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OPERAÇÕES DE REFINANCIAMENTO DE PRAZO ALARGADO DIRECIONADAS

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Operações de refinanciamento de prazo alargado direcionadas – orientações para o preenchimento do modelo de reporte, 3 julho 2014

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OPERAÇÕES DE REFINANCIAMENTO

DE PRAZO ALARGADO

DIRECIONADAS

Orientações para preenchimento do modelo de

reporte

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INTRODUÇÃO

O presente documento fornece instruções para o preenchimento do modelo de reporte que deve ser submetido pelas contrapartes elegíveis que participam nas operações de refinanciamento de prazo alargado direcionadas do BCE (ORPA direcionadas). Em particular, as presentes orientações também especificam os requisitos de reporte das instituições líderes dos grupos de ORPA direcionadas que participam nas operações.

A próxima secção fornece informação geral sobre o preenchimento e o envio do modelo de reporte, enquanto a secção seguinte explica os indicadores a reportar.

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INFORMAÇÃO GERAL

As medidas a utilizar no cálculo dos montantes máximos (limites) de financiamento e dos reembolsos antecipados obrigatórios dizem respeito aos empréstimos a sociedades não

financeiras da área do euro e empréstimos a particulares da área do euro1, excluindo

empréstimos à habitação, em todas as moedas. Para cada período de reporte especificado, a

informação sobre saldos de empréstimos elegíveis no final do mês que antecede o início do período e no final do período será reportada separadamente para sociedades não financeiras e particulares, bem como o crédito líquido elegível durante o período (calculado como os empréstimos brutos líquidos de reembolsos de empréstimos). Estes indicadores são ajustados do

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impacto da titularização tradicional e de outras cedências de empréstimos. É igualmente fornecida informação pormenorizada sobre as subcomponentes relevantes destas rubricas, bem como sobre os efeitos que resultam em variações dos saldos mas não relacionados com transações (os chamados “ajustamentos aos saldos”).

No que se refere à utilização da informação reportada, os dados sobre saldos de empréstimos elegíveis em 30 de abril de 2014 serão utilizados para determinar o montante máximo de financiamento inicial, enquanto os dados sobre o crédito líquido elegível durante o período entre 1 de maio de 2013 e 30 de abril de 2014 serão utilizados para o cálculo do valor de referência. Os dados sobre os saldos de empréstimos elegíveis e do crédito líquido elegível para os períodos de reporte até 30 de abril de 2016 serão utilizados no cálculo do montante máximo de financiamento adicional, no cálculo dos reembolsos antecipados obrigatórios (para períodos de reporte entre 1 de maio de 2014 e 30 de abril de 2016) e para efeitos de controlo. Os dados reportados posteriormente para os períodos até ao vencimento das operações em setembro de 2018 serão utilizados apenas para efeitos de controlo. Todos os outros indicadores incluídos no modelo de reporte são necessários para verificar a coerência interna da informação e a respetiva coerência com os dados estatísticos disponíveis no Eurosistema, bem como para o controlo aprofundado do impacto do programa de ORPA direcionadas.

O enquadramento geral subjacente ao preenchimento do modelo de reporte é proporcionado pelos requisitos de reporte das IFM da área do euro no contexto das estatísticas das rubricas do balanço das IFM (Balance Sheet Information - BSI), como especificado no Regulamento do BCE relativo ao balanço do setor das IFM. As presentes orientações fazem referência aos requisitos da reformulação do Regulamento BSI (BCE/2013/33)2, que se aplica a partir dos dados referentes a dezembro de 20143. Em particular, no que respeita a empréstimos, o n.º 2 do artigo 8.º do Regulamento BCE/2013/33 estabelece que estes “devem ser reportados pelo valor

do respetivo capital em dívida em fim de mês. Os créditos abatidos ao ativo e as depreciações de créditos calculadas de acordo com as práticas contabilísticas aplicáveis devem ser excluídos desse montante. […] os empréstimos não podem ser reduzidos por compensação de outros ativos ou responsabilidades”. Porém, por oposição às regras estabelecidas no n.º 2 do artigo 8.º,

que implicam igualmente um reporte dos empréstimos sem dedução de provisões, o n.º 4 do artigo 8.º estabelece que os “BCN podem autorizar o reporte de empréstimos provisionados líquidos de

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Regulamento (UE) n.º 1071/2013 do BCE de 24 de setembro de 2013 relativo ao balanço do setor das instituições financeiras monetárias (reformulação) (BCE/2013/33), JO L 297, 7.11.2013, p. 1.

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O reporte das IFM ao abrigo do Regulamento BCE/2013/33 terá efeitos a partir do mês de referência de dezembro de 2014. O anterior ato jurídico que formou a base do reporte das estatísticas BSI é o Regulamento BCE/2008/32. Assim, este Regulamento é aplicável ao reporte de dados das ORPA direcionadas para os períodos de referência até dezembro de 2014. Porém, as diferenças entre os dois Regulamentos não são significativas no que respeita ao seu impacto sobre o exercício das ORPA direcionadas, à exceção da definição do âmbito do setor das sociedades não financeiras (ver a nota 5).

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provisões, assim como o reporte de empréstimos adquiridos ao preço acordado no momento da sua aquisição [ou seja, o respetivo valor de transação], desde que essas práticas de reporte sejam aplicadas por todos os agentes reportantes residentes”. As implicações deste desvio das

orientações gerais relativas às rubricas do balanço para o preenchimento do modelo de reporte são analisadas seguidamente em maior pormenor.

O Regulamento BCE/2013/33 deve também ser utilizado como documento de referência no que respeita às definições a aplicar no preenchimento do modelo de reporte – em particular, ver o artigo 1.º relativamente às definições gerais, e as Partes 2 e 3 do Anexo II para uma definição dos instrumentos abrangidos nos “empréstimos” e dos setores de contraparte, respetivamente4. É também de notar que no quadro BSI os juros corridos a receber relativos a empréstimos são, em regra, registados no balanço à medida que forem correndo (ou seja, numa ótica de juros corridos, e não quando forem efetivamente recebidos), mas devem ser excluídos dos dados sobre saldos de empréstimos. Porém, os juros capitalizados devem ser registados como parte dos saldos. Embora grande parte dos dados a reportar no modelo sejam já compilados pelas IFM em conformidade com os requisitos do Regulamento BCE/2013/33, deve ser compilada informação adicional pelas contrapartes elegíveis que participem nas ORPA direcionadas. Para compilar estes dados adicionais, o quadro metodológico das estatísticas BSI, como estabelecido no Manual sobre estatísticas de balanço das IFM5, fornece toda a informação de base necessária; são apresentados mais pormenores em seguida, nas definições dos indicadores individuais.

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INSTRUÇÕES GERAIS DE REPORTE

Estrutura do modelo de reporte

O modelo de reporte inclui uma indicação do período ao qual se referem os dados e agrupa os indicadores em dois blocos: empréstimos a sociedades não financeiras da área do euro e

empréstimos a particulares da área do euro, excluindo empréstimos à habitação. Os dados em

todas as células assinaladas a amarelo são calculados automaticamente a partir dos dados introduzidos nas restantes células, com base nas fórmulas apresentadas. A validação dos dados é também efetuada através do modelo de reporte, através da verificação da coerência entre os saldos e as transações. Os dados são reportados em milhares de euros.

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A classificação setorial das sedes e holdings de sociedades não financeiras no Regulamento BCE/2008/32 foi alterada pelo Regulamento BCE/2013/33 de modo a refletir as alterações nas normas estatísticas internacionais. Ao abrigo do Regulamento BCE/2013/33, as sedes e holdings das sociedades não financeiras são reclassificadas como sociedades financeiras. O reporte de ORPA direcionadas deverá, em princípio, estar em linha com o quadro BSI: com efeitos a partir de dezembro de 2014, os dados não devem abranger as sedes e holdings, sendo que os ajustamentos devem ser transmitidos em conformidade.

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Ver Manual on MFI balance sheet statistics, BCE, abril de 2012, disponível em http://www.ecb.europa.eu. Em

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Definição do “período de reporte”

O período de reporte corresponde ao intervalo das datas a que se referem os dados. Os indicadores relacionados com saldos são reportados no final do mês que antecede o início do período de reporte e no final do período de reporte, ou seja, para o período de reporte entre 1 de maio de 2013 e 30 de abril de 2014, devem ser reportados os saldos em 30 de abril de 2013 e em 30 de abril de 2014. Por sua vez, os dados sobre transações e ajustamentos devem abranger todos os efeitos relevantes registados durante o período de reporte.

Reporte no caso dos grupos de ORPA direcionadas

No caso de uma participação em grupo nas ORPA direcionadas, os dados devem ser reportados, em regra, numa base agregada. Porém, os bancos centrais nacionais (BCN) podem optar por compilar a informação numa base individual, por instituição, se assim o entenderem.

Envio do modelo de reporte

O modelo de reporte preenchido deve ser enviado ao respetivo BCN como especificado nas regras gerais e de acordo com o calendário oficial, que também estipula os períodos de referência que devem ser cobertos em cada envio e qual a data vintage que deve ser utilizada no preenchimento do modelo.

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DEFINIÇÕES

A presente secção apresenta definições pormenorizadas das várias rubricas a reportar no modelo, sendo que a numeração utilizada no modelo de reporte é indicada entre parênteses.

4.1

SALDOS DE EMPRÉSTIMOS ELEGÍVEIS (1 E 4)

Os dados nestas células são automaticamente calculados com base nos valores reportados relativamente às rubricas subsequentes, a saber “Saldos no balanço” (1.1 e 4.1), menos “Saldos

de empréstimos titularizados ou cedidos por qualquer outra forma mas não desreconhecidos do balanço” (1.2 e 4.2), mais “Saldos de provisões para empréstimos elegíveis” (1.3 e 4.3). A

última subrubrica é relevante apenas nos casos em que, ao contrário do que é prática geral nas BSI, os empréstimos são reportados líquidos de provisões.

Saldos no balanço (1.1 e 4.1)

Esta rubrica inclui saldos de empréstimos concedidos a sociedades não financeiras e particulares da área do euro, excluindo empréstimos para compra de habitação. Os juros corridos, em

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contraste com os juros capitalizados, não estão incluídos nos indicadores.

Estas células do modelo de reporte podem ser preenchidas com dados compilados no cumprimento dos requisitos da Parte 2 do Anexo I do Regulamento BCE/2013/33 (Bloco 2 do Quadro 1 sobre stocks mensais).

Para uma definição mais detalhada das rubricas a incluir no modelo de reporte, ver a Parte 2 do Anexo II do Regulamento BCE/2013/33 e a Secção 2.1.4 do Manual sobre estatísticas de balanço das IFM.

Saldos de empréstimos titularizados ou cedidos por qualquer outra forma mas não desreconhecidos do balanço (1.2 e 4.2)

Esta rubrica inclui os saldos de empréstimos titularizados ou cedidos por qualquer outra forma mas não desreconhecidos do balanço. Todas as atividades de titularização devem ser reportadas, quer os veículos de titularização envolvidos sejam residentes ou não residentes.

A Parte 5 do Anexo I do Regulamento BCE/2013/33 (Bloco 5.1 do Quadro 5a sobre dados mensais) abrange a informação necessária sobre empréstimos às sociedades não financeiras e particulares titularizados mas não desreconhecidos, mas não exige a sua desagregação por finalidade. Além disso, os saldos de empréstimos cedidos por qualquer outra forma (ou seja, não através de titularização) mas não desreconhecidos, não são abrangidos pelo Regulamento BCE/2013/33. Para o preenchimento do modelo de reporte são, assim, necessárias extrações de dados adicionais das bases de dados internas das IFM.

Para uma definição mais pormenorizada das rubricas a incluir no modelo de reporte, ver a Parte 5 do Anexo II do Regulamento BCE/2013/33 e a Secção 2.3 do Manual sobre estatísticas de balanço das IFM.

Saldos de provisões para empréstimos elegíveis (1.3 e 4.3)

Estes dados são relevantes apenas para as entidades que, ao contrário do que é prática geral no quadro das BSI, reportam empréstimos líquidos de provisões. No caso de participantes que se apresentem como grupo de ORPA direcionadas, este requisito apenas se aplica às entidades que registam empréstimos líquidos de provisões.

Esta rubrica inclui montantes máximos individuais e coletivos e perdas por imparidade por contrapartida de empréstimos (antes de créditos abatidos ao ativo/depreciações de créditos). Os dados referem-se aos empréstimos elegíveis em balanço, ou seja, excluindo empréstimos titularizados ou cedidos por qualquer outra forma mas não desreconhecidos do balanço.

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Como referido acima, nas estatísticas das BSI os empréstimos devem ser reportados, em regra, pelo valor do capital em dívida, com as correspondentes provisões a serem abrangidas por “Capital e reservas”. Nestes casos, não deve ser reportada em separado informação sobre provisões. Paralelamente, nos casos em que os empréstimos são reportados líquidos de provisões, esta informação adicional deve ser reportada de modo a compilar dados totalmente comparáveis entre IFM.

Quando for prática geral reportar saldos de empréstimos líquidos de provisões, os BCN podem optar por tornar o reporte desta informação não obrigatório. Porém, nesses casos o cálculo ao abrigo do quadro das ORPA direcionadas terá por base os saldos de empréstimos líquidos de provisões6.

Para mais pormenores, ver a referência às provisões na definição de “Capital e reservas” na Parte 2 do Anexo II do Regulamento BCE/2013/33.

4.2

CRÉDITO LÍQUIDO ELEGÍVEL (2)

Estas células do modelo de reporte registam o crédito líquido (transações) concedido durante o período de reporte. Os dados são automaticamente calculados com base nos valores reportados para as subrubricas, a saber “Empréstimos brutos” (2.1) menos “Reembolsos” (2.2).

Os empréstimos renegociados durante o período de reporte devem ser reportados quer como “Reembolsos” quer como “Empréstimos brutos” no momento da renegociação. Os dados de ajustamentos devem incluir os efeitos relacionados com a renegociação de empréstimos.

As transações revertidas durante o período (ou seja, empréstimos concedidos e reembolsados durante o período) devem, em princípio, ser reportadas quer como “Empréstimos brutos” quer como “Reembolsos”. Porém, é também permitido às IFM licitadoras excluir estas operações aquando do preenchimento do modelo de reporte, na medida em que tal alivie o respetivo esforço de prestação de informação. Neste caso, devem fornecer informação no campo “Comentários” do modelo de reporte e os dados sobre ajustamentos aos saldos devem também excluir os efeitos relacionados com estas operações revertidas. Esta derrogação não se aplica a empréstimos concedidos durante o período que sejam titularizados ou cedidos por qualquer outra forma.

A dívida de cartão de crédito, os empréstimos revolving e os descobertos bancários também devem ser tomados em linha de conta. Para estes instrumentos, as variações nos saldos devido à

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Esta derrogação também tem implicações para o reporte de dados sobre créditos abatidos ao ativo/depreciações de créditos, como clarificado mais abaixo.

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utilização ou mobilização de montantes durante os períodos de reporte serão usadas como variáveis de substituição para o crédito líquido. Os montantes positivos são reportados como “Empréstimos brutos” (2.1), enquanto os montantes negativos são reportados (com sinal positivo) como “Reembolsos” (2.2).

Empréstimos brutos (2.1)

Esta rubrica inclui o fluxo de novos empréstimos brutos no período de reporte, excluindo aquisições de empréstimos. O crédito concedido relacionado com dívida de cartão de crédito, empréstimos revolving e descobertos bancários também pode ser reportado, como explicado acima.

Os montantes acrescidos durante o período aos saldos dos clientes devido, por exemplo, à capitalização de juros (por oposição aos juros corridos) e taxas, também serão incluídos.

Reembolsos (2.2)

Esta rubrica inclui o fluxo de reembolsos de capital durante o período de reporte, excluindo os relacionados com empréstimos titularizados ou cedidos por qualquer outra forma não desreconhecidos do balanço. Os reembolsos relacionados com dívida de cartão de crédito, empréstimos revolving e descobertos bancários também podem ser reportados, como explicado acima.

Os pagamentos de juros relacionados com os juros corridos não capitalizados, cedência de empréstimos e outros ajustamentos aos saldos (incluindo créditos abatidos ao ativo e depreciações de créditos) não devem ser reportados.

4.3

AJUSTAMENTOS AOS SALDOS

Estas células do modelo servem para reportar variações nos saldos (reduções (-) e aumentos (+)) durante o período de reporte que não estão relacionadas com o crédito líquido. Estas variações resultam de operações como, por exemplo, a titularização de empréstimos ou a cedência de empréstimos por qualquer outra forma durante o período de reporte, e de outros ajustamentos relacionados com reavaliações devido a variações cambiais, créditos abatidos ao ativo/depreciações de créditos e reclassificações. Os dados nestas células são automaticamente calculados com base nos valores reportados nas subrubricas, a saber “Vendas e aquisições de

empréstimos e outras cedências de empréstimos durante o período de reporte” (3.1) mais

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Vendas e aquisições de empréstimos e outras cedências de empréstimos durante o período de reporte (3.1)

• Fluxos líquidos de empréstimos titularizados que afetam os stocks de empréstimos (3.1A) Esta rubrica inclui o montante líquido de empréstimos titularizados durante o período de reporte que afetam os stocks de empréstimos reportados, calculados como aquisições menos cedências7. São reportadas todas as atividades de titularização, quer os veículos de titularização envolvidos sejam residentes ou não residentes. As cedências de empréstimos são registadas pelo valor nominal líquido de créditos abatidos ao ativo/depreciações de créditos no momento da venda. Estes créditos abatidos ao ativo/depreciações de créditos são reportados, quando identificáveis, na rubrica 3.2B do modelo de reporte (ver mais abaixo). No caso de IFM que reportam empréstimos líquidos de provisões, as cedências serão registadas pelo valor de balanço (ou seja, o montante nominal líquido de saldos de provisões)8.

Os requisitos da Parte 5 do Anexo I do Regulamento BCE/2013/33 (Blocos 1.1 do Quadro 5a sobre dados mensais e Quadro 5b sobre dados trimestrais) cobrem estes elementos.

Para uma definição mais pormenorizada das rubricas a reportar, ver a Parte 5 do Anexo II do Regulamento BCE/2013/33 e a Secção 2.3 do Manual sobre estatísticas de balanço das IFM.

• Fluxos líquidos de empréstimos cedidos por qualquer outra forma que afetam os stocks de empréstimos (3.1B)

Esta rubrica inclui o montante líquido de empréstimos cedidos ou adquiridos durante o período que afetam os stocks de empréstimos em operações não relacionadas com atividades de titularização, e é calculada como aquisições menos cedências. As cedências são registadas pelo montante nominal líquido de créditos abatidos ao ativo/depreciações de créditos no momento da venda. Estes créditos abatidos ao ativo/depreciações de créditos são reportados, quando identificáveis, na rubrica 3.2B do modelo de reporte (ver mais abaixo). No caso de IFM que reportam empréstimos líquidos de provisões, as cedências são registadas pelo valor de balanço (ou seja, o montante nominal líquido de provisões). Os requisitos da Parte 5 do Anexo I do Regulamento BCE/2013/33 cobrem em parte estes elementos. Os Blocos 1.2 do Quadro 5a sobre dados mensais e Quadro 5b sobre dados trimestrais abrangem os dados sobre fluxos líquidos de empréstimos cedidos por qualquer outra forma que afetam os stocks de empréstimos, mas excluem:

i. Empréstimos cedidos ou adquiridos a qualquer outra IFM residente, incluindo

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Esta convenção de sinais (que contrasta com os requisitos do Regulamento BCE/2013/33) está em linha com o requisito geral relativo aos dados de ajustamentos, como acima especificado – nomeadamente, os efeitos conducentes a aumentos (reduções) dos saldos são reportados com um sinal positivo (negativo).

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Como discutido mais acima, o Regulamento BCE/2013/33 permite às IFM reportar empréstimos adquiridos ao respetivo valor de transação (desde que seja prática nacional na totalidade das IFM residentes no país). Nestes casos, as componentes de reavaliação que possam surgir são reportadas na rubrica 3.2B do modelo de reporte.

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cedências intragrupo devido à reestruturação da atividade empresarial (por exemplo, a transferência de um conjunto de empréstimos por uma filial da IFM residente para a IFM-mãe)9;

ii. Cedências de empréstimos no contexto de reorganizações intragrupo devido a fusões, aquisições e cisões.

No preenchimento do modelo de reporte de ORPA direcionadas, devem ser reportados todos estes efeitos. Para uma definição mais pormenorizada das rubricas a reportar, ver a Parte 5 do Anexo II do Regulamento BCE/2013/33 e a Secção 2.3 do Manual sobre estatísticas de balanço das IFM. No que respeita às “Alterações à estrutura do setor das

IFM”, a Secção 1.6.3.4 do Manual sobre estatísticas de balanço das IFM (e a Secção 5.2 do

Anexo 1.1) apresenta uma descrição pormenorizada de cedências intragrupo, distinguindo entre casos em que as cedências são realizadas entre unidades institucionais independentes (por exemplo, antes do desaparecimento de unidades numa fusão estatutária) e as que ocorrem no momento em que algumas unidades deixam de existir; neste caso, deve ser efetuada uma reclassificação estatística. No preenchimento do modelo de reporte de ORPA direcionadas, em ambos os casos as implicações são idênticas e os dados devem ser reportados na rubrica 3.1C (e não na rubrica 3.2C).

• Fluxos líquidos de empréstimos titularizados ou cedidos por qualquer outra forma que não afetam os stocks de empréstimos (3.1C)

Esta rubrica inclui o montante líquido de empréstimos titularizados ou cedidos por qualquer outra forma durante o período de reporte que não afetam os stocks de empréstimos reportados, e é calculada como aquisições menos cedências. As cedências são registadas pelo montante nominal líquido de créditos abatidos ao ativo/depreciações de créditos no momento da venda. Estes créditos abatidos ao ativo/depreciações de créditos são reportados, quando identificáveis, na rubrica 3.2B no modelo de reporte (ver mais abaixo). No caso das IFM que reportam empréstimos líquidos de provisões, as cedências são registadas pelo valor de balanço (ou seja, o montante nominal líquido de saldos de provisões).

Os requisitos da Parte 5 do Anexo I do Regulamento BCE/2013/33 cobrem em parte estes elementos. Os Blocos 2.1 do Quadro 5a sobre dados mensais e Quadro 5b sobre dados trimestrais abrangem dados sobre fluxos líquidos de empréstimos titularizados ou cedidos por qualquer forma que não afetam os stocks de empréstimos, mas os empréstimos a particulares para compra de habitação não são identificados em separado

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De acordo com os requisitos do Regulamento BCE/2008/32, que devem ser aplicados pelas IFM quando reportam estatísticas BSI até ao mês de referência de novembro de 2014, todas as transferências entre IFM da área do euro são excluídas dos fluxos líquidos, e não apenas entre IFM domésticas.

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e, assim, devem ser extraídos das bases internas das IFM em separado. Além disso, como referido mais acima, os requisitos excluem:

i. Empréstimos cedidos ou adquiridos a qualquer outra IFM residente, incluindo cedências intragrupo devido à reestruturação da atividade empresarial (por exemplo, quando uma filial da IFM residente transfere um conjunto de empréstimos para a IFM-mãe); ii. Cedências de empréstimos no contexto de reorganizações intragrupo devido a fusões,

aquisições e cisões.

• No preenchimento do modelo de reporte de ORPA direcionadas, devem ser reportados todos estes efeitos.

Para uma definição mais pormenorizada das rubricas a incluir, ver a Parte 5 do Anexo II do Regulamento BCE/2013/33 e a Secção 2.3 do Manual sobre estatísticas de balanço das IFM.

Outros ajustamentos (3.2)

Os dados sobre outros ajustamentos devem ser reportados para os empréstimos elegíveis em balanço, excluindo empréstimos titularizados ou cedidos por qualquer outra forma mas não desreconhecidos.

• Reavaliações devido a variações cambiais (3.2A)

Os movimentos nas taxas de câmbio face ao euro resultam em variações no valor dos empréstimos denominados em moedas estrangeiras quando são expressos em euros. Os dados sobre estes efeitos são reportados com um sinal negativo (positivo) quando em termos líquidos conduzem a uma redução (aumento) dos saldos, e são necessários para permitir uma reconciliação plena entre o crédito líquido e as variações dos saldos.

Estes ajustamentos não são cobertos pelos requisitos estabelecidos pelo Regulamento BCE/2013/33. No preenchimento do modelo de reporte de ORPA direcionadas, se os dados (ou até mesmo uma aproximação) não estiverem imediatamente disponíveis nas IFM, podem ser calculados de acordo com a orientação proporcionada na Secção 4.2.2 do Manual sobre estatísticas de balanço das IFM. O procedimento de estimativa sugerido limita o âmbito dos cálculos às principais moedas e tem por base os passos seguintes:

i. Os saldos dos empréstimos elegíveis no final do mês que antecede o início do período e no final do período (rubricas 1 e 4) são desagregados por moeda de denominação, centrando-se nos conjuntos de empréstimos denominados em GBP, USD, CHF e JPY (caso estes dados não estejam imediatamente disponíveis, podem ser utilizados os dados sobre o total dos saldos em balanço, incluindo empréstimos titularizados ou

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cedidos por qualquer outra forma mas não desreconhecidos – rubricas 1.1 e 4.1); ii. Cada pool de empréstimos é tratado do seguinte modo (os números equacionais

relevantes no Manual sobre estatísticas de balanço das IFM são apresentados entre parênteses):

• Os saldos no final do mês que antecede o início do período de reporte e no final do período são convertidos para a moeda de denominação original, utilizando as taxas de câmbio nominais correspondentes10 (equações [4.2.2] e [4.2.3]);

• A variação durante o período de referência dos saldos denominados em moeda estrangeira é calculada e reconvertida para euros utilizando o valor médio das taxas de câmbio diárias durante o período de reporte (equação [4.2.4]);

• É calculada a diferença entre a variação dos saldos convertidos em euros, como calculada no passo anterior, e é também calculada a variação dos saldos em euros (equação [4.2.5], com o sinal contrário);

iii. O ajustamento final da taxa de câmbio é estimado como a soma dos ajustamentos para cada moeda.

Para mais informações, ver as Secções 1.6.3.5 e 4.2.2 do Manual sobre estatísticas de balanço das IFM.

• Créditos abatidos ao ativo/depreciações de créditos (3.2B)

De acordo com o Regulamento BCE/2013/33, “depreciação de créditos” significa a redução direta do valor de um empréstimo no balanço (estatístico) devido à sua deterioração (imparidade). Do mesmo modo, “créditos abatidos ao ativo” significa a redução do valor total de um empréstimo, o que implica a sua remoção do balanço. Os efeitos de depreciações de créditos e créditos abatidos ao ativo são reportados com um sinal negativo (positivo) quando, em termos líquidos, originam uma redução (aumento) dos saldos. Estes dados são necessários para permitir uma reconciliação plena entre crédito líquido e variações nos saldos.

No que respeita aos créditos abatidos ao ativo/depreciações de créditos relacionados com saldos de empréstimos em balanço, podem ser utilizados os dados compilados para cumprimento com os requisitos mínimos da Parte 4 do Anexo I do Regulamento BCE/2013/33 (Bloco 2 do Quadro 1A sobre ajustamentos relacionados com reavaliações). Porém, para destrinçar o impacto de créditos abatidos ao

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Devem ser utilizadas as taxas de câmbio de referência do BCE. Ver o comunicado de 8 de julho de 1998 sobre a

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ativo/depreciações de créditos sobre empréstimos titularizados ou cedidos por qualquer outra forma mas não desreconhecidos é necessária uma extração separada de dados das bases de dados internas das IFM.

Os dados sobre saldos de empréstimos elegíveis (rubricas 1 e 4) são, em princípio, corrigidos de provisões nos casos em que os empréstimos são registados líquidos de provisões no balanço estatístico:

• Nos casos em que as contrapartes reportam as rubricas 1.3 e 4.3, os dados sobre créditos abatidos ao ativo/depreciações de créditos devem incluir o cancelamento de provisões anteriores para empréstimos que se tornaram (total ou parcialmente) incobráveis e, além disso, devem também incluir qualquer perda que supere as provisões, quando aplicável. Do mesmo modo, quanto um empréstimo provisionado é titularizado ou cedido por qualquer outra forma, devem ser registados créditos abatidos ao ativo/depreciações de créditos idênticos aos saldos de provisões, com o sinal contrário, por forma a corresponder à variação do valor no balanço, corrigida dos montantes de provisões e do valor dos fluxos líquidos. As provisões podem variar ao longo do tempo em resultado de novas deduções e imparidades para perdas com empréstimos (líquidas de possíveis reversões, incluindo as registadas quando um empréstimo é reembolsado pelo mutuário). Estas variações não são registadas no modelo de reporte de ORPA direcionadas como parte dos créditos abatidos ao ativo/depreciações de créditos (visto que o modelo reconstrói valores sem dedução de provisões)11.

O impacto dos créditos abatidos ao ativo/depreciações de créditos para empréstimos titularizados ou cedidos por qualquer outra forma não desreconhecidos pode não ser desagregado, caso não seja possível extrair dados sobre provisões das bases de dados internas de IFM.

• Quando for prática geral reportar saldos de empréstimos líquidos de provisões, mas as rubricas relevantes (1.3 e 4.3) relacionadas com provisões não forem reportadas (ver mais acima), os créditos abatidos ao ativo/depreciações de créditos devem incluir novas deduções e imparidades para perdas com empréstimos na carteira de empréstimos (líquidas de possíveis reversões, incluindo as registadas quando um empréstimo é reembolsado pelo mutuário)12.

Não é necessário desagregar o impacto dos créditos abatidos ao ativo/depreciações de

11

De notar que este requisito difere dos requisitos de reporte ao abrigo do Regulamento BCE/2013/33. 12

Este requisito corresponde à informação a reportar ao abrigo do Regulamento BCE/2013/33 por IFM que registam empréstimos líquidos de provisões.

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Operações de refinanciamento de prazo alargado direcionadas – orientações para o preenchimento do modelo de reporte, 3 julho 2014

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créditos para empréstimos titularizados ou cedidos por qualquer outra forma mas não desreconhecidos, caso não seja possível extrair dados sobre provisões das bases de dados internas de IFM.

Em princípio, estas rubricas também abrangem as reavaliações resultantes da titularização ou cedência por qualquer outra forma dos empréstimos e o valor de transação difere do saldo nominal quando é registada a cedência. Estas reavaliações são reportadas, quando identificáveis, e devem ser calculadas como a diferença entre o valor de transação e o saldo nominal no momento da venda.

Para mais informações, ver a Parte 4 do Anexo II do Regulamento BCE/2013/33 e a Secção 1.6.3.3 do Manual sobre estatísticas de balanço das IFM.

• Reclassificações (3.2C)

As reclassificações registam todos os outros efeitos não relacionados com o crédito líquido, como definido anteriormente, que implicam variações dos saldos de empréstimos no balanço, excluindo empréstimos titularizados ou cedidos por qualquer outra forma mas não desreconhecidos. Estes efeitos não são abrangidos pelos requisitos estabelecidos pelo Regulamento BCE/2013/33 e o seu impacto é normalmente estimado numa base agregada aquando da compilação das estatísticas macroeconómicas. Porém, são importantes ao nível das instituições individuais (ou grupos de ORPA direcionadas) por forma a reconciliar o crédito líquido com as variações dos saldos.

Serão reportados os seguintes efeitos, relativamente aos saldos dos empréstimos no balanço, excluindo empréstimos titularizados ou cedidos por qualquer outra forma mas não desreconhecidos, aplicando-se a convenção habitual de registo de efeitos conducentes a reduções (aumentos) dos saldos com um sinal negativo (positivo):

i. As alterações à classificação setorial ou área de residência dos mutuários resultam em variações dos saldos reportados que não resultam do crédito líquido e, assim, devem ser registadas13.

ii. As alterações à classificação de instrumentos podem também afetar os indicadores caso os saldos de empréstimos aumentem (diminuam) devido, por exemplo, à reclassificação de um título de dívida (empréstimo) como empréstimo (título de dívida).

iii. A correção de erros de reporte pode também resultar em ajustamentos.

Os efeitos relacionados com cedências de empréstimos que surjam no contexto de uma

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Os efeitos da reclassificação de sedes e holdings de sociedades não financeiras como sociedades financeiras, que terá lugar em dezembro de 2014, serão registados na rubrica 3.2C.

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Operações de refinanciamento de prazo alargado direcionadas – orientações para o preenchimento do modelo de reporte, 3 julho 2014

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reestruturação empresarial e reorganizações intragrupo devido a fusões, aquisições e cisões devem ser reportados na rubrica 3.1.B. Não são necessárias reclassificações relativamente a alterações à composição de grupos de ORPA direcionadas, visto que nesses casos os modelos de reporte teriam de ser reenviados de modo a refletir a nova composição do grupo de ORPA direcionadas.

Para mais informações, ver a Secção 1.6.3.4 do Manual sobre estatísticas de balanço das IFM; porém, as diferenças conceptuais acima realçadas devem ser tomadas em linha de conta para os efeitos de cálculo de dados de reclassificações ao nível das instituições individuais.

Referências

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