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Academic year: 2021

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Unidade

5

Direitos, cidadania e

movimentos sociais

A ideia de cidadania está relacionada ao 

surgimento do Estado moderno e à expectativa 

de que este garanta os direitos essenciais dos 

cidadãos em determinado território.

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Direitos e cidadania

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Capítulo

Direitos e cidadania no Brasil

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Capítulo Uma sociedade com direitos para poucos Para a maioria da população, os direitos de ir e vir  e de propriedade, a inviolabilidade de domicílio e  a proteção da integridade física dependiam do  poder dos coronéis. Até 1920, os valores de liberdade individual  praticamente inexistiam no Brasil.  Os direitos políticos eram igualmente restritos.        Os governantes eram escolhidos por pouquíssimas  pessoas, uma minoria que exercia o direito de voto.

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Capítulo

Direitos e cidadania no Brasil

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Capítulo Somente no final da década de 1920 algumas  pequenas conquistas foram alcançadas, como       os direitos de organização, de manifestação,       de escolha do trabalho e de greve.  Os direitos sociais eram quase inexistentes durante  o período imperial e a República Velha. A assistência      social estava nas mãos das irmandades religiosas        ou de sociedades de auxílio mútuo organizadas       por leigos. O Estado não se envolvia nessa questão.

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Capítulo

Direitos e cidadania no Brasil

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Capítulo O Brasil teve duas constituições nesse período – a de  1824 e a de 1891 –, mas algumas de suas determinações  nunca foram efetivadas. O cumprimento de regulamentações, como a da jornada  de trabalho infantil (1891), não era levado em conta nem  cobrado pelas autoridades. Os movimentos sociais que surgiram nesse período  refletiam muito mais reações aos abusos sofridos do        que proposição de novos direitos.

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Direitos e cidadania no Brasil

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Capítulo A cidadania regulada Entre 1930 e 1964, a situação dos direitos civis e  políticos variou bastante, mas na maior parte do  tempo eles foram restritos ou banidos. Os direitos  sociais, por sua vez, tiveram uma evolução, embora  sob a supervisão do Estado.

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Direitos e cidadania no Brasil

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Capítulo De 1930 a 1945  De 1945 a 1964 Th inks tock/G e tt y  Ia mges Os direitos civis e políticos evoluíram pouco, pois foi  curto o período de vigência de uma constituição liberal. Em 1937 foi implantado o Estado Novo,        regime ditatorial que se prolongou        até 1945. Os direitos civis e políticos retornaram a uma  situação estável, com liberdade de imprensa, de  manifestação e de organização partidária, mas  houve exceções. Th inks tock/G e tt y  Ia mges

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Capítulo

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Capítulo No governo de Getúlio Vargas (1930‐1945; 1950‐1954)  colocaram‐se em prática as reformas trabalhistas no  Brasil. Um dos primeiros atos desse governo foi a criação do  Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio. Em 1943,  foi promulgada a Consolidação das Leis do Trabalho  (CLT), que continua vigente.

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Capítulo Rio de Janeiro, 10 de novembro 1943. Getúlio Vargas em  concentração trabalhista no dia em que começa a vigorar a CLT.   Mobilização e direitos sociais sob o controle do Estado. Ac er vo  Iconogra ph ia Para que esses direitos se efetivassem, foi montada  uma estrutura sindical, previdenciária e jurídica, que  envolveu a criação de diversos órgãos e instituições. Um sindicato tinha seu  funcionamento oficial        permitido apenas se  obtivesse reconhecimento     do Ministério do Trabalho.

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Direitos e cidadania no Brasil

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Capítulo Os direitos cassados e a volta da cidadania Com a implantação da ditadura, em 1964,  direitos civis e políticos foram restringidos.        O governo militar criou os Atos Institucionais  (os AIs) que tornavam lei a falta de direitos. 

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Capítulo AI‐1 (1964) Î cassou por dez anos os direitos de  numerosos militares e líderes políticos, sindicais e  intelectuais e forçou a aposentadoria de funcionários  públicos, civis e militares. AI‐2 (1965) Î aboliu a eleição direta para presidente da  República, extinguiu todos os partidos políticos e impôs  o bipartidarismo. AI‐5 (1968) Î fechou o Congresso Nacional, retomou a  cassação e a suspensão dos direitos políticos e aboliu o  habeas corpus para crimes considerados contra a  segurança nacional.

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Capítulo Os direitos civis básicos foram desrespeitados,  com a proibição das greves, a execução de  prisões arbitrárias, a violação de domicílios e  correspondência e a promoção de tortura nas  prisões. Para que a ditadura parecesse legal, os militares  mantiveram o Congresso Nacional em atividade,  porém totalmente vigiado e com interrupções de  funcionamento quando julgavam necessário. 

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Capítulo Também contribuindo para a  aparência de legalidade, a  Constituição de 1946 foi  mantida, embora desfigurada  pelos Atos Institucionais.  Brasília, 1966: o marechal Costa e Silva no  Congresso Nacional, na sessão que o elegeu  indiretamente presidente da República. Em  seu governo foi promulgado o AI‐5. Robe rt o  St u ckert /Folh a pres s Em 1969 foi votada uma nova  Constituição, que incorporava        os dispositivos jurídicos dos Atos  Institucionais, menos os do AI‐5        e os da Lei de Segurança  Nacional.

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Capítulo Instituto Nacional de Previdência Social (INPS); Fundo de Assistência Rural (Funrural);  Banco Nacional de Habitação (BNH);   Sistema Financeiro de Habitação (SFH). Durante a ditadura militar, os direitos sociais foram  utilizados para deixar transparecer um mínimo de  cidadania e cooptar setores populares.  Foram criados: 

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Capítulo Em 1978 teve início a “abertura” lenta e gradual proposta  pelos militares. O Congresso Nacional pôde votar o fim   do AI‐5 e da censura prévia aos meios de comunicação. Leonel Brizola, depois de um exílio de 15 anos, é recebido  em São Borja, no Rio Grande do Sul, em 1979.  U.  D e ttmar /Fo lha  Ima g em Em 1988, o Congresso  aprovou a Constituição       que vigora até hoje. A votação da Lei de Anistia,  em 1979, permitiu o retorno  ao país dos brasileiros  exilados.

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Capítulo Cidadania hoje A Constituição de 1988 garantiu, pela primeira vez, a  plenitude dos direitos civis, políticos e sociais no Brasil.  Ulisses Guimarães, presidente do Congresso Constituinte,  ergue a nova Constituição brasileira, em 1988. Na chamada Constituição cidadã,  os direitos humanos estão acima   do Estado e legalmente definidos.         No entanto, para que os direitos  humanos sejam respeitados, muita       luta ainda será necessária. Lu la  Marques/Folha  Ima g em

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Capítulo Exercícios Leia um trecho do texto da Constituição de 1988.  1. TÍTULO I Dos Princípios Fundamentais [...] Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa  do Brasil: I ‐ construir uma sociedade livre, justa e solidária; II ‐ garantir o desenvolvimento nacional;

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Capítulo III ‐ erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as  desigualdades sociais e regionais; IV ‐ promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça,  sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. [...] BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Constituição da  República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em:  <www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3% A7ao.htm>. Acesso em: 21 jul. 2010.

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Capítulo 2. Em grupos, pesquisem em jornais e revistas: a) textos sobre a luta de pessoas ou grupos  para garantir os direitos de que trata o artigo  3º da Constituição; b) textos que tratem de pessoas ou grupos  que conquistaram esses direitos. 3. Confeccionem cartazes com o resultado da  pesquisa, justificando a escolha dos textos, e  exponham o trabalho para a turma.

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