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Ementa e Acórdão

06/03/2012 SEGUNDA TURMA

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 594.190 RIO GRANDE DO SUL

RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA

AGTE.(S) :MARCOPOLO S/A

ADV.(A/S) :FELIPE LUCIANO PEROTTONI

AGDO.(A/S) :UNIÃO

PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERALDA FAZENDA NACIONAL

EMENTA: TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE PRODUTOS

INDUSTRIALIZADOS. CRÉDITO. INDUSTRIALIZAÇÃO DE CARROCERIAS. MANUTENÇÃO DOS CRÉDITOS RELATIVOS ÀS AQUISIÇÕES ONERADAS A DESPEITO DA DESONERAÇÃO DA ETAPA SUBSEQUENTE. BENEFÍCIO LEGAL. EXTINÇÃO.

DL 1.662/1979 E DL 1.688/1979. IN 125/1989.

ART. 153, § 1º, III DA CONSTITUIÇÃO. ART. 41, § 1º DO ADCT. AGRAVO REGIMENTAL.

Segundo orientação firmada por esta Suprema Corte, o art. 153, § 1º, III da Constituição não assegura, tão-somente por si, a manutenção de créditos gerados nas operações de aquisição oneradas pelo IPI, se a operação subsequente de saída for desonerada.

Por não ter sido confirmado no prazo estabelecido pelo art. 41, § 1º do ADCT, o incentivo criado pelo DL 1.662/1979 foi extinto após dois anos contados da promulgação da Constituição de 1988.

Agravo regimental ao qual se nega provimento. A C Ó R D Ã O

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a presidência do ministro Ayres Britto, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do relator.

Brasília, 6 de março de 2012.

Ministro JOAQUIM BARBOSA

Supremo Tribunal Federal

DJe 20/03/2012

Supremo Tribunal Federal

(2)

Relatório

06/03/2012 SEGUNDA TURMA

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 594.190 RIO GRANDE DO SUL

RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA

AGTE.(S) :MARCOPOLO S/A

ADV.(A/S) :FELIPE LUCIANO PEROTTONI

AGDO.(A/S) :UNIÃO

PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERALDA FAZENDA NACIONAL

R E L A T Ó R I O

O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (RELATOR): Trata-se de

agravo regimental interposto da seguinte decisão:

“DECISÃO : Trata-se de recursos extraordinários interpostos de acórdão prolatado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, assim ementado:

TRIBUTÁRIO. RESSARCIMENTO DE CRÉDITOS-IPI. CORREÇÃO MONETÁRIA. ART. 41, § 1º, DO ADCT.

1. A correção monetária não é um plus que se agrega ao valor do principal, mas é mera recomposição do valor integral da moeda, ou seja, sua simples atualização.

2. O ressarcimento do valor referente ao crédito IPI deve ser feito com a aplicação da correção monetária.

3. Não havendo lei posterior à data de promulgação da Constituição, que confirme o incentivo fiscal de continuar sendo ressarcida pelos créditos de IPI, nos termos do Decreto-Lei nº 1.628/79, considera-se revogado tal incentivo, conforme preceitua o art. 41, § 1º, do ADCT.

Supremo Tribunal Federal

06/03/2012 SEGUNDA TURMA

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 594.190 RIO GRANDE DO SUL

RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA

AGTE.(S) :MARCOPOLO S/A

ADV.(A/S) :FELIPE LUCIANO PEROTTONI

AGDO.(A/S) :UNIÃO

PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERALDA FAZENDA NACIONAL

R E L A T Ó R I O

O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (RELATOR): Trata-se de

agravo regimental interposto da seguinte decisão:

“DECISÃO : Trata-se de recursos extraordinários interpostos de acórdão prolatado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, assim ementado:

TRIBUTÁRIO. RESSARCIMENTO DE CRÉDITOS-IPI. CORREÇÃO MONETÁRIA. ART. 41, § 1º, DO ADCT.

1. A correção monetária não é um plus que se agrega ao valor do principal, mas é mera recomposição do valor integral da moeda, ou seja, sua simples atualização.

2. O ressarcimento do valor referente ao crédito IPI deve ser feito com a aplicação da correção monetária.

3. Não havendo lei posterior à data de promulgação da Constituição, que confirme o incentivo fiscal de continuar sendo ressarcida pelos créditos de IPI, nos termos do Decreto-Lei nº 1.628/79, considera-se revogado tal incentivo, conforme preceitua o art. 41, § 1º, do ADCT.

(3)

Relatório

RE 594.190 AGR / RS

Em síntese, o contribuinte sustenta ter direito aos créditos de IPI, quando utiliza insumos tributados na industrialização de produto sujeito à alíquota zero. Afirma que tal direito decorre tanto da Constituição (arts. 21, XII, e , 151, § 3º, I, e 153, § 3º, II), quanto da não revogação do art. 2º, do Decreto-Lei nº 1.682/79, pelo art. 41, § 1º, da Carta Magna.

Já a União, em seu recurso, defende ser inviável o reconhecimento de créditos de IPI, na aquisição de insumos não-tributados, ou sujeitos à alíquota zero, assim como alega a impossibilidade da correção monetária desses créditos.

Primeiramente, examino o recurso de Marcopolo S/A - Carrocerias e Ônibus.

No tocante a não revogação do art. 2º, do Decreto-Lei nº 1.682/79, pelo art. 41, § 1º, da Carta Magna, observo que esta Suprema Corte, ao apreciar caso análogo (crédito-prêmio do IPI - RE 577.348, rel. min. Ricardo Lewandowski, Pleno, DJ e de 26.02.2010), considerou que o espírito da lei de transição constitucional foi justamente permitir o reexame de todos os incentivos fiscais concedidos antes da promulgação da Constituição de 1988, salvo os de cunho regional, como aqueles concernentes à SUDAM e SUDENE, entre outros, cuja razão de ser encontra respaldo no art. 3º, II, do Texto Magno (grifos meus).

No caso em exame, o incentivo previsto no art. 2º do Decreto-Lei 1.682/1979 extrapolava o âmbito regional, pois ele era aplicável independentemente da localização do contribuinte ou dos efeitos benéficos da atividade dele (industrialização de carrocerias).

Assim, sem posterior confirmação expressa, o aludido benefício fiscal foi extinto após dois anos da promulgação da

Supremo Tribunal Federal

RE 594.190 AGR / RS

Em síntese, o contribuinte sustenta ter direito aos créditos de IPI, quando utiliza insumos tributados na industrialização de produto sujeito à alíquota zero. Afirma que tal direito decorre tanto da Constituição (arts. 21, XII, e , 151, § 3º, I, e 153, § 3º, II), quanto da não revogação do art. 2º, do Decreto-Lei nº 1.682/79, pelo art. 41, § 1º, da Carta Magna.

Já a União, em seu recurso, defende ser inviável o reconhecimento de créditos de IPI, na aquisição de insumos não-tributados, ou sujeitos à alíquota zero, assim como alega a impossibilidade da correção monetária desses créditos.

Primeiramente, examino o recurso de Marcopolo S/A - Carrocerias e Ônibus.

No tocante a não revogação do art. 2º, do Decreto-Lei nº 1.682/79, pelo art. 41, § 1º, da Carta Magna, observo que esta Suprema Corte, ao apreciar caso análogo (crédito-prêmio do IPI - RE 577.348, rel. min. Ricardo Lewandowski, Pleno, DJ e de 26.02.2010), considerou que o espírito da lei de transição constitucional foi justamente permitir o reexame de todos os incentivos fiscais concedidos antes da promulgação da Constituição de 1988, salvo os de cunho regional, como aqueles concernentes à SUDAM e SUDENE, entre outros, cuja razão de ser encontra respaldo no art. 3º, II, do Texto Magno (grifos meus).

No caso em exame, o incentivo previsto no art. 2º do Decreto-Lei 1.682/1979 extrapolava o âmbito regional, pois ele era aplicável independentemente da localização do contribuinte ou dos efeitos benéficos da atividade dele (industrialização de carrocerias).

Assim, sem posterior confirmação expressa, o aludido benefício fiscal foi extinto após dois anos da promulgação da

(4)

Relatório

RE 594.190 AGR / RS

Constituição de 1988.

Passando às demais alegações do contribuinte, elas esbarram na jurisprudência desta Corte.

O Plenário do Supremo Tribunal Federal entende que, antes da vigência da Lei 9.779/99, não havia direito à manutenção de créditos de IPI, nas situações em que o insumo é tributado, mas a saída do produto industrializado é isenta ou sujeita à alíquota zero. Assim ficou ementado o leading case :

IPI - CREDITAMENTO - ISENÇÃO - OPERAÇÃO ANTERIOR À LEI Nº 9.779/99. A ficção jurídica prevista no artigo 11 da Lei nº 9.779/99 não alcança situação reveladora de isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI que a antecedeu. (RE 562980, rel. min. Ricardo Lewandowski, rel. p/ acórdão min. Marco Aurélio, Tribunal Pleno, DJ de 04.09.2009)

Passo ao recurso da União.

Ao defender ser inviável o reconhecimento de créditos de IPI, na aquisição de insumos não-tributados, ou sujeitos à alíquota zero, e a impossibilidade da correção monetária desses créditos, a União trata de matéria que não foi acolhida em favor da pretensão do contribuinte.

Dessa forma, a fundamentação do recurso extraordinário impede a exata compreensão da controvérsia, impondo-se a aplicação da Súmula 284 do Supremo Tribunal Federal.

Ante o exposto, nego seguimento aos recursos extraordinários.

Publique-se.” (fls. 359-361).

Supremo Tribunal Federal

RE 594.190 AGR / RS

Constituição de 1988.

Passando às demais alegações do contribuinte, elas esbarram na jurisprudência desta Corte.

O Plenário do Supremo Tribunal Federal entende que, antes da vigência da Lei 9.779/99, não havia direito à manutenção de créditos de IPI, nas situações em que o insumo é tributado, mas a saída do produto industrializado é isenta ou sujeita à alíquota zero. Assim ficou ementado o leading case :

IPI - CREDITAMENTO - ISENÇÃO - OPERAÇÃO ANTERIOR À LEI Nº 9.779/99. A ficção jurídica prevista no artigo 11 da Lei nº 9.779/99 não alcança situação reveladora de isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI que a antecedeu. (RE 562980, rel. min. Ricardo Lewandowski, rel. p/ acórdão min. Marco Aurélio, Tribunal Pleno, DJ de 04.09.2009)

Passo ao recurso da União.

Ao defender ser inviável o reconhecimento de créditos de IPI, na aquisição de insumos não-tributados, ou sujeitos à alíquota zero, e a impossibilidade da correção monetária desses créditos, a União trata de matéria que não foi acolhida em favor da pretensão do contribuinte.

Dessa forma, a fundamentação do recurso extraordinário impede a exata compreensão da controvérsia, impondo-se a aplicação da Súmula 284 do Supremo Tribunal Federal.

Ante o exposto, nego seguimento aos recursos extraordinários.

Publique-se.” (fls. 359-361).

(5)

Relatório

RE 594.190 AGR / RS

Em síntese, o agravante sustenta que:

a) O direito à manutenção e à utilização dos créditos decorre diretamente do princípio da não-cumulatividade, de modo que seria desnecessária a intermediação de lei para lhe dar efetividade. Essa circunstância tornaria absolutamente impertinente a invocação do precedente relativo à Lei 9.779/1999; e

b) A manutenção dos créditos, consideradas as operações de industrialização de carrocerias, não pode ser interpretada como incentivo setorial, isto é, singelo benefício criado pelo legislador infraconstitucional, também por decorrer diretamente do princípio constitucional da não-cumulatividade. É o relatório.

Supremo Tribunal Federal

RE 594.190 AGR / RS

Em síntese, o agravante sustenta que:

a) O direito à manutenção e à utilização dos créditos decorre diretamente do princípio da não-cumulatividade, de modo que seria desnecessária a intermediação de lei para lhe dar efetividade. Essa circunstância tornaria absolutamente impertinente a invocação do precedente relativo à Lei 9.779/1999; e

b) A manutenção dos créditos, consideradas as operações de industrialização de carrocerias, não pode ser interpretada como incentivo setorial, isto é, singelo benefício criado pelo legislador infraconstitucional, também por decorrer diretamente do princípio constitucional da não-cumulatividade. É o relatório.

(6)

Voto - MIN. JOAQUIM BARBOSA

06/03/2012 SEGUNDA TURMA

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 594.190 RIO GRANDE DO SUL

TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE

PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS.

CRÉDITO. INDUSTRIALIZAÇÃO DE CARROCERIAS. MANUTENÇÃO DOS CRÉDITOS RELATIVOS ÀS AQUISIÇÕES ONERADAS A DESPEITO DA

DESONERAÇÃO DA ETAPA

SUBSEQUENTE. BENEFÍCIO LEGAL. EXTINÇÃO.

DL 1.662/1979 E DL 1.688/1979. IN 125/1989. ART. 153, § 1º, III DA CONSTITUIÇÃO. ART. 41, § 1º DO ADCT.

AGRAVO REGIMENTAL.

Segundo orientação firmada por esta Suprema Corte, o art. 153, § 1º, III da Constituição não assegura, tão-somente por si, a manutenção de créditos gerados nas operações de aquisição oneradas pelo IPI, se a operação subsequente de saída for desonerada.

Por não ter sido confirmado no prazo estabelecido pelo art. 41, § 1º do ADCT, o incentivo criado pelo DL 1.662/1979 foi extinto após dois anos contados da promulgação da Constituição de 1988.

Agravo regimental ao qual se nega provimento.

V O T O

Supremo Tribunal Federal

06/03/2012 SEGUNDA TURMA

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 594.190 RIO GRANDE DO SUL

TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE

PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS.

CRÉDITO. INDUSTRIALIZAÇÃO DE CARROCERIAS. MANUTENÇÃO DOS CRÉDITOS RELATIVOS ÀS AQUISIÇÕES ONERADAS A DESPEITO DA

DESONERAÇÃO DA ETAPA

SUBSEQUENTE. BENEFÍCIO LEGAL. EXTINÇÃO.

DL 1.662/1979 E DL 1.688/1979. IN 125/1989. ART. 153, § 1º, III DA CONSTITUIÇÃO. ART. 41, § 1º DO ADCT.

AGRAVO REGIMENTAL.

Segundo orientação firmada por esta Suprema Corte, o art. 153, § 1º, III da Constituição não assegura, tão-somente por si, a manutenção de créditos gerados nas operações de aquisição oneradas pelo IPI, se a operação subsequente de saída for desonerada.

Por não ter sido confirmado no prazo estabelecido pelo art. 41, § 1º do ADCT, o incentivo criado pelo DL 1.662/1979 foi extinto após dois anos contados da promulgação da Constituição de 1988.

Agravo regimental ao qual se nega provimento.

V O T O

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Voto - MIN. JOAQUIM BARBOSA

RE 594.190 AGR / RS

O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (RELATOR): Sem razão a

parte-agravante.

Conforme exposto na decisão agravada, esta Suprema Corte já examinou a abrangência do limitador previsto no art. 41, § 1º da Constituição, concluindo que “o espírito da lei de transição constitucional foi

justamente permitir o reexame de todos os incentivos fiscais concedidos antes da promulgação da Constituição de 1988, salvo os de cunho regional, como

aqueles concernentes à SUDAM e SUDENE, entre outros, cuja razão de ser encontra respaldo no art. 3º, II, do Texto Magno” (grifei – RE 577.348, rel. min. Ricardo Lewandowski, Pleno, DJ e de 26.02.2010).

No caso em exame, o incentivo previsto no art. 2º do Decreto-Lei 1.682/1979 transcendia o âmbito regional, na medida em que aplicável independentemente da localização do contribuinte ou dos efeitos benéficos da atividade desempenhada (industrialização de carrocerias).

Por outro lado, também segundo orientação desta Corte, a apuração do IPI, assim como do ICMS, segue a técnica do “imposto contra imposto”, nos termos do art. 153, § 3º, II da Constituição. Assim, a persistência e a utilização de crédito na hipótese de desoneração da operação de saída é favor legal, que depende de previsão em lei, sem decorrer diretamente da interpretação constitucional (RE 562.980, rel. min. Ricardo Lewandowski, red. p/acórdão min. Marco Aurélio, Pleno,

DJ e de 04.09.2009).

Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental. É como voto.

Supremo Tribunal Federal

RE 594.190 AGR / RS

O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (RELATOR): Sem razão a

parte-agravante.

Conforme exposto na decisão agravada, esta Suprema Corte já examinou a abrangência do limitador previsto no art. 41, § 1º da Constituição, concluindo que “o espírito da lei de transição constitucional foi

justamente permitir o reexame de todos os incentivos fiscais concedidos antes da promulgação da Constituição de 1988, salvo os de cunho regional, como

aqueles concernentes à SUDAM e SUDENE, entre outros, cuja razão de ser encontra respaldo no art. 3º, II, do Texto Magno” (grifei – RE 577.348, rel. min. Ricardo Lewandowski, Pleno, DJ e de 26.02.2010).

No caso em exame, o incentivo previsto no art. 2º do Decreto-Lei 1.682/1979 transcendia o âmbito regional, na medida em que aplicável independentemente da localização do contribuinte ou dos efeitos benéficos da atividade desempenhada (industrialização de carrocerias).

Por outro lado, também segundo orientação desta Corte, a apuração do IPI, assim como do ICMS, segue a técnica do “imposto contra imposto”, nos termos do art. 153, § 3º, II da Constituição. Assim, a persistência e a utilização de crédito na hipótese de desoneração da operação de saída é favor legal, que depende de previsão em lei, sem decorrer diretamente da interpretação constitucional (RE 562.980, rel. min. Ricardo Lewandowski, red. p/acórdão min. Marco Aurélio, Pleno,

DJ e de 04.09.2009).

Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental. É como voto.

(8)

Decisão de Julgamento

SEGUNDA TURMA

EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 594.190

PROCED. : RIO GRANDE DO SUL

RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA

AGTE.(S) : MARCOPOLO S/A

ADV.(A/S) : FELIPE LUCIANO PEROTTONI AGDO.(A/S) : UNIÃO

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: negado provimento ao agravo regimental, nos termos do

voto do Relator. Decisão unânime. 2ª Turma, 06.03.2012.

Presidência do Senhor Ministro Ayres Britto. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Ricardo Lewandowski.

Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. Karima Batista Kassab

Coordenadora

Supremo Tribunal Federal

SEGUNDA TURMA

EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 594.190

PROCED. : RIO GRANDE DO SUL

RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA

AGTE.(S) : MARCOPOLO S/A

ADV.(A/S) : FELIPE LUCIANO PEROTTONI AGDO.(A/S) : UNIÃO

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: negado provimento ao agravo regimental, nos termos do

voto do Relator. Decisão unânime. 2ª Turma, 06.03.2012.

Presidência do Senhor Ministro Ayres Britto. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Ricardo Lewandowski.

Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. Karima Batista Kassab

Coordenadora

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