João Carlos Mello
Visão Geral do Novo Modelo
e
Mudanças Institucionais
Abril 2005
O contexto da situação regulatória no Setor Elétrico 1996-1997 O Projeto RE-SEB 1998-2000 O início da implantação do Modelo 2001 A crise de abastecimento 2002 A “Revitalização” do Modelo 2003 Base Conceitual do Novo Modelo 2004/2005 Regulamentação Lei nº 10.848 e Lei nº 10.847 Decreto 5.081 (ONS) “Modelo Institucional do Setor Elétrico” AGO / 2004 Decreto Presidencial Decreto 5163
Medidas Provisórias Assinadas pelo Executivo
I. Reformas no Setor II. Criação da EPE
Encaminhamento para o Legislativo Aprovado na Câmara e Senado Executivo – Lei 10848 e 10847
Encaminhamento das Reformas
MME Preparação do Decreto 5.163 (30-7-04) Decretos Complementares Regulação ANEEL Durante o ano 2004/2005 √ √√ √ √ √√ √ √ √ √ √ Procedimentos CCEE e Convenção de Comercialização
Evolução Mundial
Reformas no Setor Elétrico
1990 2000
1982 - Chile
1987 – Nova Zelândia
1990 – Reino Unido – Primeiro “Pool”
1991 – Noruega 1992 – Argentina
1993 – Austrália 1994 – Colômbia
1995 – Brasil 1996 – Canadá
EUA – Energy Policy Act Japão
Diretiva Européia NORDPOOL
México
1998 – Alemanha Austrália – Mercado Nacional
1997 – Coréia do Sul
China 1999 – Reino Unido – NETA
2000 – França 2001 – Rússia
Reformas no Setor Elétrico
1990 2000
1982 - Chile
1987 – Nova Zelândia
1990 – Reino Unido – Primeiro “Pool”
1991 – Noruega 1992 – Argentina
1993 – Austrália 1994 – Colômbia
1995 – Brasil 1996 – Canadá
EUA – Energy Policy Act Japão
Diretiva Européia NORDPOOL
México
1998 – Alemanha Austrália – Mercado Nacional
1997 – Coréia do Sul
China 1999 – Reino Unido – NETA
O contexto da situação regulatória no Setor Elétrico
Competitividade da Indústria Brasileira
Todos os principais países da economia mundial
implementaram mudanças estruturais no setor elétrico que incluem:
1. Ampliação da competição nas atividades de Geração
2. Maior liberdade para participação do capital privado na expansão
3. Sistema aberto na transmissão
4. Implantação de novas sistemáticas de operação e regulação
Alguns destes países implementaram também:
1. Liberdade de escolha no segmento Consumo com
diferentes níveis de participação no atacado e no varejo
2. Transferência de propriedade dos ativos existentes
Novo Modelo Brasileiro ☺ ☺ ☺ ☺
1. Segurança de Suprimento Energético
2. Contratação Eficiente para o Mercado
Regulado
3. Inserção Social através da Universalização
Objetivos Principais do Novo Modelo
Resultado: O Novo Modelo manteve vários atributos importantes para o grande Consumidor:
• Liberdade de escolha do fornecedor • Foco na segurança e na expansão • Capital privado na oferta de energia
Ganhos que foram Preservados
Redução do custo de geração pela entrada de
capital privado
Substancial parcela de energia de
auto-geradores liberando o sistema
Ganhos de eficácia sistêmica devido a uma
maior liberdade de escolha pelos
consumidores – Consumidor Livre
Viabilidade econômica e regulatória do
acesso aberto à transmissão
0 10 20 30 40 50 60 70 1981 1985 1987 1989 1990 1992 1993 1994 2002 Expansion Study US$ / MWh 86/90 90/95 92/97 94/99 95/00 97/02 98/03 99/04 08/12 4 Ciclo de planejamento
A Evolução do Custo Marginal de Expansão
Mudanças Institucionais
Comercialização de Energia
Contratação no ACR – Energia Existente Contratação no ACR e ACL – Energia Nva
Status dos Agentes no Setor
Geradores
Distribuidores Transmissores
Consumidores Livres e Cativos
Dispositivos Transitórios
“Definição clara das funções e atribuições dos diversos agentes institucionais existentes,
estabelecendo com nitidez suas responsabilidades e aperfeiçoando
sua governança”
restauração do papel de Poder Concedente do MME;
reforço das funções de regulação, fiscalização e mediação da ANEEL;
reformulação da governança do ONS, com ênfase na sua independência;
Criação da EPE e do CMSE;
Novas Atribuições ao CCEE (ex-MAE).
Transmissão
Geradores
Distribuidores
Consumidor
Cativo ConsumidorLivre
Curto
Curto
Prazo
Prazo ContratosBilaterais Contratos
Bilaterais
Comercializador
O Novo Ambiente Institucional no Setor
O Novo Ambiente Institucional no Setor Transmissão
EPE
CCEE
CMSE
Geradores Distribuidores ConsumidorCativo ConsumidorLivre
Curto
Curto
Prazo
Prazo ContratosBilaterais Contratos
Bilaterais
Geradores
Distribuidores
Consumidor
Cativo ConsumidorLivre
Contratos Bilaterais Contratos Bilaterais Comercializador Curto Curto Prazo Prazo Transmissão
EPE
CCEE
CMSE
A C R A C LMME
MME
Dois ambientes de contratação de energia:
1. Ambiente de Contratação Regulada (ACR) Distribuidoras
2. Ambiente de Contratação Livre (ACL) Consumidores Livres e
Autoprodutores
contratos bilaterais no âmbito do POOL (ACR) compra em regime de livre contratação (ALC) contratos bilaterais no âmbito do POOL (ACR) compra em regime de livre contratação (ALC)
Ambiente de Contratação Regulada Ambiente de Livre Contratação
G1
G1 GG22 GGkk GGnn
Compra de Energia em Pool Contratação Regular D2 D2 D1 D1 DD33 DD44 CL CL CLCL CL CL COM Dn Dn CL CL Gj Gj
Contratação por Tipo de Energia
Energia Existente Energia Nova
Contratação por licitação
Preço teto (R$/MWh) definido pela EPE e MME
Vence o menor preço para cada projeto Gerador vencedor recebe a tarifa
ofertada
Contrato de 15 a 30 anos
Entrega 3 e 5 anos à frente [A-3] e [A-5] Projetos com energia “semi-nova” serão
aceitos - BOTOX
Licitação periódica na CCEE Contrato de 3 a 15 anos
Manutenção das relações contratuais
existentes;
Maior estabilidade para a oferta futura;
ACR atua como “estoque regulador” para a
expansão;
As federais/estaduais permanecem praticando
“mix” de preços disponíveis para todos
consumidores através de leilão;
A otimização da expansão com custos
competitivos é preservada e
A competição por melhores condições de
fornecimento para todos os consumidores é
mantida
Transição Contratação Geração Nova 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Geração Nova Geração Existente C o n t r a t o s E x i s t e n t e s C o n t r a t o s E x i s t e n t e s Sobras de Geração Contratação na Transição
Contratação para Expansão
20 03 20 04 20 05 20 06 20 07 20 08 20 09 20 10 20 11 20 12 20 13 20 14 20 15 20 16 20 17 20 18 20 19 20 20 30.000 40.000 50.000 60.000 70.000 80.000 90.000 Demanda Oferta M W m éd io s .
Fonte: Projeções A&C e PSR
-10.000 -8.000 -6.000 -4.000 -2.000 0 2.000 4.000 6.000 8.000 10.000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 M W m éd io s Excedente (+) ou Déficit (-)
Sistema Brasileiro: Balanço de energia assegurada
Fonte: A&C e PSR
* Valores referidos ao mercado
8 % 19% 19% 16% 14% 10% 7 % 3 % -14%
Super Oferta Temporária de Energia
3500 de Aumento de Oferta +
Comercialização no ACR
MegaLeilão de Dezembro
•
Preços Finais no Caminho da Modicidade
•
Redução de preços foi resultados da disputa
entre geradores e da formatação tipo “Leilão
Reverso”
•
Referência Interessante para o Mercado
Livre
•
Não acabou com as sobras
•
Como primeiro evento do atual Modelo
40.000 45.000 50.000 55.000 60.000 65.000 70.000 Ja n /0 4 Ja n /0 5 Ja n /0 6 Ja n /0 7 Ja n /0 8 Ja n /0 9 Ja n /1 0 Ja n /1 1 Suprimento Demanda MegaLeilão do ACR 2004 existente 2006 existente 2007 2005
Renovação de Contrato Inicial
MEGALICITAÇÃO 2004 Ja n /1 2 MegaLeilão
Leilão de Energia Existente (Resumo)
RESUMO - Resultados dos Leilões do POOL (Energia Velha)
Data Base: 31 de Março de 2005
9.054 6.782 1.172 1.325 68,37 76,62 83,13 58,40 0 1.000 2.000 3.000 4.000 5.000 6.000 7.000 8.000 9.000 10.000 2005-08 2006-08 2007-08 2008-08 Produto Negociado V o lu m e [M W .m éd io ] 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 P re ço [ R $/ M W h ] QTDE - MW.med PREÇO - R$/MWh
Leilão de Energia Nova
2005 →
→
→
→
Leilão de Energia Nova para Entrega
em 2009
Construídas e em operação a partir de 2000, mas
descontratadas - BOTOX
Com outorga, em construção e em processo de
licenciamento, mas descontratadas 45 usinas -Cerca de 13.000 MW
Usinas sem concessão, em processo de
Previsão de Leilões de Venda em 2005
Leilão de Energia Velha 2008-2009
Leilão de Energia Nova 2009
Inclui energia “botox”
Leilão de Energia Nova 2010
Inclui energia “botox”
Abril 2005
Julho 2005
Leilões de Energia Nova – Desafios
Será o Grande Teste do Atual ModeloPela primeira vez os Investidores serão chamados a
apresentar a sua disposição com relação a Oferta de geração no Atual Modelo
Capital privado aparecerá ? Quem ?
A partir de 2009 já é necessário contar com a energia
nova, inclusive com os projetos que estão parados concorrendo como “botox”
Concorrência das Térmicas disponíveis com as
Hidroelétricas em construção
Existirá infra-estrutura de gás se as térmicas
venderem um volume significativo ?
Mesmo que as LPs dos projetos novos sejam
implementadas não imunizam contra novas compensações ambientais
Novas Licitações – Energia Nova FA U1 U3 U2 . . . UN-1 UN
Ordem de Mérito Econômico Lista de Referência - EPE
U3 U2 . . . UN-1 UN FA U1 Licitações pelo Mercado Licitações por Usina (indicação CNPE) Estruturante Fonte: NT MME
Como surge a Demanda para o Leilão do ACR ? U3 U2 . . . UN-1 UN
Ordem de Mérito Econômico Lista de Referência - EPE
ACR ACL EPE e MME consolidam a expansão 5 anos antes Lista de Empreendimentos Hidrelétricos para o Leilão
de Energia de Novos Empreendimentos
O Certame é para atender ao ACR porém
o volume ofertado será bem maior que
p1 p2 p3 p4 p5 Pmarg Qpool
O Leilão de Energia Nova Uma Possível Divisão da Energia por Usina Exemplo Teórico
1000 MW
Venda para o ACR 400 MW
Venda para o ACL ajustada com um Comprador - 200 MW
Auto-produção – 250 MW Energia Livre para Futura
ACR
Acesso à Geração Nova – Exemplo
# 1 # 3 # 5
t
1 Demanda 2010 2000 MW 5 ANOS DE ANTECEDÊNCIAEPE / Distribuidoras / CL / APs AP Expansão Expansão ACL # 2 # 1 Térmica # 2 # 1 # 3 # 4 # 5 EPE / CNPE
Geração Nova Hidro
P re ço T et o # 2 t4 – 20 anos
Conclusões - Consumidor Industrial 1. Existem problemas imediatos que devem ser
resolvidos a despeito das reformas no Setor
Encargos e Tarifas de Transporte Elevadas Realinhamento Tarifário
Manutenção do Livre Acesso à Transmissão
2. A Regulamentação do Novo Modelo deverá:
Garantir alguma Atratividade na Autoprodução
Garantir uma Contratação Eficiente para o Mercado Cativo Garantir a Ampliação do Mercado Livre
3. Existem Oportunidades Imediatas:
Sobras de Energia
Tel: 2122-0400