• Nenhum resultado encontrado

Evolução da motricidade fina e da coordenação durante três anos consecutivos em crianças de 4 a 5 anos de idade

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Evolução da motricidade fina e da coordenação durante três anos consecutivos em crianças de 4 a 5 anos de idade"

Copied!
18
0
0

Texto

(1)

DÉBORA CERATTI LLANO

EVOLUÇÃO DA MOTRICIDADE FINA E DA COORDENAÇÃO DURANTE TRÊS ANOS CONSECUTIVOS EM CRIANÇAS DE 4 E 5 ANOS DE

IDADE.

Trabalho de Conclusão de

Curso/Monografia apresentada(o) ao curso de Fisioterapia, do Departamento de Ciências da Saúde da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – Unijuí, como requisito parcial para a obtenção do título de Fisioterapeuta

Orientador: Elenita Costa Beber Bonamigo

Ijuí, RS 2011

(2)
(3)

EVOLUÇÃO DA MOTRICIDADE FINA E DA

COORDENAÇÃO DURANTE TRÊS ANOS CONSECUTIVOS EM

CRIANÇAS DE 4 E 5 ANOS DE IDADE.

Débora Ceratti Llano

(a),

Elenita Costa Beber Bonamigo

(b)

(a) acadêmica do oitavo semestre do curso de Fisioterapia, Universidade Regional do

Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUI), Ijuí, RS – Brasil, email: dedellano@hotmail.com

(b) Fisioterapeuta egressa da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Mestre em

Ciências do Movimento pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Docente, Pesquisadora do DCVida da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUI), e Universidade de Cruz Alta (Unicruz), Ijuí, RS - Brasil, e-mail: elenita.bona@unijui.edu.br

Resumo

Introdução: Coordenação motora caracteriza-se como a ativação de várias partes do corpo para a produção de movimentos que apresentam relação entre si. As atividades motoras finas requerem muita precisão. Estas duas habilidades juntas proporcionam a aquisição da escrita e a realização das atividades funcionais. Esse estudo tem como objetivo acompanhar o desenvolvimento da coordenação motora e motricidade fina em crianças de 4 e 5 anos de idade em Escolas de Educação Infantil, durante três anos consecutivos. Materiais e métodos: Esta pesquisa caracteriza-se por um estudo de coorte, retrospectivo, descritivo e analítico. Foram avaliadas

209 crianças de 4 e 5 anos de idade. As avaliações realizadas seguem o protocolo de Coelho.

Resultados: Este estudo, de acordo com os testes realizados, demonstra que em sua grande maioria o desenvolvimento da motricidade fina e da coordenação motora estão apropriados para cada idade. Nas avaliações de motricidade fina respectivamente 84% e 89% das crianças de 4 e 5 anos realizaram com sucesso os testes; e nas de coordenação motora respectivamente 89% e 92% das crianças de 4 e 5 anos realizaram os testes. Houve maior destaque para o desempenho das habilidades pelas meninas, porém sem diferença estatística significativa. Considerações finais: A coordenação e a motricidade fina são essenciais para as atividades funcionais e estão adequadas na população estudada, mas são desenvolvidas de forma independentes e relacionadas às experiências pessoais de cada um.

Palavras chaves: avaliação, coordenação, crianças, desenvolvimento infantil. Abstract

Introduction: Motor coordination is characterized as the activation of various body parts to produce movements that are related. The fine motor activities require great precision. These two together provide the skills acquisition of writing and performance of functional activities. This study aims to follow the development of motor coordination and fine motor skills in children

(4)

between 4 and 5 years of age in preschools for three consecutive years. Materials and methods: This research is characterized by a cohort, retrospective, descriptive and analytical study. We evaluated 209 children aged 4 and 5 years old. The assessments performance follows the protocol of Coelho. Results: This study, according to tests carried out, shows that mostly the development of fine motor coordination is appropriate for each age. In the fine motor assessments 84% and 89% of children ages 4 and 5 years successfully conduct the tests, and motor coordination in respectively 89% and 92% of children ages 4 and 5 years carried out the most outstanding test. The performance skills of the girls showed up, but not statistically significant. Conclusion: The coordination and fine motor skills are essential for the functional activities and are appropriate in this population, but are independently developed and related to

personal experiences of each one.

Keywords: assessment, coordination, children, child development.

Introdução

O desenvolvimento infantil é um processo que se inicia desde a vida intra-uterina e envolve vários aspectos, como a maturação neurológica, o crescimento físico e a construção de habilidades relacionadas ao comportamento e às esferas cognitiva, afetiva e social da criança (1). Os primeiros anos de vida do ser humano são marcados por importantes formações motoras, físicas, mentais e sociais, sendo o período em que a criança possui especial sensibilidade aos estímulos vindos do ambiente, que chegam a ela por meio de seus sentidos (2, 3, 4).

Segundo Zanini (5) nesta fase, é de extrema importância oportunizar variadas formas de movimento e garantir o desenvolvimento e crescimento adequados, assim tornando a criança competente para responder às suas necessidades e às do seu meio, considerando seu contexto de vida (1). A aprendizagem motora depende da associação das características herdadas com experiências vividas, sendo o ambiente uma rica fonte de mudanças que influencia o desenvolvimento.

Os padrões de crescimento, comportamento e desenvolvimento evolutivo do aparelho motor humano, são facilmente modificados através do tempo, sofrendo influências, que podem facilitar ou comprometer sua evolução. A adaptação de uma necessidade específica a um movimento, um ato motor, caracteriza em bases científicas o movimento intencional, provocado, com significância para o ser humano. De tal forma que, as influências sofridas pelo mesmo em seu aparelho motor, nada mais são do que a combinação da maturação biológica com ação do meio. Com isso, o ser humano tende a se adaptar neuropsicomotoramente ao meio onde vive.

(5)

O desenvolvimento motor é adquirido e aperfeiçoado pela criança através de tentativas e erros, ou seja, ela usa, modifica e adapta suas experiências sensório-motoras presentes, sempre na dependência da direção e do input sensorial, fornecido pela visão, audição, tato, pressão e propriocepção. A qualidade da atividade motora é de grande importância no desenvolvimento global da criança, considerando que um bom controle motor permitirá a criança explorar seu meio, oferecendo-lhe experiências concretas sobre as quais se formarão as noções básicas para o seu desenvolvimento intelectual (4, 5).

Entre os elementos centrais nas habilidades básicas está a coordenação motora que pode ser definida como a ativação de várias partes do corpo para a produção de movimentos que apresentam relação entre si, executados numa determinada ordem, amplitude e velocidade. Coordenação é a relação espaço-temporal entre as partes integrantes do movimento (6). As habilidades motoras finas são identificadas como aquelas que requerem muita precisão, envolvem principalmente os membros superiores, em específico as mãos (7). O córtex pré-frontal é responsável pela motricidade fina e tem papel fundamental no controle dos movimentos isolados das mãos e dos dedos (4).

O presente estudo tem como objetivo acompanhar o desenvolvimento neuropsicomotor em crianças de 4 e 5 anos de idade em Escolas de Educação Infantil do Município de Ijuí/RS. Analisar o desempenho da motricidade fina e da coordenação em três anos consecutivos, relacionando as habilidades em que as crianças apresentam maiores dificuldades em desenvolver, comparando as faixas etárias, os gêneros e os anos em que as avaliações foram realizadas.

Materiais e métodos

Esta pesquisa caracteriza-se por um estudo de coorte, retrospectivo, descritivo e analítico. Os dados pesquisados foram coletados do banco de dados do projeto de extensão “Acompanhamento do Desenvolvimento Neuropsicomotor em Crianças”, do curso de Fisioterapia da UNIJUÍ - Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. Este estudo foi submetido com aprovação ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ sob n. 0059/2011.

(6)

A amostra foi constituída de 209 avaliações, realizadas em crianças de 4 e 5 anos de idade, submetidas a avaliações do projeto de extensão DNPM, durante os três anos consecutivos (2008, 2009 e 2010). Foram sorteadas duas escolas do banco de dados e nestas, foram realizadas, 51 avaliações (23 meninas e 28 meninos) em crianças de 4 anos e 64 (32 meninas e 32 meninos) em crianças de 5 anos de idade na Escola “A”; e 31 avaliações (17 meninas e 14 meninos) em crianças de 4 anos e 63 (29 meninas e 34 meninos) em crianças de 5 anos de idade na Escola “B”. Foram excluídas da amostra indivíduos do banco de dados que estavam com dados incompletos.

Dentro dos procedimentos desenvolvidos neste projeto, destacaram-se quatro fases principais. Na primeira fase foi obtida a assinatura do Termo de Compromisso e Sigilo do pesquisador, e o Termo de Aceite e Compromisso pela responsável da Clínica de Fisioterapia da UNIJUÍ para disponibilizar os dados a serem pesquisados, em seguida encaminhado o projeto ao Comitê de Ética da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. A terceira fase, mediante a aprovação e autorização supracitada, foi realizada a coleta das variáveis nos arquivos do respectivo projeto de extensão, que consta dos resultados obtidos de cada criança avaliada, ou seja, do desempenho realizado por ela durante a avaliação investigada. Os prontuários foram mantidos na clínica e não foi realizada nenhuma rasura ou alteração. Na quarta fase realizaram-se as tabulações e análises estatísticas dos dados obtidos.

As variáveis que foram pesquisadas consistem das avaliações individuais realizadas e descritas no banco de registros do projeto de extensão DNPM. Os escolares foram submetidos às avaliações pelo projeto, que segue os parâmetros do protocolo proposto por Coelho (8), em que há testes específicos para cada faixa etária, segue a linha proposta por Lefèvre (9), primeiro neuropediatra brasileiro com extensas pesquisas na área do desenvolvimento motor, sendo o único validado para crianças brasileiras.

Os testes têm como base verificar as habilidades isoladas e associadas, considerando, motricidade global e fina; coordenação motora ampla, fina, sendo que o grau de dificuldade é proporcional à idade avaliada. É importante salientar que o projeto de extensão tem autorização da Secretaria Municipal de Educação de Ijuí (SMED), sendo que esta realiza a viabilização e organização das escolas para receber os acadêmicos que realizam as avaliações. Somente são avaliadas as crianças com autorização dos responsáveis pelas mesmas.

(7)

A ficha de avaliação utilizada nas avaliações continha os dados de identificação da criança (nome da escola matriculada, nome completo da criança, turma, data de nascimento, idade e data da avaliação) e os testes que foram avaliados conforme a idade cronológica da criança. Para tabulação dos dados foram atribuídas às provas 1 (um) ponto para o padrão presente e 0 (zero) para padrão ausente. O total de pontos refere-se ao número de provas completadas pelas crianças em determinada idade.

Os resultados foram tratados pela estatística descritiva e analítica, com auxílio do programa Microsoft Office Excel 2007 e Programa Estatístico Statistical Package for Social Science – SPSS (versão 15.0, Chicago, IL, EUA). Os dados serão apresentados em média ± desvio padrão e frequencia. As variáveis contínuas serão comparadas através do testes t e da ANOVA.

Resultados

Os resultados deste estudo serão apresentados de acordo com a faixa etária (4 e 5 anos de idade) em que as avaliações foram realizadas. Apresentando o desempenho das avaliações em relação às idades, gêneros e entre três anos consecutivos (2008, 2009 e 2010).

Tabela 1 - Análise da média, desvio padrão e teste t das avaliações de meninos e meninas, realizadas em 2008, 2009 e 2010, em crianças de 4 anos de idade.

Analisando estes resultados das avaliações realizadas em crianças de 4 anos de idade, em que comparou-se o desempenho das atividades por gênero, observou-se que nos três anos a média das meninas foi maior, resultando em uma média final de 0,90 (±0,06), e a média dos meninos para os período de três anos foi de 0,86 (±0,06). Mesmo tendo essa tendência ao melhor desempenho feminino não houve diferença estatística significativa comparando-se os gêneros a cada ano e nem na média final.

4 ANOS 2008 2009 2010 Média Meninos 0,93(±0,22) 0,82(±0,25) 0,84(±0,25) 0,86 (±0,06) Meninas Teste t 0,97(±0,17) p=0,24 0,85(±0,25) p=0,66 0,88(±0,23) p=0,69 0,90(±0,06) p=0,25

(8)

Tabela 2 – Frequencia (%) e média de acertos das avaliações realizadas por teste, analisando a motricidade fina e coordenação, em crianças de 4 anos de idade nos anos de 2008, 2009 e 2010. Ano Média 4.1 4.2 4.3 4.4 4.5 2008 Meninos 100% 71% 93% 100% 100% Meninas 100% 92% 100% 92% 100% 2009 Meninos 89% 79% 63% 84% 95% Meninas 100% 73% 87% 64% 100% 2010 Meninos 100% 100% 78% 67% 78% Meninas 100% 83% 83% 92% 83% Média Final D. Padrão (±0,04) 0,98 (±0,11) 0,83 (±0,13) 0,84 (±0,16) 0,84 (±0,10) 0,93 4.1- virar páginas de livros; 4.2- copiar uma cruz; 4.3- fazer bolinhas de papel com a mão dominante; 4.4- índex nariz com olhos fechados; 4.5- enrolar o fio de carretel.

Pode-se analisar na Tabela 2 que no teste 4.1 as meninas obtiveram 100% nos três anos consecutivos, no teste 4.2 os meninos alcançaram melhor desempenho de 79% e 100% na motricidade fina em dois anos consecutivos (2009 e 2010). No teste 4.3 as meninas tiveram os melhores resultados, no teste 4.4 os meninos alcançaram melhores resultados de 100% e 84%, respectivamente em dois anos consecutivos (2008 e 2009) e no teste 4.5 as meninas demonstraram melhor coordenação motora nos três anos consecutivos.

Os testes 4.1, 4.2 e 4.3 estão relacionados a motricidade fina e os testes 4.4 e 4.5 a coordenação motora. Observa-se que as meninas de 4 anos de idade avaliadas na maioria dos testes realizados alcançaram os melhores resultados comparado com os meninos. Os testes de motricidade fina obtiveram média final de 0,84 (±0,08) e os testes de coordenação motora média final de 0,89 (±0,06), sendo assim os resultados desse estudo demonstram que para a idade de 4 anos a coordenação motora esta mais desenvolvida que a motricidade fina (Tabela 5).

Tabela 3 - Análise das médias, desvio padrão e teste t nas avaliações realizadas nos anos de 2008, 2009 e 2010 em crianças de 5 anos de idade.

Motricidade fina Coordenação motora

5 ANOS 2008 2009 2010 Média Meninos 0,90(±0,24) 0,95(±0,19) 0,87(±0,24) 0,90 (±0,04) Meninas Teste t 0,93(±0,22) p=0,14 0,96(±0,20) p=0,06 0,89(±0,23) p=0,41 0,92 (±0,04) p=0,28

(9)

Nas avaliações realizadas em crianças de 5 anos de idade pode-se observar em relação aos gêneros (Tabela 3), que as meninas atingiram maior média final de 0,92 (±0,04) em relação aos meninos com média final de 0,90 (±0,04). Novamente as meninas também tiveram maior pontuação em todos os anos, porém não houve diferença estatística significativa, comparando-se os gêneros a cada ano e nem na média final.

Tabela 4 – Frequencia (%) e média de acertos nas avaliações realizadas por teste, em crianças de 5 anos de idade nos anos de 2008, 2009 e 2010.

DP: Desvio padrão; 5.1- Copiar um círculo; 5.2- Copiar um quadrado; 5.3- Jogar bola no alvo estabelecido (distância de 2 metros); 5.4- Sentado bater os pés alternados num ritmo solicitado (lento e rápido); 5.5- Tocar com ponta do polegar todos os dedos da nas duas direções; 5.6- Abrir uma mão e fechar a outra, alternando-os durante 10 segundos.

Para as avaliações de 5 anos de idade foram observados a motricidade fina nos testes 5.1 e 5.2; os demais testes (5.3, 5.4, 5.5 e 5.6) observou-se a coordenação motora das crianças. Pode-se analisar que na Tabela 4 que no teste 5.1 e 5.2 que as meninas alcançaram os melhores resultados nos anos de 2008 e 2009, e os meninos se sobre saíram no ano de 2010 nesses mesmos testes. No teste 5.3 os meninos obtiveram um bom desempenho nos três anos e no teste 5.4 alcançaram melhores resultados em relação às meninas nos anos de 2008 e 2009, no teste 5.5 as meninas realizaram 100% dos testes nos anos de 2009 e 2010, e no último teste 5.6 as meninas demonstraram melhor coordenação em dois anos consecutivos (2008 e 2009).

Nos testes de motricidade fina as crianças de 5 anos apresentaram média final de 0,89 (±0,05) e para coordenação motora média de 0,92 (±0,06). Neste estudo os resultados demonstram que nas crianças de 5 anos de idade a coordenação motora esta mais desenvolvida em relação a motricidade fina (Tabela 5).

Motricidade fina Coordenação motora

Ano Média 5.1 5.2 5.3 5.4 5.5 5.6 2008 Meninos 100% 70% 100% 100% 95% 75% Meninas 100% 89% 94% 89% 94% 89% 2009 Meninos 96% 92% 96% 96% 88% 100% Meninas 100% 92% 88% 96% 100% 100% 2010 Meninos 90% 86% 100% 90% 71% 81% Meninas Média Final DP 81% 0,95 (±0,08) 75% 0,84 (±0,09) 100% 0,96 (±0,05) 100% 0,95 (±0,05) 100% 0,91 (±0,11) 75% 0,87 (±0,12)

(10)

Tabela 5 – Média e desvio padrão da motricidade fina e coordenação motora nas crianças avaliadas de 4 e 5 anos de idade durante os três anos (2008, 2009 e 2010).

Motricidade fina Coordenação motora 4 anos 0,84 (±0,08) 0,89 (±0,06) 5 anos 0,89 (±0,05) 0,92 (±0,06)

Os resultados da ANOVA não evidenciaram diferenças significativas entre os dois grupos de 4 anos e 5 anos de idade durante os três anos consecutivos, sendo p=0,373 e p=0,325, respectivamente. Considerando-se o nível de significância para identificação das diferenças entre as médias foi estabelecido p < 0,05.

Discussão

Pesquisar sobre o desenvolvimento humano significa conhecer as características comuns de cada faixa etária, saber reconhecer suas individualidades, observar e interpretar o comportamento, a partir de concepções como dos fatores que influenciam no desenvolvimento humano: a hereditariedade, a carga genética que estabelece o potencial do individuo, que pode ou não se desenvolver e o meio, que se constitui no conjunto de influências e estimulação ambiental capaz de alterar o padrão de comportamento de este ser humano (10).

Segundo Neto (11) a motricidade é a interação de diversas funções motoras (perceptivomotora, neuromotora, psicomotora, neuropsicomotora, etc.). A atividade motora é de suma importância no desenvolvimento global da criança. Através da exploração motriz, a criança desenvolve a consciência de si mesmo e do mundo exterior, as habilidades motrizes lhe ajudam a si mesmo na conquista de sua independência; em seus jogos e em sua adaptação social, a criança dotada de todas suas possibilidades para mover-se e descobrir o mundo, é normalmente uma criança feliz e bem adaptada; um bom controle motor permite a criança explorar o mundo exterior apontando-lhe as experiências concretas sobre as que se constroem as noções básicas para o desenvolvimento intelectual. A criança pequena vive e cresce no seio de um mundo exterior do qual depende estreitamente, é o mundo dos objetos e o mundo dos

(11)

demais. A criança percebe esse mundo exterior através de seu corpo, ao mesmo tempo em que, também seu corpo, entra em relação com ele.

O desenvolvimento motor é um processo contínuo e demorado e, pelo fato das mudanças mais acentuadas ocorrerem nos primeiros anos de vida, existe a tendência em se considerar o estudo do desenvolvimento motor como sendo apenas o estudo da criança. É necessário enfocar a criança, pois, enquanto são necessários cerca de vinte anos para que o organismo se torne maduro, autoridades em desenvolvimento da criança concordam que os primeiros anos de vida, do nascimento aos seis anos, são anos cruciais para o indivíduo (12). As experiências que a criança tem durante este período determinarão, por grande extensão, que tipo de adulto a pessoa se tornará (13). Mas não se pode deixar de lado o fato de que o desenvolvimento é um processo contínuo que ocorre ao longo de toda a vida do ser humano (14).

O desenvolvimento motor pode ser visto pelo desenvolvimento progressivo das habilidades de movimento, ou seja, a abertura para o desenvolvimento motor é dada através do comportamento de movimento observável do sujeito (15). Gallahue & Ozmun (15), apresentam o desenvolvimento da transacionalidade, a interação indivíduo, ambiente e tarefa. Com os domínios, cognitivo, afetivo e motor. O processo de desenvolvimento motor é apresentado através das fases dos movimentos reflexos, rudimentares, fundamentais e especializados. Para cada fase do processo de desenvolvimento motor são indicados estágios com idades cronológicas correspondentes (15). Os movimentos para estes autores (15) podem ser caracterizados com estabilizadores, locomotores ou manipulativos, que combinam-se na execução das habilidades motoras ao longo da vida.

Conforme Neto (11) a coordenação viso manual representa a atividade mais freqüente e mais comum no homem, que atua para pegar um objeto e lançá-lo, escrever, desenhar, pintar, etc. Inclui uma fase de transporte da mão, seguida de uma fase de agarre de manipulação para integrar um conjunto de seus três componentes: objeto-olho-mão. A atividade manual, guiada visualmente, faz intervir simultaneamente o conjunto de músculos que asseguram a manutenção dos ombros e dos braços, do antebraço e da mão particularmente responsável do agarre manual ou do ato motor, assim como os músculos óculo motores que regulam a fixação do olhar, as sacudidas oculares e os movimentos de perseguição.

No presente estudo foi aplicado o protocolo de Coelho (8), onde um dos testes realizados para avaliação da motricidade fina em crianças de 4 anos de idade, consistia

(12)

em fazer bolinhas de papel com a mão dominante, no qual obteve-se bons resultados. No entanto, segundo o protocolo de avaliação de Neto (11) o teste de fazer bolinhas com a mão dominante classifica-se para crianças de 7 anos de idade. Portanto, conhecer os níveis de desenvolvimento motor das crianças é fundamental para a construção de programas motores que venham ao encontro das necessidades dos mais variados grupos, propiciando a elaboração de práticas mais efetivas que levem criança à construção de padrões de movimento mais avançados.

Este estudo demonstrou que não houve diferença estatística entre os gêneros, pois somente foram analisados se a criança completava o teste ou não, e não a qualidade do traço ou a delicadeza do gesto. A similaridade dos resultados em ambos os gêneros também demonstram o quanto o potencial é o mesmo, tanto para atividades físicas quanto para estudar. No entanto observa-se um preconceito na seleção de atividades, considerando-se a coordenação motora de predomínio masculino, e muito cedo as meninas são excluídas de jogos e atividades que exijam mais habilidade.

Segundo Tani (13), “a aquisição de uma habilidade não depende da instrução ou iniciação precoce, mas de sua aprendizagem no momento oportuno”. A infância apresenta-se como fase crucial para o desenvolvimento de um repertório motor que favorecerá o aprimoramento de outras habilidades no decorrer da vida adulta. Assim, “a aquisição de um bom controle motor permite à criança construir as noções básicas para seu desenvolvimento intelectual” (11).

No presente estudo as avaliações realizadas em crianças de 4 e 5 anos de idade nas duas Escolas Municipais de Educação Infantil apresentaram, em sua grande maioria um desenvolvimento da motricidade fina e da coordenação motora apropriados para cada idade, tendo maior destaque o desenvolvimento de algumas dessas habilidade pelas meninas. Em alguns anos as crianças alcançaram 100% em todos os testes, demonstrando que os testes estão adequados, para a idade. Possivelmente os insucessos de algumas crianças se devem a falta de estimulação para aquisição da habilidade, demonstrando que com tantos recursos disponíveis na atualidade, ainda há falta de espaço para brincadeiras mais simples para o desenvolvimento da motricidade fina e da coordenação motora.

Valentini (16) em seus estudos relaciona os gêneros, meninos e meninas, onde demonstra diferenças nas habilidades no desenvolvimento de controle de objeto, sugerindo um desempenho mais eficiente a favor dos meninos nas habilidades de chutar, quicar, arremessar, rebater e receber. Esta mesma tendência é observada em

(13)

vários estudos prévios (17, 18). Meninos parecem ser mais motivados, na sociedade atual, a envolver-se e praticar com atividades de controle de objetos. Os meios de comunicação, o mercado de brinquedos e as próprias famílias tendem a considerar estas habilidades como mais relacionadas ao sexo masculino. Este dado nos lança o desafio de propiciar oportunidades iguais para meninos e meninas experiências em atividades motoras que envolvam o controle e manipulação de objetos programas esportivos e na sala de aula.

Os resultados obtidos de coordenação motora e motricidade fina com a prática orientada para as habilidades selecionadas, neste estudo deixam claro a importância da intervenção para a recuperação e estimulação de crianças com problemas de coordenação motora e motricidade fina, no ambiente familiar e escolar. A avaliação do perfil motor de crianças que apresentam dificuldades no aprendizado escolar é extrema-mente importante para que sejam identificados os reais problemas de aprendizagem do educando. É possível afirmar que a avaliação do desempenho motor da criança é a primeira etapa no processo do planejamento de aulas de qualidade, que permitam ao professor criar um programa de ensino que auxilie o aluno durante toda a trajetória escolar.

Estudos sobre a motricidade fina infantil, em geral, são realizados com objetivo de conhecer melhor as crianças e de poder estabelecer instrumentos de confiança para avaliar, analisar e estudar o desenvolvimento de alunos em diferentes etapas evolutivas (11). As formas de avaliar o desenvolvimento motor de uma criança podem ser diversas, no entanto, nenhuma é perfeita nem engloba holisticamente todos os aspectos do desenvolvimento.

Crianças com desenvolvimento motor atípico, ou que se se apresentam com riscos de atrasos, merecem atenção e ações específicas, haja vista que os problemas de coordenação e controle do movimento poderão se prolongar até a fase adulta. Além disso, atrasos motores freqüentemente associam-se a problemas secundários de ordem psicológica e social, como baixa autoestima, isolamento, hiperatividade, entre outros, que dificultam a socialização de crianças e o seu desempenho escolar. A identificação de desvios no desenvolvimento motor e a intervenção precoce são fundamentais para o prognóstico de crianças que apresentam algum distúrbio no desenvolvimento (19, 20).

Há pesquisadores que relatam associação entre estado nutricional e Desenvolvimento neuropsicomotor (9, 21). Lefèvre (9) observou que a desnutrição gera atraso do Desenvolvimento Neuropsicomotor e que, quando ocorre em idades precoces

(14)

pode acarretar problemas de aprendizado. Guardiola et al. (21) relatam em seu estudo que crianças que apresentaram índices mais baixos de altura para a idade e peso apresentaram distúrbios de função cortical cerebral, mais especificamente em relação ao equilíbrio estático e dinâmico, coordenação apendicular, gnosias e linguagem.

Saccani (3) demonstra em seu estudo que houve proporção maior de crianças desnutridas com atraso de linguagem, motricidade fina e ampla, porém a ausência de significância estatística para as diferenças entre os grupos estudados apontam na mesma direção dos dois estudos discutidos anteriormente, isto é, de que fatores nutricionais e sociais são determinantes para atraso no Desenvolvimento Neuropsicomotor.

O desenvolvimento da coordenação motora e da motricidade fina são essenciais para um bom desempenho escolar. Crianças com déficits de motricidade ou coordenação têm uma escrita lenta, uma letra de traçado irregular e, muitas vezes, acabam sendo discriminadas pelos próprios colegas (22).

Neto (11) descreve que a escrita representa uma atividade motriz usual que requer a atividade controlada de músculos e articulações de um membro superior associada à coordenação viso-manual. Considerando que a mão e o olho não são absolutamente indispensáveis, a escrita manual guiada visualmente proporciona o modelo gráfico mais regular e rápido. A escrita consiste em uma organização de movimentos coordenados para reproduzir as formas e modelos; constitui uma praxia motora. A coordenação viso-manual se elabora progressivamente com a evolução motriz da criança e do aprendiz. Visão e feedback perceptivo-motor estão estruturados e coordenados para produzir um comportamento motor adaptado em qualquer situação.

De acordo com Walter (23) a maioria das crianças de 5 anos de idade já adotaram a pega dinâmica em tripé, portanto, estão preparadas para usar a caneta de forma controlada, executando atividades que precedam o ato de escrever. O feedback proporcionado pelos aparelhos tátil, proprioceptivo e visual contribui para o desenvolvimento das habilidades motoras delicadas.

A Fisioterapia enquanto área de conhecimento tem a responsabilidade de contribuir com pesquisas referentes ao desenvolvimento infantil, especialmente as relacionadas à evolução da motricidade, tanto em lactentes saudáveis quanto nos expostos a fatores de risco (24). O fisioterapeuta deve possuir um conhecimento aprofundado sobre o processo desenvolvimento global da criança, o qual é composto por diversas categorias: tônus muscular, postura, reflexos primitivos, reações posturais, coordenações sensório-motoras e movimentos espontâneos (25). Além desse

(15)

conhecimento, o profissional deve estar familiarizado com os diversos instrumentos de avaliação existentes, para assim selecionar o mais adequado para o seu serviço ou pesquisa (26).

Ressalta-se ainda, a importância de projetos na comunidade, para que as crianças tenham a oportunidade de serem avaliadas, assim essas avaliações podem favorecer o entendimento do processo de desenvolvimento motor por todos os envolvidos, entre eles, os pais, acadêmicos, profissionais e a própria criança, permitindo que a escola ofereça atividades diferenciadas, e que a família crie oportunidades de desenvolvimento nos componentes específicos para seus filhos. É importante uma atuação preventiva mediante a detecção precoce de alguma anormalidade e apropriado encaminhamento para tratamento específico (27).

Segundo Klintsova e Greenough (28) a aprendizagem, o treinamento e a estimulação comportamental influenciam a plasticidade cortical, alterando a sinaptogênese, não só do cérebro em desenvolvimento como também do cérebro maduro. Conseqüentemente, técnicas psicopedagógicas e métodos de estimulação precoce que minimizem as alterações cognitivas resultantes de condições adversas devem ser identificadas para possibilitar às crianças oportunidade de aprendizagem satisfatória e inclusão social (3, 29).

Souza (30) avaliou crianças na faixa etária de 4 a 6 anos e concluiu que o acelerado desenvolvimento que ocorre no intervalo avaliado deve-se à consonância da mielinização com a interação com o meio ambiente. A estimulação é sem dúvida imprescindível para o desenvolvimento físico, motor e cognitivo da criança e que o comportamento das crianças durante os testes refletiu o comportamento das famílias e também a dinâmica de funcionamento das escolas.

A identificação precoce de alterações no desenvolvimento é uma tarefa complexa para profissionais da saúde. Devido à plasticidade do DNPM da criança, é necessário que a avaliação seja repetida, principalmente durante os primeiros anos de vida, quando o desenvolvimento é mais acelerado e o efeito do atraso é mais importante. Através desta identificação pode ser possível o estabelecimento de programas de intervenção que visem à prevenção de distúrbios do desenvolvimento (3, 30).

(16)

Considerações finais

A avaliação do desenvolvimento motor realizada nos primeiros anos de vida das crianças é de extrema importância, para o conhecimento das fases do desenvolvimento das habilidades em cada idade. No presente estudo, pode-se considerar que as meninas nos três anos consecutivos alcançaram melhores resultados em relação aos meninos, porém os valores não demonstraram diferenças significativas estatísticamente. Em relação às habilidades avaliadas, as crianças de 4 e 5 anos de idade apresentaram melhor média nos testes de coordenação motora.

Há uma ampla literatura sobre avaliação do Desenvolvimento Motor, porém são poucas que relacionam a motricidade fina com a coordenação motora em crianças. Sendo assim sugerem-se novas pesquisas sobre o Desenvolvimento motor com maior enfoque para a coordenação motora e motricidade fina, principalmente relacionada fisioterapia e a estimulação em crianças.

Referências

(1) Miranda AS, Franceschini SCC, Priore SE, Euclydes MP, Araújo RMA, Ribeiro SMR, et al. Anemia ferropriva e estado nutricional de crianças com idade de 12 a 60 meses do município de Viçosa, MG. Rev. Nutr. 2003; 16(2): 163-9.

(2) Carvalho A, Salles F, Guimarães M. Desenvolvimento e Aprendizagem. Belo Horizonte: Ed UFMG, 2002.

(3) Saccani R, Brizola E, Giordani AP, Bach S, Resende TL, Almeida CS. Avaliação do desenvolvimento neuropsicomotor em crianças de um bairro da periferia de Porto Alegre.Scientia Medica. 2007;17(3):130-7.

(4) Neto FR. Manual de avaliação motora. Porto Alegre: Artmed. 2000.

(5) Zanini, PQ, Hayashida. Análise da aquisição do sentar, engatinhar e andar em um grupo de crianças pré-termo. Rev. Fisioterapia Universidade de São Paulo. 2002.

(6) Clark JE. Motor Development. Encyclopedia of Human Behavior. 1994; 3.

(7) Pellegrini A M, Neto SS, Bueno FCR, Alleoni BN, Motta AI. Desenvolvendo a coordenação motora no ensino fundamental. In: Pinho S Z; Saglietti JRC.(Org.)Núcleos de Ensino. São Paulo: UNESP. 2005. 178-191.

(17)

(8) Coelho M. Avaliação Neurológica Infantil nas Ações Primárias de Saúde. São Paulo: Atheneu. 1999.

(9) Lefèvre AB. Repercussão da má nutrição sobre o sistema nervoso. In: Lefèvre AB, Diament A, Cypel S. Neurologia infantil. 2a ed. São Paulo: Atheneu. 1989:191-206. (10) Burns YR. Desenvolvimento da motricidade desde o nascimento até os 2 anos de idade. In: Burns, YR, Macdonald J. Fisioterapia e crescimento na infância. São Paulo: Santos; 1999.30-42.

(11) Neto FR. Manual de avaliação motora. Porto Alegre: Artmed. 2002.

(12) Tani G, Manoel EJ, Kokubun E, Proença JE. Educação Física Escolar: Fundamentos de uma Abordagem Desenvolvimentista. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo. 1988.

(13) Tani G, Freudenheim AM, Meira J. Aprendizagem motora: tendências, perspectivas e aplicações. Rev. Paulista de Educação Física. (São Paulo). 2004;18:55-72.

(14) Paim, MCC. Desenvolvimento motor de crianças pré - escolares entre 5 e 6 anos. Rev. Digital Buenos Aires, [ano 8, n.58] 2003. [Acesso em: 2011 Abril. 8]. Disponível em: http://www.efdeportes.com/efd58/5anos.htm.

(15) Gallahue D, Ozmun J. Compreendendo o Desenvolvimento Motor, Bebês, Crianças, Adolescentes e Adultos. 2 ed. São Paulo: Phorte. 2003.

(16)Valentini N. Percepções de Competência e Desenvolvimento Motor de meninos e meninas: um estudo transversal. Rev Movimento (Porto Alegre). 2002; 8(2):51-62. (17) Goodway JD ,Rudisill ME,Valentini NC. The influence of instructíon on the development of catching in young children. InClark, J.E. eHumphrey, J.(Eds)Motor Development:ResearchandReviews. 2002.

(18) Morris A, Williams J, Wilmore J.Age and sex differences in motor performance of 3 through 6 year old children. ResearchQuarterlyfor Exercise and Sport. 1982; 55:288-97.

(19) Willrich A, Azeredo CCFD, Fernandes J O. Desenvolvimento motor na infância: influência dos fatores de risco e programas de intervenção. Ver Neurociência. 2008. (20) Miranda ALP, Resengue R, Figueiras ACDM. A criança e o adolescente com problemas do desenvolvimento no ambulatório de pediatria. J de Pediatria. 2003;79(1). (21) Guardiola A, Egewarth C, Rotta NT. Avaliação do desenvolvimento neuropsicomotor em escolares de primeira série e sua relação com o estado nutricional. J Pediatr. (Rio de Janeiro). 2001;77:189-96.

(18)

(22) Zilke R, Winkelmann ER, Bonamigo ECB. Avaliação do Desenvolvimento Neuropsicomotor em crianças de 2 a 5 anos que freqüentam escolas de Educação Infantil. Rev Fisioter Mov, Curitiba. 2009; 22(3):439-47.

(23) Walter P. Desenvolvimento Motor do Inicio da Idade Escolar à Puberdade. In: Burns YR, Macdonald J. Fisioterapia e Crescimento na Infância. São Paulo. 1999.49-58.

(24) Engstrom EM, Anjos LA. Stunting in Brazilianchildren: relationship with social-environmentalconditions and maternal nutritional status. Caderno de Saúde Pública. 1999; 15( 3): 67-559.

(25) Guimarães EL. Estudo para detecção precoce de sinais indicativos de alterações no desenvolvimento neuro-sensório-motor em bebês de risco. 2001. (Dissertação) – Universidade Federalde São Carlos, São Carlos (São Paulo). 2001.

(26) Formiga CKMR, Vieira MEB, Ribeiro FV. Principais instrumentos de avaliação do desenvolvimento da criança de zero a dois anos de idade. Rev Movimenta. 2009; 2(1). (27) Formiga CKMR, Pedrazzani ES, Tudella E. Desenvolvimento motor de lactentes pré-termo participantes de um programa de intervenção fisioterapêutica precoce. Rev Brasileira de Fisioterapia. 2004; 8( 3): 45-239.

(28) Klintsova AY, Greenough WT. Synaptic plasticity in cortical systems. Curr Opin Neurobiol. 1999;9:203-8.

(29) Macedo CS, Andreucci LC, Montelli TCB. Alterações cognitivas em escolares de classe socioeconômica desfavorecida: resultados de intervenção psicopedagógica. Arq Neuro-Psiquiatr. 2004;62:852-7.

(30) Souza SC, Leone C, Takano OA, Moratelli HB. Desenvolvimento de pré-escolares na educação infantil em Cuiabá, Mato Grosso, Brasil. Cad Saúde Pública. 2008;24(8):1917-26.

Referências

Documentos relacionados

Considerando a existência (bastante plausível, senão generalizada, como visto introdutoriamente) de uma sequência temporal ou lógica entre as decisões a serem

Light hole band eventually become occupied due to nonpolar optical phonon scattering events, nevertheless, more than 90% of the holes stay in the heavy hole

São considerados custos e despesas ambientais, o valor dos insumos, mão- de-obra, amortização de equipamentos e instalações necessários ao processo de preservação, proteção

A Economia Solidária da Macaronésia assenta na prossecução de um princípio de solidariedade, como matriz nuclear da sua identidade (face à Economia dominante),

The convex sets separation is very important in convex programming, a very powerful mathematical tool for, see [ ], operations research, management

Ocorrência (%) de fungos filamentosos isolados das amostras de rações peletizadas para equinos, coletadas em propriedades rurais, durante seis dias de

O Presidente da Direção do CSPVC é convocado para todas as reuniões dos órgãos da Liga de Amigos, sejam, a Mesa e a Assembleia. Por motivos justificados, pode delegar

Porém, não desincumbiu o apelante de demonstrar a aquisição do patrimônio comercial da anterior sociedade empresarial pela nova, não sendo suficiente o fato de a