnt/sda1_removable/slaxconf.mo para que os ficheiros criados e/ou
alterados por nós voltem a aparecer.
Se estivermos na linha de comandos apenas temos de usar os comandos
mount /dev/sda1 e umount /dev/sda1 para respectivamente montar e desmontar a pen.
Nota: – na instruções estamos a supor que /dev/sda1 é o dispositivo referente à pen, o
que pode não ser verdade se o computador tiver discos SCSI ou SATA. Para ver o dispositivo a que corresponde a pen pode-se fazer df depois de ela estar montada.
Criação de uma pen USB com o SLAX
Para instalarmos o Slax numa pen devemos escolher uma pen com pelo menos 512Mb for-matada em FAT16, e na linha de comandos do Windows fazer o seguinte supondo que D: corresponde ao CD-Rom onde está o Slax e J: é a pen onde queremos instalar o slax:
1. D: – mudar para o CD do Slax
2. cd \ – ter a certeza que estamos na raiz
3. make_disk.bat J: – copiar os ficheiros para a pen
Descrição dos programas adicionais instalados
• gcc, g++, headers e bibliotecas – compilador de C, C++ e ficheiros auxiliares • gdb – debugger da gnu
• xxgdb e ddd – interfaces gráficas para o gdb
• strace – permite observar as chamadas ao sistema feitas por um programa • indent – indentação automática de ficheiros C
• splint – verificação estática de programas em C • valgrind – verificação dinâmica de programas em C
• Kdevelop, geany, e RHide – “IDEs” (ambientes de desenvolvimento) • Emacs – um editor ultra-completo
• Jedit – um editor de programação escrito em Java
• Java JDK 1.5 – linguagem java “versão 5” incluindo compilador • DrJava e BlueJ – dois “IDEs” para a programação em Java
• Perl, Ruby, Python e Tcl/Tk – linguagens interpretadas, usadas normalmente em
scripts
• Erlang – linguagem funcional para sistemas robustos e concorrentes • SWI Prolog – implementação da linguagem lógica declarativa Prolog (pl) • GHC – implementação da linguagem funcional Haskelll
• rdesktop – cliente para Windows Terminal Server
• x3270 – emulador de terminais 3270 para ligação a mainframes IBM • tn5250 – emulador de terminais 5250 para ligação a sistemas AS400
Utilização de servidores SMB (Windows) Em linha de comandos
1. Criar um directório
• mkdir /mnt/rede
2. Montar um share de rede nesse directório (isto para o utilizador ixxxx que tem como password 1234)
• mount -t smbfs -o username=ixxxx,password=1234 //mafalda/homes /mnt/rede
3. Desmontar o share (no fim da utilização)
• umount /mnt/rede No ambiente gráfico KDE
Na barra de endereço do Konqueror (browser) escrever smb:/ para ver as redes Windows disponíveis.