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MARCOS DA SILVA DE OLIVEIRA

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO – UNEMAT

MARCOS DA SILVA DE OLIVEIRA

A CONTINUIDADE COMO CONDIÇÃO DE

ACESSIBILIDADE EM CALÇADAS

SINOP-MT

2014/2

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO – UNEMAT

MARCOS DA SILVA DE OLIVEIRA

A CONTINUIDADE COMO CONDIÇÃO DE

ACESSIBILIDADE EM CALÇADAS

Projeto de Pesquisa apresentado à Banca Examinadora do Curso de Engenharia Civil – UNEMAT, Campus Universitário de Sinop-MT, como pré-requisito para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil.

Prof. Orientador:

Prof. Dr. Denizalde Jesiél Rodrigues Pereira.

SINOP-MT

2014/2

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Bairro Jardim das Nações 2012/1. ... 13

Figura 2 – Modelo 01 para calçadas de 2,30 aos 2,50 metros. ... 16

Figura 3 – Modelo 02 para calçadas de 2,50 aos 2,80 metros. ... 17

Figura 4 – Modelo 03 para calçadas de 2,80 aos 3,20 metros. ... 17

Figura 5 – Modelo 04 para calçadas de 3,20 aos 3,80 metros. ... 18

Figura 6 – Modelo 05 para calçadas de 3,80 aos 4,80 metros. ... 18

Figura 7 – Modelo 06 para calçadas acima de 4,80 metros. ... 19

Figura 8 – Aplicação do Software nas calçadas de meio de quadra. ... 19

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LISTA DE ABREVIATURAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas UNEMAT – Universidade do Estado de Mato Grosso UFMT – Universidade Federal de Mato Grosso UNIC - Universidade de Cuiabá

FASIPE - Faculdade de Sinop

TCC – Trabalho de Conclusão de Curso NBR – Norma Brasileira Regulamentadora

PRODEURBS – Núcleo de Desenvolvimento Urbano de Sinop CAD – Computer Aided Design

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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

1. Título: A Continuidade como Condição de Acessibilidade em Calçadas 2. Tema: Engenharia Civil (30100003)

3. Delimitação do Tema: Construção Civil (30101000) 4. Proponente: Marcos da Silva de Oliveira

5. Orientador: Prof. Dr. Denizalde Jesiél Rodrigues Pereira

6. Estabelecimento de Ensino: Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT

7. Sujeitos da Pesquisa: População em geral, Poderes Públicos, Profissionais e Acadêmicos de Engenharia Civil, Arquitetura e Direito.

8. Localização: Avenida dos Ingás, nº 3001 Jardim Imperial, Sinop-MT, CEP: 78555-000, Brasil.

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SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS ... I LISTA DE ABREVIATURAS ... II DADOS DE IDENTIFICAÇÃO ... III

1 INTRODUÇÃO ... 5 2 PROBLEMATIZAÇÃO ... 7 3 JUSTIFICATIVA... 8 4 OBJETIVOS ... 9 4.1 OBJETIVO GERAL ... 9 4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ... 9 5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ... 10 6 METODOLOGIA ... 11 7 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ... 12

7.1 CONSTRUÇÃO DO OBJETO DA PESQUISA ... 12

7.2 RECONHECIMENTO DA REALIDADE A SER TRABALHADA ... 13

7.3 CONSTRUÇÃO DOS MODELOS DE PADRONIZAÇÃO ... 15

7.3.1 Modelo 01 ... 16 7.3.2 Modelo 02 ... 16 7.3.3 Modelo 03 ... 17 7.3.4 Modelo 04 ... 17 7.3.5 Modelo 05 ... 18 7.3.6 Modelo 06 ... 18

7.4 CONSTRUÇÃO DE UM SOFTWARE PARA APLICAR OS MODELOS DE PADRONIZAÇÃO ... 19

7.5 ENGAJAMENTO DA POPULAÇÃO PARA O USO DOS MODELOS ... 21

7.6 QUALIFICAÇÃO DO DEBATE ... 21

8 RECURSOS HUMANOS ... 22

9 CRONOGRAMA ... 23

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1 INTRODUÇÃO

A cidade de Sinop, situada no norte do Estado do Mato Grosso, às margens da BR 163, teve início no ano de 1972 com a aquisição pela Colonizadora Sinop S.A da Gleba Celeste, uma área de aproximadamente 500 mil hectares situada a 505 Km da capital do estado, Cuiabá. Hoje, 40 anos, Sinop está em acelerada expansão urbana, o crescimento do uso e ocupação do solo e o aumento populacional estão acima da média nacional. Essa ampliação da cidade trouxe benefícios econômicos e culturais, fazendo do município uma referência na indústria e comércio para as cidades do norte do estado.

Outra característica marcante do município é a concentração de universidades e faculdades que contemplam cursos de diversas áreas do conhecimento. Entre as principais universidades e faculdades estão, a Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT, a Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT, a Universidade de Cuiabá - UNIC e Faculdade de Sinop - FASIPE.

Apesar da cidade ser planejada e estar em uma área de relevo plano, o descontrole da ocupação fez surgir problemas de infraestrutura. A diminuição de áreas verdes e a impermeabilização do solo têm causado aumento na temperatura, além do sistema de drenagem não suportar o volume de água gerado pelas chuvas. Mesmo com excesso de piso na calçada, a mobilidade e acessibilidade não é garantida.

Por isso, através de parceria com o Projeto de Extensão Canteiros de Sabores e Saberes, este trabalho traz uma possível solução para adequação com Calçadas Ecológicas, feita com piso de superfície apropriada, com largura e inclinação de acordo com as normas vigentes, arborização para sombreamento, área de serviço destinada à drenagem e mobiliário urbano (poste, lixeira, placas de sinalização, etc.) e faixa de drenagem auxiliar, para plantio de jardim.

Este trabalho propõem uma pesquisa sobre calçadas com o objetivo de viabilizar os elementos fundamentais para a qualificação do debate social com os setores prioritários que aqui se articulam.

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Serão criados e pesquisados 6 modelos de calçadas descritos logo adiante, e espera-se, que eles sejam capazes de garantir a continuidade da faixa livre, servindo como planta construtiva, para calçadas que possuem largura de 2,30 até 6,00 metros, variando em intervalos de números reais, possuindo suas dimensões e inclinações fixadas de acordo com as normas vigentes, que sejam capazes de absorver diferenças entre passeios de uma mesma face de quadra, e transferi-las para uma parte da calçada que não afeta o pedestre, sendo feita com material apropriado.

O produto gerado por esta pesquisa supõe que seja um software, hospedado em uma plataforma acessível, espera-se que ele seja capaz de gerar informações geométricas em escala, com a localização e dimensão dos elementos da calçada, com uma tabela quantitativa para 3 materiais diferentes (concreto moldado in loco, bloco de concreto intertravado, placas pré-fabricadas de concreto) que atende as especificações necessárias para ser usado na construção, uma lista com 5 espécie de árvores pequeno porte, médio porte e grande porte, plantadas na faixa de serviço, se houver passagem de rede elétrica na calçada não devem ser plantadas árvores de grande porte.

O software usará os dados informados pelo usuário, e a partir deles serão gerados, um arquivo em pdf papel A4, com planta em escala contendo memorial descritivo e quantitativo, também será adicionada a opção de exportar o arquivo final em dwg (extensão usada para arquivos CAD). A planta gerada não dispensa a contratação de um profissional habilitado, serve apenas como orientação e simulação para orçamento e escolha dos materiais.

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2 PROBLEMATIZAÇÃO

A construção e conservação de calçadas é de responsabilidade do proprietário da área urbana, mas seu uso é da sociedade, via pública, e deve atender às leis e normas vigentes. No entanto, as leis existentes no município de Sinop, encontradas em Código de Obras (Lei Nº 22/83) através da Lei Complementar Nº 006/2001, Código de Parcelamento do Solo (Lei Complementar Nº 004/2001) e Plano Diretor (Lei Complementar Nº 029/2006), determina apenas à largura dos elementos da calçada, que as vezes são incompatíveis com a realidade de parte das calçadas de Sinop. Suas determinações não se referem, às inclinações, a posição da árvore e do mobiliário urbano, os tipos de piso que podem ser utilizados, como deve ser usada a calçada, quais as regulamentações e penalidades.

Sendo assim, dificulta a garantia de uma faixa contínua, para o tráfego dos pedestres, com os acessos necessários para que o passeio seja utilizado por todas as pessoas, independentemente de sua condição motora ou visual. Observa-se, que a falta de informações causa diferença entre as calçadas vizinhas, principalmente erros na posição de plantio das árvores, erros na posição da lixeira, plantio de espécies de árvores de grande porte embaixo da rede elétrica, plantio de espécies próximo ao meio-fio que não fornecem sombra, falta ou excesso de piso na calçada, piso com inclinações elevadas, uso de toda largura do passeio público para fins particulares, tornando inacessível para uma parcela considerável da população.

Nesse contexto, portanto, é importante saber se há elementos favoráveis que possam se articular nas Ciências Jurídicas, na Ciência da Engenharia Civil e da Arquitetura e Urbanismo, para garantir a continuidade da faixa livre, tanto em largura como em inclinações e acessos, faixas de drenagem, e arborização com sombreamento. Para que isso ocorra, é necessário pensar em uma solução matemática com o objetivo de padronizar as medidas utilizadas, e ser garantido os parâmetros da acessibilidade e mobilidade tornando a calçada acessível.

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3 JUSTIFICATIVA

Uma tendência mundial é estimular que as pessoas caminhem mais, criando espaços apropriados para atrair o pedestre. Estes espaços devem ser acessíveis e sombreados, não se deve pensar na via apenas para o uso do automóvel, deve ser incentivado uso de transporte não motorizado, proporcionando atividade física aos usuários e diminuindo a emissão de gases e ruídos proporcionando maior conforto para o pedestre.

Por isso, iniciou-se através do Projeto de Extensão Universitária da UNEMAT, Canteiros de Sabores e Saberes, que já desenvolvia pesquisas sobre calçadas sustentáveis em bairros periféricos de Sinop, com o objetivo de integrar a comunidade e a universidade, de forma que os problemas reais fossem estudados pelos acadêmicos, entre os trabalhos se destacam a produção de adubo orgânico com resíduos de podas, o sistema de comercialização solidária - CANTASOL, Web Rádio com música alternativa, Horta comunitária e o projeto da prensa enfardadeira para coleta seletiva do lixo.

Justificando o envolvimento com problemas comunitários e o engajamento no desafio de resolver o problema da falta de continuidade nas calçadas de Sinop:

A abordagem científica dos problemas do ambiente construído se enquadra na cultura científica, indispensável ao desenvolvimento da sociedade moderna. Mas os problemas do ambiente construído foram propositalmente subtraídos à análise científica, porque somente assim é possível conservar o equilíbrio dos interesses imobiliários estabelecido no último século, que não é apenas uma frente de privilégios para algumas categorias econômicas, mas um instrumento de poder para o conjunto das classes dominantes. De fato, nenhum regime político soube até agora renunciar por completo a este instrumento. (BENEVOLO, 2005, p.657)

O benefício de uma calçada contínua para se caminhar, é social, uma vez que, retira o pedestre da via para automóveis e diminuiu o risco de acidentes, também econômico, já que o excesso de piso é desperdício de recursos, e ambiental com aumento de áreas de drenagem. Como as pesquisas sobre calçadas já se encontram em andamento, neste ano houve avanços como, a participação na minuta da lei de arborização urbana e a criação da minuta de lei de calçadas do município de Sinop que será encaminha para a câmara de vereadores futuramente, justificando a importância do envolvimento acadêmico com os problemas sociais.

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4 OBJETIVOS

4.1 OBJETIVO GERAL

Estudar condições que possibilitem a continuidade nas calçadas do município de Sinop, para que seja acessível à todas as pessoas, independente das limitações físicas, integrando o pedestre e o meio ambiente de forma equilibrada.

4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Garantir a continuidade entre os passeios de uma mesma face de quadra, evitando a necessidade de acordo entre os moradores;

 Propor modelos de padronização, que transfiram as diferenças de largura entre calçadas vizinhas, para uma área que não atrapalhe o pedestre;

 Testar modelos que sirvam de projeto da calçada em formato de planta construtiva;

 Criar um software que possibilite a pessoa leiga, que não tem condições de contratar um profissional habilitado, gerar um desenho com memorial descritivo e quantitativo da calçada, de acordo com as condições reais informadas pelo usuário;

 Propor modelos de calçadas que sejam consideradas sustentáveis;  Propor modelos que tenham uma estética agradável;

 Gerar um debate na sociedade sobre o uso, construção e conservação da calçada;

 Fornecer elementos conclusivos que sirvam de base para proposição de leis de padronização de calçadas ecológicas no município de Sinop.

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5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A faixa livre da calçada não deve conter obstáculos que dificultem ou impeçam a passagem do pedestre, ou obriguem as pessoas a caminharem no acostamento aumentando o risco de acidentes e tornando o espaço destinado a calçada em uma área inutilizada dentro da cidade. Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, Lei Federal nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, a calçada é parte da via, normalmente segregada e em nível diferente, não destinada à circulação de veículos, reservada ao trânsito de pedestres e, quando possível, à implantação de mobiliário, sinalização, vegetação e outros fins.

A calçada deve utilizada por todas as pessoas, por isso é indispensável garantir a acessibilidade, que depende do material adequado e das dimensões e inclinações corretas, além de sinalização e piso táctil. Segundo ABNT NBR 9050 acessível é o espaço, edificação, mobiliário, equipamento urbano ou elemento que possa ser alcançado, acionado, utilizado e vivenciado por qualquer pessoa, inclusive aquelas com mobilidade reduzida. O termo acessível implica tanto acessibilidade física como de comunicação. A calçada ideal é aquela que mantem o equilíbrio entre usuário e meio ambiente, contribuindo com o desenvolvimento urbano sustentável.

O “desenvolvimento urbano sustentável” tem aspectos ambientais, sociais e económicos comuns a todas as comunidades urbanas, mas dadas as diferentes condições em que se processa o desenvolvimento dessas comunidades e as diferenças culturais que apresentam, o desenvolvimento urbano sustentável possui também aspectos que são específicos de uma determinada comunidade (FERREIRA, 2005 p.6).

Sua função é proporcionar um ambiente convidativo para caminhar. O conceito de Gestalt nos permite pensar uma calçada dentro de um conjunto. Segundo (MAX WERTHEIMER,1924). "A 'fórmula' fundamental da teoria da Gestalt poderia ser expressa da seguinte maneira: existem totalidades, cujo comportamento não é determinado pelos seus elementos individuais, mas nos quais os processos parciais são eles mesmos determinados pela natureza intrínseca do todo". É a arte que se funda no princípio da pregnância da forma e suas leis, ou seja, na formação de imagens, fatores como orientação, equilíbrio, clareza e harmonia visual participam das relações entre o ser humano e o ambiente (GOMES FILHO, 2000).

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6 METODOLOGIA

A Metodologia utilizada será Pesquisa Participante onde pesquisadores-e-pesquisados são sujeitos de um mesmo trabalho comum, garantir a continuidade nas calçadas do município. Segundo (BRANDÃO, 1990) nenhum conhecimento é neutro e nenhuma pesquisa serve teoricamente “a todos” dentro de mundos sociais concretamente desiguais.

Os modelos de calçadas adotados com objetivo de garantir a continuidade, devem ser discutidos com todos os seguimentos da sociedade que também serão influenciados, tanto o público usuário como o proprietário da edificação, as Secretarias de Planejamento do Município, as Associações de bairro, de deficientes físicos e auditivos, seguimentos da sociedade organizada que tenham interesse em participar da criação desses modelos.

A participação não envolve uma atitude do cientista para conhecer melhor a cultura que pesquisa. Ela determina um compromisso que subordina o próprio projeto cientifico de pesquisa ao projeto político dos grupos populares cuja situação de classe, cultura ou história se quer conhecer porque se quer agir. (BRANDAO, 1990, p.12)

Serão realizados durante o primeiro semestre de 2015 na UNEMAT, seminários e reuniões com o objetivo de apresentar e discutir a viabilidade dos modelos propostos, o alvo será a comunidade e os profissionais da área de Construção Civil, estudantes e professores de Engenharia Civil, Arquitetura, Economia e Engenharia Florestal, as Secretarias de Transito, de Desenvolvimento Urbano, de Meio Ambiente e de Obras, as Associações de Bairro, de Comerciantes e Lojistas.

Durante os encontros serão coletados os dados como opiniões e sugestões dos participantes a respeito dos modelos e será analisado a possibilidade de mudança nos padrões adotados caso não haja conflito com a norma NBR 9050, as opiniões sobre o uso do software para gerar as plantas construtivas e os memoriais descritivos também serão coletadas e avaliadas as melhorias propostas.

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7 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A pesquisa já se encontra em andamento. Alguns passos concernentes ao processo de investigação já foram dados e antecipam os próximos, na direção da construção do objeto da mesma.

7.1 CONSTRUÇÃO DO OBJETO DA PESQUISA

O trabalho com calçadas ecológicas teve início no primeiro semestre de 2012, no bairro Jardim das Nações, que na época começavam as obras de pavimentação, e logo após a conclusão do pavimento, os moradores teriam um prazo para a construção das calçadas. Fez-se então um levantamento dos dados necessários para orientar o traçado dos passeios, e como as casas tinham sido feitas antes da pavimentação das ruas foram encontrados problemas como: diversidade de largura das calçadas, árvore plantada no traçado do passeio, altura do trilho do portão acima ou abaixo da altura ideal, diferença de largura da calçada na mesma face de quadra, e largura insuficiente para os elementos mínimos.

Outra questão, é que o asfaltamento das ruas foi feito com uma contrapartida dos moradores pelo Plano Comunitário para execução de obras de Infraestrutura Urbana (LEI Nº. 1103/2009), e geralmente um valor considerável dependendo da renda familiar. Sendo assim, tiveram dois gastos próximos, um sendo a pavimentação da via e outro a construção da calçada. Essa questão financeira, impossibilitou grandes intervenções nas construções existentes, uma delas seria a necessidade de alterar o nível do trilho no portão, para manter uma inclinação da calçada dentro dos padrões.

Por isso, o trabalho foi de orientar algumas construções de calçadas, e dimensionar da melhor maneira possível, sem corte das árvores, ou alterações no nível do trilho no portão, onde o desafio foi os acadêmicos executarem 2 calçadas continuas, que serviriam de modelo para o restante do bairro, e fornecer projeto de calçadas gratuito aos moradores.

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Na ilustração abaixo, onde foi feita a limpeza do terreno da calçada e locação. Alunos de Engenharia Civil, Matemática, Agronomia, Engenharia Florestal e Engenharia Agrícola e Ambiental, participantes do Projeto de Extensão Universitária Canteiros, se articulam na construção de 2 calçadas para servir de modelo ao restante do bairro.

Figura 1 – Bairro Jardim das Nações 2012/1. Fonte: Arquivo pessoal

Todo o processo que envolve a construção de uma calçada, foi feito pelos acadêmicos, dimensionamento e projeto, movimentações de terra, compactação do solo, execução das formas, concretagem, desforma, plantio de grama e árvores, colocação da lixeira e manutenção da poda nas árvores.

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7.2 RECONHECIMENTO DA REALIDADE A SER TRABALHADA

Desde o início dos trabalhos foram coletados dados de calçadas projetadas, no bairro Jardim das Nações e Jardim Itália II, onde posteriormente o Projeto de Extensão Universitária foi estendido, esses dados sobre dimensões das calçadas

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reais, foram importantes para o reconhecimento da realidade, e análise junto às bibliografias e profissionais da área para possíveis soluções para do problema da falta de continuidade nas calçadas do município.

Na tabela abaixo são listados como exemplos, 10 dos valores encontrados durante o levantamento dos dados nos bairros, o nível da viga baldrame do muro em relação ao meio-fio e a largura da face de quadra onde se localiza a calçada, sendo a face de quadra um dos lados do quarteirão retangular.

Tabela 1 - Medidas reais das calçadas projetadas pelo Canteiros.

Largura total da Calçada Nível da viga baldrame do Muro

Largura da face de Quadra

Esquerda Direita

(metros) (metros) (metros) (metros)

1,50 0,42 1,50 1,64 2,63 0,31 2,52 2,70 2,76 0,35 2,94 2,98 2,84 0,18 2,88 2,93 3,00 - 2,88 2,93 2,94 0,20 2,88 2,93 2,95 0,50 2,67 2,74 2,90 – 5,04 0,21 2,90-5,04 2,95-5,09 4,45 – 5,30 016 4,45-5,30 4,45-5,23 5,15 0,20 5,04 5,13

Este levantamento forneceu elementos fundamentais para a compreensão da realidade quanto às dificuldades a serem enfrentadas em relação ao objetivo da continuidade como condição de acessibilidade. A partir daí, passou-se a observar o conjunto das calçadas pela cidade, e visualmente, demonstra que os problemas encontrados nos bairros onde o Projeto de Extensão Universitária atua, são recorrentes em outros bairros do município de Sinop.

Para se garantir a continuidade sabendo que as calçadas são feitas de forma aleatória é preciso pensar em uma referência comum a todos os moradores, e que possibilite a junção em nível da faixa livre, sabe-se que o meio-fio acompanha a

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inclinação da via, isso permite que o nível do meio-fio já implantado através do estudo topográfico, feito pelos profissionais durante a execução dos projetos de estradas, seja utilizado pelo morador como instrumento de referência capaz de garantir a junção em nível, e manter a calçada a uma altura da via que permite a construção de rampas de acessíveis. Deve-se então, usá-lo como referência capaz de substituir a organização entre os moradores.

7.3 CONSTRUÇÃO DOS MODELOS DE PADRONIZAÇÃO

Os modelos abaixo estão sendo propostos como possibilidade de padronização para garantir a continuidade da faixa livre e os acessos com inclinações adequadas, manter o equilíbrio entre a necessidade de piso para o pedestre e áreas de drenagem para água da chuva e árvores para sombreamento da calçada, aumentando o conforto do usuário.

Durante o período de dimensionamento dos modelos foram ouvidas sugestões de profissionais renomados do município que já desenvolviam trabalhos e pesquisas sobre calçada e arborização urbana, a PRODEURBS contribuiu com a necessidade de conter nos modelos uma faixa de desembarque e uma faixa para jardim de embelezamento da calçada, uma prática comum no município. A Secretaria de Meio Ambiente contribuiu com o estudo da arborização na calçada incluindo a distância ideal da árvore sendo a 1,00 metro do meio-fio e a necessidade da faixa de serviço ser de no mínimo 1,00 metro, como pode ser observado nos modelos adiante.

Fez-se um cruzamento entre os estudos dos profissionais do município e a norma NBR 9050, com o objetivo de se conhecer quais elementos da calçada podem ser feitas modificações em suas dimensões sem prejudicar a utilização, essas informações foram úteis para chegar na dimensão mínima que pode ser atendida mantendo a acessibilidade e contribuindo com meio ambiente através da drenagem e arborização.

Através desses estudos surgiram os modelos de padronização que contemplam os requisitos mínimos como: faixa de serviço para drenagem arborização e mobiliário urbano, faixa livre para o pedestre, faixa de acesso para

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rampas de ligação com a edificação e jardim de embelezamento, para que sejam atendidas as larguras mínimas dos 3 elementos da calçada (Faixa de serviço, Faixa livre e Faixa de acesso), a largura total da calçada é a distância entre o início do meio-fio e o início do terreno, a largura total mínima de calçada atendida pelos modelos é de 2,30 m, e a partir de 2,80 m pode-se incluir a faixa de desembarque, aumentando a dimensão dos 3 elementos conforme aumenta a largura total da calçada, em todos os modelos a Faixa de acesso mínima (variável x) é de 0,10 m, durante a pesquisa os modelos devem ser refinados e incluído sinalização e piso tátil.

7.3.1 Modelo 01

O modelo abaixo deve ser implantado nas calçadas, com a largura total igual ou maior que 2,30 m e menor que 2,50 m, ou seja, 2,30 =< largura total da calçada < 2,50, sendo as dimensões cotadas fixas e a diferença incluída da faixa de acesso cotada no modelo como variável x.

Figura 2 – Modelo 01 para calçadas de 2,30 aos 2,50 metros. Fonte: Arquivo pessoal

7.3.2 Modelo 02

O modelo abaixo deve ser implantado nas calçadas, com a largura total igual ou maior que 2,50 m e menor que 2,8 m, ou seja, 2,50 =< largura total da calçada < 2,80 m, a Faixa livre aumentou em 0,2 m em relação ao Modelo 01, e excepcionalmente nos modelos 01 e 02 a árvore fica a 0,50 m do meio-fio distância mínima segundo (MASCARÓ, 2003).

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Figura 3 – Modelo 02 para calçadas de 2,50 aos 2,80 metros. Fonte: Arquivo pessoal

7.3.3 Modelo 03

O modelo abaixo deve ser implantado nas calçadas, com a largura total igual ou maior que 2,8 m e menor que 3,2 m, ou seja, 2,80 =< largura total da calçada < 3,20 m, adiciona a faixa de desembarque, a árvore fica a 0,85 m do meio-fio e retira-se 0,10 m da faixa de acesso que fica com 0,9 m.

Figura 4 – Modelo 03 para calçadas de 2,80 aos 3,20 metros. Fonte: Arquivo pessoal

7.3.4 Modelo 04

O modelo abaixo deve ser implantado nas calçadas, com a largura total igual ou maior que 3,20 metros e menor que 3,80 metros, ou seja, 3,20 =< largura total da calçada < 3,80 m, a faixa de desembarque aumenta 0,10 m e a faixa livre 0,20 m.

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Figura 5 – Modelo 04 para calçadas de 3,20 aos 3,80 metros. Fonte: Arquivo pessoal

7.3.5 Modelo 05

O modelo abaixo deve ser implantado nas calçadas, com a largura total maior ou igual a 3,80 metros e menor que 4,80 metros, ou seja, 3,80 =< largura total da calçada < 4,80 m, aumenta 0,40 m na faixa livre.

Figura 6 – Modelo 05 para calçadas de 3,80 aos 4,80 metros. Fonte: Arquivo pessoal

7.3.6 Modelo 06

O modelo abaixo deve ser implantado nas calçadas, com a largura total igual ou maior que 4,80 metros, ou seja, 4,80 =< largura total da calçada, aumenta 0,50 m na faixa livre.

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Figura 7 – Modelo 06 para calçadas acima de 4,80 metros. Fonte: Arquivo pessoal

7.4 CONSTRUÇÃO DE UM SOFTWARE PARA APLICAR OS

MODELOS DE PADRONIZAÇÃO

Os modelos são aplicados medindo a distância entre o início do meio-fio e o início do terreno, nas duas extremidades da face do quarteirão.

Figura 8 – Aplicação do Software nas calçadas de meio de quadra. Fonte: Mapa de Sinop

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Exemplo na figura 8 para uma calçada que será feita na área hachurada, deve se medir A e B, e informar ao software, que usará a menor medida entre A e B para escolha do modelo de projeto da calçada, as dimensões e inclinações cotadas do modelo são fixas e não podem ser alteradas todas as adaptações são feitas na faixa de acesso, sendo assim qualquer calçada entre A e B será feita usando o mesmo modelo.

Outra situação é quando se tem terrenos de esquina, sabendo que as larguras de duas faces de quadra não são iguais, porque sua largura depende do tipo de via, pode ser uma avenida esquina com uma rua de menor fluxo. Deve-se fazer a escolha de dois modelos, ou seja, um para cada largura de calçada. Exemplo na figura 9 para uma calçada que será feita na área hachurada, deve se medir em A e B, C e D e informar ao software que usará a menor das medidas de cada par, para escolha de um modelo de projeto da calçada para cada face de quadra, as dimensões e inclinações cotadas do modelo não podem ser alteradas todas as adaptações devem ser feitas na faixa de acesso.

Figura 9 – Aplicação do Software nas calçadas de esquina. Fonte: Mapa de Sinop

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O que se projeta é que um software que atende as determinações acima descritas seja desenvolvido e aplicado junto à população de Sinop. No processo de aplicação com a participação efetiva da população, prevê-se que o mesmo receba contribuições e que se reestruture no sentido de torná-lo o mais didático possível.

7.5 ENGAJAMENTO DA POPULAÇÃO PARA O USO DOS MODELOS

Para que os modelos obtenham uma expectativa de sucesso do ponto de vista da acessibilidade, faz-se necessário que seja aplicado por mínimo 2 moradores vizinhos. Está pesquisa inicialmente não engloba calçadas em quadras circulares.

7.6 QUALIFICAÇÃO DO DEBATE

Até o início da redação do Artigo continua sendo feito seminários e reuniões, com profissionais e estudantes, aumentando o conhecimento sobre o tema.

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8 RECURSOS HUMANOS

A pesquisa vem sendo realizada em conjunto com o Projeto de Extensão Universitária da UNEMAT, Canteiros de Sabores e Saberes, que já desenvolvia trabalhos de pesquisa, relacionadas ao tema passeio público. Para concluir a pesquisa serão necessários mais 12 meses, sendo 8 meses de coleta de dados, e 4 meses para redação do Artigo. A construção e atualização do Software será feita em parceria com acadêmicos voluntários, participantes do Projeto de Extensão Universitária Canteiros, que recebem certificados a cada 40 horas de atuação nas atividades.

O autor da pesquisa é membro integrante do Projeto de Extensão Universitária Canteiros, desde 2012, quando iniciou o reconhecimento da realidade dos passeios, e a construção dos modelos de padronização começaram a ser pensados. Bolsista do Projeto conforme o edital Nº 003/2014 – PROEC, e também, membro da Comissão de Mobilidade e Acessibilidade Urbana, criada durante a 5º Conferência das Cidades em 2013.

As atividades principais da pesquisa serão seminários, reuniões, projeto e execução de calçadas, com uso do software e dos modelos de padronização. Com o objetivo de coletar opiniões e sugestões de melhoria, que serão incorporadas desde que não entre em conflito com as normas vigentes e as bibliografias consagradas.

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9 CRONOGRAMA

A pesquisa já se encontra em andamento, o cronograma mostra a previsão de tarefas futuras a partir da aprovação do Projeto de Pesquisa, que possui a previsão de 12 meses de duração. A sequência de tarefas segue conforme a tabela abaixo, sendo 8 meses para coleta de dados, e 4 meses para conclusão do trabalho incluindo a redação do artigo, a entrega e apresentação em banca.

ATIVIDADES TCC II (ARTIGO) – 2015 N O V D E Z J A N F E V M A R A B R M A I J U N J U L A G O S E T O U T N O V Refinamento dos modelos incluindo

a sinalização e piso tátil

Construção do Software de acordo com o fluxograma do projeto

Execução de calçadas usando os Modelos e o Software

Reuniões com profissionais e estudantes

Coleta de dados

Encontros com o orientador

Coleta de dados complementares

Seminários para apresentar os Modelos e o Software

Revisão bibliográfica complementar

Finalização dos Modelos e do Software

Redação do Artigo

Revisão e entrega oficial do Artigo

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10 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO

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Referências

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