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Parque Urbano Linear em Uberlândia-MG

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Revista Eletrônica da Reunião Anual de Ciência – e_RAC Parque Urbano Linear em Uberlândia-MG

Resumo

O artigo aborda sobre a importância dos Parques Urbanos na cidade de Uberlândia e qual sua verdadeira função e benefício que pode trazer ao homem. Nos últimos anos a população aumentou muito e diminuíram os espaços de convivência ao ar livre, pois o processo de urbanização a cada dia ocupa e destrói ainda mais as áreas verdes. Levar a consciência de que é preciso respeitar o meio ambiente e o lugar em que vivemos. A proposta projetual visa criar um espaço público diferente dos demais, que atende diversas classes sociais levando ao usuário mesmo que inconscientemente o amor pela natureza.

Palavras-chave: Meio Ambiente, Áreas Verdes, Consciência, Amor.

1-Introdução

Muito se tem discutido, recentemente, acerca de como está a saúde do nosso planeta. Cada vez mais o homem e sua ganancia fazem de tudo para conseguir o que querem, mais dinheiro, luxo poder, bens materiais, sem pensar nas consequências causadas ao meio ambiente, passando por cima do respeito, do amor e de sua própria moradia ao qual o acolheu e não soube retribuir, a mãe Terra.

Vivemos hoje em uma “selva de pedra”, ruas e calçadas pavimentadas, impossibilitando a respiração da terra, as árvores ainda são poucas, não o suficiente para proporcionar sombra nos protegendo do calor, e o pior, tem sua vida reduzida a 40% causados pelos danos como fuligem, depredação, o lixo, o barulho, entre outros. Como a cidade é carente de Parques Urbanos, e Praças planejadas as alternativas são poucas para escapar do estresse urbano, os espaços não correspondem à tamanha procura pelo conforto e bem estar social.

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Um Parque Urbano é como um “pulmão verde” dentro da cidade. As espécies arbóreas contribuem com a redução da poluição sonora, e os ventos, mantendo a umidade do ar, tornando sua qualidade melhor. É um espaço livre de edificações, ligado a um conjunto de equipamentos públicos de caráter cultural como casas de espetáculo, museus, e centros culturais. Poder agregar tudo isso em um espaço é obter resultados de que é possível ainda salvar a população de sua ignorância e levar sabedoria e educação, pois, Thoreau, citado por Franco (1854), afirma que O homem não está acima da natureza, mas é parte integrante dela.

Contudo esta é a proposta, criar um ambiente de lazer, capaz de suprir as necessidades do homem, melhorar a autoestima e elevar a alma. Um processo de transformação do ser humano, que vai atender e beneficiar os moradores do Shopping Park, já que sítio se situa bem no meio do bairro. Um lugar não planejado, onde a mata já estabeleceu o seu bioma, não permitindo o seu loteamento por lei, e como fica em desuso e as áreas ao redor em sua maioria não foram edificadas, em certos horários da noite ou manhãzinha fica perigoso a passagem dos pedestres.

No entanto o trabalho tem como objetivo propor um espaço de lazer traduzido em um parque urbano, dando ênfase aos benefícios que natureza trás ao homem. Levar cultura e educação e assim mudar a perspectiva de vida população local. Criar um espaço de interação com o meio ambiente onde elas possam expor sua arte, que promova saúde e bem estar consigo mesmo, trazendo benefícios psicológicos, sociais e físicos à saúde para reduzir o sedentarismo e amenizar o estresse do cotidiano urbano.

A justificativa se dá pela cidade de Uberlândia possuir poucos parques e praças. No setor sul não há áreas de recreação junto a um espaço público, já que o sítio tem grande potencialização para a realização de um parque urbano, preparado e projetado para dar mobilidade aos moradores dos bairros próximos, mudança das condições e benefícios sociais.

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2-Metodologia

Como metodologia para elaboração do projeto destaca-se os estudos de caso, ao qual irão inspirar na elaboração do projeto, junto à analises e diagnósticos da área com seu entendimento à topografia e sensibilidade, pesquisas online e leituras à livros foram embasados para as fundamentações teóricas.

3-A cidade e os Parques

Desde a Revolução Industrial, pessoas buscavam novas oportunidades de emprego e uma melhoria da qualidade de vida, do campo para a cidade em busca de um novo horizonte. Mas nem tudo é como parece, ao se deparar com a dura realidade o sonho virou pesadelo. Ruas insalubres, poluição, proliferação de doenças, pobreza e exploração abusiva do trabalho, assim era a vida nas urbanizações da França. A maior parte da população hoje, moram nas cidades, pela procura por trabalho, oportunidade de estudos, infraestrutura, proporcionando um bem estar maior, mas se esquecem que o campo sempre esteve ligado à vida urbana. Quando se observa o barulho do ambiente em que vivemos com o som do campo é perceptível a calmaria e o relaxamento imediato que acontece no nosso corpo e mente, pois nem só de trabalho vive o homem, é necessário uma válvula de escape.

Para a amenização desses problemas o melhor é a conservação das áreas verdes e junto à sua conscientização. Pesquisadores utópicos do século passado já previam a falta dos recursos, muita das vezes a própria natureza que é autossuficiente não consegue repor o que foi perdido, pois é considerada um organismo vivo. Além disso a concentração de construções é imensa, à medida que a cidade e a população cresce, faltam os espaços livres, tornando os habitantes prisioneiros de seu trabalho e de sua própria casa e isso gera desanimo ao cidadão, que é pego pela monotonia, assim o deixando estressado e podendo levar à depressão.

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Levando-se em consideração esses aspectos, entendemos que as áreas verdes são como um filtro, que separam, purificam e dão uma nova qualidade de vida urbana, limpando o caos causado pelo homem e o seu descaso com a natureza. Em virtude do que foi mencionando só nos resta esperar que as pessoas tomem consciência e atitude de mudança, os recursos do planeta não são inesgotáveis, e se não houver um cuidado e um planejamento ambiental a humanidade sofrerá graves consequências, como vivemos hoje com a falta d’água.

3.1-O Parque Urbano como o pulmão da cidade

O ser humano não consegue viver sem respirar, basta alguns minutos e o cérebro vai perdendo a consciência, assim é com a natureza pois os Parques Urbanos funcionam também como áreas de respiração para a cidade. O meio ambiente possui seu próprio metabolismo, capaz de se manter e se regenerar.

Franco (1994, p. 96) afirma que “Essa análise faz ocorrer aos ecólogos que todo ecossistema se comporta, no plano termodinâmico, como um organismo vivo.”

A urbanização é uma das áreas de mais importância para o homem, mas é feita sobre o meio ambiente, não respeitando suas áreas de sensibilidade e muito menos o “espírito” do local. Muitos ainda não enxergam que os ecossistemas também contribuem para a preservação das espécies de árvore, quanto ave-fauna, compondo o bioma, sendo assim a morada desses animais.

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Parques e Praças são o despoluente das ações de urbanização presente, ações estas que geram um grande impacto ambiental, e o único meio de preservar o meio ambiente é mantendo estas áreas intactas, ou seja minimizar as ações antrópicas. Segundo Franco:

De acordo com a resolução 001 do Conama (23/1/86), pode-se definir “impacto ambiental como qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causadas por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas [...]”, que afetam:1 – a saúde, a segurança e o bem-estar da população; 2 – as atividades sociais e econômicas; 3 – a biota; 4 – as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; 5 – a qualidade dos recursos ambientais. (FRANCO, 2001, P.28) O Parque Urbano se encaixa perfeitamente aos princípios do Planejamento Ambiental, sendo uma importante área de lazer e recreação inserida na cidade, é uma fuga, pois a população anda sobrecarregada e em níveis de estresse máximo. O “pulmão verde” dá novos ares, permitindo que toda a tensão causada pelo excesso de trabalho, ou preocupações da vida, sejam amenizados. Sua função é fazer com que o usuário se sinta à vontade para fazer exercícios físicos, eliminando a ansiedade, respirando ar fresco das árvores, e sentir os pés na terra.

É bom ter um momento consigo mesmo, colocar as ideias nos devidos lugares e assim prosseguir com discernimento, o que ainda hoje muitos tem essa dificuldade por conta de suas vidas aceleradas e sem saber como parar. Já que o assunto discutido é um órgão vital, o cérebro é também atingido pelas doenças mentais.

A importância desses espaços abertos para a população traz momentos de lazer, entretenimento e descontração, dar ao usuário momentos de sol, sair do lugar fechado, do isolamento, e ir para um ambiente saudável que traga a integração entre as pessoas.

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A Conservação do meio ambiente é quando o homem, utiliza os benefícios que a natureza trás, sem prejudica-la, assim como o Parque Urbano, que não oferece nenhum risco, como desterrar áreas de proteção permanente, que é proibido por leis, utilizando também o mínimo gasto de energia. As pessoas devem ser mais sensíveis à contemplação, ou demoradamente admirar as áreas verdes, uma vez que a mãe Terra nos retribui de graça sem nos explorar, como faz o “bicho” homem.

3.2-O homem e a necessidade de contato com a Natureza

É preciso ter um “olhar verde” sobre as coisas, onde o indivíduo consiga chegar a um estado total de consciência ao passar a perceber quais os problemas geradores da degradação ambiental (Figura 7). O contato do homem e a natureza está na poderosa junção, ao qual permite a prolongação e longevidade da vida dos seres vivos e da Terra. Os seres racionais, são tão capazes de conservar e proteger o meio ambiente quanto causar sua ruína completa.

De acordo com a EMBRAPA (2000), a arborização é um componente de grande importância urbana. Além da função paisagística, ela proporciona outros benefícios à população tais como: purificação do ar pela fixação de poeiras e gases tóxicos e pela reciclagem de gases através dos mecanismos fotossintéticos; melhoria do microclima da cidade, pela retenção de umidade do solo e do ar e pela geração de sombra, evitando que os raios solares incidam diretamente sobre as pessoas; redução na velocidade do vento, influência no balanço hídrico, favorecendo a infiltração da água no solo e provocando evapotranspiração mais lenta; abrigo à fauna, propiciando uma variedade maior de espécies, e o que influencia positivamente ao ambiente, pois propicia maior equilíbrio das cadeias alimentares e diminuição de pragas e agentes vetores de doenças e amortecimento de ruídos.

Inspirando-se nos modelos de outros países, os Parques Urbanos no Brasil, repetiam o estio que os parques ingleses e franceses adotavam. A princípio era só uma composição do cenário urbano ligado ao embelezamento que isso proporcionava à cidade, frequentado por classes elitizadas onde a

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ostentação era mais importante que os benefícios à própria saúde, lazer ou recreação. O que antigamente continha uma intenção estética, hoje está carregada de necessidades, ampliou-se os espaços livres, constituídos por praças, largos, esquinas abertas, e arborização. Essa composição paisagística ambiental serve para a cidade respirar e para a população realmente descontrair e sair do seu lugar fechado e isolamento.

Além disso, o andamento da urbanização brasileira se intensificou a partir da década de 50, graças a crescente população e atividades econômicas com novas maneiras de se produzir, intensificando assim o consumo (MACEDO, 2001, p.17). São Paulo e Rio de Janeiro foram os pioneiros dessa nova transformação, pois essas duas metrópoles desde antigamente já carecia de espaços ao ar livre para dar a população momentos de entretenimento. No século XX criou se um novo modelo de parques, vinculando-se aos princípios urbanísticos, que fazem parte a recreação e a circulação.

Pela observação dos aspectos analisados, conclui-se que a necessidade do homem em contato com a natureza reforça sua existência, se firmando na busca pela relação espiritual e mudança dos maus hábitos cotidianos. A mãe Terra é capaz de mudar e transformar o homem à medida que ele é dependente de seu “leite”, que o sustenta e fortifica. Portanto o orgulho deve ficar para traz, pois existe vida em abundância, basta saber aproveitá-la.

4-Uberlândia Parques e Praças

A cidade de Uberlândia é carente de parques e praças porém a maioria delas são pontos de encontro, local para espairecer, namorar, e precisam de revitalização como a restauração de bancos e calçadas. Os bairros também não foram pensados e os canteiros de árvores ainda não são proporcionais as necessidades dos uberlandenses. Parques como do Sabiá e do Siqueirolle são insuficientes para portar tamanha massa urbana, já que a cidade nos últimos anos vem crescendo desenfreadamente.

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O terminal central está quase sempre lotado, os ônibus, tanto motoristas e passageiros reclamam das péssimas condições de locomoção. Ambientes sujos, e uma concentração de poeira e lixo tomam conta do lugar (Figura 1). Os veículos e a administração já não estão se importando com a questão da higienização e o que um dia tornou-se epidemia com a vinda da gripe suína, hoje ninguém lembra mais.

Figura 1: Plataformas do Terminal Central lotadas no início da manhã e as pessoas não respeitam a faixa amarela de segurança.

Fonte:http://www.correiodeuberlandia.com.br/cidade-e-regiao/paralisacao-afeta-circulacao-de-43- linhas-de-onibus-em-uberlandia/

No entanto, Uberlândia possui um sistema viário bem satisfatório e rápido transporte, porém será necessário descentralizar o meio e ao mesmo tempo desafogar o excesso de pessoas que sempre reclamam de estarem cansadas porque os ônibus infelizmente são poucos para atender à demanda uberlandense. Uma viagem que gasta 20 minutos parece ser uma eternidade por conta da super. lotação, causando bastante estresse pois todos estão exprimidos e com dificuldade de respiração e na pressa de chegar a determinado

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local, ao tentar entrar no ônibus algumas delas acabam sofrendo graves consequências como acidentes fatais em terminais por atropelamento.

As estações que estão inseridas na via arterial João Naves de Ávila atendem perfeitamente e com segurança à população, uma ideia genial ao qual vemos resultados no fácil acesso a outros bairros. Nesses corredores, os canteiros são largos, gramados com boa saúde e arborização de pequeno, médio e grande porte, o que ainda não é suficiente, mas em relação ao terminal central a satisfação de pegar um ônibus nesses pequenos “vagões” é outra. A natureza ali presente transforma o ambiente deixando-o mais agradável aos olhos, é limpo e saudável para os pulmões, e menos lotado. (Figura 2.)

Figura 2: Corredor João Naves e as estações.

Fonte:http://www.correiodeuberlandia.com.br/entretenimento/ projeto-leitura-ponto-e-lancado-nas-estacoes-de-onibus/

A composição de áreas verdes exercem função importante nos centros urbanos, sendo responsável por uma série de benefícios ambientais e sociais que melhoram a qualidade de vida nas cidades. Arborizar uma cidade não significa apenas plantar árvores em ruas, jardins e praças, criar áreas verdes de recreação pública e proteger áreas verdes particulares. A arborização urbana passa a ser vista nas cidades como importante elemento natural reestruturador

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do espaço urbano, pois aproxima as condições ambientais normais da relação com o meio urbano.

Entende-se por arborização urbana toda cobertura vegetal de porte arbóreo existente nas cidades. Essa vegetação ocupa, basicamente, três espaços distintos: as áreas livres de uso público e potencialmente coletivas, as áreas livres particulares e acompanhando o sistema viário. (EMBRAPA, 2000).

No Município de Uberlândia os Parques figuram como ecossistemas naturais do Bioma Cerrado totalizando aproximadamente 4 milhões de metros quadrados de áreas protegidas, especialmente destinadas à proteção e manutenção da diversidade biológica local e de seus recursos naturais e culturais associados. Os Parques Municipais como um todo, guardam expressivas e peculiares paisagens do Cerrado - são ambientes de Vereda, de Mata Ciliar e de Mata Seca com atributos da fauna e da flora que constituem verdadeira beleza mineira.

Encravados no meio urbano, estes espaços somam 2,8 milhões de metros quadrados de áreas verdes ocupando cerca de 2% da área correspondente ao

sítio urbano. Estes espaços verdes são os Parques:

Ecológico São Francisco;

Parque Natural Municipal do Óleo;

Parque Natural Municipal Victório Siquierolli;

Parque Municipal Distrito Industrial;

Parque Municipal Luizote de Freitas;

Parque Municipal Mansour;

Parque Municipal Santa Luzia;

Parque do Sabiá;

Parque Linear rio Uberabinha;

Unidades de Conservação;

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Dessa forma, Uberlândia é uma cidade capaz de proporcionar melhoria à suas áreas verdes urbanas. Graças a uma conscientização e também para seu próprio benefício, alguns morados ajudam a cuidar de praças e ruas, percebe-se um carinho para com estes espaços. Quanto mais pessoas envolvidas, melhor é para as condições de uso e conservação desses ambientes.

5- Estudos de Caso

Os estudos de caso vem a contribuir na elaboração do trabalho final de graduação (TFG) como leitura de projeto, onde serão analisados os elementos mais importantes, sendo os três bem diferentes, porém cada um com sua peculiaridade. Nesse conjunto foram analisados os seguintes aspetos:

• Contato do homem com a natureza;

• Interação da Natureza com o meio Urbano. • Atividades Educativas;

• Espaços de Lazer e Cultura.

Os Parque Urbanos a serem apresentados são dissemelhantes aos que somos acostumados a frequentar, pois o artista expõe o sentimento em sua obra, e claro, deixa um diferencial. A permissão para entrar na mata é dada através de trilhas que se cruzam ao meio da floresta, assim o usuário inter-relaciona com parque e o meio ambiente. A contemplação também é um dos fatores aos quais as pessoas buscam quando vão a esses parques, outro coadjuvante é pista de caminha como uso de atividades físicas, fora às atividades gratuitas oferecidas à população frequentadora. Por isso tudo é que se deu-se a escolha desses importantes parques urbanos citados em listas de melhores parques urbanos do mundo. São eles:

Parque Güell – Barcelona, Espanha; Parque Burlle Marx – São Paulo, SP; Tianjin Park – China.

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5.1- Parque Guell, Barcelona

Construído por Antoni Galdi, o Parque Güell foi destinado a um grupo seleto de pessoas e não para um público em geral. Revelando-se um fracasso comercial em 1922, foi em 1926 inaugurado como parque público. Classificado pela UNESCO como patrimônio da Humanidade em 1984. O Parque é um reflexo da plenitude artística de Galdi; pertence à sua etapa naturalista (década de 1900), período no qual o arquiteto catalão aperfeiçoou o seu estilo pessoal, inspirando-se nas formas orgânicas da natureza e pondo em prática uma série de novas soluções estruturais. (Figura 3.)

Figura 3: Implantação do Parque Guell.

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Este estudo de caso inspira-se nas formas Orgânicas da Natureza, na desconstrução da paisagem e é feito com elementos arquitetônicos extraídos do próprio local. É de beleza incomparável este projeto, pois carrega em si várias histórias e lembranças. Muito bem conservados, os elementos perduraram anos e continuam em bom estado, porém o Parque não possui rios, lagos ou fontes naturais, e seus pontos de lazer são poucos, já que é destinado a contemplação e ao turismo de Barcelona.

Figura 4: Vista de Barcelona desde o ponto da cruz, o mais alto da cidade. Fonte: http://www.roundalia.com/parque-guell-barcelona

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5.2-Parque Burlle Marx, São Paulo

Situado em São Paulo, SP, o Parque Burle Marx possui uma importante função na composição de áreas verdes da cidade de São Paulo, pois contribui para a melhoria da qualidade do ar, redução da poluição sonora, preservação da fauna e da flora, amenização dos efeitos das “ilhas de calor”, além de servir de agradável espaço para o lazer da população.

Figura 5: Vista do gramado xadrez e a parede escultórica, privilegiando as palmeiras imperais. Fonte: http://parqueburlemarx.com.br/o-parque/

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Além da ampla fauna e flora, esta área de 138 mil m², este parque é totalmente voltado para o lazer contemplativo e sua principal finalidade é a aproximação da população com a natureza (Figura 4), proporcionando agradáveis passeios adentro da vegetação constituída de espécies remanescentes da Mata Atlântica, sendo sua fauna superior a 89 espécies, na grande maioria ave fauna.

Figura 6: Implantação do Parque. Fonte: http://ny2rio.com/?p=5236.

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5.3-Tianjin Park, China

Este é um parque de vinte e dois hectares na cidade costeira do norte de Tianjin, China. A rápida urbanização havia mudado um campo de tiro periférica em um depósito de lixo e pia de drenagem para águas pluviais urbanas; o local era pesado poluído, cheio, deserto, e cercado por favelas e estruturas frágeis temporárias, que haviam sido derrubadas antes do projeto ser encomendado.

Figura 7: Implantação do parque

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O objetivo geral do projeto é a criação de um parque que pode fornecer uma diversidade de serviços da natureza para a cidade e os residentes urbanos envolventes, incluindo contenção e purificação de águas pluviais urbana (Figura 8.); melhorar o solo alcalino-salina através de processos naturais; recuperação da paisagem regional; com vegetação nativa de baixa manutenção; proporcionar oportunidades de educação ambiental sobre paisagens nativas e sistemas naturais, gestão de águas pluviais, melhoria do solo e sustentabilidade da paisagem; e criando uma experiência estética acarinhados.

Figura 8: Vegetação nativa de baixa manutenção que contribui com a melhoria do solo. Fonte: http://www.turenscape.com/english/projects/project.php?id=339

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6-Localização da Área

A área para projeto de um Parque Urbano está inserido na zona sul do Bairro Shopping Park em Uberlândia, Minas Gerais.

Figura 9: Sequência de mapas do brasil até a área de projeto. Fonte: O Autor.

A área de projeto possui 50 ha e entre ela passam as avenidas Nicomedes Alves dos Santos e a avenida Argemiro E. Ferreira. Está localizada num dos bairros mais longes da cidade e onde as pessoas mais precisam de lazer, cultura e educação.

Figura 10: Área de projeto Fonte: Google Earth 06/2015

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7-Conceito: Biofilia

Do grego as palavras Bio = Vida e Phylia = Amor. BIOFILIA é tratada não só como o "amor à vida", mas como a importância e a necessidade de tudo o que envolve e participa de qualquer tipo de vida, como o ar, a terra, e a água que são elementos de composição e interação do homem com Parque Urbano mostrando sua gratidão. A intenção é de proteger a área de todo e qualquer impacto antrópico e como são divididas em duas partes, a área BIO por ser APP é mais sensível e está ligada a essência da vida onde o córrego do lajeado deságua no rio Uberabinha e as espécies de árvores formam uma manta de verde protegendo o solo e dando abrigo às espécies ave-fauna. A parte onde o solo é mais resistente permitindo uma maior concentração de pessoas é a Filia, onde serão construídos espaços de interação e lazer promovendo o amor, a compaixão e o contato entre as pessoas.

8-Partido Arquitetônico

O Partido Arquitetônico surge com o que o Xamanismo representa, é um

termo genericamente usado em referência a práticas

etnomédicas, mágicas, religiosas (animista, primitiva) e filosóficas (metafísica), envolvendo cura, transe, supostas metamorfoses e contato direto entre corpos e espíritos de outros xamãs, de seres míticos, e dos animais, que segundo o xamanismo cada um tem sua interpretação de acordo com o que o homem necessita em determinado momento de aflição ou sofrimento, levando a sabedoria, mostrando como se comportar e agir de acordo com o ensinamento do animal. É uma filosofia de vida muito antiga, que visa o reencontro do homem com os ensinamentos e fluxo da natureza e com seu próprio mundo interior. Na realidade é um conjunto de ensinamentos milenares que, através da tradição de tribos indígenas do mundo todo, foram sendo passadas até os dias de hoje.

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Ligando toda essa arte ao conceito, foi assim que surgiram os caminhos do Parque Urbano, todo o processo de seu formato e partido teve uma busca, uma inspiração, real e ao mesmo tempo pertencente a um plano espiritual, sem mesmo ao saber do que ia sair as trilhas em busca de vida e amor, prova existente.

Figura 11: Desenhos sobre a cultura indígena.

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9-Proposta de Projeto

Área Filia – Espaços de lazer e recreação serão introduzidos com o intuito de promover a ação do homem e o seu contato. Entre eles quadra de jogos, playground, praças de evento e interação. Bosques Frutíferos também estarão disponíveis livremente para os usuários, além da área ser composto por enfermaria, quiosques, administração, estacionamento, banheiros e portaria.

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Área Bio – Composta por uma grande concentração de massa verde, onde nota-se a conservação das árvores e no meio delas trilhas ecológicas onde o usuário poderá sentir a energia e a força da natureza. Praças e pontos de ônibus estarão disponíveis para o acesso e um grande viveiro de mudas para o plantio e disseminação de espécies arbóreas. Área composta também por jardins sobre o reino da Filogenia remetendo ao início da vida. Lembrando que o córrego do Lajeado passa pelo meio das duas áreas desaguando no Rio Uberabinha.

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10-Conclusão

Contudo o trabalho visa não só melhorar a qualidade de vida das pessoas, como busca preservar a mata ciliar, que também é uma massa de vegetação bastante importante junto dos fundos de vale protegendo as nascentes, e têm sua beleza, carregando consigo inúmeras espécies de vida seja ela animal ou vegetal dentre várias outras. O intuito real é transformar vidas, levar à população o que ela precisa para conseguir vencer o mal do século, a depressão.

A importância do Parque Biofilia simboliza os caminhos da vida e todo o trajeto percursado por nós, dentre as dificuldades e o achar-se de volta ao caminho certo, passar pelo perigo e sair ileso, em busca pela vida, onde o sague pulsa sem parar, irrigando o que preciso ser molhado para que a nova vida venha brotar. É raro hoje ver na cidade um rego d'água no meio de duas avenidas, e se medidas não forem tomadas, logo o lugar não existirá mais, pois o avanço da urbanização irá devastar o que ainda sobra de vegetação. Desde sempre ao homem e a natureza andaram juntos, só que foram afastados pela alienação da tecnologia excessiva, passando por cima da compaixão, e dos detalhes simples da vida que não damos atenção. É necessário ter esse contato de volta e mantê-lo sempre por perto. Lembrando que por mais que o concreto cubra a terra, ela sempre estará pronta para ser utilizada e em estado fértil precisando apenas de água para tudo renascer.

11-Referências

DEL RIO, V. Introdução ao Desenho Urbano no processo de planejamento. S. Paulo: Pini, 1990

FRANCO, Maria Assunção Ribeiro. Desenho ambiental - Uma Introdução à

Arquitetura da Paisagem com o

Paradigma Ecológico. S. Paulo: Annablume: Fapesp, 2000.

FRANCO, Maria Assunção Ribeiro. Planejamento Ambiental – Para uma

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HAROUEL, Jean Louis. História do Urbanismo. Tradução Ivone Salgado, Campinas, SP: Papirus Editora, 1990.

MACEDO, Silvioilvo Soares,SAKATA,Francine Gramacho .Parques Urbanos

no Brasil. São Paulo: Publifolha, 2003.

MASCARÓ, J.L. Manual de loteamentos e urbanização - ARQ- 1206 -

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