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Processo nº 0829252010-4 Acórdão 035/2013

Recurso VOL/CRF- nº 218/2011

Recorrente : AC COMÉRCIO DE PNEUS LTDA Autuado : FABRICIO BARBOSA SOUSA

Recorrida : GERENCIA EXECUTIVA DE JULGAMENTO DE PROCESSOS FISCAIS Repartição : RECEBEDORIA DE RENDAS DE CAMPINA GRANDE

Autuante : EDSON BARBOSA CORDEIRO Relator: : JOÃO LINCOLN DINIZ BORGES

RECURSO VOLUNTÁRIO DESPROVIDO. NOTA FISCAL INIDÔNEA. DIVERGÊNCIA NA TIPIFICAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DAS

MERCADORIAS TRANSPORTADAS. MANTIDA A DECISÃO

RECORRIDA. AUTO DE INFRAÇÃO PROCEDENTE.

As causas de inidoneidade documental são aquelas previstas no RICMS/PB. No caso em tela, flagrou-se documentação fiscal emitida com tipificação e qualificação incompatíveis com as mercadorias transportadas, sem nenhuma justificativa plausível de prova contrária que pudesse amenizar o fato denunciado. Considera-se, para efeito de base de cálculo, o preço corrente das mercadorias na praça do contribuinte ou no local da autuação, na forma prevista pela legislação de regência.

Vistos, relatados e discutidos os autos deste Processo, etc...

A C O R D A M os membros deste Conselho de Recursos Fiscais, à unanimidade, e, de acordo com o voto do relator pelo recebimento do RECURSO VOLUNTÁRIO, por regular e tempestivo, e, quanto ao mérito, pelo seu DESPROVIMENTO, mantendo a decisão singular que julgou PROCEDENTE o Auto de Infração e Apreensão Termo de Depósito nº 486, lavrado contra FABRICIO BARBOSA SOUSA, com exigência de crédito tributário no montante de R$ 36.285,48, sendo ICMS de R$ 12.095,16, por infringência aos artigos 150 c/c 159, IV, “p” c/ fulcro no artigo 143, §1°, III e 659, I e V c/c 38, II, “c”, todos do RICMS/PB, aprovado pelo Dec. 18.930/97, e multa por infração de R$ 24.190,32, conforme artigo 82, inciso V, alíneas “b” da Lei 6.379/96.

Intimações necessárias, junto a Empresa AC COMÉRCIO DE PNEUS LTDA, a cargo da Repartição Preparadora nos termos do artigo 124 da Lei nº 6.379/96.

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Continuação do Acórdão nº 035/2013

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Sala das Sessões Pres. Gildemar Pereira de Macedo, em 08 de fevereiro de 2013.

______________________________________________________ JOÃO LINCOLN DINIZ BORGES - CONSº. RELATOR

RELATÓRIO

Em pauta, Recurso Voluntário interposto nos moldes do artigo 125 da Lei nº 6.379/96, em face de decisão monocrática que julgou PROCEDENTE o Auto de Infração e Apreensão e Termo de Depósito nº 0486 (fl. 03), lavrado em 28 de julho de 2010, contra FABRICIO BARBOSA SOUSA, e que noticia, em síntese, a seguinte irregularidade:

“Em cumprimento ao disposto no parágrafo único do artigo 642 do RICMS/PB, estamos autuando o condutor, acima identificado, tendo em vista transportar mercadorias acompanhadas de documentação fiscal inidônea, haja vista que as notas fiscais descrevem produtos diferentes daqueles transportados.”

Consta às fls. 08 solicitação de Termo de Liberação e Termo de Depósito das Mercadorias, solicitada pela empresa adquirente AC COMÉRCIO DE PNEUS LTDA, fato atendido pela Gerência do 3° Núcleo Regional.

Pelo exposto, foi exigido ICMS no valor de R$ 12.095,16, por infringência aos artigos 143, §1°, I, III e IV c/c 159 IV, “b” e 150 c/c 151 e 160, I c/fulcro nos artigos 659, IV e 38, II, “c”, ambos do RICMS, aprovado pelo Decreto nº 18.930/97, e sendo proposta penalidade na importância de R$ 24.190,32, arrimada no artigo 82, V, “b” da Lei n.º 6.379/96.

A ciência foi proferida, de forma pessoal, na peça acusatória em mesma data de lavratura, onde após prazo regulamentar, compareceu aos autos, na qualidade de terceira interessada, a pretensa adquirente das mercadorias apresentando sua reclamação fiscal.

Relata em sua peça contraditória os fatos ocorridos no dia da autuação, momento em que passou pelo posto fiscal de fronteira com as notas fiscais sendo carimbadas e autenticadas sem qualquer questionamento da fiscalização, porém na cidade de Campina Grande o comando fiscal desconsiderou as notas fiscais criando outras referências com preços unitários que se distanciam da realidade factual, requerendo, assim, a improcedência do feito fiscal.

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Continuação do Acórdão nº 035/2013

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Apresentada a contestação pelo autuante, este refuta todos os pontos abordados na peça reclamatória, informando que a passagem das mercadorias pelos postos fiscais não assegura que todas as mercadorias foram conferidas, visto sua conferência ser amostragem.

No tocante a alegação de criação de referência dos produtos, demonstra que tais fatos devem-se a especificação do próprio produto transportado no tocante a qualidade, espécie, preço e acabamento não se tratando de um mesmo produto como tenta demonstrar a defesa.

Por fim, cita os dispositivos infringidos que garantem a legalidade da autuação, requerendo a manutenção do feito fiscal.

Conclusos os autos, com observação de ausência de antecedentes fiscais pela repartição preparadora, foram encaminhados à Gerência Executiva de Julgamento de Processos Fiscais e distribuídos a julgadora Barbara Maria Ribeiro que, após análise meritória, julgou PROCEDENTE o Auto de Infração, conforme enunciado na sentença de fls. 027 a 031.

Consta nos autos, ciência da decisão monocrática junto ao autuado, conforme ofícios nº 095/2011 às fls. 043.

Em 13 de maio de 2011, a empresa adquirente AC COMÉRCIO DE PNEUS LTDA., interpôs Recurso Voluntário, vindo em forma de questionando a indagar qual o motivo do auto ter sido lavrado em nome do transportador quando as mercadorias tem endereço certo e destinatário devidamente inscrito no local do feito.

Qual a origem das discriminações das mercadorias que são diferentes do distribuidor e em que os preços superavaliados foram baseados.

Por fim, solicita a improcedência da presente medida fiscal.

Passando a contra-arrazoar, o fazendário alega que, no tocante a primeira indagação, a legislação determina que o transportador ser responsável pelo pagamento do imposto e seus acréscimos legais quando aceitar transportar mercadorias acompanhadas de notas fiscais inidôneas.

Sobre a divergência de descrição dos produtos, esta se deve ao fato da nota fiscal descrever mercadorias diferentes daquelas contidas nas etiquetas coladas nas embalagens dos produtos transportados.

Quanto aos preços aplicados, estes decorreram dos valores médios de mercado praticados na cidade de Campina Grande, fato atestado em consulta a própria empresa recorrente e aos seus concorrentes, conforme orçamentos juntados aos às fls. 051 a 054 dos autos.

Concluindo, pede a manutenção da procedência da sentença proferida em primeira instância.

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Continuação do Acórdão nº 035/2013

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VOTO

Antes de adentrar ao mérito, este relator enfoca que o Auto de Infração não apresenta qualquer vício formal ou material em seu lançamento indiciário, onde há uma perfeita correlação entre a infração apurada e a capitulação legal posta na peça acusatória, já que a descrição citada pela fiscalização coaduna-se com o fato imponível apurado pela fiscalização de mercadorias em trânsito, ou seja, encontra-se, plenamente, previsto no Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto nº 18.930/97.

Analisando com extrema prudência e imparcialidade todos os elementos constantes no processo, chega-se a uma ilação ímpar da situação averiguada: As Notas Fiscais de nº 002774 e 002775 encontram-se imersa pela inidoneidade documental, visto a concreta divergência nas especificidades e tipicidades descriminadas dos produtos transportados com aquelas que foram averiguadas no momento da abordagem fiscal, fato este evidenciado na análise comparativa dos produtos transportados frente à descrição dos mesmos na documentação emitida.

De fato, no dia 28 de julho de 2010 o comando fiscal da cidade de Campina Grande, não obstante a carga transportada ter sido objeto de protocolo de etiquetagem efetuado pelo Posto Fiscal de Cruz de Almas flagrou o transporte de mercadorias com documentação fiscal irregular, tendo plena eficácia à vistoria fiscal visto ser realizada de forma instantânea, pontual e que independe dos controles fiscais anteriores, situação que não desqualifica o flagrante presente.

Dessa feita, havendo a constatação de mercadorias em modelos e/ou espécies declaradas em notas fiscais em total desarmonia ou incompatibilidade com a especificação e qualificação apurada pelos auditores fiscais no transporte da carga, faz, por si só, concretizar a flagrante irregularidade da documentação fiscal, tornando imprestável sua cobertura aos produtos transportados em face da diretriz normativa da legislação do imposto.

Visando esclarecer os fatos que geraram a presente contenda e alvitrar o entendimento conceitual da norma regulamentar em vigor, passo a transcrever o disciplinamento regente que norteia a obrigatoriedade de descrição e identificação das mercadorias nas notas fiscais, de acordo com o Ajuste SINIEF 09/97, senão vejamos:

Art. 159. A nota fiscal conterá, nos quadros e campos próprios, observada disposição gráfica dos modelos 1 e 1-A, as seguintes indicações:

IV - no quadro “DADOS DOS PRODUTOS”: (grifo nosso)

p) a descrição dos produtos, compreendendo: nome, marca, modelo, série, espécie, qualidade e demais elementos que permitam sua perfeita identificação (Ajuste SINIEF 09/97);

Pela clareza normativa acima, materializou as situações de fato e de direito, que tornaram irregular a documentação em espécie, visto que a mesma não guarda as exigências e requisitos previstos pela legislação, o que configura plena infração aos artigos 143, §1º, III c/c 659, inciso I e V c/ fulcro no art. 38, inciso II, “c”, ambos do RICMS, aprovado p/ Dec. nº 18.930/97, “in verbis”:

Art. 143. . . ; ; ;

§ 1º É considerado inidôneo, para todos os efeitos fiscais, fazendo prova apenas em favor do Fisco, o documento que:

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Continuação do Acórdão nº 035/2013

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Art. 659. Considera-se em situação irregular, estando sujeita a apreensão, a mercadoria que:

I - não esteja acompanhada de documento fiscal regular, nos termos do art. 159;

(...)

V- não guarde relação com as especificações constantes do documento fiscal, em especial a numeração de fábrica, espécie e quantidade.

Art. 38. São responsáveis pelo pagamento do imposto devido e acréscimos legais: I – omissis . . . ; ; ;

II - o transportador em relação à mercadoria: - - -

c) que aceitar para despacho ou transportar sem documento fiscal, ou acompanhada de documento fiscal inidôneo;

Pela analise do caso, este relator entende que não há uma plena identificação das mercadorias com as que foram encontradas no veículo VW 8140 Placa MGV 7220/PB, visto não guardar similaridade de tipificação, especificação e qualificação com as que estavam declaradas nas Notas Fiscais de nº 02774 e 02775.

Tal situação é de fácil constatação quando se analisa, por exemplo, que a documentação fiscal descrevia a existência de 80 PC de aros K2 13x 5,5 ET 404x100 Black Diamond, quer dizer, apenas um tipo específico do produto de mesma cor de roda, porém a fiscalização em sua conferência constatou existir, na verdade, 80 aros 13, sendo 40 unidades do tipo KR 1560 – Hiper Diamond e 06 unidades do tipo W 1040 – cor Prata GM, comprovando haver rodas de diversas qualificações e cores que desqualificam a regularidade e idoneidade das notas fiscais glosadas.

Assim, fica evidente a incongruência entre os dados declarados na documentação fiscal relativos aos produtos transportados, fato que influencia nos valores de preço de cada tipo de produto, situação que motivou o arbitramento dos produtos na forma regulamentar do art. 19 c/c art. 24, inciso II, parágrafo único, inciso II do RICMS/97, ou seja, “o preço corrente da mercadoria ou sua similar na praça do contribuinte fiscalizado ou no local da autuação, ou o preço FOB à vista da mercadoria, calculado para qualquer operação”, senão vejamos:

Art. 19. Quando o cálculo do tributo tenha por base, ou tome em consideração, o valor ou o preço de mercadorias, bens, serviços ou direitos, a autoridade lançadora, mediante processo regular, arbitrará aquele valor ou preço, sempre que sejam omissos ou não mereçam fé as declarações ou os esclarecimentos prestados ou os documentos expedidos pelo sujeito passivo ou pelo terceiro legalmente obrigado, ressalvada, em caso de contestação, avaliação contraditória, administrativa ou judicial.

Art. 24. Nos seguintes casos especiais o valor das operações ou das prestações poderá ser arbitrado pela autoridade fiscal, sem prejuízo das penalidades cabíveis, observado o disposto no art. 19:

(...)

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Continuação do Acórdão nº 035/2013

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II - fundada suspeita de que os documentos e livros fiscais não refletem o valor real da operação ou da prestação;

Parágrafo único. Para arbitrar o valor das operações ou prestações, nas hipóteses deste artigo, a autoridade fiscal levará em conta um dos seguintes critérios: I – OMISSIS;

II - o preço corrente da mercadoria ou sua similar na praça do contribuinte fiscalizado ou no local da autuação, ou o preço FOB à vista da mercadoria, calculado para qualquer operação;

Em face desta constatação, vejo que coerente foi o arbitramento dos preços dos produtos apreendidos, visto se basear nos valores de mercado, fato que responde a uma das indagações da recorrente, situação que foi confirmada nas consultas formuladas pela fiscalização, inclusive no próprio estabelecimento da recorrente, bem como de seus concorrentes na praça do comércio varejista da cidade de Campina Grande, conforme documentos inseridos às fls. 051 a 054 dos autos.

No tocante ao questionamento dos motivos de lavrar o auto de infração em nome do transportador autônomo e não em nome da empresa adquirente das mercadorias, recorro ao texto normativo previsto no ordenamento tributário paraibano que faz esclarecer os motivos da indagação da recorrente, senão vejamos:

Art. 38. São responsáveis pelo pagamento do imposto devido e acréscimos legais: I – omissis . . . ; ; ;

II - o transportador em relação à mercadoria: - - -

c) que aceitar para despacho ou transportar sem documento fiscal, ou acompanhada de documento fiscal inidôneo;

Em relação ao último questionamento acerca da origem das discriminações dos produtos pela fiscalização, esta se deve ao fato de que as mercadorias flagradas não se coadunavam com as que foram declaradas na documentação fiscal pela empresa emitente, justificando, assim, a divergência de tipicidade e especificidade.

Por conclusão, esta relatoria traz a colação posicionamento pacificado em jurisprudência desta Egrégia Corte, a exemplo do Acórdão n° 114/2008, da lavra da Conselheira Dra. Gílvia Dantas Macedo que retrata a situação em espeque:

RECURSO HIERÁRQUICO. PROVIMENTO PARCIAL. NOTA FISCAL INIDÔNEA. IRREGULARIDADE CONFIRMADA. AUTO DE INFRAÇÃO PARCIALMENTE PROCEDENTE.

Aquele que transportar mercadoria em companhia de nota fiscal inidônea, vez que não guarda identidade com os produtos transportados, é responsável tributário pela infração cometida.

Como se vê, a tipificação da ilicitude fiscal não deixa margem de dúvida sobre a natureza da infração cometida, onde o fato denunciado encontra-se com enquadramento infracionário previsto na lei ordinária do imposto, conforme inteligência emergente do art. 82, inciso V, alínea “b” do ordenamento legal de nº 6.379/96.

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Diante do exposto, confirmaram-se os fatos descritos na peça exordial, não havendo óbice, quanto à total inidoneidade documental.

Pelo exposto,

V O T O - pelo recebimento do RECURSO VOLUNTÁRIO, por regular e tempestivo, e, quanto ao mérito, pelo seu DESPROVIMENTO, mantendo a decisão singular que julgou PROCEDENTE o Auto de Infração e Apreensão Termo de Depósito nº 486, lavrado contra FABRICIO BARBOSA SOUSA, com exigência de crédito tributário no montante de R$ 36.285,48, sendo ICMS de R$ 12.095,16, por infringência aos artigos 150 c/c 159, IV, “p” c/ fulcro no artigo 143, §1°, III e 659, I e V c/c 38, II, “c”, todos do RICMS/PB, aprovado pelo Dec. 18.930/97, e multa por infração de R$ 24.190,32, conforme artigo 82, inciso V, alíneas “b” da Lei 6.379/96.

Intimações necessárias, junto a Empresa AC COMÉRCIO DE PNEUS LTDA, a cargo da Repartição Preparadora nos termos do artigo 124 da Lei nº 6.379/96.

Sala das Sessões Pres. Gildemar Pereira Macedo, em 08 de fevereiro de 2013.

JOÃO LINCOLN DINIZ BORGES Conselheiro Relator

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