• Nenhum resultado encontrado

A importância da tecnologia na formação continuada e na atuação docente.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "A importância da tecnologia na formação continuada e na atuação docente."

Copied!
61
0
0

Texto

(1)

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES

UNIDADE ACADÊMICA DE EDUCAÇÃO CURSO DE PEDAGOGIA

MICHELLI ALVES SOARES

A IMPORTÂNCIA DA TECNOLOGIA NA FORMAÇÃO CONTINUADA E NA ATUAÇÃO DOCENTE

CAJAZEIRAS-PB 2015

(2)

MICHELLI ALVES SOARES

A IMPORTÂNCIA DA TECNOLOGIA NA FORMAÇÃO CONTINUADA E NA ATUAÇÃO DOCENTE

Monografia apresentada ao Curso de Pedagogia da Universidade Federal de Campina Grande do Centro de Formação de Professores, Campus de Cajazeiras, como requisito parcial para a obtenção do grau de Licenciada em Pedagogia.

Orientador: Dr. José Amiraldo Alves da Silva

CAJAZEIRAS-PB 2015

(3)

Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação - (CIP) Denize Santos Saraiva Lourenço- Bibliotecária CRB/15-1096

Cajazeiras – Paraíba S676i Soares, Michelli Alves

A importância da tecnologia na formação continuada e na atuação docente. / Michelli Alves Soares. Cajazeiras, 2015. 60f. il.

Bibliografia.

Orientador (a): Prof. José Amiraldo Alves da Silva. Monografia (Graduação) - UFCG/CFP

1. Professores-formação. 2. Formação continuada. 3. Educação- recursos tecnológicos. 4. Tecnologia- sala de aula.

I. Silva, José Amiraldo Alves da. II. Título.

(4)
(5)

Dedico este trabalho, primeiramente, a Deus pela oportunidade que me deu para realizar este estudo tão almejado por mim e a minha família que contribuíram e me incentivaram para a conclusão desse curso.

(6)

AGRADECIMENTOS

Agradeço com imensa gratidão a Deus pelo dom da vida e pelo trabalho permanente durante a trajetória do presente curso. Dedico em seguida, a minha família que me incentivou a ir em frente e não desistir em momento algum, especialmente aos meus pais que mantiveram próximo a minha pessoa como força impulsionadora de todo processo investigativo. Sinto-me realizada em poder estar concluindo esse tão almejado curso e que agora chega ao fim. Só tenho a agradecer a todos pela oportunidade que tem me dado, por essa conquista em poder mostrar que o sonho é possível de ser realizado, basta querer e ir à luta.

Ao meu querido orientador professor Dr. José Amiraldo Alves da Silva, que se dispôs de boa vontade para me auxiliar nesse trabalho, com seus ensinamentos e sugestões valiosas muito bem-vindas. Só tenho a agradecê-lo pela rica contribuição que me deu nesse Trabalho de Conclusão de Curso.

Agradeço também aos meus professores Maria de Lourdes Campos e Edilson Leite da Silva por aceitarem fazer parte da minha banca, como também a Edinaura Almeida de Araújo como membro suplente meus sinceros agradecimentos por auxiliarem nesse trabalho monográfico.

Obrigada a todos que direta ou indiretamente contribuíram para o meu sucesso acadêmico, onde tenho o maior orgulho de ter concluído o curso de Pedagogia tão sonhado por mim há anos, e hoje vejo que está se tornando uma realidade na minha vida, um sonho concretizado que hoje é apenas uma das etapas alcançada de muitas outras que estarão por vir na minha vida acadêmica.

Agradeço imensamente pela sabedoria que Deus tem me dado para concluir esse curso, no qual tem sido para mim um divisor de águas, pois quando se quer algo é preciso dedicação, fé e esforço naquilo que se pretende alcançar, e, esses três fatores foram fundamentais para o término desse trabalho monográfico.

(7)

"Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção”. Paulo Freire (1996)

(8)

RESUMO

O presente estudo buscou investigar a importância das tecnologias na formação continuada e na atuação docente procurando discutir a formação continuada dos professores para trabalhar com as tecnologias em sala de aula, sabendo que para ensinar com os recursos tecnológicos o professor necessita de uma formação adequada que possa dar suporte ao ato de ensinar. Teve como objetivos analisar a formação continuada de professores e o uso das tecnologias em sala de aula; identificar as tecnologias utilizadas na formação continuada de professores, observando como os professores trabalham com a tecnologia em sala de aula, além de investigar se os professores demonstram interesse em investir na formação contínua no âmbito dos recursos tecnológicos. Diante disso, procuramos averiguar se de fato esse trabalho acontece no dia a dia desses profissionais, pois como sabemos o mundo está em constante evolução e cabe ao professor também investir na sua formação para melhorar a aprendizagem do aluno enquanto sujeito na construção de seu próprio conhecimento. O interesse em estudar esta temática surgiu a partir das reflexões desenvolvidas nas disciplinas cursadas no 7° período do curso de Pedagogia, principalmente Tecnologias e Educação e Estágio supervisionado nos anos iniciais do Ensino Fundamental I, pois percebemos a falta de conhecimento dos docentes no uso dos recursos tecnológicos em sala de aula, assim como a falta de interesse em procurar cursos de aperfeiçoamento nesta área. Utilizamos como procedimentos metodológicos uma pesquisa bibliográfica realizada a partir das contribuições teóricas de autores como Gadotti (2000), Kenski (2007), Libâneo (2007), Mercado (1998), Moran (2000), entre outros, bem como uma pesquisa de campo do tipo exploratória numa abordagem qualitativa. Como instrumento de coleta de dados foi realizada uma entrevista semiestruturada contendo quatro temas, aplicada com quatro professores dos anos iniciais do Ensino Fundamental I de duas escolas, sendo uma da rede estadual e outra da rede municipal de ensino. A análise de dados foi feita a partir do confronto entre a fala dos sujeitos investigados e a teoria elaborada anteriormente. Os resultados apontaram que a formação contínua é importante para o uso adequado das tecnologias em sala de aula, e sua inserção no ensino é importante, podendo levar a utilização de estratégias para a realização de uma aprendizagem significativa e prazerosa para o aluno.

(9)

ABSTRACT

The present study sought to investigate the importance of technology in continued formation and teaching practice trying to discuss the continued formation of teachers to work with technology in the classroom, knowing that to teach with technology resources the teacher needs of adequate training that he can support the act of teaching. This work has as main objective analyze the continued formation of teachers and the use of technology in the classroom, and specific objectives to identify the technologies used in the continued formation of teachers intends to investigate how teachers work with technology in the classroom, investigate if the teachers demonstrate interest in investing in ongoing training in ambit of the technological resources, and finally, identify the competences and learning acquired by students with the teaching through technologies. In view of this, we seek to investigate if in fact this work takes place in daily of these professionals, because as we know the world is constantly evolving and it is up to the teacher to invest in their formation to improve the student learning as a subject in the construction of their own knowledge. The interest in to study this thematic emerged from the reflections developed in the subjects taken in the 7th period of the Pedagogy course mainly Technologies and Education and Internship supervised in the Early Years of elementary school because it was perceived the lack of knowledge of teachers in the use of technological resources in the classroom, such as lack of interest in seeking courses improvement in this area. It used as methodological procedures a bibliographical research performed from the theoretical contributions of authors like Gadotti (2000), Kenski (2007), Libâneo (2007) Market (1998) and Moran (2000),among others, as well as an exploratory field research in a qualitative approach. As instrument of data collection it was performed a semi structured interview with four themes, applied with four teachers in the early years of elementary school, two schools, one of the state system and other of the municipal school.The data analysis was made from the confrontation between the speech of the subjects and the theory developed earlier. The results showed that continuing training is important to the adequate use of technology in the classroom, and their insertion in teaching is essential,may lead to the use of strategies for the realization of a meaningful and pleasurable learning for the student.

(10)

LISTA DE SIGLAS

BIRD Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento

CNE Conselho Nacional de Educação

FMI Fundo Monetário Internacional

LDBEN Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional ONU

PROINFO TIC

Organização das Nações Unidas

Programa Nacional de Tecnologia Educacional Tecnologia de Informação e Comunicação

(11)

SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO... 11 2 2.1 2.2 2.3 A SOCIEDADE NA ERA DA GLOBALIZAÇÃO... O indivíduo Humano e a Sociedade Informática... Tecnologias e seus dilemas... Caminhos a Serem Percorridos com a Introdução da Tecnologia... 14 17 19 20 3 3.1 3.2 3.3 3.4 3.5 SITUANDO A FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES... Apontamentos Sobre a História da Formação Contínua de Professores... Atuação do Professor com as Tecnologias... Reflexões Sobre as Novas Tecnologias Educacionais... O que são Tecnologias e Porque elas são Essenciais na Aprendizagem dos Alunos... Perfil do Professor para o Ensino da Tecnologia... 22 23 25 27 28 29 4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS... 35

5 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DE DADOS DA PESQUISA... 37

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS... 53

REFERÊNCIAS... 56

APÊNDICES... 58

APÊNDICE A- Roteiro de Entrevista... 59

(12)

1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho monográfico tem como foco analisar a importância das tecnologias na formação continuada e na atuação docente.

Trata-se de um estudo exploratório numa abordagem qualitativa, cujo interesse se deu pela curiosidade de investigar se existe a preocupação por parte dos professores em procurar uma formação contínua no sentido de melhorar a prática de ensino por meio do uso das tecnologias em sala de aula.

O interesse pelo tema surgiu a partir das reflexões desenvolvidas nas disciplinas cursadas no 7º período do curso de Pedagogia, entre elas, “Tecnologias e Educação” e o “Estagio Supervisionado nos anos iniciais do Ensino Fundamental I”, pois se percebeu a necessidade dos professores utilizaremos recursos tecnológicos, bem como de procurar se aperfeiçoar para o uso adequado destes recursos.

Foi a partir desse momento que despertou o interesse em ampliar os conhecimentos acerca dessa temática, e procurar investigar se os professores se preocupam em adquirir uma formação contínua para o ensino por meio da tecnologia, bem como em melhorar sua atuação docente.

Diante disso, surgiram inquietações sobre a importância da formação continuada dos professores para o uso adequado da tecnologia, pois como sabemos essa formação contínua do professor tornou-se uma necessidade para o exercício profissional, assim como o manuseio de novos recursos tecnológicos.

Para uma melhor compreensão do estudo, o trabalho foi estruturado em quatro capítulos. O primeiro capítulo intitulado “a sociedade na era da globalização”, apresenta algumas concepções acerca do processo de globalização na sociedade, como a globalização interfere em nossas vidas e, por conseqüência, como o ser humano encara essa nova onda de relacionar-se com o mundo da informação.

O segundo capítulo intitulado “situando a formação inicial de professores”, traz o conceito de formação inicial, fazendo uma discussão sobre a atuação do professor por meio das novas tecnologias, abordando como essas ferramentas tecnológicas se fazem presentes no cotidiano e na aprendizagem dos educandos.

(13)

O terceiro capítulo abrange os procedimentos metodológicos utilizados para a realização da pesquisa, destacando a problemática, os objetivos, o tipo da pesquisa, o local da investigação, os sujeitos investigados e, por último, os instrumentos usados para a coleta de dados.

O quarto capítulo traz a descrição e a análise dos dados, apresentando com mais exatidão o confronto entre fala das docentes obtidas no decorrer das entrevistas, com a teoria anteriormente elaborada.

Apresentamos também as considerações finais com uma síntese de tudo o que foi trabalhado, destacando nossas impressões sobre a temática estudada, pois desde muito tempo o mundo vive a fase da modernidade mediada pelas tecnologias e seus efeitos na sociedade moderna. Com isso, os educadores têm apresentado dificuldade em utilizarem as ferramentas tecnológicas em sala de aula, que por muitas vezes, os mesmos não se sentem preparados ou aptos a utilizarem estas tecnologias adequadamente.

Assim, cabe perguntar: Como tem se dado o processo de formação continuada dos professores no âmbito dos conhecimentos tecnológicos? Quais as implicações desta formação para a prática docente desenvolvida em sala de aula?

A pesquisa teve por finalidade analisar a importância da tecnologia na formação continuada de professores, pois investigar a forma como os professores trabalham com a tecnologia em sala de aula se torna fundamental no processo de aprendizagem do aluno, no sentido de acompanhar os avanços tecnológicos e de utilizar novas metodologias no contexto escolar.

Esses são alguns elementos que motivaram a investigação desse tema, visto que existem muitos docentes que não conseguem oferecer um ensino de qualidade aos seus alunos. Desta forma, a utilização adequada dos recursos tecnológicos e de novos métodos de ensino pode garantir uma aprendizagem significativa e prazerosa para os alunos.

Do ponto de vista vivenciado, pode-se dizer que muitos docentes não exercem uma ação mais efetiva em relação à aprendizagem dos alunos pela formação mínima que

(14)

possuem na área das tecnologias, embora existam alguns que procuram aperfeiçoar suas práticas em sala de aula.

De forma geral, esse estudo é inovador porque trata sobre como a formação dos professores está acontecendo para o ensino com as tecnologias, no que diz respeito a capacitação dos docentes para realizarem com competência suas atividades, e isso servirá de base para que todos os educadores possam se desenvolver tanto do ponto de vista profissional quanto pessoal.

No que diz respeito à formação enquanto aluna do curso de Pedagogia, espero que esse estudo possa contribuir com a formação e responder as inquietações sobre o tema investigado. Portanto, espera-se que a pesquisa venha contribuir para a formação docente, como também para que o conhecimento acerca desta temática seja ampliado a partir das discussões e reflexões desenvolvidas ao longo do trabalho ora apresentado.

(15)

2 A SOCIEDADE NA ERA DA GLOBALIZAÇÃO

Este primeiro capítulo discorre de maneira geral sobre o processo de globalização e de suas fases ao longo do tempo, e das mudanças nas relações sociais, pois estamos vivendo numa sociedade informática, segundo os olhares de Schaff (1995). Mais precisamente nos três períodos em que a globalização tomou um novo rumo diferente daquilo que estava previsto pela grande parte da população em meados do século XX.

Ainda nesse capítulo se discute como a globalização chegou até nossas casas, desde seu aparecimento até o seu uso que se faz atualmente, bem como suas conseqüências para a vida humana e pelo mau uso que também pode se fazer das tecnologias.

Inicialmente o capitalismo se divide em três grandes momentos que de início teve a emergência e sua instalação nos países da Europa, ou seja, instaurando o trabalho livre, a mercantilização da produção e a organização do mundo sob a forma de Estados Nacionais (COSTA 2005). Nesse período, houve um grande acúmulo de capital e o surgimento de uma classe dominante, a burguesia, que mantinha uma imposição de autoridade de uma cultura sobre a classe dominada. Nesse primeiro momento o capitalismo já era visto como global, por conta da vasta expansão do colonialismo em diversas regiões do mundo que permitiam a produção de matérias-primas e a utilização de mão de obra operária e, conseqüentemente, a acumulação do dinheiro- o capital.

Exatamente no segundo momento o processo de industrialização tornou-se mais efetivo devido às estreitas relações de poder que acontecia para gerar mão de obra qualificada, o que ficou conhecido como o imperialismo. Nesse mesmo contexto é que o capitalismo expandiu-se tomando rumo gigantesco e a economia por si só entra em uma fase de produção ampliada, transformando-se numa economia planificada ou também numa economia centralizada, onde as ações e os meios de produção são partes integrantes do Estado, sejam empresas, bancos, comércios e indústrias.

(16)

É a partir desse período em que a tecnologia começa a desempenhar um importante papel na produção de mercadorias e na conquista de territórios. Assim sendo, como afirma Costa (2005, p. 231):

A cultura se globaliza e se homogeneíza com a criação de indústria cultural e da cultura de massa. Há uma grande mobilização populacional provocada pelo êxodo rural e pela emigração que leva multidões a se instalarem de forma definitiva em outros territórios.

Fica notável a dimensão que tomou a cultura de massa em função do capitalismo presente fortemente no século XX, evidenciando novos paradigmas econômicos, políticos e sociais, ou seja, foi ao longo dos tempos mudando a forma das pessoas se relacionarem umas com as outras e com seus próprios interesses que as pessoas foram se tornando cada vez mais individualistas. Com isso, os indivíduos começaram a querer o seu bem-estar,a obter grandes privilégios e cargos que iam aparecendo no decorrer dos anos, em prol da satisfação de suas necessidades básicas.

No terceiro momento da globalização, foram criadas organizações internacionais como a Organização das Nações Unidas (ONU), o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) e o aparecimento da informática, revolucionando a produção de bens e a comunicação por meio das mídias digitais. Nesse mesmo período apareceu a ciência e a pesquisa para explicar esse processo de globalização tão presente na pós-modernidade.

De início a pós-modernidade era vista no campo das artes visuais, da arquitetura e em tudo que caracterizava a produção artística da Modernidade. Em razão das transformações sociais sobre a influência que a indústria cultural e a cultura de massa mantêm diante da sociedade, foi sendo construída uma nova forma de enxergar esse conceito de pós-modernidade.

Dessa forma, o conceito foi sendo visto de duas formas em razão dessa flexibilidade, pois como argumenta Costa (2005, p.233),

[...] a Pós-Modernidade passou a ser identificada com fatores que deveriam estar, antes de tudo, na sua gênese: a emergência da informática nas relaçõeseconômicas, na produção e na comunicação entre as pessoas; a decadência dos regimes comunistas no mundo, o fim da produção industrial de massa e o desencanto generalizado em relação ás expectativas idealistas da filosofia e da ciência moderna.

(17)

A autora enfatiza que o desenvolvimento da informática e das telecomunicações são elementos importantes na era Pós-Moderna, pois foram se ajustando e tornando-se mais integradas para o bem da população. Isso se deu em razão de estarmos vivenciando uma nova era de instabilidade geral onde as coisas ocorrem de forma veloz e mudam constantemente, e, é assim que de acordo com Costa (2005) o período da pós-modernidade passou a exercer forte influência na sociedade em que estamos inseridos.

Ainda nesse contexto, a maioria das pessoas busca diariamente aquilo que faça a diferença na sua vida, mas precisamente buscam pelo novo, pois aquilo que era considerado como o certo e o convencional, hoje já não é mais bem aceito, pela ocasião de estarmos vivendo novos paradigmas e isso gera em nós futuros educadores, uma certa insegurança por não estarmos preparados para ensinar nessa perspectiva de desenvolvimento integral do aluno.

Até mesmo a ciência é incerta, o que antes era estável hoje se apresenta com inúmeras incertezas fazendo com que o sujeito tenha seu próprio entendimento acerca de tal fenômeno estudado. Assim, abre possibilidades para que o próprio sujeito se revele e não fique preso ao que o educador ensina (QUELUZ, 2003).

No que se refere ao comoa escola deve se enquadrar no momento atual ainda é bastante difícil para os educadores, pois como afirma Queluz (2003, p. 11),

ocorre que a escola, se vê diante de demandas contraditórias em termos de socialização: de um lado precisa estimular a critica, a autonomia e a participação e, de outro, a disciplina e a submissão ao trabalho.

Ou seja, a escola vive num problema constante em dois patamares onde tem que formar os alunos para a cidadania e ao mesmo tempo para o mercado de trabalho,que é altamente competitivo e, assim, a instituição deve entrar nos moldes vigentes.

Devido a essa forte pressão sobre os educadores a maioria se sente despreparada para atuar no ensino inovador e as críticas são permanentes por parte dos pais que querem uma educação exemplar para seus filhos e da própria sociedade que requer preparação e uma boa conduta dos professores para ensinar.

(18)

2.1 O indivíduo e a Sociedade Informática

Adam Schaff (1995) traz uma reflexão acerca do homem como sujeito social que está a todo o momento se relacionando com as mudanças que a sociedade passa ao longo dos tempos, considerando que o homem é o resultado de uma formação histórica e das relações sociais. Assim constamos que segundo Schaff (1995, p.100):

O homem não vem ao mundo como tabula rasa (conceito que Locke toma como ponto de partida de sua teoria do conhecimento), mas que, ao contrário nasce como uma folha sobre o qual já estão registradas as experiências filogenéticas adquiridas durante a evolução da espécie, que constituem uma parte de suas disposições inatas.

Nessa perspectiva, o homem não nasce sabendo de tudo, nasce e vai adquirindo experiência, de acordo com seu crescimento enquanto pessoa, onde são adquiridas todas as informações precisas para seu conhecimento. Por isso, é que se diz que o indivíduo não é uma tabula rasa, uma folha branca, considerando que somente a partir da experiência é que ele se torna um construtor de seu conhecimento.

Dessa forma, o professor deve saber articular seu conhecimento com o do aluno, cabendo formar os próprios, pois este nasce “inocente”, em que a família é a primeira instituição educadora.

No tocante às mudanças na qual a sociedade passa historicamente, o homem vive livre, mas ao mesmo tempo isolado na sociedade informática, ao qual traz conseqüências positivas e negativas, dependendo de como está inserida no contexto social. Assim melhor dizendo, a tecnologia pode reforçar a alienação dos grupos sociais, mas ao mesmo tempo ajuda a superá-la. Ou seja, ajuda a reforçar o individualismo pela procura de um estilo de vida adequado sempre na tentativa de viver bem numa sociedade transformada pela informatização.

Portanto, o individualismo representa a existência individual voltada especificamente para o próprio interesse onde o homem só passa a existir dentro de uma sociedade e, dessa forma, aceita que há determinadas regras a serem cumpridas. No tocante ao individualismo, podemos afirmar que exerce forte influência na sociedade e isso dependerá mais ainda das relações sociais de uma determinada sociedade.

(19)

Para ficar mais claro o encontro de diferentes culturas, de certa forma, provoca um espanto ao resistir ao novo propriamente dito. Raramente, as nossas necessidades tais como o modo de sobreviver e a liberdade, nem sempre são partilhadas com as diferentes culturas. No entanto, isso não quer dizer que uma cultura seja melhor do que a outra com suas diferenciações, mas é uma prova da diversidade presente em nossa sociedade.

Em confronto, o individualismo está ligado ao totalitarismo, ou seja, o indivíduo é subordinado à sociedade. É como se o indivíduo fosse livre em fazer suas escolhas, contudo, com o cuidado para que essas escolhas não degradem a sociedade. Uma demonstração bem concreta é o fato, por exemplo, de o homem ser livre para desmatar as árvores e ao mesmo tempo ele não pode fazer isso sem antes, ter a consciência que tem que fazer o reflorestamento das árvores para o bem da preservação ambiental da natureza.

A sociedade segundo Schaff (1995) enriquecerá de forma repentina pelo aperfeiçoamento da automação da produção, é onde as pessoas se tornam mais livres em defender o que é seu, o que é aceito para o desenvolvimento da sociedade. Logo, com o crescente desenvolvimento de informações fortemente ligadas ao modo de vida dos indivíduos fez com que se rompesse o isolamento dos indivíduos e,assim, por fim a alienação que é submetida como atualmente estamos vivendo.

De acordo como Schaff (1995, p. 106) “a sociedade informática traz consigo tendências contraditórias a este respeito: de um lado, reforça a alienação dos homens, mas de outro permite superá-la efetivamente.”

O autor aborda de forma compreensiva que a sociedade ajuda na alienação do sujeito, onde ele não se rebela diante de determinada situação, pois estará ciente de seu papel como parte integrante de um trabalho, mas por outro lado faz o sujeito ter um alto grau de criticidade e dialogar em busca de superar e mudar uma ação que não está ocorrendo bem.

Apesar de a sociedade informática proporcionar benefícios para o homem, pode trazer riscos para o indivíduo pela gama de informações que hoje recebemos. Em contrapartida, o acesso a informação é dado numa dimensão abrangente,

(20)

possibilitando sua transformação em conhecimentos necessáriosa transformação social.

2.2 Tecnologias e seus Dilemas

Segundo o pensamento de Gadotti (2000), as novas tecnologias surgem na educação como uma cultura digital, pois estão ganhando seu espaço no mundo do conhecimento. Isso não quer dizer que ela seja desnecessária para o aluno, pois com o uso que se faz do computador é possível haver uma aprendizagem fora da escola.

A escola assim torna-se a segunda opção em passar o conhecimento, facilitando a vida do aluno com a tecnologia, sem ter que ir à escola. Porém, ainda tem se trabalhado fortemente com os métodos tradicionais sem o uso do computador.

De acordo com o pensamento de Gadotti (2000), vivemos numa nova era de conhecimento, onde tudo tem evoluído de forma repentina. O que antes demorava dias para se ter uma resposta, hoje temos isso imediatamente, pelo uso do computador.

Assim, enfatiza Gadotti (2000, p. 07), “todavia, o que se constata é a predominância da difusão de dados e informações e não de conhecimentos.”

Ou seja, é forte a predominância de milhares de informações que recebemos por dia. Isso nos faz esquecer de muitos dados recebidos e, assim, a memória seleciona o que está no auge, na mídia.

É, portanto essencial estarmos nos atualizando, pois a notícia vem rápida e acabamos deixando passar sem nos darmos conta. É o que acontece com a tecnologia que deposita o conhecimento de forma prática e acessível para todos, fazendo a pesquisa ser flexível e fácil.

Segundo Gadotti (2000), a escola “deve oferecer uma formação geral na direção de uma educação integral”, ou seja, deve servir como uma bússola, que possa orientar criticamente os alunos pela busca da informação, fazendo-os desenvolverem sua capacidade de raciocinar e de pensar criticamente.

(21)

Contudo, a escola precisa ser cidadã, ou seja, necessita de uma reestruturação curricular inovando seus parâmetros curriculares e seus projetos para ofertar a seus alunos uma aprendizagem significativa e prazerosa com a tecnologia.

2.3 Caminhos a Serem Percorridos com a Introdução da Tecnologia ao Ensino

A introdução das inovações tecnológicas no ensino requer muito mais do que uma mera transmissão de dados do professor para o aluno. Todavia, é preciso que a escola volte seu interesse para inserir o uso dos computadores como forma de beneficiar a classe estudantil. Para isso, é necessário não apenas que os professores tenham uma noção de informática ou algum curso, mas, sobretudo um enfrentamento da própria escola com uma nova abordagem educacional.

Isso acontece porque na maioria das vezes a própria instituição carrega em si, certo tipo de conservadorismo no ambiente escolar. Como afirma Chaves (apud OLIVEIRA, 2012, p.142):

As escolas enquanto instituições sociais são muito conservadoras, resistindo sempre, ás vezes com vigor, mesmo ás mais tímidas tentativas de mudança da ordem estabelecida. Especialmente quando se trata da introdução de inovações tecnológicas, a escola encontra as mais variadas maneiras de resistir. Será necessário todo um processo de sensibilização da escola- que no entanto somente surtirá efeito quando os proponentes da introdução do computador na educação puderem mostrar resultados reais.

Essa forte resistência defendida por Chaves faz com que a escola não progrida nem evolua, mas permaneça em atraso em seu aparato pedagógico. Assim, com a entrada de computadores nas escolas aumenta a preocupação dos professores em ter conhecimento para ensinar com a tecnologia. Isso exerce um peso significativo aos educadores, por alguns dizerem que não contribuem para a formação integral dos alunos e por outros acharem que servem apenas para distrair os alunos com a introdução da tecnologia ao ensino, e que o aluno não aprenderá e não terá nenhum aproveitamento ou rendimento escolar.

Essa é uma visão que deve ser combatida na educação, pois muitas escolas possuem uma sala de informática dentro da instituição, mas não usufruem dos equipamentos por parte dos docentes que desconhecem o modo como usar os recursos e nem tem o devido conhecimento apropriado desses recursos tecnológicos.

(22)

Por esse motivo, é que o uso da tecnologia deve ser refletido no âmbito da educação, devendo proporcionar ao aluno um ambiente que possa discutir e que possa trocar ideias, saindo assim da rotina tradicional de passar atividade na lousa e do aluno receber a informação.

É daí, que se pode dizer que o ensino torna-se inovador com a inserção das inovações tecnológicas, saindo da rotina, pois como sabemos o método tradicional presida ser superado, o que exige dos educadores uma visão ampla de formação continuada, devido ao mundo e a sociedade estarem em constante mudança.

Cada vez mais, somos levados a ter e buscar uma formação não apenas inicial, mas aberta ao novo, uma formação que busque inovar o método de ensinar, com novos conhecimentos construídos ao longo do processo de formação permanente.

(23)

3 SITUANDO A FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES

A construção desse capítulo descreve mais detalhadamente como se deu a formação inicial dos professores, desde seu aparecimento até a exigência de que o professor tivesse algum tipo de formação para ensinar, bem como a dita formação contínua que significa tudo o que vem depois da graduação, ou seja, os cursos de especialização, cursos profissionalizantes, cursos de aperfeiçoamento, curso de mestrado, doutorado e pós-doutorado, entre outros.

Há muito tempo os processos de formação inicial nas universidades e nos cursos de formação do magistério tem apresentado dificuldade em oferecer uma preparação adequada para o exercício da atividade docente, pois muitas vezes segundo Libâneo, (2007, p.91), “essas instituições formam mal os futuros professores, os professores formam mal os alunos”.

Aliás, são poucas as universidades que trabalham conteúdos relacionados às tecnologias durante a formação dos professores. Por outro lado, alguns professores não se dão conta de que estamos num mundo que os avanços científicos e tecnológicos trazem novas exigências á formação de professores.

Kenski (apud LIBÂNEO1996, p.40) reconhece os impactos das novas tecnologias na vida dos professores e na educação escolar:

Os alunos aprendem em múltiplas e variadas situações. Já chegam á escola sabendo muitas coisas ouvidas no rádio, vistas na televisão, em apelos de outdoors e informes de mercado e shopping centers que visitam desde pequenos. Conhecem relógios digitais, calculadoras eletrônicas, vídeos-game, discos a laser, gravadores e muitos outros aparelhos que a tecnologia vem colocando à disposição para serem usados na vida cotidiana. Estes alunos estão acostumados a aprender através dos sons, das cores, das imagens fixas das fotografias ou, em movimento, nos filmes e programas televisivos. [...] O mundo desses alunos é polifônico e policrômico. É cheio de cores, imagens e sons, muito distante do espaço quase que exclusivamente monótono monofônico e monocromático que a escola costuma lhes oferecer.

Dessa forma, não tem como o professor negar essa forte presença das tecnologias na vida dos alunos, porque assim estaria ignorando o que eles vêem no cotidiano e o que trazem de fora da escola. Logo, cabe ao professor saber explorar as tecnologias com os alunos de forma significativa para que renda bons resultados na aprendizagem escolar, pois como sabemos há tempos que o professor e o livro didático deixaram de ser as únicas fontes de conhecimento.

(24)

A esse respeito Nóvoa (1954, p. 57), esclarece que:

A formação não se constrói por acumulação (de cursos, de conhecimentos ou de técnicas), mas sim através de um trabalho de reflexividade crítica sobre as práticas e de (re) construção permanente de uma identidade pessoal. Por isso é tão importante investir a pessoa e dar um estatuto ao saber da experiência.

O que nos chama a atenção na concepção de Nóvoa, é que o professor deve investir na sua formação como um ser humano que tem a capacidade de refletir sobre sua prática em sala de aula, ou seja, deve ter o conhecimento de que as formas de ensinar atualmente não são suficientes e, que por isso precisa estar num processo de qualificação permanente.

A formação inicial é tão importante na vida do professor que é o primeiro passo para quem quer iniciar a carreira docente. Assim, conforme dispões a Resolução CNE/CP- nº 01 de 15 de maio de 2006, que estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Pedagogia, em seu artigo II enfatiza que:

As Diretrizes Curriculares para o curso de Pedagogia aplicam-se à formação inicial para o exercício da docência na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, nos cursos de Ensino Médio, na modalidade Normal, e em cursos de Educação Profissional na área de serviços e apoio escolar, bem como em outras áreas nas quais sejam previstos conhecimentos pedagógicos. (BRASIL, 2006, p. 01).

A presente Resolução deixa explícito que a primeira exigência para seguir a carreira docente é possuir uma formação inicial em cursos de licenciatura, os quais devem servir de suporte para os possíveis cursos de formação continuada. Em outras palavras, para que a formação contínua seja aperfeiçoada com base nos cursos de licenciaturas é preciso que haja uma integração entre os conteúdos de ambas as formações.

3.1 Apontamentos Sobre a História da Formação Contínua de Professores

A história da formação continuada de professores se fez mais presente partir das décadas de 1960 e 1970 com as transformações internacionais, principalmente em Portugal onde teve um aumento significativo das ações de formação dirigidas aos professores, tendo em vista reformas implementadas pelo Estado na área educacional. O aperfeiçoamento continuava a ser visto como um meio mais fácil de passar para o sistema as medidas das políticas educativas (NÓVOA, 2002).

(25)

Na década de 1970, houve uma verdadeira explosão dos processos de formação contínua, pois além do Ministério da Educação, começou a ter uma intervenção cada vez maior das associações de professores e das instituições do ensino superior. Apesar das mudanças e incentivos para a formação continua do professor, é nítido reconhecer que essa formação continuada tinha caráter pontual, pois não tinha um foco definido, sendo baseada numa lógica de adaptação, ou atualização do professorado. Outro interesse era titulação individual dos professores, sem estar integrada a um projeto coletivo ou institucional.

Diante disso, a formação contínua de professores ficou desarticulada do desenvolvimento do sistema educativo e do próprio desenvolvimento da profissão docente. Então, a formação acabava sendo imposta pelas autoridades para preparar os professores com o objetivo de cumprir apenas com as determinações do sistema educacional.

Sendo assim, a formação era vista como uma forma de controle dos professores sobre sua profissão e sobre a vida institucional das escolas, ou melhor, reforçava o controle burocrático e administrativo sobre o professorado.

Nas últimas décadas a formação contínua foi sendo pensada na lógica da racionalidade técnica. Dessa forma, foram realizados estudos científicos sobre o modelo de formação do professor. Segundo Zeichner (1983, apud NÓVOA, 2002, p.53), o modelo de formação compreendia duas lógicas: O grau de estruturação do currículo (aberto e fechado) e o grau de aceitação dos contextos sociais e institucionais (problemático ou integrado).

Assim, foram formulados quatro paradigmas principais para se estudar a formação contínua do docente: O Tradicional que é um modelo fechado e integrado onde apenas o professor transmitia o conhecimento aos alunos, considerado o detentor do saber e os alunos ouvintes cuja função era a memorização de conteúdos. O Comportamentalista em que o aluno é encarado como produto do meio e passa a ser passível a manipulação do meio. Neste caso, o professor utiliza métodos comportamentais e sociais para moldar o comportamento dos alunos, que passivos apenas reagem ao ambiente externo imediato.

(26)

No modelo personalista o homem precisa se comprometer com a transformação da sociedade humana onde reine a justiça social, a valorização da vida pessoal e comunitária. Nesse modelo percebe-se que as pessoas são seres capazes de julgar, de opinar, seres singulares individuais que não podem ser tratados como objetos manejáveis, com fins em si mesmos.

Por fim, o modelo Investigativo, que seria o ensino vivido nos tempos atuais, que buscar investigar, pesquisar, duvidar, fazer com os alunos tenham mais iniciativas e saiba fazer suas escolhas. Desta forma, o ensino agora passou a ser problematizado e aberto ao novo.

Durante muito tempo, a melhor fonte de informações era o professor, mas devido às novas tecnologias, o aluno tem um grande número de informações ao seu dispor e o professor deixou de ser o detentor do saber para se transformar num mediador do conhecimento. Logo, foi necessário que se fizessem mudanças na formação docente.

No âmbito da legislação houve uma alteração na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, por meio da Lei nº 12.796, de 4 de abril de 2013,que trata da formação continuada de professores no artigo 62-A, onde se destaca: “A formação dos profissionais a que se refere o inciso III do artigo 61 far-se-á por meio de cursos de conteúdo técnico-pedagógico, em nível médio ou superior, incluindo habilitações tecnológicas.”Assim, torna-se fundamental a referida alteração para a formação contínua de professores, pois a Lei exige essa capacitação de aperfeiçoamento.

Libâneo (2001, p.9) reforça a importância da formação continuada ao assegurar a necessidade de “ações de capacitação e aperfeiçoamento dos profissionais da escola para que realizem com competência suas tarefas e se desenvolvam pessoal e profissionalmente.”

Demonstrando, dessa forma que a formação continua é de suma importância para o desenvolvimento tanto pessoal como profissional do educador.

3.2 Atuação do Professor com as Tecnologias

Como foi dito desde o início a educação vive uma nova era com a chegada das tecnologias que vieram possibilitar aos alunos novas formas para a construção do

(27)

seu saber. Esse novo cenário vem causando muitos desdobramentos que tornam-se significativos na área da educação, ou seja, como o professor é um dos responsáveis pela construção do saber do aluno, este tem a preocupação de tentar melhorar na sua formação enquanto docente.

Assim, segundo Moran, (2000, p.32), “o professor tem um leque de opções metodológicas, de possibilidades de organizar sua comunicação com os alunos, de introduzir um tema, de trabalhar com os alunos presencial e virtualmente, de avaliá-los”.

Atualmente, estamos vendo surgir vários discursos acerca da formação continuada de professores, embora o país encontre-se atrasado com as exigências desse novo mundo em constante evolução, pois o ato de ensinar já não é mais o mesmo do método tradicional, onde existia apenas um quadro-negro, um livro e o professor para ensinar. E isso de certa forma pesa para os professores, pois eles se vêem com dificuldades em sair do tradicional para entrar nesse novo trabalho docente, onde as tecnologias auxiliam como suporte no processo de aprendizagem dos alunos.

Para que isso não venha acontecer, é fundamental que os professores se atualizem com o seu trabalho, que sejam abertos a mudanças e comprometidos com a aprendizagem do seu aluno.

Outro ponto relevante é o desconhecimento por parte dos professores em relação as Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC‟s), que vieram com a finalidade de educadores interagirem com esses recursos, incorporando essas novas tecnologias à sua prática docente.

Fica evidente o desconhecimento e a dificuldade do professor em usar esses recursos em sala de aula, pois apesar da maioria das escolas terem já uma sala de informática e o computador ajude muito na prática de sala de aula, a falta de habilidade no uso do equipamento faz com que sejam cometidos erros e atrasos nas atividades realizadas com o computador. Com isso, gera nos docentes, perda de tempo em usar esse recurso, deixando-os aflitos e até mesmo desestimulados no uso das tecnologias.

(28)

Com todos os problemas enfrentados para realização dos cursos, vale salientar a importância essencial da formação continuada de professores para subsidiar na tecnologia com os seus alunos. Atualmente como tem visto na sociedade, essa formação é entendida como uma formação de um professor reflexivo, com uma visão ampla de sua prática. Como expõe Abrahão (2004, apud FIDALGO, 2009, p.142),

[...] a prática docente, além de ser reflexiva, há de ter natureza de reflexão crítica, isto é, possibilitar ao educador situa-se no contexto de sua prática pela problematização da natureza sócio-histórica não só da própria pratica educativa reflexionada, mas, igualmente, de sua relação como produto/produtor inserido no âmbito das práticas educativas institucionalizadas, histórica e socialmente produzidas.

Desse modo, é fundamental que o professor seja um profissional reflexivo de sua prática, pois quanto mais estudar, se qualificar, melhor será para si mesmo e para seus alunos, considerando que irá valorizar seu trabalho docente e estará se atualizando de acordo com o que o mundo está exigindo dos profissionais da educação.

Essa formação contínua deve contribuir e complementar o que ele já sabe, desde sua formação inicial até a formação em que se encontra, pois são sujeitos que nunca sabem de tudo, e que cada formação tem como o propósito construir novos saberes e conhecimentos.

3.3 Reflexões Sobre as Novas Tecnologias Educacionais

De acordo com o pensamento de Tajra (2012), um dos principais elementos para o êxito da tecnologia na educação é a formação do professor no âmbito educacional. Cabendo ao professor descobrir como irá utilizar sua forma de ensinar, significando que ele deve ter em mente estratégias para utilização do computador, quer dizer procurar outros meios para alcançar o mesmo objetivo, enquanto que não existe um método único e pronto para ensinar, por sua vez é conveniente que ele saiba buscar outras estratégias para dar suporte na sua prática docente.

Atualmente o professor já vem com uma gama de informações para atuar na escola, aliás, em pleno século XXI essa concepção que tínhamos de que o professor “sabe tudo”, já não existe nos tempos atuais. Conforme descreve Tajra (2012), hoje o

(29)

docente é mais dinâmico por conta das mudanças contínuo, tornando-se um ser flexível, crítico, exigente e comprometido com a aprendizagem de seus alunos.

Em suma, há necessidade de novas ferramentas para o professor trabalhar na atualidade, sendo mais aberto ao novo, ao diálogo, adaptado ao novo modelo de ensinar com as tecnologias.

A legislação atual defende que o uso da tecnologia é essencial para a formação do educando. Assim sendo, a LDB de 20 de dezembro de 1996, no art. 39º referente ao capítulo III estabelece que: “A educação profissional, integrada às diferentes formas de educação, ao trabalho, á ciência e á tecnologia, conduz ao permanente desenvolvimento de aptidões para a vida produtiva” (BRASIL, 1996).

Dessa forma, fica notável que o uso da tecnologia é de grande importância para que o aluno aprenda em várias modalidades de ensino, pois ele estará apto para exercer como cidadão o seu papel de parte integrante da sociedade.

3.4 O que são Tecnologias e por que elas são Essenciais na Aprendizagem dos Alunos

As tecnologias são tão antigas quanto à existência do homem na terra. Assim, para ser mais precisa foi o homem que deu origem às diferentes tecnologias, tendo em vista sua necessidade de se comunicar com o mundo que o cerca. Na Idade da Pedra, o homem utilizava o fogo, a água, um pedaço de osso de animal para a defesa e ataque de outros grupos sociais.

Com o decorrer dos anos, esses grupos foram sentindo interesses em adquirirem novos meios para dominar o espaço que lhes pertencia. Dessa forma, foi criada a lança de metal para as guerras, os instrumentos que os homens buscavam para ampliar seus domínios e adquirir mais riquezas, até os equipamentos eletrônicos na atualidade.

No entanto, um exemplo da aceleração do desenvolvimento tecnológico nos tempos modernos foi o episódio da Guerra Fria, que teve inicio após a Segunda Guerra Mundial, que incorporou a tecnologia de forma revolucionária, onde muitos equipamentos foram sendo descoberto, como o uso da bomba atômica, o

(30)

surgimento do isopor, o forno microondas, o computador e o relógio digital (KENSKI, 2007).

Constatamos que a tecnologia depende de como está sendo utilizada para a construção do conhecimento, ela é vista de forma positiva ou negativa, cabendo ao professor fazer a diferença na vida de seus alunos para um bom aprendizado. Podemos dizer que tecnologia não é apenas máquinas, mas engloba tudo que o homem conseguiu criar em toda sua história.

Assim, segundo o Dicionário de Filosofia de Abbagnano (1982, apud KENSKI 2007, p.24) a tecnologia é “o estudo dos processos técnicos de um determinado ramo de produção industrial ou de mais ramos”. Ou seja, para usar a tecnologia é necessário ter a técnica, que são habilidades de lidar com cada tipo de tecnologia, por muitas vezes confundem-se essas duas palavras, mas uma depende da outra.

3.5 Perfil do Professor para o Ensino por Meio da Tecnologia

Como sabemos existem dificuldades para preparar professores aptos a ensinar utilizando às novas tecnologias. Há vários motivos da existência dessas dificuldades, algumas delas seriam a falta de interesse dos próprios docentes em não ensinar por meio da tecnologia e a falta de cursos de formação continuada oferecida pela escola, falta de infraestrutura e apoio teórico, entre outros. Enfim, são vários os motivos que levam os educadores a não se enquadrarem no novo perfil exigido nos dias de hoje.

Na sociedade em que vivemos, deparamos com um novo quadro de perfil do educador, como uma forma de exigência para se adequar a esse novo modelo de formação.Assim, conforme Mercado (1998) o novo perfil valoriza o professor aberto a mudanças que seja a favor do diálogo, contribuindo para que as aulas sejam proveitosas.

Por outro lado, Mercado (1998, p.3) destaca que o professor crítico é aquele,

que revele, através da sua formação permanente; seja um intelectual que desenvolve uma atividade docente crítica, comprometida com a idéia do potencial do papel dos estudantes na transformação e melhoria da sociedade em que se encontram inseridos.

(31)

Isso significa que o educador deve ser um profissional que estimule seus alunos, explorando seu potencial cognitivo para melhorar o ensino. Mercado também destaca que o educador deve ser comprometido com as transformações que acontecem na escola, competente com o domínio de novas tecnologias, deve ser exigente e interativo.

Assim, a formação de professores requer uma emergência do trabalho coletivo e interdisciplinar, de modo que contribua na transformação do aluno enquanto ser ativo e que constrói seu próprio conhecimento.

Na concepção de Mercado (1998) formar professores para o ensino com a tecnologia é relativo, onde a escola deve socializar o acesso à informação e produzir conhecimento para todos.

Outro ponto importante é tentar mudar o ato de ensinar, os novos modos de conceber o processo da aprendizagem. Em outras palavras, é importante construir uma nova adaptação educacional que integre novos espaços de saber como um meio de inovar o ensino oferecido na escola.

A concepção de que o professor deve se adequar as novas exigências atualmente impostas pelo mundo globalizado, faz com que o educador reveja seu papel na educação dos alunos, pensando criticamente sobre o papel profissional, sendo um ser crítico que pesquisa, estuda, debate e vai à procura da solução para os problemas enfrentados no dia a dia da sala de aula.

Dessa forma, quando um aluno encontra uma notícia na internet, ele incorpora diante da sua realidade, e interpreta de um jeito mais fácil e prático partilhando com seu professor e outros colegas de sala. No entanto, para o aluno trocar experiências é preciso que o professor esteja atento sobre onde ele quer chegar, dando lugar ao conhecimento mais abrangente, ou seja, ao entendimento de outras culturas, de outros modos de compreender o verdadeiro significado das coisas que o cercam no cotidiano em que vive.

Como foi dito anteriormente, para superar essas dificuldades na preparação de professores capacitados é preciso haver uma reflexão sobre a metodologia utilizada pelo professor, fazendo o educador repensar e agir sobre sua atuação dentro da

(32)

sala de aula. Sua formação deve levar em conta a realidade em que vive, reconhecer suas deficiências para procurar a aperfeiçoar sempre sua prática em sala.

Com isso, o processo de formação continuada deve dar condições para o professor atuar diante das novas tecnologias, entendendo suas finalidades no mundo moderno. Dessa forma, como diz Mercado (1998) estará mudando o ensino fragmentado para um ensino inovador que torne os alunos capazes de resolver os problemas peculiares a cada aluno na escola.

É essa formação continuada que faz o professor tornar-se capaz de ter autoridade com a tecnologia, pois essa formação vem a enriquecer seu trabalho enquanto profissional da educação, além de aumentar a gama de conhecimentos adquiridos, o professor saberá como intervir na hora adequada, no que diz respeito a relação entre aluno e computador, dando apoio ao aluno na compreensão do mundo.

Com a presença das tecnologias ficam evidentes tais mudanças significativas para desenvolver nos educandos uma aprendizagem inovadora, assim como afirma Mercado (1998, p.6),

[...] ajuda os alunos a estabelecerem um elo de ligação entre os conhecimentos acadêmicos com os adquiridos e vivenciados, ocorrendo uma troca de ideia e experiências, em que o professor, em muitos casos, se coloca na posição do aluno, aprendendo com a experiência deste.

Ao aprender com a tecnologia fica claro o desempenho maior dos alunos em pesquisar individualmente e buscar as informações precisas para serem discutidos em grupos. Assim, na sociedade da informação é possível o aluno desenvolver o domínio de competência como o conhecimento. Pois, como assevera Mercado (1998, p.6),

transformar a informação em conhecimento- captar a informação relevante, senti-la, relacioná-la com a vida. Ajudar a estimular o que é relevante na informação, a transformá-la, a saber integrá-la dentro de um modelo mental/emocional equilibrado e transformá-la em ação presente ou futura. Aprender a navegar entre tantas e tão desencontradas informações, entre modelos contraditórios de conhecimento, de visões de mundo opostas.

No que diz respeito ao ensino por meio da tecnologia, o autor assegura que o educador desenvolve um ponto crítico e o desenvolvimento pessoal, considerando que:

(33)

Integração pessoal, trabalhar a identidade positiva, a autoestima, o valor dos professores. Permitir um professor com novos e variados papeis, que funcione como planejador e como orientador da aprendizagem, capaz de se comunicar, criativo, consciente de sua responsabilidade para construir com a transformação da sociedade, e de seus limites como pessoa e como profissional, em constante aperfeiçoamento, e assume criticamente sobre sua própria prática docente, e na ação-reflexão-ação vai promovendo seu próprio desenvolvimento pessoal e profissional (MERCADO, 1998, p.6).

Isso significa que o professor assume sua responsabilidade diante da aprendizagem dos educandos, não como um mero transmissor de conhecimento como era antigamente, mas aquele que orienta e faz com que os alunos cheguem aos resultados de forma consciente.

Por outro lado, o professor desenvolve sua ação, refletindo sobre ela. Assim, para que ele possa refletir é preciso ultrapassar os obstáculos expondo motivação e esforçando para um diálogo compreensivo e acessível a todos os alunos.

Em suma, podemos dizer que a chegada das tecnologias teve um impacto significativo na educação e, sobretudo no próprio professor, no seu compromisso com a aprendizagem dos alunos. Uma vez que, ao ensinar estará desenvolvendo nos educandos competências, habilidades cognitivas, dando oportunidades aos alunos participarem de novas experiências, com o auxílio, por exemplo, do computador.

Quando há aprendizagem eficaz com as tecnologias, o professor torna-se motivado ainda mais com sua profissão, pois o ensino que ele oferece está surtindo efeitos positivos para o aluno, e com essa motivação ele estará mais estimulado a procurar se aperfeiçoar e progredir na sua formação continuada.

O propósito de se ensinar através da tecnologia é justamente sair da velha rotina do quadro e do giz, e tentar inovar o ensino, tornando-o atraente, pois como bem sabemos o ensino por meio da tecnologia, tornou-se uma necessidade e, assim também ocorre com a formação continuada dos professores que sempre busca oferecer um ensino de qualidade, para que no futuro os alunos tenham desenvolvido seu senso-crítico, sabendo que tudo o que é ensinado tem uma finalidade.

Dessa forma, Mercado (1998, p.7) argumenta sobre o poder da criticidade dos alunos e dos educadores:

(34)

Não basta que os alunos simplesmente se lembrem das informações: eles precisam ter a habilidade e o desejo de utilizá-las, precisam saber relacioná-las, sintetizá-relacioná-las, analisá-las e avaliá-las. Juntos, estes elementos constituem o pensamento crítico aparecendo em aula quando os alunos se esforçam para ir além de respostas simples, quando desafiam ideias e conclusões e procuram unir eventos não relacionados dentro de um entendimento coerente do mundo. Mas sua aplicação mais importante está fora da sala de aula. A habilidade de pensar criticamente apresenta telemáticas têm seu papel, fornecendo o cenário para interessantes aventuras do intelecto. É preciso que se crie condições para que os participantes desenvolvam estudos sobre ambientes computacionais, proporcionando a ação e a reflexão sobre objetos de conhecimento, favorecendo a aprendizagem a partir de situações experimentais e conjeturais.

Fica evidente que a criticidade possui um valor relevante tanto para os alunos como para os professores, no processo de ensino e aprendizagem. Por isso, é preciso despertar esta capacidade crítica em ambos, para um melhor entendimento coerente do mundo. É preciso haver uma leitura de mundo, para que haja uma aprendizagem mais significativa e prazerosa.

Assim sendo, ensinar com a tecnologia aos alunos implica dois fatos essenciais para a educação: Como o professor transmitirá o conhecimento sem ele mesmo ter uma formação apropriada? Com que finalidade deve ser transmitida o conhecimento aos educandos?

Essas são questões que nos faz refletir sobre a necessidade dos educadores buscarem uma formação continuada, no sentido de aperfeiçoar às metodologias utilizadas em sala, em prol da melhoria da aprendizagem dos educandos.

De acordo com a concepção de Moran (2000, p.01):

Na educação nas organizações empresariais ou escolares buscamos o equilíbrio entre a flexibilidade(que está ligada ao conceito de liberdade) e a organização(onde há hierarquia, normas, maior rigidez).

Com a flexibilidade procuramos adaptar-nos às diferenças individuais, respeitar os diversos ritmos de aprendizagem, integrar as diferenças locais e os contextos culturais. Com a organização, buscamos gerenciar as divergências, os tempos, os conteúdos, os custos, estabelecemos os parâmetros fundamentais. Avançaremos mais se soubermos adaptar os programas previstos às necessidades dos alunos, criando conexões com o quotidiano, com o inesperado, se transformarmos a sala de aula em uma comunidade de investigação.

Compreende-se que ao ensinar, compete ao educador ser flexível adaptado às inovações tecnológicas, as diferenças singulares dos alunos, bem como ao seu ritmo de aprender os conteúdos, pois cada aluno aprende de forma diferente, seja

(35)

no processo lento ou acelerado, incorporando esses elementos na sua metodologia e querendo mais que o discente aprenda com o método de investigar, de ir em busca do seu próprio conhecimento.

Em suma, é preciso modificar os modos de ensinar, priorizando um ensino mais compartilhado entre professores e alunos, pois são milhares de informações que recebem e ficam sem saber quais são as mais significativas para a construção do conhecimento.

Por esse motivo, é que cabe ao docente saber contextualizar a informação, auxiliando o discente a interpretar essas informações no cotidiano. E para que isso se concretize é necessário que o professor disponha de uma formação adequada e de uma bagagem de conhecimento apropriado para o ensino por meio da tecnologia.

Antes de tudo é fundamental que os cursos de formação preparem os professores, para que eles se sintam aptos para atuar no ensino por meio da tecnologia, pois sem ele o ensino não pode se concretizar efetivamente. Assim sendo, para reforçar o que foi dito anteriormente sobre o perfil do professor, Freire (1998, apud COX, 2008, p. 75) argumenta que:

O professor representa a base de todo o trabalho. Sem o seu envolvimento, pouco se pode realizar. É preciso estudar, ter iniciativa, e aprender-executar-refletir sobre o aprendido. Modificar o que for necessário. Exige-se, nesse processo, abertura, ousadia, colaboração e dedicação [...]. É ele quem orienta as investigações dos alunos, incentiva o modo como cada aluno constrói seu próprio conhecimento [...]. O professor envolve-se em um processo que mobiliza-o internamente: aprender uma coisa nova leva-o a instaurar um diálogo consigo mesmo. Aprender, atuar com os alunos, analisar sua ação pedagógica e modificá-la permite-lhe, com o passar do tempo, desenvolver uma metodologia de trabalho própria constantemente aberta a nova reformulação.

Freire aponta a necessidade da escola repensar sua prática como espaço apropriado para a formação continuada dos docentes, para que o mesmo possa repensar e rever suas posturas enquanto um profissional responsável pela educação dos alunos, ou seja, está prática espera do docente uma preparação que requer muito estudo, além da reavaliação de seu trabalho educativo. Pois, se o educador, não estiver devidamente preparado para saber lidar com as dificuldades que surgem no cotidiano escolar, nada poderá mudar em relação ao ato de ensinar e de transmitir conhecimento aos seus alunos.

(36)

4.PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A pesquisa teve como foco, discutir sobre a importância da tecnologia na formação continuada de professores, cujo objetivo geral foi analisar a formação continuada de professores e as contribuições do uso das tecnologias em sala de aula. E os objetivos específicos foram: Identificar às tecnologias utilizadas na formação continuada de professores; observar como os professores trabalham essas tecnologias em sala de aula; investigar o interesse dos docentes em investir na sua formação contínua; e averiguar as competências e aprendizagens adquiridas pelos alunos com o ensino por meios tecnológicos.

A metodologia utilizada na elaboração desse trabalho consistiu de uma pesquisa bibliográfica, a partir das contribuições teóricas de autores que discutem a temática das tecnologias, e de uma pesquisa de campo buscando obter informações diretamente com os sujeitos da pesquisa. Trata-se de uma pesquisa de caráter exploratório, que se caracteriza pelo esclarecimento de ideias numa visão panorâmica e numa abordagem qualitativa, com o intuito de esclarecer o objeto de estudo que se constitui em analisar a importância da tecnologia na formação continuada e na atuação docente, além de verificar se os mesmos estão tendo a preocupação em investir nesta formação. Pois, na compreensão de Gonsalves (2003) ao fazer uma pesquisa qualitativa, o pesquisador se preocupa com a compreensão, com a interpretação e com a ampliação de seu conjunto de materiais disponíveis, para auxiliá-lo num entendimento mais ampliado do fenômeno investigado.

 Local da pesquisa e caracterização dos sujeitos pesquisados

A pesquisa foi realizada em duas escolas de rede pública, sendo uma na rede estadual e outra na rede municipal de ensino, da cidade de Cajazeiras - PB. A escola da rede estadual conta com um laboratório de informática que está em funcionamento regular e um datashow. A escola da rede municipal conta com um laboratório de informática, porém os alunos não têm acesso a pesquisa pela falta de internet, conta também com um data show que é disponibilizado apenas em datas comemorativas e os educandos não dispõem do recurso em sala de aula.

(37)

A amostra foi constituída apenas por 04 (quatro) professoras dos anos iniciais do Ensino Fundamental das referidas escolas, tendo em vista a necessidade de estudá-las com certa profundidade, caracterizados como P-A, P-B, P-C e P-D.

 Instrumento de coletas de dados

O instrumento de coleta de dados foi composto por uma entrevista semiestruturada contendo quatro temas definidos a partir dos objetivos do estudo, e que nortearam as entrevistas (ver Apêndice A). Assim, os temas foram escolhidos por entender que proporcionariam a interação entre a pesquisadora e as entrevistadas possibilitando acesso às informações e um maior entendimento acerca da temática investigada. Por fim, a análise dos dados foi feita a partir do confronto da fala dos sujeitos com a teoria elaborada anteriormente. Assim, as respostas das entrevistadas foram analisadas com base na teoria estudada no decorrer da pesquisa bibliográfica.

As entrevistas foram gravadas em áudio e transcritas na íntegra, priorizando a fala original dos sujeitos entrevistados, para que depois se pudesse fazer a análise das entrevistas, destacando nas falas o que mais chamou a atenção, de acordo com a temática abordada. Este procedimento foi adotado no sentido de alcançar os objetivos elaborados, facilitando, desta forma, as reflexões acerca do conhecimento das professoras sobre as novas tecnologias e a importância da formação continuada para utilização desses meios tecnológicos em sala de aula.

(38)

5 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DE DADOS DA PESQUISA

Em busca de respostas mais precisas sobre o objeto de estudo, tornou-se indispensável alguns questionamentos realizados por meio de uma entrevista semiestruturada, a respeito da tecnologia na formação continuada e na atuação dos professores das duas escolas públicas da cidade de Cajazeiras - PB.

Portanto, procedemos a uma caracterização dos sujeitos da pesquisa no que diz respeito a sua formação acadêmica, ao tempo de atuação no magistério e na escola que leciona, como se encontra de forma mais detalhada no quadro abaixo:

CARACTERIZAÇÃO DOS SUJEITOS DA PESQUISA

Sujei tos

Sexo Idade Experiência em Magistério Tempo de Atua- ção Formação em Acadêmica/ Pós-graduação Ano que leciona Vínculo empregatício P-A F 45 anos 20 anos 11 anos Mestrado em Ciências e Especialização em Metodologia 5º ano Contratada P-B F 43 anos 10 anos 10 anos Licenciatura em Pedagogia e Especialização em Psicopedagogi a 2º ano Contratada P-C F 55 anos 35 anos 03 anos Especialista em Coordenação Pedagógica e Superior em História e Pedagogia 4º ano Contratada P-D F 41 anos 24 anos 19 anos Licenciatura em Pedagogia e Psicopedagogi a 3º ano Concursada

Referências

Documentos relacionados

Agora quando eles brigam eu não sinto mais medo: sinto apenas ódio deles e fico nervoso e meu estômago ferve.. Mas do verão eu

O objetivo do curso foi oportunizar aos participantes, um contato direto com as plantas nativas do Cerrado para identificação de espécies com potencial

Para a análise de dados optou-se por utilizar a escala de Likert nos questionários para medir o grau de inovação das empresas, sendo que: a pontuação 1,0 é

Realizar a manipulação, o armazenamento e o processamento dessa massa enorme de dados utilizando os bancos de dados relacionais se mostrou ineficiente, pois o

5 “A Teoria Pura do Direito é uma teoria do Direito positivo – do Direito positivo em geral, não de uma ordem jurídica especial” (KELSEN, Teoria pura do direito, p..

[r]

Este capítulo tem uma abordagem mais prática, serão descritos alguns pontos necessários à instalação dos componentes vistos em teoria, ou seja, neste ponto

Para preparar a pimenta branca, as espigas são colhidas quando os frutos apresentam a coloração amarelada ou vermelha. As espigas são colocadas em sacos de plástico trançado sem