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Boletim 982/2016 – Ano VIII – 18/05/2016

SP perde 4 mil vagas em abril

De acordo com a Fiesp, as indústrias paulistas acumulam a perda de 34,5 mil postos de trabalho desde janeiro

São Paulo - As indústrias paulistas perderam 4 mil postos de trabalho no mês passado. Foi o pior abril desde de 2016, conforme levantamento da Federação e do Centro das

Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) divulgado nesta terça-feira (17).

No ano, a atividade industrial de São Paulo cortou 34,5 vagas. Com isso, o índice de nível de emprego da Fiesp caiu 1,50% em relação ao mesmo período de 2015.

Apesar do saldo negativo, o gerente do departamento de Economia da Fiesp, Guilherme Moreira, acredita que o ritmo de demissões diminuirá nos próximos meses. "Com o forte ajuste que a indústria tem feito desde o ano passado e as expectativas de mudanças da condução da política econômica do País, nossa esperança é que as demissões comecem a perder ritmo", afirmou, em nota.

A Fiesp estima 165 mil empregos a menos neste ano frente a 2015, quando foram fechados 235 mil postos.

Setores

Dos 22 setores pesquisados em abril, 16 tiveram saldo negativo de vagas, dois ficaram estáveis e quatro contrataram.

Mais uma vez, o setor que se destacou positivamente foi o sucroalcooleiro, responsável pela contratação de 7.073 trabalhadores no mês passado, segundo a federação. O levantamento mostra que esse acréscimo das usinas de cana-de-açúcar acabou

impactando positivamente a indústria alimentícia (6.642 vagas a mais) e a área de coque, derivado de petróleo e biocombustíveis (1.129).

O pior desempenho continua sendo das montadoras de veículos, com saldo de 2.309 demissões no mês passado.

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Terceirização de mão de obra deverá acentuar o confronto no

Congresso

Relator da matéria, senador Paulo Paim (PT-RS), critica ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, por ter se declarado a favor da proposta para as atividades-fim e é acusado de ter visão deturpada

Brasília - A terceirização de mão de obra nas empresas será um dos temas que vão acirrar o confronto entre a nova base aliada e oposição no Congresso Nacional. É que o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, anunciou ser favorável à terceirização nas atividades- fim, criticada por senadores. A proposta é rejeitada pelo relator de projeto sobre o tema no Senado, Paulo Paim (PT-SP), com o apoio das centrais sindicais.

O assunto deverá ser tratado pelo mesmo grupo de trabalho criado anteontem pelo presidente em exercício, Michel Temer (PMDB), para discutir e apresentar em um mês proposta para a reforma da Previdência Social. "Precisamos ter um regramento para a terceirização que já existe no País", pontuou o ministro, ressaltando que o tema será debatido com Michel e será submetido a um "amplo debate com os atores".

No Senado e na Câmara, haverá resistência por parte dos parlamentares do PT e do PCdoB, se o governo insistir nessa proposta. "Eu acho que é um atraso", afirmou Paim, referindo-se às declarações do ministro do Trabalho. "Eu lamento que a primeira

declaração do ministro vá nessa linha de ser favorável a regulamentar a terceirização na atividade-fim." Paim relata o projeto de terceirização aprovado em abril do ano passado na Câmara em ritmo acelerado implementado na época pelo presidente afastado da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), logo no início de sua gestão.

Depois que a matéria foi para o Senado, Paim foi designado relator pelo presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB- AL). Nessa função, o petista promoveu audiências públicas em Brasília e em todos os estados brasileiros.

Rejeição

"Eu viajei todos os estados, e as decisões das assembleias são unânimes contra a terceirização na atividade-fim", acrescentou Paim. "Esse posicionamento do ministro não ajuda em nada, assim como não ajuda esse governo acabar com o Ministério da

Previdência e daqui a pouco o Ministério do Trabalho vai ser o ministério do setor mais atrasado da economia." Em abril, o senador petista havia previsto entregar ontem (17) seu relatório recomendando o arquivamento por propor a terceirização em todas as atividades das empresas, incluindo atividade-fim (específicas de cada empresa) e atividades-meio (atividades de apoio, como segurança e limpeza).

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3 Em substituição, a ideia dele é apresentar um novo projeto proibindo a terceirização em atividade fim, a equalização dos salários entre empregados efetivos e terceirizados e a responsabilidade solidária entre contratante e contrato para honrar o pagamento de salários e encargos devidos aos trabalhadores. "Mesma atividade, mesmo salário. Caso contrário, será um crime hediondo de discriminação", avaliou.

Proatividade

Para o empresário e deputado federal Alfredo Kaefer (PSL/ PR), Paim não deveria ter sido escolhido relator por suas ligações com o movimento sindical e por ser do Partido dos Trabalhadores. "O Paulo Paim ser relator do projeto de terceirização é duro. Ele é do PT e tem uma visão deturpada sobre a proatividade da terceirização", reagiu o parlamentar. Na avaliação de Kaefer, aprovar a terceirização para a atividade fim é o principal objetivo da proposta aprovada na Câmara, o que, se modificado, levará à rejeição das alterações quando o projeto voltar à Casa. "Ir contra a terceirização na atividade fim é sair do escopo, porque a terceirização tem que caber em todas as áreas. A empregabilidade não cabe numa única "caixinha" de atividade meio. A empregabilidade precisa caber em todas as áreas", disse Kaefer. O deputado não vê, porém, dificuldades para discutir a

responsabilidade solidária. Abnor Gondim

Faturamento real do setor de Serviços cai 2,8% em fevereiro

- Em fevereiro, o faturamento real do setor de Serviços na cidade de São Paulo recuou 2,8% na comparação com o mesmo mês de 2015 e atingiu R$ 19,3 bilhões, cerca de R$ 560 milhões a menos do que o alcançado naquele período. Com esse resultado, o primeiro bimestre do ano acumulou queda de 4,1% em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados são da FecomercioSP e apontam que os serviços de limpeza tiveram retração de 6% na comparação anual e tombo de 21% no mês de fevereiro, quando comprado a janeiro. / Da Redação

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4 (FONTE: Valor Econômico dia 18/05/2016)

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Motoristas de ônibus param nesta quarta-feira por 2 horas

Protesto por reajuste salarial deve atingir todos os terminais e corredores de SP, incluirá lotações e pode repetir-se nesta quinta

BRUNO RIBEIRO - O ESTADO DE S.PAULO

SÃO PAULO - A verba reservada no orçamento da capital paulista para este ano será suficiente para manter o subsídio às empresas de ônibus apenas até o fim de setembro, se mantido o ritmo atual de gastos com a área. Até esta terça-feira, 17, a Prefeitura já havia gastado R$ 914 milhões em subsídios ao sistema de transportes, mais da metade da verba de R$ 1,8 bilhão prevista para este ano. Em campanha salarial e com proposta que não repõe a inflação, motoristas e cobradores marcaram paralisação de duas horas nesta quarta-feira, 18, das 10 horas ao meio-dia.

A greve deve atingir todos os terminais e corredores, segundo o Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores do Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (Sindmotoristas). Se as empresas de ônibus não apresentarem outra proposta, há indicativo de paralisação também para esta quinta-feira, 19, o mesmo horário. O sindicato que representa as empresas

(SPUrbanuss) não foi localizado para comentar a greve. A Prefeitura não respondeu. Os motoristas e cobradores pedem reposição da inflação e aumento real de 5%. Segundo o sindicato, as empresas ofereceram aumento de 2,31%, abaixo da inflação, e pretendem demitir cobradores de ônibus. Uma paralisação total pode acontecer na próxima semana, segundo informações do Sindmotoristas.

Gastos. A disparada dos gastos com subsídios do sistema de transportes é resultado das

mudanças na política tarifária tocadas pela gestão Fernando Haddad (PT), que passou a conceder passe livre para estudantes e o bilhete único mensal, que dá desconto em relação ao preço do bilhete comum.

As alterações tornaram a passagem mais barata para quem já usava transporte coletivo, mas falharam na proposta de atrair mais passageiros para o sistema. No mês passado, por

exemplo, foram feitas 245 milhões de viagens nos ônibus da cidade, ante 258 milhões em março do ano passado, segundo dados da Prefeitura.

Para que o dinheiro não acabe antes do fim do ano, a gestão Haddad espera ainda obter autorização do Tribunal de Contas do Município (TCM) para fazer a nova licitação do sistema de transpores, paralisada há cinco meses por uma série de questionamentos. A contratação de novas empresas, com novas regras, traria uma economia de até 15% por mês, segundo a Prefeitura.

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6 O atraso na licitação faz com que a cidade opere, atualmente, de forma precária, por meio de contratos emergenciais. Além do custo maior do que o previsto, a operação regida por esses contratos também está tornando a frota de ônibus mais velha.

Isso ocorre porque, como esses contratos têm curto prazo de duração (vão no máximo até o fim do ano, embora possam ser renovados), as empresas têm tido dificuldade de obter linhas de crédito para financiar a compra de novos veículos.

Assim, a frota hoje tem a idade média mais alta dos últimos 13 anos. Isso considera o período desde que o sistema de transporte foi unificado: 5 anos e 8 meses, no caso dos ônibus, e 4 anos e 10 meses nos lotações.

TCM. A licitação que a Prefeitura tentou lançar previa prazo de concessão de até 40 anos (20,

renováveis por mais 20). A primeira análise dos técnicos do TCM apontou 49 irregularidades no texto - de falta de apresentação de estudos que norteavam parte das premissas a

estimativas de custos que foram superestimadas.

Depois de uma série de análises do órgão e esclarecimentos prestados pela Prefeitura, o total de irregularidades, atualmente, é de 20 itens. São questões técnicas, em geral relacionadas ao não cumprimento da legislação de licitações.

OEstado teve acesso ao processo. São 28 pastas de documentos, com cada um dos questionamentos detalhado. Não há prazo para que a licitação seja liberada.

O advogado Thiago Donnini, especialista em Direto administrativo e professor do Instituto Brasileiro de Educação em Gestão Pública (IBEGESP), destaca que a realização de contratos emergenciais não constitui ilegalidade. E são a forma correta de lidar com situações como a que acontece na cidade.

Ele destaca, entretanto, que a Prefeitura deveria buscar formas de garantir a aprovação de suas propostas no TCM de uma maneira mais entrosada com o órgão.

“Um exemplo é o Tribunal de Contas da União. O governo federal busca aproximação do TCU para que o órgão examine os processo de licitação desde sua concepção, o que resulta em uma aprovação mais ‘azeitada’.”

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